PRIMEIRA EDIÇÃO DE 27-3-2017 DO "DA MÍDIA SEM MORDAÇA"

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
SEGUNDA-FEIRA, 27 DE MARÇO DE 2017
Empresas banidas do mercado mundial de carnes, como consequência da Operação Carne Fraca, não vão deixar barato o prejuízo bilionário com a perda de clientes. E vai sobrar para vítimas que nada têm com isso: os contribuintes. A decisão, ainda não admitida publicamente, é exigir do governo do Brasil, na Justiça, reparação de danos que podem chegar anualmente a US$ 14 bilhões, equivalentes a R$ 40 bilhões. Só nos dez primeiros dias, o prejuízo apurado chega a quase meio bilhão de reais, segundo levantamento de entidades como a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC) e a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). 
O ministro Blairo Maggi (Agricultura) prevê 5 anos para que empresas brasileiras recuperem o mercado perdido. É só multiplicar por R$ 40 bi.
Antes da Operação Carne Fraca, o Brasil era o maior exportador mundial, responsável por mais de 15% de todo abastecimento mundial.
Tem havido uma fuga de importadores de carne. A China, que também havia banido o Brasil, suspendeu as restrições, assim como o Chile e o Egito.
Confirmadas as ações de indenização na Justiça, essa causa pode vir a ser maior da História movida contra o governo brasileiro.
O discurso no Congresso Nacional sobre respeito aos direitos das mulheres tem ficado apenas no gogó. Na prática, levantamento desta coluna revela que das 53 servidoras que tiraram licença maternidade no período de janeiro de 2015 a fevereiro de 2017, quase metade (25) foi punida pelos respectivos chefes deputados com exoneração ou redução salarial. Há caso de demissão no dia do retorno da licença.
Até a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher teve ex-gestantes exoneradas quando voltaram da licença.
Há situações de novas mães que recebiam R$ 18 mil antes da licença e foram rebaixadas a cargos de R$ 1,7 mil.
A maior parte das exonerações se dá nos primeiros dois meses devido a férias emendadas à licença maternidade.
Acionistas da BRF, controladora da Sadia e da Perdigão, ainda lamentarão muito a Carne Fraca. Em 2015, o lucro líquido do grupo foi de 34%, o que rendeu R$ 991 milhões de dividendos. Valor recorde.
Apesar do discurso oficial em contrário, o chanceler Aloysio Nunes tem surpreendido diplomatas, no Itamaraty, com seu evidente desinteresse pelas questões econômicas. Político experiente, prefere o lero-lero.
As cadeiras dos ministros Henrique Neves e Luciana Lóssio, prestes a concluírem seus mandatos no Tribunal Superior Eleitoral, devem ser ocupadas pelos ministros substitutos Tarcísio Vieira de Carvalho Neto e Admar Gonzaga Neto, tão queridos quanto admirados no TSE.
A Polícia Federal contabiliza o cumprimento de 752 mandados de busca e apreensão na Lava Jato. Curiosamente, o Ministério Público Federal apresenta outro levantamento: 917.
A advogada-geral da União, Grace Mendonça, costura um grande acordo para as ações contra os planos econômicos Collor e Bresser. Se homologado pelo Supremo, injetará até R$ 1,5 bilhão na economia.
Estudo técnico realizado pelo Senado mostra que a aprovação da reforma da Previdência, fixando idade mínima em 65 anos, reduz gasto do governo com aposentadorias de 7% para 1,4% do PIB, em 2041.
Uma maquete com uma cidade fictícia será exposta no Congresso esta semana. Nela, expositores pretendem mostrar o que seria possível fazer e construir com o dinheiro perdido com o contrabando no Brasil.
O presidente Michel Temer recebe em audiência no Palácio do Planalto, nesta segunda-feira, o presidente-executivo da General Motors, Daniel Ammann. O tema da conversa não foi informado.
…bom mesmo seria terceirizar alguns políticos e sindicalistas que são contrários a Lei de Terceirização.

