QUARTA EDIÇÃO DE 27-7-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA EXPRESSO (ÉPOCA)
Enquanto Bendine está preso em Curitiba, Val Marchiori ostenta em Angra dos Reis
Ex-presidente do Banco do Brasil, preso na Lava Jato, foi acusado de ter favorecido socialite com empréstimo
Por MURILO RAMOS
27/07/2017 - 15h05 - Atualizado 27/07/2017 15h14
Val Marchiori (à dir.) em Angra dos Reis (Foto: Reprodução)

Tão logo o ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil foi preso nesta quinta-feira (27) pela Lava Jato, a socialite Val Marchiori tratou de publicar uma nota para negar ter sido favorecida por ele com empréstimos milionários com condições para lá de camaradas. O assunto, revelado anos atrás, voltou à tona com a prisão de Bendine, que chegou a Curitiba no começo da tarde.
No fim da manhã, Marchiori parecia ter superado completamente o tema. Postou numa rede social foto em que aparece num passeio de barco por Angra dos Reis. Ela disse: “#sol #mar #angrabeach #family #amigos obrigada Deus”.

Bendine deverá esclarecer injeção de dinheiro da Previ em obra da Odebrecht
Prisão nesta quinta-feira (27), no entanto, está relacionada a pedido de recursos para facilitar situação da empreiteira na Petrobras 
Por MURILO RAMOS
Quinta-feira, 27/07/2017 - 09h56 - Atualizado 27/07/2017 12h37
A prisão do ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine nesta quinta-feira (27) pela Operação Lava Jato está relacionada a depoimentos de delatores da Odebrecht sobre o pedido de propina feito por ele para facilitar a situação da empreiteira na estatal. A Odebrecht, enrolada na Lava Jato, estava sem receber da Petrobras. Mas há outro capítulo da ligação de Bendine com a Odebrecht que precisa ser melhor esclarecido: a injeção de recursos, mais de R$ 800 milhões, da Previ – fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil –, em um empreendimento imobiliário da Odebrecht em São Paulo em 2012. No período, Bendine era presidente do Banco do Brasil. O fundo de pensão – que havia tomado um prejuízo gigantesco com a Odebrecht após investir recursos no complexo turístico da Costa do Sauípe – voltou a aportar recursos num projeto da empreiteira.
A participação do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega no episódio, conforme antecipou EXPRESSO em setembro do ano passado, também precisa ser melhor apurada.


Prisão de publicitário assusta políticos do PT e do PMDB
André Gustavo Vieira da Silva é acusado de intermediar repasse de propina ao ex-presidente do BB e da Petrobras Aldemir Bendine
Por MURILO RAMOS
Quinta-feira, 27/07/2017 - 11h01 - Atualizado 27/07/2017 12h54
A prisão do publicitário André Gustavo Vieira da Silva, alvo da Operação Cobra, 42ª fase da Lava Jato, deflagrada pela Polícia Federal, assusta políticos do PT e do PMDB. Vieira da Silva é compadre do ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, enrolado no Mensalão e no Petrolão. O publicitário ganhou projeção e contratos durante o mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Vieira da Silva mantém ligações também com caciques do PMDB.

