PRIMEIRA EDIÇÃO DE 19-4-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
QUARTA-FEIRA,19 DE ABRIL DE 2017
É um velho amigo de Lula o “almirante Braga”, apontado por delatores como intermediário de propinas da Odebrecht pelo contrato no Prosub, bilionário programa de construção de submarinos. Trata-se na verdade do Comandante Braga, capitão de corveta aposentado, Carlos Henrique Ferreira Braga, tão ligado a Lula que até emprestou-lhe um avião para a campanha presidencial de 1989. No governo do amigo petista, Braga vendia remédios cubanos, mesmo aqueles já produzidos no Brasil, como aspirina.
Braga recebe amigos em seu apê na Av. Portugal, nº 80, vizinho ao Iate Clube do Rio, na Urca. Luxuoso demais para um militar da reserva.
A propina paga a Braga estava “embutida” no contrato da Odebrecht, dizem os delatores, e seria destinada a viúvas de vários almirantes.
Delatado por Luiz Eduardo Soares, ex-Odebrecht, o Comandante Braga é um milionário dono de 15 empresas, e conhecido pela ousadia.
Ex-almirante Othon Pinheiro, que foi presidente da Eletronuclear no governo Dilma e está condenado e preso por corrupção, também recebeu propina do contrato dos submarinos.
Venezuelanos denunciam que a polícia do semi-ditador Nicolás Maduro usa bombas de gás lacrimogêneo vencidas, compradas do Brasil, na repressão a manifestações contra o governo. As bombas foram adquiridas durante o governo Lula (PT), em 2010, mas seu prazo de validade, segundo fontes oficiais, venceu em 2015. Fotos de bombas de gás recolhidas por populares confirmam a data de validade vencida.
O deputado José Manuel Olivares denunciou que repressão política venezuelana usou gás vencido no “ataque” aos manifestantes.
Olivares também denunciou no Twitter que as forças policiais usaram bombas de “gás vermelho”, com produtos químicos desconhecidos.
“O Brasil, no governo Dilma, vendeu armas tóxicas e estamos sofrendo com isso”, brada o deputado oposicionista Luís Florido.
Marcelo Odebrecht admitiu em três delações diferentes que distribuía dinheiro em espécie a políticos e partidos. Só ao ex-tesoureiro preso do PT, João Vaccari Neto, ele entregou R$ 6 milhões em dinheiro vivo.
O ex-executivo da Odebrecht Energia, Henrique Valladares, preso na Lava Jato, reservou R$12 milhões para o PT. É o valor de compra do terreno da nova sede do Instituto Lula que acabou sendo devolvido.
Na Bahia, há uma certa desconfiança diante da ausência quase total de políticos baianos da lista de delatados pela Odebrecht, na Lava Jato. Político baiano sem receber grana da empreiteira? Chance zero.
Fontes da Lava Jato avaliam que o inquérito contra o ex-governador do DF, Agnelo Queiroz (PT), a partir da delação da Odebrecht, vai “crescer muito”, por envolver ao menos três grandes obras do seu governo.
A Embratur se complicou na licitação para contratar uma agência de comunicação digital por R$9 milhões. A vencedora, Talk, é de um amigo e conterrâneo do presidente da autarquia, Vinicius Lummertz. Além de tudo, a proposta é amadorística e fora dos padrões do edital.
Levantamento da Fábrica de Ideias em 3.732 notícias em jornais, sites e tevês, de 11 a 16 de abril, coloca em evidência o PMDB em 35% das citações negativas sobre a Lista de Fachin. PT tem 31%, o PSDB 26%.
Lula e Dilma foram os políticos mais citados no noticiário sobre a Lista de Fachin. Ele 949 vezes, ela em 876. Temer, 867. Os senadores Aécio (453) e Romero Jucá (375) e o ministro Eliseu Padilha (344) também estão no topo da lista do escândalo de delações da Odebrecht.
Passageiros da Latam foram mantidos em “cárcere privado” por 2h, a bordo do voo 3722 (para Brasília), no aeroporto de Congonhas, até acabar a carga horária da tripulação. A clientela desrespeitada só foi avisada da troca de tripulação 1h30 após embarcar. O voo dura 1h20.
