SEGUNDA EDIÇÃO DE 25-5-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NO O ANTAGONISTA
Janot: "Os irmãos Batista relataram o pagamento de propina a 2.000 autoridades"
Brasil 25.05.17 08:06
Rodrigo Janot bateu no Estadão, que condenou - num editorial escandaloso – os termos do acordo da PGR com a JBS:
“Um importante veículo de imprensa, em editorial, sintetizou as críticas: a) os áudios não foram periciados; b) o acordo foi brando com os colaboradores; c) o caso não deveria ter ido para o ministro Edson Fachin, mas sim levado à livre distribuição no plenário do STF. Fui tachado de irresponsável.
Pois bem. Os irmãos Batista, em troca dos benefícios, relataram o pagamento de propina a quase 2.000 autoridades do País, apresentaram provas muito consistentes, contas no exterior, gravações de crimes e auxiliaram na realização de ação controlada pela polícia. Tudo isso só foi possível nos termos acordados.
É verdade que os áudios ainda não foram periciados. Nesse ponto, é preciso esclarecer que o inquérito requerido ao STF, entre outras tantas coisas, serve para viabilizar a realização dessa diligência. Ao contrário do que se vem propagando, esses áudios, apesar do impacto para a opinião pública, são apenas uma pequena parte da colaboração. Há muitas outras provas que sustentam o acordo.
Finalmente, a última objeção é a prova de desconhecimento do editorialista acerca do que opinava. Os crimes revelados pelos colaboradores eram, ao menos em parte, direcionados a obstar as investigações da Lava Jato, as quais estão sob a condução do ministro Fachin - ou seja, são fatos conexos e, portanto, deveriam ser distribuídos a ele.
Só posso, assim, imputar à ignorância - pelo benefício da dúvida - certas críticas arrogantes lançadas sobre a atuação do Ministério Público Federal nesse caso. Parece-me leviandade julgar a escolha realizada sem examinar as provas e seu alcance, desconsiderando as circunstâncias concretas e a moldura de um sistema criminal leniente”.
O Brasil caducou
Brasil 25.05.17 07:03
O destino do Brasil está sendo decidido por septuagenários e octogenários.
Em particular, Fernando Henrique Cardoso, Lula e José Sarney.
Leia a reportagem da Folha de S. Paulo:
“As articulações para a substituição do presidente Michel Temer evoluíram nas três principais forças políticas do país –PMDB, PSDB e PT– e agora envolvem diretamente três ex-presidentes da República: Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e José Sarney”.
O país só vai voltar a andar depois que os velhos forem jogados ao mar.
#LulaNaCadeia
Brasil 25.05.17 06:27
Nelson Jobim tenta costurar um acordo para tirar Lula da cadeia.
As redes sociais respondem: #LulaNaCadeia.
O Brasil vai resistir aos torpedos do homem-submarino encarregado de afundar a Lava Jato.
O sim de Jobim
Brasil 25.05.17 06:17
Nelson Jobim está tentando costurar um acordo para tirar Lula da cadeia.
Esse é o seu papel.
Durante o evento do BTG Pactual, ontem à tarde, ele perguntou à plateia, segundo a Piauí:
“Valeria a pena ter o apoio do PT, e de Lula, em troca de algum benefício ao ex-presidente?”
A resposta de Nelson Jobim, o homem-submarino, é sim, sim, sim.
Os planos de Jobim
Brasil 25.05.17 06:02
Nelson Jobim, em evento do BTG Pactual, banco do qual é sócio, foi indagado se assumiria o Palácio do Planalto.
Ele respondeu, segundo a Piauí:
“Não contem comigo”.
Os planos de Esteves
Brasil 25.05.17 06:05
André Esteves, dono do BTG Pactual, vetou a candidatura de Nelson Jobim ao Palácio do Planalto.
Segundo a Piauí, Esteves sabe que, se Jobim tomasse o lugar de Michel Temer, seu nome seria arrastado novamente para o centro da Lava Jato.
E mais:
“Com Jobim no páreo, alguns planos de Esteves poderiam dar n’água. Há rumores de que o banqueiro estaria concluindo sua delação premiada, o que ele nega”.
Ministro da Defesa: "A PM não conseguiu"
Brasil 24.05.17 22:13
Raul Jungmann disse a Gerson Camarotti que as Forças Armadas precisaram ser acionadas porque "a PM não conseguiu" conter os atos de vandalismo, incluindo incêndios em ministérios que colocaram a vida dos servidores em risco.
