PRIMEIRA EDIÇÃO DE 22-8-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
TERÇA-FEIRA, 22 DE AGOSTO DE 2017
O relator da reforma política, Vicente Cândido (PT-SP), contou lorota ao afirmar ontem que o valor do “fundão” de R$3,6 bilhões retirados dos cofres públicos para custear campanhas eleitorais, “está em sintonia” com “grandes democracias”. Não é verdade. Os R$3,6 bi que ele imagina tungar do Tesouro Nacional é mais dinheiro que a soma do custo das eleições na Alemanha, no México e nos Estados Unidos.
O “fundão” deve retirar dos cofres públicos R$11,2 bilhões a cada quatro anos. Nenhuma eleição no mundo custa tanto dinheiro.
Os EUA têm a eleição mais cara: US$2,5 bilhões (R$7,9 bilhões) para eleger o presidente. Mas nenhum centavo sai dos cofres públicos.
A eleição na Alemanha custa 450 milhões de euros (R$1,6 bilhão) por um dos quatro anos da legislatura. Só um terço é dinheiro público.
O ciclo eleitoral no México, em 2015, custou US$558 milhões (R$1,7 bi), segundo o jornal El Universal, tudo pago com dinheiro público.
A direção nacional do PMDB garante que não vai deixar barato a “pulada de cerca” do partido em Sergipe, onde dirigentes locais, com o governador Jackson Barreto à frente, bajularam Lula mais que o próprio PT, na visita eleitoral do petista condenado por corrupção. Em Sergipe, num primeiro momento, poderá haver intervenção na executiva estadual. Mas, antes, o PMDB decidiu concluir o processo disciplinar que pode resultar na expulsão de Kátia Abreu e Roberto Requião.
Paparicado, Lula retribuiu chamando Jackson Barreto de “companheiro fiel”. “Temos uma história juntos”, afagou o governador.
Jackson Barreto colocou a proteção a Lula um aparato de segurança que os sergipanos gostariam muito de ver nas ruas.
...é só começar: a próxima “pulada de cerca” será em Alagoas, com os Renans, pai e filho, ciceroneando o petista condenado por corrupção.
Pelo projeto de reforma política, que pode ser votado nesta terça (22), os R$ 3,6 bilhões do “fundão” serão distribuídos a cada dois anos entre os partidos políticos. Ou seja, R$ 7,2 bilhões por legislatura.
O relator petista Vicente alega candidamente que o “fundão” não custará R$3,6 bilhões e sim 0,5% da receita corrente líquida, dinheiro dos impostos. O valor que pode chegar aos R$4 bilhões em 2018.
Dos 17.288 sindicatos existentes no Brasil (e outras lojas sindicais de ganhar dinheiro), 2.038 não informam como são eleitos seus dirigentes, segundo o Ministério do Trabalho. Quase 12%. Mas estão ávidos pela parte que lhes cabem no rateio dos R$3 bilhões do imposto sindical.
Cada deputado da Câmara Legislativa do DF custa R$3 milhões ao ano. Isso inclui salário, cota parlamentar e verba de gabinete. São 35,4% a mais que deputado federal e 53% a mais que senador.
Um vídeo em espanhol, que circula no Whatsapp e redes sociais, pede que autoridades europeias enterrem terroristas como indigentes, e em local secreto. E revogue a autorização de residência de suas famílias.
Indiciado por superfaturamento na obra do Estádio Mané Garrincha e acusado de outros rolos, o ex-governador do DF, Agnelo Queiroz (PT) organiza jantar de arrecadação para pagar seu advogado criminalista. E, claro, lançar sua candidatura em 2018 a deputado ou senador.
Devem ser aprovadas esta semana no plenário da Câmara as duas medidas provisórias que trancam a pauta dos deputados; uma trata do novo Refis e a outra parcela as dívidas previdenciárias de Estados.
Sessão conjunta da Câmara e do Senado nesta terça analisa 16 vetos presidenciais, incluindo o que barrou a interdição de grandes empresas envolvidas na prática de infração sanitária. Incluindo os frigoríficos...
...o relator petista da reforma política teria apoio popular se equivalesse o sistema que planeja à China, onde corrupção dá em pena de morte.

NO DIÁRIO DO PODER
LAVA JATO
EX-DIRETOR DA PETROBRAS RENATO DUQUE É CONDENADO A 10 ANOS DE PRISÃO
EX-DIRETOR DA PETROBRAS RECEBEU PROPINA DA ANDRADE GUTIERREZ
Publicado: segunda-feira, 21 de agosto de 2017 às 19:04
Redação
O ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, foi condenado hoje (21) a dez anos de prisão pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba. A sentença foi proferida em processo da Lava Jato que investigou a formação de um cartel pela construtora Andrade Gutierrez e outras empreiteiras para garantir contratos com a Petrobras.
"A corrupção com pagamento de propina de mais de uma centena de milhões de reais e tendo por consequência prejuízo equivalente aos cofres públicos merece reprovação especial", escreveu Moro na sentença. Duque foi condenado por sete crimes de corrupção passiva, pelo recebimento de propina em contratos celebrados entre a Andrade Gutierrez e a Petrobras.
O juiz, no entanto, reconheceu a colaboração de Duque como delator em outros processos. Assim, o ex-diretor terá direito à progressão de pena após cinco anos em regime fechado.
Ainda neste processo, foram condenados por corrupção ativa e associação criminosa os ex-executivos da Andrade Gutierrez, Antônio Pedro Campello de Souza Dias (15 anos, somando as penas de três crimes, pois ele também foi condenado por lavagem de dinheiro), Elton Negrão de Azevedo Júnior (oito anos, dois meses e 29 dias), Flávio Gomes Machado Filho (oito anos, dois meses e 20 dias) e Paulo Roberto Dalmazzo (oito anos, dois meses e 20 dias). Todos fizeram colaboração premiada e vão começar a cumprir as penas no regime semiaberto.
Mais seis réus, delatores da Lava Jato, tiveram a sentença suspensa como parte do acordo celebrado com o Ministério Público Federal (MPF): Alberto Youssef, Fernando Antônio Falcão Soares, Mário Frederico Mendonça Goes, Otávio Marques de Azevedo, Paulo Roberto Costa e Pedro José Barusco Filho.
Sérgio Moro fixou em cerca de R$ 115,9 milhões o valor a ser pago pelos condenados como restituição pelos crimes cometidos. Renato Duque já foi condenado em primeira instância em outros processos derivados da Lava Jato.

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