As redes sociais não perdem a piada: “O Lula está que nem o Brasileirão de 1985... entre Bangu e Coritiba.”

NO DIÁRIO DO PODER
PENSE NUM ABSURDO
PRESIDENTE NOMEIA NA SECRETARIA DE PORTOS ALIADO DE RENAN E JÁDER INVESTIGADO PELA PF
TEMER CEDE A ESTA DUPLA E NOMEIA INVESTIGADO NA LAVA JATO
Publicado: terça-feira, 18 de abril de 2017 às 21:50 - Atualizado às 23:09
Redação
Na tentativa de conter a rebeldia do líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), e unificar o partido, o presidente Michel Temer nomeou para a Secretaria dos Portos o ex-senador Luiz Otávio Campos, um dos alvos da Operação Leviatã, desdobramento da Lava Jato. Campos é ligado ao senador Jáder Barbalho (PA) e também a Renan, de acordo com informações obtidas no Palácio do Planalto.
O novo secretário dos Portos era assessor especial do Ministério dos Transportes, comandado por Maurício Quintella (PR), mas foi demitido por ele em fevereiro. A dispensa ocorreu após a Polícia Federal cumprir mandados de busca e apreensão nas casas e escritórios dos acusados de receber propina na construção da hidrelétrica de Belo Monte (PA), entre os quais Campos, o senador Edison Lobão (PMDB-MA) e o filho dele, Márcio.
Renan ficou furioso com a atitude de Quintella, seu adversário político. Jáder e seu filho Hélder Barbalho, ministro da Integração Nacional, também não esconderam a insatisfação e chegaram a reclamar com Temer. 
Na prática, o novo secretário dos Portos virou o símbolo da disputa por cargos e prestígio político entre o PMDB do Senado, liderado por Renan, e o PR de Quintella. Agora, porém, Temer decidiu arbitrar o conflito, fazendo um gesto para acalmar o líder do PMDB, que até há poucos dias não parava de criticar a reforma da Previdência, as mudanças trabalhistas e os rumos da economia, sob o argumento de que o governo pecava por "improvisação".
Temer editou um decreto, na semana passada, criando a estrutura do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. Nela foi formalizada a Secretaria dos Portos, que havia deixado de existir com a reforma administrativa. A pasta administrará este ano uma carteira de contratos que movimentará R$ 1,4 bilhão de investimentos.
Ao montar a nova estrutura, o presidente nomeou Campos para o posto de secretário. Auxiliares de Temer disseram à reportagem que o ex-senador não precisará se reportar a Quintella. O ministro ficou inconformado e a situação tem todos os ingredientes para provocar mais um mal estar no governo.
Campos era secretário executivo de Hélder Barbalho em Portos no fim do governo da então presidente Dilma Rousseff. Quando Temer assumiu, em maio do ano passado, Hélder foi nomeado para Integração Nacional e a Secretaria dos Portos, que tinha status de ministério, foi incorporada a Transportes.
Apesar da resistência de Quintella, Hélder conseguiu que Campos fosse mantido na área de portos. O ex-senador estava contratado como assessor especial porque o cargo de secretário não existia formalmente. Em fevereiro, após a operação Leviatã, foi exonerado. Ele e Quintella não se falavam.
O presidente cogitou a possibilidade de recriar o Ministério dos Portos para agradar a Renan. O líder do PMDB desdenhou da oferta. "O PMDB se sente fora do governo, mas eu, pessoalmente, não quero cargo nenhum. Seria o meu completo esvaziamento na bancada", disse Renan no mês passado. "O que não podemos deixar de constatar é que há uma dificuldade nessa coalizão, na qual os partidos menores ocupam os maiores espaços."