NO DIÁRIO DO PODER
#VEMPRARUA
PROTESTO NA AVENIDA PAULISTA POUPA TEMER E CRITICA LISTA FECHADA
LUGAR DE LULA NÃO É O PALANQUE E SIM A CADEIA, DIZ ATIVISTA
Publicado: domingo, 26 de março de 2017 às 17:38 - Atualizado às 21:19
Redação
Os grupos que lideraram as manifestações pelo impeachment de Dilma Rousseff voltaram às ruas nesse domingo, 26, para defender a Operação Lava Jato e protestar contra a introdução da lista fechada com financiamento público eleitoral na reforma política. O público, porém, foi consideravelmente o menor de todos os atos que aconteceram na Avenida Paulista entre 2015 e 2016.
Os políticos, que no ano passado disputaram os microfones, dessa vez não apareceram. Entre os poucos que se arriscaram no ato estavam o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) e o deputado Major Olímpio (SD-SP). Apesar de críticas pontuais, o presidente Michel Temer (PMDB) foi poupado, enquanto o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, foi criticado.
"Gilmar Mendes é uma vergonha nacional. Não está fazendo papel de juiz, mas de político", disse no microfone o advogado Luiz Flávio Gomes, líder do grupo "Quero um Brasil ético". Os organizadores não fizeram ainda estimativas oficiais, mas parte deles fala em 10 mil pessoas. A PM não divulgou a quantidade de presentes.
Os presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Eunício Oliveira (PMDB-CE), além do senador Aécio Neves (PSDB-MG), também foram criticados. Eles são acusados por parte dos manifestantes de tentarem promover um acordo para salvar a classe política diante das relações da Odebrecht.
O público não é maior que um dia normal de domingo, quando a Paulista fica fechada aos carros. No trecho de maior concentração, em frente ao Masp, onde está o carro do Vem Pra Rua, o público não lota nem um quarteirão.
"Deve ter umas 10 mil pessoas aqui, o que não é uma derrota. O tema agora é mais técnico", disse ao Estado Luiz Philippe Orleans de Bragança, trisneto da princesa Isabel e líder do Acorda Brasil.
No dia 13 de março do ano passado, o movimento atingiu seu ápice e reuniu 1 milhão de pessoas na Paulista, segundo os organizadores.
Líder do Vem Pra Rua, Rogério Chequer concorda que a pauta agora é mais complexa. "A pauta agora não é tão simples e binária como o Fora Dilma e o impeachment", afirma.
Os oito grupos que levaram carros de som para a Avenida Paulista convergiram sobre a defesa genérica da Lava Jato, o repúdio a qualquer tipo de anistia ao caixa 2, e contra a proposta de adotar lista fechada eleitoral com financiamento público. Mas existem algumas divergências. O NasRuas adotou lema "Armas pela vida" e espalhou faixas contra o estatuto do desarmamento.
Os "intervencionistas", por sua vez, defenderam a intervenção dos militares e os monarquistas pediram a volta da família real ao poder.
O MBL, como de costume, aproveitou para promover seus líderes e potenciais candidatos em 2018. Camisetas e faixas com o nome a imagem de Kim Kataguiri foram colocadas em pontos estratégicos.
Em um discurso para um público esvaziado, o vereador Fernando Holiday (DEM-SP), coordenador nacional do MBL, focou críticas contra os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff e o PT.
"O lugar de Lula não é no palanque. É na cadeia. Lula foi o chefe de quadrilha mais poderoso do país", disse. Segundo ele, Dilma não pode mais ostentar o título de mulher honrada. "Ela sabia das doações da Odebrecht".

