TERCEIRA EDIÇÃO DE 20-6-2017 DO DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Terça-feira, junho 20, 2017
O 'AÇOUGUEIRO BOLIVARIANO' E SEUS MISTÉRIOS

Depois que o então coronel Hugo Chávez chegou ao poder na Venezuela dando origem ao flagelo político e social denominado "socialismo bolivariano" que transformou um país rico e próspero numa mega favela de violência e fome, surgem indagações diversas: mas como é que pode ter acontecido tudo isso? 
Como pode que, em pleno século XXI, um país que detém a maior jazida petrolífera do planeta na atualidade e que já foi detentor da quarta maior renda per capita do mundo ter se transformado num reduto de esfaimados que varejam nos lixões em busca de alimentos? Afinal, indagam outros, como Hugo Chávez conseguiu eleger-se e, mais ainda, ter transferido o poder para Nicolás Maduro antes de morrer misteriosamente no CIMEQ - Centro de Investigaciones Médico Quirúrgicas de Havana?
A resposta a todas essas indagações está num neologismo que os analistas políticos venezuelanos criaram: "boliburguês". Isto quer dizer "burguês bolivariano", ou seja os mega empresários, o dito "núcleo duro" da economia, que se associaram a Hugo Chávez em sua tresloucada "revolução bolivariana", eufemismo que designa, grosso modo, a cubanização da Venezuela. Os observadores menos atilados vêem nisso uma contradição. Afinal, como pode capitalistas se associarem com os comunistas?
A História está repleta de exemplos. Isto já no auge da ex-URSS e também na China. E o exemplo mais recente da associação de mega capitalistas com comunistas é o Brasil, bem como a Venezuela. E isto ficou evidenciado com todas as letras por meio da Operação Lava Jato, sendo emblema o portentoso grupo Odebrecht e outras empresas e empresários agora réus confessos nas ditas "delações premiadas". Destarte, resta provado que, sem o apoio do tal "núcleo duro" da economia, Lula e seus sequazes do PT jamais teriam chegado ao poder.
Tanto é que, logo que eleito e empossado, Lula convidou Henrique Meireles para comandar o Banco Central. Posteriormente, Meireles veio a ser conselheiro econômico do Grupo JBS e, - bingo! - virou Ministro da Fazenda do Governo de Michel Temer, sendo que seu nome aparece no rol de prováveis candidatos à Presidência da República. Os institutos de pesquisas, todos eles, são antes de tudo formadores de opinião pública ao incluírem em amostras de tendências eleitorais determinados nomes. Inclusive o de Lula, embora pese sobre as costas do dito ex-operário uma penca de processos decorrentes das investigações da Lava Jato.
Mas de todos os acusados até aqui pelas operações da Polícia Federal, destaca-se Joesley Batista, ao qual todos os Poderes permitem que circule por aí leve e solto cruzando os ares internacionais a bordo de seu moderno jatinho com capacidade de levar 21 passageiros.
Joesley em encontro com Lula e Diosdado Cabello, o comparsa de Nicolás Maduro, durante a visita do venezuelano ao Brasil em 2015

Joesley é um típico "boliburguês" e, dado às suas origens, pode ser qualificado como o "açougueiro bolivariano", já que em 2015 trocou figurinhas com Diosdado Cabello, o número 2 do regime de Caracas que, naquele ano, esteve no Brasil "prospectando" negócios incluindo a importação de alimentos. Cabello, como não poderia deixar de ser, esteve reunido com Lula e Joesley Batista, como registram fotografias que se encontram à farta em sites da internet. Aliás, esses encontros bolivarianos foram noticiados amplamente pela grande mídia e tratados como grandes eventos empresariais. 
Os jornalistas da grande mídia, como fazem até hoje, jamais denunciaram a cubanização da Venezuela, cujo aspecto mais funesto e horrendo é a fome. Aliás, como já frisei aqui em outras postagens, os comunistas sempre utilizaram a escassez de alimentos como controle social. Haja vista para vida miserável dos cubanos que não compõem a entourage dos herdeiros de Fidel Castro que habitam as mansões do Laguito e onde as despensas são fartas. 