Quintella quer concorrer a uma cadeira no Senado, em 2018, enfrentando Renan, que disputará a reeleição. Tanto o líder do PMDB como o governador de Alagoas, Renan Filho, foram citados nas delações de ex-executivos da Odebrecht e estão com dificuldades na campanha. Irritado com Temer, o senador chegou até mesmo a articular uma aproximação com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

MENSALÃO
MARCOS VALÉRIO PEGA NO RIO MAIS 18 ANOS E 9 MESES DE PRISÃO
SENTENÇA DO 'OFFICE BOY' É 6 VEZES MAIOR QUE A DO CHEFE DIRCEU
Publicado: terça-feira,18 de abril de 2017 às 21:34 - Atualizado às 21:35
Redação
A Justiça Federal no Rio condenou o empresário Marcos Valério, emblemático personagem do Mensalão, a 18 anos e nove meses de prisão por crimes de corrupção ativa e formação de quadrilha. A sentença é do juiz Vitor Barbosa Valpuesta, da 3.ª Vara Federal do Rio.
Já condenado a 37 anos no mensalão, o "office boy" do Mensalão do governo Lula, que cumpria o papel de distribuir o produto do dinheiro público roubado, está condenado a mais de 55 anos de reclusão - quase seis vezes mais que a pena do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, apontado no processo como o "chefe da quadrilha" e condenado a menos de dez anos de prisão.
Segundo acusação do Ministério Público Federal, Marcos Valério teria repassado propinas ao procurador da Fazenda, Glenio Sabbag Guedes - condenado na mesma ação a 22 anos de prisão. Também foram condenados dois ex-sócios de Valério, Rogério Lanza Toletino e José Roberto Moreira de Melo.
Tolentino pegou 22 anos e sete meses de cadeia. Moreira de Melo, 14 anos e sete meses.
O juiz condenou o grupo ao regime fechado, mas permitiu a todos que recorram em liberdade.
Todos os condenados vão recorrer ao Tribunal Regional Federal da 2.ª Região. Eles negam a prática de ilícitos.

CAIXA 2, SEMPRE
MONICA CONFIRMA QUE RECEBEU NO CAIXA 2 DINHEIRO DA CAMPANHA DE DILMA
MULHER DE JOÃO SANTANA DEPÕE E COMPLICA DILMA, LULA, PALOCCI...
Publicado: terça-feira,18 de abril de 2017 às 19:48 - Atualizado às 21:07
Redação
A empresária Monica Moura, mulher do marqueteiro de campanhas eleitorais do PT, João Santana confessou ao juiz federal Sérgio Moro nesta terça-feira, 18, o uso de Caixa 2. No início do mês, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou as delações premiadas do marqueteiro, de sua mulher e do funcionário do casal, André Reis Santana.
O magistrado questionou Monica se houve recebimento de pagamentos não contabilizados.
- “Sim”, respondeu.
Moro perguntou a frequência.
- “Frequente, Dr.. Todas as campanhas políticas que nós fizemos, todas da Polis e antes da Polis, quando eu era apenas uma funcionária de outras campanhas, de outros marqueteiros, sempre trabalhamos com caixa 2, com recursos não contabilizados, em todas as campanhas”, afirmou.
Monica Moura declarou que ela e João Santana trabalham juntos na Polis Propaganda, ‘que é nossa agência’, há 15 anos. “Nós somos casados, vivemos juntos há 18 anos.”
Segundo ela, o casal faz ‘Basicamente marketing político’.
- “Fazemos apenas a comunicação de campanhas políticas”, declarou. “Cuido de toda parte operacional e financeira da empresa.”
João Santana, declarou, era responsável pela ‘parte criativa, estratégia política das campanhas, das comunicações’.
Moro quis saber se o marqueteiro tinha ciência da movimentação financeira.
- “Tinha, tinha. Tudo o que eu fazia eu me reportava a ele, óbvio, como ele era meu chefe, apesar de sócio, ele era sócio majoritário e eu me reportava a ele todas as decisões, ele sabia de tudo”, afirmou Monica.
- “Recebiam também pagamentos contabilizados?”, perguntou Moro.
- “Sim, sim, sempre”, respondeu Monica.