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
Deonísio da Silva (De Onde Vêm As Palavras): Ovelha negra da família e bode expiatório
De repente, um segmento da economia brasileira que mais orgulhava o Brasil no mundo deixou de ser bênção e virou maldição
Por Augusto Nunes
Domingo, 26 mar 2017, 11h23
A ovelha negra da família é irmã do bode expiatório. A cantora Rita Lee contribuiu para deixar esta ovelha ainda mais popular, ao torná-la um sucesso de nosso cancioneiro: “Levava uma vida sossegada/ Gostava de sombra e água fresca/ Foi quando meu pai me disse:/ “Filha, você é a Ovelha Negra da família/ Agora é hora de você assumir e sumir”.
Cada um de nós pode identificar a ovelha negra, seja qual for o ambiente. Ela não está apenas na família. Está na escola, na universidade, no seu local de trabalho, no trânsito, na Câmara, no Senado, no STF e, principalmente, nos noticiários.
A atual ovelha negra da família estava homiziada nos rebanhos do agronegócio e jazia bem quietinha nos frigoríficos. De repente, um segmento da economia brasileira que mais orgulhava o Brasil no mundo deixou de ser bênção e virou maldição. Bem, mas se aparência e essência fossem a mesma coisa, a ciência seria desnecessária.
Os agroboys e as agrogirls estavam tranquilos no seu agrobusiness quando outros neologismos invadiram o mundo deles e nem todos vinham do Inglês. A mídia passou a falar em herbicidas, transgênicos, agrotóxicos etc. E muitos redatores, que pouco ou nada sabiam da fome e da subnutrição dos tempos do jeca-tatu, tiveram que falar e escrever sobre estes temas, sem jamais terem sido apresentados a uma vaca, a um boi, a uma ovelha, a algumas galinhas.
E foi assim que o agronegócio pagou o pato, e a ovelha negra da família passou rapidamente a bode expiatório. Os dois, inspirados no mundo agrário e pastoril, vieram de civilizações pré-cristãs.
Na Ilíada, obra em que o poeta grego Homero narra a Guerra de Troia, ocorrida no século XIII a.C., mas trazida para a escrita por volta do século VI a.C., o rei Príamo, fazendo as vezes de sacerdote, ofereceu em sacrifício uma ovelha negra para selar o pacto guerreiro de Páris e Menelau. A expressão migrou para o mundo das metáforas e passou a designar a pessoa tida como culpada de tudo no meio em que vive, sendo oferecida em sacrifício nas falas, isto é, nas fofocas.
Já o bode expiatório é da tradição hebraica e deve ter surgido por volta do século XVI a.C. – estas datas todas são muito imprecisas – pois aparece na Bíblia, no terceiro livro do Pentateuco, o Levítico. Descreve o rito de declarar culpado pelos pecados de todos um animal inocente, levá-lo ao altar para este ato e depois conduzi-lo ao deserto. Lá, o animal é abandonado para morrer. De fome, provavelmente.
SBT, Record e RedeTV! anunciam saída da TV paga 
As emissoras não aceitam oferecer sua programação digital gratuitamente para as empresas de televisão a cabo 
Por Da Redação 
Sábado, 25 mar 2017, 17h17 - Atualizado em 25 mar 2017, 17h21 
Agora é oficial. Os canais SBT, Record e Rede TV! não estarão mais na grade de programação das televisões por assinatura NET, Claro, Embratel, Vivo, Oi e Sky a partir do dia 29 de março, próxima quarta-feira. A empresa Simba Content, criada pelas emissoras para cuidar do assunto, não aceita mais oferecer o sinal de graça para a TV paga, agora que apenas o sinal digital funcionará em São Paulo. 
“Informamos que a partir do dia 29 de março, quando o sinal analógico de televisão será desligado em São Paulo, as emissoras Record TV, RedeTV! e SBT deixarão de exibir simultaneamente suas programações nas operadoras pagas NET, Claro, Embratel, Vivo, Oi e Sky”, afirma a nota oficial, veiculada na programação dos canais (assista abaixo). 