O comportamento de Joesley Batista é, portanto, típico de um "boliburguês". Até agora, pelo que se sabe de suas próprias delações foi íntimo do regime lulístico, detalhe que ficou evidente na sua entrevista à revista Época, quando afirmou que o governo Lula institucionalizou a corrupção. Todavia, usou com mais precisão sua metralhadora giratória contra o Presidente Michel Temer, embora quem governou o Brasil com inaudito e assombroso poder foi o PT de Lula e de Dilma nos últimos 13 anos, período ao longo do qual emergiu com toda força e poder o grupo JBS.
Entretanto, Joesley cravou sem misericórdia que Michel Temer é o chefe da Orcrim (organização criminosa), quando se sabe que o cargo de Vice-Presidente da República no presidencialismo brasileiro é praticamente decorativo. Não se quer dizer com isso que Temer não possa ter culpa no cartório. Mas a entrevista de Joesley à Época soa no mínimo estranha pelos fatos presentes e, sobretudo, passados, sem contar o que já foi revelado pela Operação Lava Jato.
Acresce a tudo isso um caso insólito: Joesley Batista continua livre, leve e solto como se as ditas "delações premiadas" purgassem todos os crimes perpetrados pelos delatores. Àqueles que colaboram com a Justiça, como dispõe a lei é concedida a diminuição da pena mas não a liberdade irrestrita. Todavia, o que a Nação, estarrecida, está vendo é Joesley Batista não apenas gozando a liberdade ampla e irrestrita mas, inclusive, concedendo entrevistas especiais a veículos de mídia.
De todos esses acontecimentos, acusações e mistérios quem contabiliza dividendos por enquanto são Lula e seus sequazes. Isto quer dizer que os desígnios do Foro de São Paulo permanecem intactos, ou seja, a venezuelização do Brasil não está totalmente descartada.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Quem imaginaria que Aécio Neves poderia acabar preso antes de Luiz Inácio Lula da Silva? Nem o mais otimista integrante da truculenta petelândia seria capaz de tal premonição, tempos atrás. A Lava Jato tem tudo para gerar este inédito fato político, em que o principal líder dos tucanalhas fica mais enrascado que o mito decadente da petralhada. Em Brasília, todos estão indignados...
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal tem tudo para acatar o pedido da Procuradoria Geral da República para prisão e suspensão do mandato de senador para Aécio. O netinho de Tancredo Neves teme a mão pesada dos ministros Luiz Fux, Rosa Weber e Luís Roberto Barroso. O advogado Alberto Toron, que defende Aécio, insistirá que o caso tem de ser julgado pelos 11 do plenário do STF – e não pela Primeira Turma...
Quem também poderia imaginar que ex-deputado peemedebista Eduardo Cunha, diretamente do cárcere gelado na República de Curitiba, iria redigir uma nota para revelar que ele, Joesley Batista e Luiz Inácio da Silva se reuniram, em março de 2016, para discutir o impeachment da Dilma Rousseff? Os inimigos estão se eliminando, o que será muito bom para a construção de uma democracia de verdade no Brasil...
Cunha garantiu que o encontro pode ser comprovado pelos seguranças de Lula e pelas notas do aluguel do carro alugado para transportá-lo em São Paulo. Foi o troco dado por Cunha contra Joesley – que delatou ter investido alguns milhões de reais para comprar o silêncio do ex-poderoso-peemedebosta. Cunha prega que o STF reveja o “absurdo e bilionário acordo deste delinquente”... O caso será analisado nesta quarta-feira, 21, pelos 11 do Supremo. O debate togado promete muita polêmica.
Em seu recado do cárcere, Cunha espancou Joesley, por escrito: "Ele fala que só encontrou o ex-presidente Lula por duas vezes, em 2006 e 2013. Mentira! Ele apenas se esqueceu que promoveu um encontro que durou horas, no dia 26 de março de 2016, Sábado de Aleluia, na sua residência [...] entre eu, ele e Lula, a pedido de Lula, a fim de discutir o processo de impeachment [...] onde pude constatar a relação entre eles e os constantes encontros que eles mantinham".
Olha a ironia da História. Com a coisa ruça aqui no Brasil, Michel Temer está na Rússia para negociar a ampliação do comércio bilateral com o tovarich Putin, principalmente para aumentar a venda de... carne. A manobra temerária vai beneficiar, diretamente, o maior grupo mundial do setor: ninguém menos que a JBS, cujo dono, o delator premiado Joesley Batista, praticamente transformou Temer em um Presidente morto-vivo de uma República idem. O jeito, Temer, é processar Joesley (igual boi ralado) e tentar esquecer a própria desgraça, lá na Rússia, assistindo a um espetáculo do Balé Bolshoi...
