TERCEIRA EDIÇÃO DE 23-5-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NO O GLOBO
Polícia espanhola prende ex-presidente do Barcelona e mira contrato com a CBF
Segundo o jornal 'El País', Ricardo Teixeira é alvo de operação no Brasil pelo esquema
POR O GLOBO
Terça-feira, 23/05/2017 6:58 / atualizado 23/05/2017 7:14
Sandro Rosell, ex-presidente do Barcelona, foi preso na Espanha - ANDREA COMAS / REUTERS

BARCELONA — A polícia espanhola prendeu nesta terça-feira o ex-presidente do Barcelona, Sandro Rosell. Na Operação "Jules Rimet", fruto da investigações contra o ex-cartola por lavagem de dinheiro, o centro da investigação seria um contrato de Rosell com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) sobre irregularidades na cobrança de direitos de imagem. Segundo o jornal "El País", buscas também ocorrem no Brasil com alvo no ex-dirigente da CBF Ricardo Teixeira.
Os agentes realizam buscas e apreensões em endereços de Barcelona e outras duas cidades do entorno catalão, Lleida e Girona. Indiciado nos Estados Unidos, Rosell é investigado por lavagem de dinheiro. A Justiça já bloqueou cerca de 10 milhões de euros em contas bancárias, além de 50 imóveis, avaliados em mais de 25 milhões de euros.
Os investigadores apuram o envolvimento do ex-cartola com a Nike a CBF. Eles checam também o suposto desvio de US$ 15 milhões para contas secretas de Ricardo Teixeira enquanto ele ainda comandava a entidade brasileira. Teixeira também já foi indiciado pelas autoridades americanas. O brasileiro cobraria comissão nos contratos de direitos de imagem da seleção nacional de futebol.
A operação resulta das investigações da Unidade de Delinquência Econômica e Fiscal da Polícia Nacional, com colaboração do FBI, a polícia federal dos Estados Unidos. As autoridades americanas descobriram os primeiros indícios de movimentações de contas na Espanha e acionaram os agentes espanhóis no que seria o começo da descoberta de uma rede criada por Rosell para ocultar dinheiro.

NO BLOG DO NOBLAT
Lula desembarca em Brasília para tratar da sucessão de Temer
Terça-feira, 23/05/2017 - 04h06
Ricardo Noblat
Na condição incômoda de denunciado pela terceira vez à Justiça Federal do Paraná por corrupção e lavagem de dinheiro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcará esta manhã em Brasília para tratar da sucessão do presidente Michel Temer.
Para o público externo, se provocado, ele continuará defendendo a realização de eleições diretas, já, para a escolha de um novo presidente da República. Para o público interno, formado por políticos do PT e de demais partidos, admitirá que eleição via Congresso é a solução possível.
Lula já reconheceu entre amigos que o forte apoio às diretas, já, só se manifesta por meio de pesquisas de opinião pública. Os brasileiros, segundo ele, não parecem dispostos a ir para as ruas em sua defesa. De resto, mudar a Constituição para fazer as diretas exigiria muito tempo.
Ele acha que não haveria no Congresso votos suficientes para aprovar uma proposta de emenda à Constituição. E que, de resto, o país não poderia ficar paralisado à espera do que não virá. Para ser aprovada, a proposta precisaria de dois terços dos votos na Câmara e no Senado.
Para que o Congresso eleja o sucessor de Temer bastariam os votos de 257 dos 513 deputados e 41 dos 81 senadores. Se mais de um candidato concorrer, o eleito será o que obtiver mais votos. Lula entende que a oposição não deverá ficar de fora desse jogo. Daí sua viagem a Brasília.
Primeiro, Lula ouvirá a opinião dos seus colegas do PT, embora saiba que a maioria deles já se agrupa em torno de nomes de prováveis candidatos. Depois irá ao encontro de líderes de partidos que apoiam o governo para iniciar negociações.
Na noite da última quarta-feira, tão logo o site de O GLOBO divulgou a gravação da conversa entre Temer e Joesley Batista, dono do Grupo JBS, deputados do PT e do PC do B se reuniram com deputados do PMDB, PSDB, DEM, PPS e PSB na casa de Rodrigo Maia, presidente da Câmara.
Ali, ouviram um discurso de Roberto Freire (PPS), então ministro da Cultura, a favor da renúncia de Temer. Raul Jungmann (PPS), ministro da Defesa, saiu da casa de Maia em meio ao discurso de Freire. Foi chamado por Temer para um encontro no Palácio da Alvorada.
PT e PC do B deram parte dos seus votos para eleger Maia presidente da Câmara. Têm com ele um bom diálogo. “Se não fosse o fato de que Maia foi citado na delação da Odebrecht, a escolha dele para a vaga de Temer seria uma nomeação”, revela o líder de um partido aliado ao PT.
Rodrigo Janot, Procurador Geral da República, está inclinado a deixar de fora das investigações os políticos que receberam abaixo de R$ 500 mil de Caixa Dois e que nada deram em troca aos doadores. Seria o caso, por exemplo, de Maia e de alguns deputados.
Se depender de Lula, outro nome deveria ser examinado também pelos partidos – o de Nelson Jobim, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal e ex-ministro dos governos dele e de Dilma. Jobim conta também com a simpatia do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Não será fácil emplacar um nome de fora do Congresso. Deputados e senadores consideram que isso seria passar um atestado de que não existiria entre eles um único nome capaz de presidir o País. A ter que sair, o próprio Temer pretende influir na escolha do seu sucessor.