- “No início, muito tempo atrás, a maioria era não contabilizado, porque isso era sempre uma exigência dos partidos, sempre, creio que não só para gente, acho que para todos os marqueteiros. Não acredito que exista um marqueteiro que trabalhe no Brasil fazendo campanha só com caixa 1, não acredito que exista, todos trabalham com caixa 2. Era uma exigência dos partidos que tivesse sempre a maior parte em caixa 2. Com o tempo, ao longo dos anos, nós fomos conseguindo, eu e João, posso dizer que foi uma luta árdua e frequente, fomos conseguindo aumentar o percentual. Na última campanha, nós já tivemos um valor maior de caixa 1 do que de caixa 2. Foi aumentando ao longo do tempo o valor contabilizado.”

OPERAÇÃO CALICUTE
MINISTRA DO STJ NEGA HABEAS CORPUS A EIKE, PRESO DESDE JANEIRO 
NÃO ADIANTOU O PRESO DIZER QUE DESEJA COLABORAR COM A JUSTIÇA
Publicado: terça-feira,18 de abril de 2017 às 22:49 - Atualizado às 22:53
Redação
Eike Batista foi preso em janeiro deste ano na Operação Eficiência, em um desdobramento da Calicute, operação da força-tarefa da Lava Jato sediada no Rio de Janeiro que culminou na prisão do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), em novembro de 2016.
A prisão preventiva de Eike foi requerida pelo Ministério Público Federal e cumprida com a chegada do empresário ao Brasil depois de viagem ao exterior. A defesa de Eike alegava que a sua liberdade não ameaçaria o processo, devido ao interesse dele em colaborar com as investigações.
Em sua decisão, a ministra Maria Thereza de Assis Moura destacou que o empresário foi apontado como participante da organização criminosa formada em torno de Sérgio Cabral.
O mérito do habeas corpus ainda será julgado pela Sexta Turma do STJ.

SUBSTITUÍRAM O CONGRESSO
Por Carlos Chagas
Quarta-feira, 19-4-2017
Nesse festival de horrores que a televisão apresenta todos os dias, por conta das atividades da Odebrecht, o primeiro prêmio vai para os parlamentares aquinhoados com propina por terem aprovado medidas provisórias favorecendo a empreiteira. Vale o mesmo para a votação de projetos de lei.
Quer dizer, na Câmara e no Senado existem ratos que votaram legislação beneficiando negócios escusos, recebendo milhões pelos serviços prestados. Valeria à pena o governo identificar que medidas provisórias e que leis foram editados dentro desse modelo. Não só para revogá-los, mas, em especial, para obter o ressarcimento do roubo.
Seria bom, também, identificar os líderes dos partidos comprometidos com a tramitação dos projetos fajutos.
O grave nessa substituição das obrigações parlamentares por dirigentes empresariais é que muitos deputados e senadores aprovaram sem saber a origem e os interesses daquilo que votaram. Alguns imaginaram estar prestando favores ao governo. Outros sequer cogitaram saber porque. Os bandidos, porém, não se esqueceram de cobrar pelos votos.
As investigações começaram a chegar aos governos estaduais. São de estarrecer. Também não escapam as prefeituras. Ninguém se espante se alguém gritar “teje todo mundo preso!”

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
#SanatórioGeral: Neurônio sem Cargo
Celso Arnaldo captura Dilma Rousseff na Howard University
Por Augusto Nunes
Terça-feira, 18 abr 2017, 22h47
“Passei a minha vida toda, dos 15 anos até os 62, eu acho, sei lá quantos anos eu tinha quando eu virei presidente, eu devia ter uns 64, por aí, eu passei dos 15 aos 64, fiz política a minha vida inteira, eu não tive nenhum cargo dos 15 aos 64. O primeiro cargo que eu tive foi ser presidente da República”. (Dilma Rousseff, a pior palestrante do mundo, na Howard University, em Washington, capturada por Celso Arnaldo, ao responder a uma pergunta sobre se voltaria ao poder, comprovando que não tem a menor ideia do que vem a ser um cargo, que não conhece sequer números singelos de sua biografia e que, só depois de ser deposta, convenceu-se de que foi presidente, não presidenta)

NO BLOG DO JOSIAS
OAS negocia incluir ministro do STJ em delação
Josias de Souza
Quarta-feira,19/04/2017 06:07
O Poder Judiciário está prestes a ser lançado no caldeirão da Lava Jato. A construtora OAS planeja entregar pelo menos um ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) na colaboração judicial que negocia com a Procuradoria-Geral da República, informa o jornal Valor, em notícia veiculada nesta quarta-feira. Lula também será alvejado.