Rezar por um milagre também ajuda... A Polícia Federal pediu mais cinco dias para terminar a investigação sobre as relações entre o Presidente Michel Temer, seu amigão e ex-assessor Rodrigo da Rocha Loures e Joesley (aquele que conseguiu a façanha de superar, em poder de destruição, a tsunâmica delação da Odebrecht). A PF já tem indícios de crime de corrupção passiva na relação temerária com o “Homem da Mala de 500 mil reais”. Os agentes federais só não têm certeza ainda se o Presidente da República cometeu obstrução de justiça.
Temer tem sorte porque o plenário do STF ainda não decidiu se a Polícia Federal tem competência legal para pedir o indiciamento de figuras com prerrogativa de foro privilegiado. Temer pode se beneficiar porque o mesmo Rodrigo Janot que agora pretende denunciá-lo já se posicionou a favor de anular um indiciamento feito pela PF contra a senadora petista Gleisi Hoffmann – acusada de receber R$ 1 milhão, ilegalmente, para a campanha de 2010.
Por falar em campanha, quem fica em posição delicada na disputa pela sucessão de Rodrigo Janot é a atual subprocuradora Raquel Dodge. Apontada como favorita entre os oito nomes que disputarão a eleição interna para escolha de quem fará parte da lista tríplice que o MPF enviará para o Presidente Michel Temer escolher, Raquel conta com o apoio escancarado de três peemedebistas de peso: José Sarney, Renan Calheiros e Osmar Serraglio. Raquel também conta com a força do ministro da Justiça, Torquato Jardim, e do supremo ministro Gilmar Mendes.
Nos bastidores do poder, o comentário ferino, em tom de irônica pergunta, é: com apoiadores deste porte (alguns indiciáveis na Lava Jato e outros com o filme queimadíssimo perante a opinião pública) alguém precisa de inimigos?
Intrigas à parte, o sucessor ou sucessora de Janot – cujo mandato termina dia 17 de setembro – terá de cuidar de novos inquéritos, denúncias e negociações de delações premiadas na Lava Jato. Os 98 políticos já indiciados e outros 1829 candidatos de 28 partidos financiados pelas propinas da JBS se borram de medo...
(...)

NO O ANTAGONISTA
Gilmar Mendes é "porta-voz de interesses que buscam barrar Lava Jato"
Brasil Terça-feira, 20.06.17 10:02
Gilmar Mendes disse que é preciso impor limites à Lava Jato.
A entidade que reúne quase todo o Poder Judiciário reagiu acusando-o de tentar proteger os corruptos.
Leia a nota:
"A Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público (FRENTAS), congregando mais de 40 mil juízes e membros do Ministério Público, tendo em vista as declarações feitas pelo Ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, com críticas a atuação de juízes e promotores no que chamou de “momentos de disfuncionalidade completa” do Poder Judiciário e do Ministério Público, vem manifestar seu repúdio a qualquer tentativa de desqualificação do importante trabalho que o Judiciário e o Ministério Público estão realizando.
O Ministro Gilmar Mendes, mais uma vez, se vale da imprensa para tecer críticas a decisões judiciais, o que faz em frontal violação ao art. 36 da Lei Orgânica da Magistratura, que proíbe a membros do Judiciário manifestarem, por qualquer meio de comunicação, juízo depreciativo sobre despachos, votos ou sentenças.
Ao chamar de abusivas investigações e prisões processuais que foram decretadas pelo Poder Judiciário, inclusive pelo Supremo Tribunal Federal, a requerimento do Ministério Púbico, Gilmar Mendes abandona a toga e assume a postura de comentarista político, função absolutamente incompatível para quem integra o Supremo Tribunal Federal.
Magistrados ou membros do Ministério Público, ao exercerem suas funções constitucionais, simplesmente estão aplicando as leis aos casos que lhe são submetidos, podendo suas decisões ou denúncias serem revistas ou questionadas dentro do devido processo legal.