A maior reclamação das três emissoras é que as empresas de televisão fechada não concordaram em pagar pelos direitos de transmissão do sinal digital de seus canais, procedimento natural para exibir a programação de TVs nacionais e estrangeiras. “Lamentamos não termos chegado a um acordo com as operadoras, porque quem perde com isso é o público brasileiro”, diz o texto. 
Confira a nota oficial completa:
“Informamos que a partir do dia 29 de março, quando o sinal analógico de televisão será desligado em São Paulo, as emissoras Record TV, RedeTV! e SBT deixarão de exibir simultaneamente suas programações nas operadoras pagas NET, Claro, Embratel, Vivo, Oi e Sky. Estas empresas ainda não concordaram em pagar pelos direitos de transmissão do sinal digital de Record TV, SBT e RedeTV!, ao contrário do que já fazem com canais estrangeiros e com outras emissoras nacionais. Juntas, as três emissoras detêm grande parte da audiência da TV aberta e paga. Lamentamos não termos chegado a um acordo com as operadoras, porque quem perde com isso é o público brasileiro. Faremos todos os esforços para que nossa programação esteja no seu pacote de TV por assinatura. Esclarecemos que a TV aberta continua gratuita e, agora, com qualidade digital.” 

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
Ciro diz receber Moro a bala! E Ferreira Gullar brega, mas chique 
O que fazem o político do PDT e um dos maiores poetas do país num mesmo post? Bem, leitor, você vai entender. Quem sabe um exercício de estilo... 
Por Reinaldo Azevedo 
Segunda-feira, 27 mar 2017, 03h17 
Ai, ai… 
Ciro Gomes, o cearense nascido por engano em Pindamonhangaba (SP), é mesmo como um peixe! 
Aliás, posso começar este post com uma, digamos, metáfora virtuosa sobre o bichinho. Virtuosa e até amorosa. Um dos maiores sucessos de Fagner, filho ilustre do Ceará, é “Borbulhas de Amor”. Quem não conhece os versos mais bregas e chiques cantados em português? Eis aqui: “Quem dera ser um peixe/ Para em teu límpido aquário mergulhar/ Fazer borbulhas de amor pra te encantar/ Passar a noite em claro/ Dentro de ti”. 
(...)
“Brega e chique?” Já chego lá. 
Peixe e peixeira
Bem, queridos. O peixe da música fazia borbulhas de amor à luz da lua. Ciro, não há como, parece ter a sina de morrer pela boca. 
Ele concedeu uma entrevista na terça-feira, 21, a uma página da Internet com algumas críticas à Lava Jato. E até disse coisas pertinentes. Censurou, por exemplo, o espetáculo midiático de Deltan Dallagnol no caso do polêmico PowerPoint. Aquilo foi mesmo um espetáculo deplorável. Quem falava? Era o defensor do Estado de Direito? 
Não exatamente! 
Era o “coroné”, o “nhonhô”, aquele que, à diferença do peixe que faz borbulhas de amor, prefere a peixeira. Ou, como se verá, o “parabelo”… 
Veja o que ele disse ao se referir à condução coercitiva de um blogueiro petista: 
Registre-se em texto:
“Hoje, esse Moro resolveu prender um blogueiro. Ele que me mande prender. Eu recebo a turma dele na bala”. 
Eita! Como é macho esse Ciro Gomes! Como fala tudo o que lhe dá na veneta! 
Na eleição de 1998, candidato à Presidência pelo PPS, resolveu sair no braço com um eleitor. Foi contido por seguranças. Despencou nas intenções de voto. Voltou à carga em 2002, pelo mesmo partido. Chegou a ficar em segundo lugar. Especulava-se se podia tomar o primeiro de Lula. Aí ele disse que a função de Patrícia Pillar na campanha, então sua mulher e atriz conhecida e respeitada, era dormir com ele. Terminou em quarto. 
Visto como pré-candidato para 2018, agora pelo PDT, ele promete, caso Moro mande prendê-lo, “receber a turma dele [do juiz] na bala”. Ciro, como alguns setores da direita e da extrema direita, também deve ser favorável à revisão do Estatuto do Desarmamento. Aliás, por que não o escolhem paraninfo ou orador da turma? 