Farão parte do rol de delatores da empreiteira mais de 20 executivos. A lista inclui o ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro; o dono da empresa, Cesar Mata Pires; e dois filhos do empresário. Há oito meses, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot suspendera a negociação de acordo com a OAS.
Janot irritara-se com o vazamento de dados relacionados ao ministro Dias Toffoli, do STF. Avaliou-se à época, na Procuradoria, que as informações não teriam potencial para encrencar Toffoli. O procurador-geral pisou no freio por avaliar que a própria OAS levara o nome do ministro às manchetes, para pressionar a Procuradoria a fechar o acordo. Por isso, levou o pé à porta.

Temer tenta retirar cartolas de dentro do coelho
Josias de Souza
Terça-feira,18/04/2017 21:21
É dura a vida de Michel Temer. No comando de um governo precário e lotado de suspeitos, o presidente se esforça para convencer um Congresso desmoralizado a aprovar reformas impopulares. Diante desse desafio estupendo, Temer ostenta o melhor discurso que pôde arranjar. Em encontro com deputado governistas, ele disse que é preciso “resistir” à situação delicada criada pela Lava Jato por meio do trabalho. Afirmou, com outras palavras, que o Congresso precisa se mostrar útil, para atenuar a desmoralização.
Temer parece tirar inspiração de uma conversa que teve com Fernando Henrique Cardoso. Numa fase em que o Supremo Tribunal Federal ainda não tinha jogado as delações da Odebrecht no ventilador, FHC disse a Temer que é nos momentos de caos que o Brasil costuma avançar. Foi assim, segundo ele, no governo Itamar Franco. O país vinha de um impeachment, o governo era de transição e o escândalo dos anões do Orçamento ardia nas manchetes. Com tudo isso, aprovou-se o Plano Real.
Temer vende aos aliados a tese de que a aprovação das reformas fará o PIB brasileiro crescer como um foguete. Com sua retórica exagerada, tenta convencer sua tropa de que é melhor servir o remédio amargo agora do que chegar às eleições de 2018 ainda sob os efeitos do câncer da recessão. Temer sabe que, se fraquejar no Congresso, seu governo perde o sentido. Disse à infantaria governista que não é hora de acoelhar-se. A imagem do coelho é sugestiva. Se Temer fosse um mágico, não bastaria tirar coelhos da cartola. Teria de tirar cartolas de dentro do coelho.

Câmara rejeita urgência para reforma trabalhista
Josias de Souza
Terça-feira,18/04/2017 19:11
Na primeira votação relevante depois da hecatombe política da Odebrecht, o governo de Michel Temer sofreu no início da noite desta terça-feira uma derrota no plenário da Câmara. Os partidos governistas não conseguiram arregimentar os votos necessários à aprovação de um requerimento de urgência para a tramitação da reforma trabalhista. O Planalto precisava de pelo menos 257 votos. Mas só conseguiu levar ao painel eletrônico 230 votos. Outros 163 deputados votaram contra o ritmo de toque de caixa. Veja aqui a íntegra da lista de votação.
A derrota foi um vexame político para o governo. Temer e seus operadores davam como certa a aprovação do pedido de urgência. Celebravam antecipadamente a aprovação da própria reforma da legislação trabalhista, que, em ritmo de toque de caixa, iria a voto antes do final do mês. Imaginava-se que o triunfo serviria de laboratório para a análise de outra reforma, a da Previdência, ainda mais encrespada. O problema é que só no dicionário o sucesso vem antes do trabalho. Os governistas esqueceram de providenciar o essencial: votos. Houve traições em penca.
O tropeço foi celebrado pela oposição aos gritos de 'Fora, Temer'. Parlamentares do PSOL e da Rede plantaram-se atrás da mesa diretora. Ergueram sobre a cabeça do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), hoje um dos principais aliados políticos de Temer, cartazes com inscrições tóxicas: ''Fim do foro privilegiado já'', ''Isso não é normal'' e ''Temer não é uma delação qualquer.''