O que não é admitido e não pode ser tolerado é que um magistrado, qualquer que seja ele, se valha do cargo e do poder que titulariza para ser porta-voz de interesses que, em última análise, buscam, a qualquer custo, barrar os avanços das investigações e punições a todos aqueles que nas últimas décadas sangraram os cofres públicos do País.
A Operação Lava-Jato é um marco no processo civilizatório do Brasil e por isso qualquer tentativa de obstrução contra ela não será permitida pelo conjunto dos cidadãos brasileiros.
Roberto Carvalho Veloso
Associação dos Juízes Federais do Brasil (AJUFE)
Coordenador da Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público (FRENTAS)
Jayme Martins de Oliveira Neto
Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB)
Guilherme Guimarães Feliciano
Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (ANAMATRA)
Norma Angélica Cavalcanti
Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (CONAMP)
Elísio Teixeira Lima Neto
Associação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (AMPDFT)
Clauro Roberto de Bortolli
Associação Nacional do Ministério Público Militar (ANMPM)
Angelo Fabiano Farias da Costa
Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT)
José Robalinho Cavalcanti
Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR)
Fábio Francisco Esteves
Associação dos Magistrados do Distrito Federal e Territórios (AMAGIS DF)
"Olha o machismo, Lindbergh"
Brasil 20.06.17 10:37
A bancada da chupeta queria que Marta Suplicy, presidente da CAS, autorizasse a entrada de representantes de centrais sindicais para acompanhar a votação da reforma trabalhista no colegiado.
A senadora não autorizou, "para evitar confusão".
"Vossa excelência tem que se acalmar, senadora", disse Lindbergh.
"Olha o machismo", retrucou a presidente da CAS.
"O uso partidário da UNE é um escárnio com todos os brasileiros"
Brasil 20.06.17 10:38
O Antagonista revelou ontem que a nova presidente da UNE, Marianna Dias, não estuda Pedagogia na UNEB, ao contrário do que ela e a entidade estudantil informaram quando da eleição, no último fim de semana.
A deputada Cristiane Brasil, que seria a presidente da enterrada CPI da UNE, encaminhou a seguinte nota para este site:
"Sobre a eleição recente da UNE:
- Os 30 milhões de reais repassados pelo governo petista para a construção da sede da entidade no Flamengo, que não está pronta, nunca foram explicados;
- As doações para membros de partidos de esquerda e a evidente partidarização da instituição como braço da esquerda contrariam o seu próprio estatuto;
- A morte do 'estudante' que ajudou a ocupar faculdades para causas ideológicas nunca foi explicada;
- A entidade que deveria apoiar os estudantes elegeu como presidente a 'estudante' Marianna Dias, que entrou na faculdade em 2009 e saiu em 2015 sem se formar, mais um flagrante de desrespeito ao próprio estatuto.
Há mais de ano, por meio de diversos pedidos de CPI que nunca foram instaladas, tento fazer com que essa 'caixa preta' de tantos escândalos finalmente seja aberta. Primeiro, para prestar contas aos verdadeiros estudantes, depois à toda sociedade brasileira. Agora, além de usar todos os meios de pressão que puder no Congresso, vamos denunciar o caso ao Ministério Público. O uso partidário da UNE é um escárnio com todos os brasileiros, precisa ser investigado e punido, assim como manda a lei e o seu próprio estatuto."
Minha Globo, Minha Vida
Brasil 20.06.17 09:54
Lula, em sua entrevista à rádio do Amazonas, disse que não será preso pela Lava Jato:
"Não acredito, porque espero que para ser preso no Brasil e em qualquer país do mundo, a pessoa deva ter cometido crime, delito, alguma coisa errada. No meu caso, eu até pedi outro dia que os procuradores da Lava Jato que cuidam das denúncias contra mim sejam exonerados, porque inventaram uma grande mentira, junto dos meios de comunicação, sobretudo a Globo, e agora se enrolaram na mentira". 
JBS vende
Economia 20.06.17 09:43
A JBS fará um programa de desinvestimentos de 6 bilhões de reais.
A empresa pretende vender sua fatia de 19,2% da Vigor Alimentos S.A e se desfazer de fazendas.
"O programa de desinvestimento visa a redução do endividamento líquido e consequentemente a desalavancagem, fortalecendo estrutura financeira da companhia", disse a JBS em nota.

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