NO BLOG DO MERVAL PEREIRA
STF pode rever perdão
POR MERVAL PEREIRA
Terça-feira, 23/05/2017 07:29
A anistia prometida aos irmãos Batista pelo Ministério Público Federal não deve ser mantida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a quem cabe a última palavra sobre o assunto. “O Ministério Público não é dono do perdão”, sintetizou um ministro do Supremo ao comentar a péssima repercussão que a anistia a Joesley e Wesley Batista teve na sociedade.
Quando, ao fim do processo, o Procurador-Geral da República encaminhar ao STF sua conclusão, com os pedidos de penas para os envolvidos e o perdão para os donos da JBS, caberá à 2ª Turma decidir. Nesse momento, deverá ser revista a proposta do Ministério Público para adequar a punição ao que diz a legislação. O artigo 13, parágrafo único, diz que “a concessão do perdão judicial levará em conta a personalidade do beneficiário e a natureza, circunstâncias, gravidade e repercussão social do fato criminoso".
Como o Ministério Público é um representante da sociedade, e o perdão judicial tem sido rejeitado de maneira enfática pelos cidadãos, que têm se manifestado através das mídias sociais e abaixo-assinados, caberá ao juiz, no caso aos ministros da 2ª Turma, adequar a penalidade à legislação sem dar a impressão de que houve uma exceção favorável aos irmãos Batista nesse caso.
Como não houve até agora nenhuma condenação final no STF, os parâmetros das penas e dos benefícios das delações premiadas ainda não foram definidos. Somente na Primeira Instância houve sentenças. A tendência entre os ministros do STF é tratar com rigor esse caso, dando apoio às decisões do ministro Luiz Edson Fachin, que homologou a delação dos irmãos Batista apenas no aspecto formal, e não entrou ainda no mérito da questão.
O presidente Michel Temer desistiu de pedir a paralisação do inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) porque, tendo colocado contra si um prazo fatal, seria derrotado no plenário na quarta-feira, 24, e perderia, em conseqüência, o apoio político para continuar governando.
A maioria no STF tende a considerar que o ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava-Jato, agiu corretamente ao homologar a denúncia da Procuradoria-Geral da República e abrir o inquérito contra o presidente da República pelos indícios veementes que se encontram nos autos que, além do áudio da conversa, tem o relato detalhado do empresário Joesley Batista sobre o encontro com o presidente Temer.
A perícia do áudio seria feita no curso do inquérito, que não depende apenas dele para existir. Mesmo que ele venha a ser considerado prova inútil na sua totalidade, ainda resistirão os depoimentos de Joesley e seus executivos. Mesmo o áudio pode ser considerado válido em partes ou no todo, sendo aparentemente minoritária a tese de que, anulado o áudio, também seriam anuladas automaticamente as partes da delação premiada nele contidas.
A defesa do presidente Temer, ao contratar o perito Molina para a análise da fita, ganhou tempo e retirou da frente o prazo que havia sido colocado pelo próprio presidente da República. Mas também acrescentou novas incongruências à sua defesa, pois se houvesse certeza de que o áudio estava mesmo manipulado criminosamente, aí é que haveria razão para pedir o arquivamento do inquérito. Além do fato de que o perito fez sua análise sem ter o aparelho com que foi captado o áudio, o que ele dizia na véspera aos jornais que seria imprescindível. Esse pen drive está sendo enviado dos Estados Unidos e será analisado pela perícia técnica da Polícia Federal. 
Existe, por exemplo, a possibilidade de que esse tipo de tecnologia interrompa a gravação sempre que há um silêncio no diálogo, e recomece a gravar em seguida, o que justificaria uma eventual interrupção, sem que signifique que houve uma edição ou supressão de falas.
Os depoimentos de Joesley e Wesley Batista e seus executivos, gravados pelos procuradores do Ministério Público, têm a mesma importância que todas as demais delações, havendo apenas a necessidade de obter provas do que foi delatado. O áudio seria uma prova incontestável e aceleraria o inquérito, porém mesmo na sua ausência há outros elementos de prova, como as malas de dinheiro monitoradas pela Polícia Federal e os demais documentos entregues pelos delatores ao Ministério Público.