Um detalhe potencializou o fiasco governista: horas antes, no início da manhã, os deputados supostamente aliados ao Planalto haviam tomado café da manhã com Temer, no Palácio do Jaburu. Ouviram apelos em favor das reformas. Estava entendido que a infantaria pegaria em lanças no plenário. Faltou mão-de-obra.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Quarta-feira, abril 19, 2017
LEI DA MIGRAÇÃO APROVADA: DESESPERADOS PELAS CIRCUNSTÂNCIAS, TUCANOS VIABILIZAM A INVASÃO DO BRASIL FAZENDO DOBRADINHA COM PT. O QUE DIRÁ JOÃO DORIA JR?
No Brasil sempre foi assim. Tudo que está ruim tende a piorar. Normalmente isso acontece de forma recorrente. E foi que se deu nesta terça-feira, 18, com a aprovação da deletéria Lei da Migração cujo texto simplesmente libera geral e coloca na lata do lixo a legislação que protegia os brasileiros, criada e sancionada pelo regime militar. 
Escrevi duas análise aqui no blog sobre o assunto, advertindo sobre o perigo de escancarar as fronteiras do Brasil à horda de migrantes, haja vista os exemplos da União Europeia e dos Estados Unidos. O governo do ex-Obama inundou os Estados Unidos de imigrantes ilegais. Calcula-se que há por lá em torno de 11 milhões de imigrantes, a maioria sem lenço e sem documento.
Prevaleceu a tese do globalismo esquerdista ditado pelos depravados da União Europeia, da ONU e de gente como o magnata George Soros. E foram artífices da aprovação dessa Lei de Migração que libera geral, o PSDB em aliança com o PT. Entende-se: ambos caíram em desgraça depois das últimas delações dos Odebrecht et caterva.
A grande mídia e seus jornalistas esquerdistas que já vinham apoiando a tramitação dessa Lei da Migração, proposta pelo Senador tucano Aloysio Nunes Ferreira, agora ministro das Relações Exteriores. Como revelei AQUI e AQUI no blog, grupos de lobistas de ONGs sustentadas com dinheiro de organizações estrangeiras, como a Open Society Foundation, de George Soros, entre outras, atuaram sem parar pela aprovação dessa lei espúria. De graça é que não é. Há grandes interesses internacionais por trás dessa jogada.
O mundo dá voltas, como se diz na gíria. No ano que vem haverá eleição presidencial. O PSDB, mal das pernas, tem como trunfo a candidatura presidencial do atual prefeito de São Paulo, João Doria Jr.. Dia desses, Doria andou pelas arábias tentando “vender São Paulo”, decidido a minimizar o estatismo estrumado pelo PT. Em sua recente viagem à Coréia do Sul, vestiu literalmente a carapuça, aquele capacete de ciclista e teria ficado impressionado com o ciclismo coreano...hummm...
Se Doria Jr. não sabe ou finge não saber, o ciclismo, como a liberação das drogas, faz parte do pacote da engenharia social globalista (nova forma de atuação do neocomunismo do século XXI). Aliás, seu chefe partidário, o Fernando Henrique Cardoso, é um defensor da liberação dos entorpecentes, por exemplo.
Dei apenas este pitaco para lembrar aos pretensos espertos do PSDB e ao próprio Doria Jr., que, depois do advento da internet e, sobretudo, das redes sociais, blogs e sites independentes, está cada vez mais difícil iludir os cidadãos. A cada segundo que passa mais e mais pessoas se ligam na internet e não dependem somente da grande mídia.
A traição dos senadores, em especial a tucanalha do PSDB fazendo dobradinha com a bandalha do PT no episódio de aprovação dessa Lei da Porteira Aberta, terá desdobramento político-eleitoral.
Seja como for tudo o que acontece em jogadas políticas tem efeitos inimagináveis. Se Michel Temer sancionar a Lei da Migração fica o dito pelo não dito? A reposta é não, porque o PSDB teve participação de destaque na aprovação e isso terá efeito no jogo sucessório, podendo sobrar para Doria Jr. 
Como diz o velho adágio, quem viver verá.


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