A Força Nacional não seria suficiente, ainda segundo o ministro da Defesa, porque "só há 100 homens em Brasília". Boa parte dos agentes da Força Nacional está no Rio de Janeiro.
O DNA da "marcha"
Brasil Quarta-feira, 24.05.17 20:56
Os petistas continuarão colocando as depredações na Esplanada na conta dos tais "poucos vândalos infiltrados". Mas o DNA da "marcha" promovida pelas centrais sindicais e por movimentos de esquerda é violento por si só.
Quem acompanhou o grupo pela Esplanada ouviu discursos agressivos -- feitos por sindicalistas do alto de carros de som -- antes mesmo dos primeiros confrontos com a Polícia.
Um dos 'cantos' persistentes, por exemplo, pedia o fim da PM.
TEMER VETA ANISTIA A ILEGAIS
Brasil 24.05.17 20:22
No texto sancionado da Lei de Migração, obtido em primeira mão por O Antagonista, Michel Temer também vetou a anistia a ilegais que entraram no Brasil até julho de 2016.
Temer vetou integralmente o polêmico artigo 118 e todos os seus parágrafos.
Sem leniência, destino da J&F é incerto
Brasil 24.05.17 19:22
O risco para a J&F aumenta muitíssimo, caso o grupo não consiga fechar o acordo de leniência com o MPF em Brasília. A situação fica ainda mais delicada se a Caixa não renovar as linhas de crédito - já que a operação é muito alavancada.
Sem a leniência no Brasil, a J&F também terá problemas nas negociações com o Departamento de Justiça americano.
André Esteves nega delação
Brasil 24.05.17 18:46
Recebemos a seguinte nota da assessoria de imprensa de André Esteves:
"A defesa de André Esteves, sócio sênior do BTG Pactual, informa que não têm fundamento rumores que vêm circulando na mídia sobre um suposto acordo de delação premiada do empresário e reafirma que ele não cometeu qualquer irregularidade."
Baderna planejada
Brasil 24.05.17 17:41
O Antagonista insiste: a baderna de hoje foi planejada por petistas ontem à tarde, no Congresso.


NO BLOG DO NOBLAT
Temer, devolva as tropas aos quartéis!
25/05/2017 - 05h10
Ricardo Noblat
Como a popularidade do presidente Michel Temer ficou abaixo dos dois dígitos na mais recente pesquisa Datafolha, é possível que ela cresça alguns pontinhos no curto prazo com o uso de tropas do Exército e da Marinha para assegurar em Brasília o respeito à lei e à ordem.
Mas no médio e no longo prazo, Temer perderá com a decisão que tomou ontem, depois que um reduzido grupo de vândalos, não mais de 100 em meio a 35 mil manifestantes, atacou os prédios de oito ministérios saqueando três, pondo fogo em dois e conseguindo paralisar o governo.
A ordem só foi ameaçada de tal maneira por culpa do governo Temer. Rodrigo Rollemberg, governador do Distrito Federal, fez bem em lembrar que sua Polícia Militar, talvez a melhor do País, agiu com eficiência nas 151 manifestações que ocorreram em Brasília nos últimos dois anos.
O que houve desta vez? Protocolo Tático Integrado assinado pelos governos federal e distrital no mês passado diz que a segurança dos prédios públicos federais é responsabilidade da União. O governo local fez sua parte. O governo federal não fez a dele.
É fato que uma dezena de policiais disparou tiros para o alto. Não era para fazê-lo. E um dos policiais atirou nos manifestantes, ferindo um deles. Apure-se e puna-se com rigor quem procedeu assim. Mas o governo federal está obrigado a explicar por que não defendeu os prédios públicos.
Há mais para ser esclarecido. Temer disse por meio do ministro da Defesa que assinara o decreto de convocação de tropas militares para restabelecer a ordem em Brasília, a pedido de Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados. Não foi.
Maia pediu a ajuda de tropas da Força Nacional, formada por policiais militares, porque “a frente do prédio do Congresso estava um inferno” e ele corria o risco de ser invadido pela multidão. Como só havia 130 membros da Força Nacional na cidade, Temer chamou os militares.
Para alguns, foi sinal de que o País é governado por um presidente que zela pela ordem, uma de suas obrigações. Para muitos, que o presidente está tão enfraquecido que apela para os militares na esperança de recuperar parte da autoridade perdida no rastro da delação do grupo JBS.