Bem, se esse Brasil hipotético de Ciro não for uma ditadura, e Moro, um ditador, suponho que a “turma” seria…a Polícia Federal. Com Corisco não se brinca! 
Como é mesmo? 
“Se entrega Corisco!/ Eu não me entrego não/ (…) Eu me entrego só na morte de parabelo na mão”. 
Ciro Gomes, o peixe que não faz borbulhas de amor à luz da lua, morre pela boca! 
Brega e chique
Agora uma coisa que ficou solta lá atrás. Afirmei que aquela música cantada por Fagner, um de seus maiores sucessos, é um clássico do brega, mas também é chique. A obra é do dominicano Juan Luiz Guerra e se chama… “Borbujas de amor”. Sim, a original é bem pior. Ocorre que na versão em português, vejam vocês!, é de autoria de um dos maiores poetas brasileiros de todos os tempos: nada menos do que Ferreira Gullar, que morreu no dia 4 de dezembro do ano passado. 
Sim: “para em teu límpido aquário mergulhar” é de lascar! Mas até no cafona, eis a nota do gênio. Está na letra original: “Tengo un corazón/ Que madruga adonde quiera”. E ficou assim a de Gullar: “Tenho um coração/ Bem melhor que não tivera”. Ou você sabe por que isso, em si, é bom. Ou nunca saberá. É como um gesto elegante. Ou é ou nunca será. 
Ferreira Gullar teve um gato chamado Gatito. Quando o bicho morreu, o poeta entrou em depressão. Em março de 2014, escreveu uma crônica de mestre (aqui): “Quisera ser um gato”. 
Viram? Dá ser chique até falando de Ciro Gomes! 

NO BLOG DO JOSIAS
Relator apressa voto que Temer preferia atrasar
Josias de Souza
Segunda-feira, 27/03/2017 05:51
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Relator do processo que pode resultar na cassação do mandato de Michel Temer e na inelegibilidade de Dilma Rousseff, o ministro Herman Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral, se equipa para divulgar o seu voto nos próximos dias. Deve-se a corrida contra o relógio à tentativa do relator de se contrapor às manobras do Palácio do Planalto para retardar o julgamento. O governo dá de barato que a posição de Benjamin será a favor da interrupção do mandato do presidente.
Os operadores políticos do governo se movem com a sutileza de uma manada de elefantes. Levam o pé ao freio para permitir que Temer interfira no colegiado que irá julgá-lo. Dois ministros estão na bica de deixar o tribunal. Henrique Neves sairá em 16 de abril. Luciana Lóssio, em 5 de maio. Conforme já noticiado aqui, Temer indicará como substitutos, respectivamente, os advogados Admar Gonzaga e Tarcísio Vieira de Carvalho Neto.
O relator Benjamin prefere abrir o julgamento com a composição atual do TSE, oferecendo aos ministros que vão embora a oportunidade de acompanhá-lo em seu voto. Por mal dos pecados, a data da saída de Henrique Neves cairá no Domingo de Páscoa. Que será precedido do feriado da Sexta-feira Santa (14/04). Não é negligenciável a hipótese de o TSE enforcar a semana. Daí a pressa de Benjamin.
Depois de pronto, o voto do relator vai à mesa do presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, a quem cabe marcar a data para o início do julgamento. Gilmar é, hoje, um dos principais conselheiros de Temer.

NO O ANTAGONISTA
PT e PMDB novamente juntos
Brasil 27.03.17 06:45
Para tentar manter o foro privilegiado, o presidente do Senado, Eunício Oliveira, uniu-se ao petista Camilo Santana, governador do Ceará.
O Estadão explica:
“Eunício tinha planos de disputar de novo o governo do Ceará mas, segundo aliados, mudou de ideia. Para tanto, vem se aproximando do governador Camilo Santana, que o derrotou em 2014.