NO O ANTAGONISTA
PT com Temer?
Brasil Terça-feira, 23.05.17 09:56
O PT prefere que Michel Temer continue na presidência da República.
Segundo a Folha de S. Paulo, os petistas “avaliam que o desgaste do peemedebista redunda em benefícios para a legenda: Lula deixa de ser o principal alvo da mídia, cedendo lugar ao presidente. E o partido cresce nas ruas ao radicalizar o discurso e sugerir eleições diretas já.
O contrário seria verdadeiro: com Temer fora do cargo e sem foro privilegiado, investigado por procuradores de Curitiba ou de qualquer outra cidade, a força-tarefa dobraria a aposta na condenação de Lula”. Que já não poderia esgrimir com a mesma facilidade o argumento de perseguição política”.
Quem paga o advogado?
Brasil 23.05.17 09:50
Alberto Toron, advogado de Aécio Neves, organizou um jantar em homenagem a Cristiano Zanin e Valeska Teixeira, advogados de Lula.
Ele é advogado também de Fernando Bittar, o laranja de Lula que, ontem à tarde, foi denunciado pela Lava Jato por 44 atos de lavagem de dinheiro.
Aécio Neves disse que pediu malas de dinheiro à JBS para conseguir pagar os honorários de Alberto Toron.
Fernando Bittar tem renda para pagar sua defesa?
Rogério Rosso no Mané Garrincha
Brasil 23.05.17 09:10
O deputado Rogério Rosso recebeu propina da Andrade Gutierrez nas obras do estádio Mané Garrincha, segundo os investigadores da Panatenaico.
Seu caso foi encaminhado à PGR.
O arroz com pato de Marisa Letícia
Brasil 23.05.17 08:59
Paulo Vannuchi foi ministro dos Direitos Humanos de Lula.
Nos e-mails apreendidos pela Lava Jato, ele aparece cuidando do arroz com pato de Marisa Letícia - um assunto urgente.
A vassalagem dos assessores de Lula é assustadora.
Pelo comandante máximo da ORCRIM, um ministro de Estado pode se transformar em seu mordomo. Ou em seu arrecadador de propinas, como ocorreu no caso de Antonio Palocci.
O advogado majorado
Brasil 23.05.17 08:47
O advogado de Lula, Roberto Teixeira, foi denunciado pela Lava Jato por 18 atos de lavagem de dinheiro.
Bom churrasco.
Pedala, Lula
Brasil 23.05.17 08:27
A denúncia contra Lula pela reforma do sítio em Atibaia é arrasadora.
E os advogados do comandante máximo da ORCRIM escolheram o pior caminho para sua defesa - como sempre.

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