Brasília anoiteceu com soldados do Exército passeando no gramado da Esplanada dos Ministérios. A cumprir-se, porém, os termos do decreto de Temer, pelos próximos sete dias 1.400 homens do Comando Militar do Planalto e do Grupo de Fuzileiros Navais cuidarão da ordem na cidade.
Se necessário, eles poderão se valer de blindados armados e deter pessoas consideradas em atitude suspeita. Poderão também implantar barreiras para dificultar ou impedir o livre acesso de estranhos às áreas guarnecidas pelos soldados. O mundo se deliciará ou se espantará com tais imagens.

NO BLOG DO MERVAL PEREIRA
Crises em Série
POR MERVAL PEREIRA
Quinta-feira, 25/05/2017 08:00
Em momentos como os que estamos vivendo, em que a legitimidade do presidente da República é posta em questionamento, equívocos, provocações e tentativas de colocar mais lenha na fogueira são comuns.
Vários exemplos se sucedem nos últimos dias, o mais alarmante a convocação das Forças Armadas para garantir a lei e a ordem pública, em vez da Força Nacional, como pediu o presidente da Câmara Rodrigo Maia. O ministro da Defesa explicou depois que a Força Nacional não tinha contingente suficiente para manter abordem. 
Mas, mesmo essa medida do presidente da República, que mais parece ter sido tomada como uma demonstração de que ainda está no comando da situação, não justifica a reação radicalizada da oposição, especialmente do PT e movimentos sociais a ele ligados, que quiseram transformá-la na decretação de Estado de Sítio ou de Emergência, situações nas quais há suspensão de direitos.
A GLO, como é referida nos meios militares, é uma operação conduzida pelas Forças Armadas de forma episódica, em que os militares agem em uma área restrita e por tempo determinado. Esse tipo de operação é permitida quando “agentes de perturbação da ordem” colocam em risco a integridade da população e o funcionamento das instituições.
Foi o que aconteceu ontem em Brasília, quando, a pretexto de protestar contra as reformas e pedir a saída do presidente Temer, o vandalismo tomou conta de partes da cidade, com prédios públicos sendo depredados e até incendiados, e motoristas foram atacados a pedradas nas principais vias da capital.
Em várias ocasiões essa operação foi feita em comunidades dominadas pelo tráfico no Rio de Janeiro e no Espírito Santo, com a greve da Polícia Militar. Na reunião da ONU sobre meio ambiente, a Rio + 20, em 2012; na Copa das Confederações da FIFA e na visita do Papa Francisco durante a Jornada Mundial da Juventude, em 2013; na Copa do Mundo 2014 e nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Portanto, não se justifica a tentativa oposicionista de criar uma crise institucional além da que já vivemos, e não são aceitáveis ações de vândalos para atingir resultados políticos numa democracia.
Curioso é que essa fúria oposicionista mostra-se artificial, uma busca de criar uma crise política maior do que já temos, pois o Comandante do Exército, General Vilas Bôas, revelou recentemente em entrevista às páginas amarelas da Veja que, durante o processo de impeachment da ex-presidente Dilma houve consultas informais ao Exército sobre a decretação de Estado de Emergência.
A manobra foi denunciada na época pelo senador Ronaldo Caiado, e o governo recebeu o recado de que o Exército não aceitaria participar dessa manobra. Outra clara provocação foi a Polícia Federal intimar por telefone para prestar depoimento o presidente Michel Temer, no inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal.
Um equívoco que teve conseqüências graves foi a divulgação de diversos áudios de diálogos de pessoas que estavam sendo investigadas sobre temas que nada tinham a ver com os processos em que são acusadas. Uma delas provocou um dano colateral grave na liberdade de expressão, ao atingir o jornalista Reinaldo Azevedo.
Sua conversa com Andrea Neves, irmã do senador Aécio Neves, revelou críticas pessoais sobre uma reportagem da revista Veja, onde trabalhava, o que acabou inviabilizando sua permanência na revista. As explicações da Polícia Federal e do Ministério Público são no sentido de que houve um erro na divulgação indiscriminada das conversas, mas há a desconfiança de que o jornalista teria sido vítima de uma vingança, pois vinha criticando diversos aspectos da atuação do Ministério Público na Operação Lava-Jato.
Se confirmada, essa atitude é uma grave agressão à liberdade de informação que não pode ser tolerada numa democracia.

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