Eunício, conforme interlocutores, não descarta uma aliança com o petista para concorrer ao Senado na chapa do governador.
Caso concorra ao governo do Estado, o peemedebista pode não ser eleito e perder a prerrogativa de foro”.
Unidos pela Odebrecht
Brasil 27.03.17 06:22
O maior aliado de Lula é Renan Calheiros.
A sociedade entre ambos, escancarada nas planilhas da Odebrecht, continua viva.
Diz o Estadão:
“Réu no STF, Renan é candidato a um novo mandato e se movimenta cada vez mais para se descolar do governo de Michel Temer, aproximando-se de Luiz Inácio Lula da Silva”.
Na verdade, os dois sócios nunca se afastaram.
À espera do Judiciário
Brasil 27.03.17 06:20
Os movimentos de rua, no ano passado, foram fundamentais para colocar o Brasil no caminho da normalidade.
E num lugar normal, em que o Estado funciona, ninguém precisa sair às ruas.
A sociedade já cumpriu o seu papel. Agora é a vez do Judiciário.
Ruas vazias
Brasil 27.03.17 06:14
As pessoas só enchem as ruas quando há um vazio institucional.
O impeachment preencheu parte desse vazio. E os depoimentos da Odebrecht preencheram o resto.
Bem ou mal, Michel Temer governa. E a Lava Jato continua a combater a impunidade.
A sociedade só vai voltar às ruas se houver um golpe legislativo para anistiar a ORCRIM.
Pergunta a Ciro Gomes
Brasil Domingo,26.03.17 19:45
Um candidato a presidente da República pode bravatear que receberia "na bala" policiais munidos de um mandado de prisão?
Dallagnol: “Lava Jato pode virar uma Mãos Limpas até 2022”
Brasil 26.03.17 19:42
O fantasma da operação Mãos Limpas, que culminou numa grande pizza na Itália, ainda assusta Deltan Dallagnol. E há até prazo para que a Lava Jato descambe: 2022. Veja o que disse ao Correio Braziliense:
- A reação dos políticos do Brasil pode ter o poder que eles tiveram na Itália para reverter os ganhos da operação Lava-Jato, em comparação às Mãos Limpas?
- Sim. Pessoas têm memória curta. Na Itália, a maior parte do esvaziamento da operação começou depois de decorridos oito anos do início da investigação. É como se, em 2022, os políticos envolvidos na Lava-Jato fossem discutir uma autoanistia. Por isso é preciso que a sociedade persevere e insista em reformas que promovam mudanças contra a corrupção e não a favor dela.
A tramoia de Cuba e PT contra o Brasil
Brasil 26.03.17 11:50
Em editorial, o Estadão abordou a tramoia urdida pela ditadura de Cuba com o seus comparsas petistas, para atacar o governo brasileiro.
Cuba apresentou uma resolução no Conselho de Direitos Humanos da ONU, em que pede atenção aos “efeitos da dívida externa e outras obrigações financeiras internacionais na total satisfação dos direitos humanos”, afirmando que “programas de ajustes estruturais e políticas de condicionalidades limitam gastos públicos, impõem tetos de despesas e dão atenção inadequada à provisão de serviços sociais, e somente alguns países conseguem alcançar um crescimento sustentável mais alto sob esses programas”.
"A representação do Brasil no conselho entendeu que o trecho era uma crítica direta ao esforço do governo Temer para reequilibrar as contas públicas, destruídas pela incompetência e pelo voluntarismo estatista dos governos do PT. Por isso, os diplomatas brasileiros tentaram negociar a retirada dessa menção, para evitar que fosse necessário votar contra – algo que o Brasil jamais havia feito no conselho."
A resolução, claro, foi aprovada pela ONU, mas o Brasil se posicionou "claramente contra essa tentativa malandra de constranger o País e distorcer o genuíno esforço para reorganizar a economia e, assim, conservar a capacidade do Estado de atender a população mais pobre".

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