NO O ANTAGONISTA
Sabe de tudo esse Berzoini
Brasil Quinta-feira, 27.07.17 15:38
Ricardo Berzoini elogiou a escolha de Aldemir Bendine para a Petrobras, em 2015:
"O critério para escolha é da presidente (Dilma Rousseff) e eu creio que ela avaliou bem e fez uma escolha adequada."
Na época, o então ministro das Comunicações acrescentou que Dida era "um presidente para gerir a Petrobras e para tomar todas as providências cabíveis para e empresa se fortalecer ainda mais".
Sabe de tudo esse Berzoini.
Torquato se diz defensor da Lava Jato
Brasil 27.07.17 15:28
Em coletiva agora no Ministério da Justiça, Torquato Jardim voltou a dizer que defende a Lava Jato.
"Nenhum ato meu justificou gesto, atitude ou decisão que possa interferir na operação."
E acrescentou:
"Hoje a Lava Jato é maior em Brasília e em São Paulo do que em Curitiba."
Pela manhã, durante coletiva da Operação Cobra, o procurador Athayde Ribeiro Costa criticou o ministro.
Bumlai esteve com Lulinha no gabinete de Bendine em São Paulo
Brasil 27.07.17 15:22
No final de 2011, a Gamecorp, de Lulinha, recebeu 190 mil reais do Banco do Brasil.
Em agosto de 2012, a Folha publicou uma reportagem sobre as dívidas da Gamecorp, que totalizavam 6,1 milhões de reais, e citou o caso da Gamecorp.
Um diretor do banco, que não quis revelar o nome, disse ao jornal que o dinheiro do BB foi dado a Lulinha a pedido de José Carlos Bumlai, o amigão do peito de Lula.
Procurada pelo Folha, a assessoria de imprensa do banco negou que tivesse havido ingerência política: "Todas as campanhas publicitárias do Banco do Brasil envolvem planejamentos de mídia realizados pelas agências de publicidade. Os veículos e canais selecionados atendem a critérios como target (público a que se destina a campanha), aderência da programação aos objetivos da campanha, circulação, audiência e outros."
Houve ingerência política.
O Antagonista apurou que, em 2011, José Carlos Bumlai acompanhou Lulinha numa visita ao gabinete paulista de Aldemir Bendine, então presidente do BB. O gabinete sem câmeras de segurança, como revelamos em fevereiro.
Logo depois da ida de Bumlai e Lulinha ao gabinete de Bendine, o Banco do Brasil divulgou filmes publicitários, da campanha "BB Universitários/Fies", na PlayTV, da Gamecorp.
Por que Bendine ia ao Instituto Lula?
Brasil 27.07.17 14:49
Quando era presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine esteve várias vezes no Instituto Lula, para conversar com o ex-chefe.
Agora talvez ele possa contar o motivo das suas visitas. Se foi apenas por cortesia, por exemplo.
A capacidade de Dida
Brasil 27.07.17 14:58
Quando Dilma Rousseff nomeou Aldemir Bendine para a Petrobras, em fevereiro de 2015, um ministro do então governo disse que a escolha de um nome "alinhado ao PT" seria importante naquele momento. E que Bendine teria a capacidade de "suportar pressões".
A passagem de volta de Dida
Brasil 27.07.17 13:54
A defesa de Aldemir Bendine apresentou a passagem de volta de Lisboa.
Como revelamos mais cedo, a Lava Jato temia que Bendine fugisse do País. Ele tinha passagem de ida para Lisboa marcada para amanhã.
Bye bye, Bendine
Brasil 27.07.17 13:11
Val Marchiori acabou de negar em seu blog que tenha sido favorecida por Aldemir Bendine, preso hoje pela Lava Jato:
Hello!
"Gostaria de esclarecer o que diversos veículos de comunicação publicaram hoje, envolvendo a prisão do senhor Aldemir Bendine.
Com esse fato, alguns levianamente voltaram a divulgar que existiria suspeita sobre supostos benefícios que ele teria oferecido, na condição de Presidente do Banco do Brasil, à minha empresa
Tais notícias são falsas, uma vez que, como já informado à imprensa, o Juízo da 10ª Vara Criminal Federal de São Paulo apreciou esses fatos e rejeitou a denúncia do Ministério Público Federal, pois entendeu que não pratiquei qualquer fraude com relação ao empréstimo concedido à empresa Torke pelo Banco do Brasil. Essa operação foi absolutamente regular e transparente, conforme a defesa elaborada pelo escritório Azevedo e Piccelli Advogados Associados já havia demonstrado durante a investigação policial."

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