PRIMEIRA EDIÇÃO DE 26-02-2017 DO "DA MÍDIA SEM MORDAÇA"

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
DOMINGO, 26 DE FEVEREIRO DE 2017
Apesar da imagem desgastada do presidente nacional do PSDB, em razão de citações no âmbito da Lava Jato, o senador Aécio Neves (MG) continua sendo o adversário mais temido pelo PT, que faz dele seu principal alvo, atacando-o no parlamento e nas redes sociais. Nem mesmo as derrotas eleitorais constrangedoras de Aécio em Minas Gerais, reduto do tucano, diminuíram o temor que ele inspira no PT.
Nas redes sociais controladas por simpatizantes petistas, Aécio é o mais xingado, de longe. Atacam sua honra, sua família, sua história.
Adversários se preocupam porque sabem que Aécio se tornou, em 2014, no tucano mais bem votado da História: 51.041.155 de votos.
Apesar de derrotas seguidas, a votação do PSDB aumenta há 15 anos: 33,3 milhões em 2002, 37,5 milhões em 2006, 43,7 milhões em 2010.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi eleito presidente em 1994 com 34,3 milhões, e reeleito em 1998 com 35,9 milhões.
O presidente Michel Temer ainda não vê razões para se preocupar com as medidas do novo presidente Donald Trump. Até já conversaram por telefone, em clima cordial, e depois foi a vez de o vice-presidente Mike Pence ligar, reafirmando o desejo do governo dos Estados Unidos de manter com o Brasil o melhor relacionamento. Na conversa, Pence disse que ligaria também para os presidente da Argentina e do Chile.
Na conversa com Temer, o vice-presidente dos EUA destacou que a prioridade deve ser mesmo o aprofundamento do comércio bilateral.
Brasil não leva a sério, hoje, afirmação do então pré-candidato Trump, em 2015, acusando China, Japão, Índia e Brasil de “roubar” empregos.
O Itamaraty chegou a se preocupar, mas depois descobriu que era falsa a notícia de que Trump xingou os brasileiros de “porcos latinos”.
Esta semana uma pane atingiu os sistemas de informática da Polícia Federal. O incidente causou pânico nos dirigentes, que ordenaram que todas senhas de e-mails oficiais fossem trocadas imediatamente.
Leandro Daiello é um dos diretores há mais tempo no cargo na Polícia Federal; seis anos. Com operadores do PMDB na mira da Lava Jato, o novo ministro da Justiça sofrerá pressão para mudar o comando da PF.
Apesar de distribuídos gratuitamente nos postos de saúde, o folião que for comprar preservativos para aproveitar a festa vai pagar ao governo, em média, o menor percentual de imposto embutido no preço: 18,75%.
De acordo com o Cadastro Nacional de Adoção, entre 2015 e 2016 aumentou substancialmente o número de crianças e adolescentes aptos para adoção. Eram 29,7 mil antes, agora são 34,6 mil.
Em contrapartida, no mesmo período, cresceu também o número de adultos em condições legais de adotar. Em 2015 eram 65,8 mil pessoas. O número saltou para 75,9 mil pretendentes em 2016.
Além de ter de gastar 77% do orçamento em salários, o governador Rodrigo Rollemberg (DF) foi condenado a pagar R$115 mil a empresa que não recebeu pela construção de escola no governo... Agnelo (PT).
Em 2014, o suplente de Osmar Serraglio, Rodrigo Rocha Loures, tentou ser deputado federal pelo PMDB, mas não se elegeu com seus 58 mil votos. Ele perdeu a vaga na Câmara pelo coeficiente eleitoral.
...após retirar a vesícula, o presidente do Senado, Eunício Oliveira, se livrou de pedrinhas. Agora faltam as pedreiras... no Senado.

NO DIÁRIO DO PODER 
O SENTIMENTO DO MEDO
Por Carlos Chagas
Domingo, 26-02-2017
Vale recontar a história. Juscelino Kubitschek era governador de Minas, candidato declarado à presidência da República, mesmo que o PSD ainda não tivesse realizado sua convenção. Tinha audiência com Café Filho, presidente, e informou aos jornalistas, no palácio do Catete, que não trataria de política, mas da questão do café, cujo preço desagradava os fazendeiros mineiros. Ao entrar no gabinete presidencial, foi surpreendido com exagerados gestos de euforia. De início, Café levou-o à sua mesa de trabalho, insistindo para que sentasse na cadeira presidencial. Meio constrangido, JK sentou, mas espantou-se pela mudança de tratamento do anfitrião, que disse rispidamente: “pois essa foi a primeira e a última vez que ocupou esse lugar. Você não será presidente, pois os militares não querem!”
Café mostrou ao governador um manifesto que havia recebido dos generais, alertando para a inconveniência da candidatura de Juscelino e pregando alguém de união nacional, certamente algum deles.
A audiência estava terminada e o candidato desceu ao andar térreo, onde ficava a sala de imprensa. Os repórteres nada sabiam daquele estranho diálogo e indagaram sobre o problema dos preços do café. Juscelino, de pronto replicou: “de que café você está falando, o vegetal ou o animal?”
Naquela noite, as emissoras de rádio divulgaram o manifesto militar, e todos queriam saber da reação do governador. Foi quando ele produziu uma das frases mais contundentes daquele período: “sou candidato, não recuo, porque Deus poupou-me o sentimento do medo!”
Oficializado pela convenção do PSD, ganhou e tomou posse, mesmo precedida por grave crise institucional, a deposição de Café Filho pelo ministro da Guerra, general Henrique Lott.
Por que se recorda o episódio? Porque o Lula é candidato, mas contestado pelas mesmas forças reacionárias de sempre. Repetirá o comentário de JK?

NO BLOG DO JOSIAS
Eliseu Padilha virou uma demissão incontornável
Josias de Souza
Domingo, 26/02/2017 02:19
MODELO DE DEMISSÃO DE MINISTROS A PRAZO PERDEU A VALIDADE
Instituído por Michel Temer há 13 dias, o modelo de demissão de ministros em suaves prestações já está com o prazo de validade vencido. Ministros denunciados pela Procuradoria na Lava Jato, esclareceu Temer, amargariam um afastamento temporário, conservando o salário e o privilégio de foro. Convertidos em réus pelo Supremo Tribunal Federal, os ministros seriam, aí sim, mandados ao olho da rua. Eliseu Padilha, o chefe da Casa Civil, ainda não foi denunciado. Tampouco virou réu. Entretanto, embora a ficha de Temer ainda não tenha caído, a demissão do chefe da Casa Civil tornou-se incontornável. Até aliados do presidente já admitem em privado que o mais conveniente seria que o ministro, licenciado por problemas de saúde, não retornasse.
Temer enxerga em Eliseu Padilha uma honestidade incrível. Mas o braço brasiliense da força-tarefa da Operação Lava Jato passou a ver no ministro uma inocência inacreditável. A incredulidade dos investigadores cresceu depois que o ex-assessor presidencial José Yunes veio aos holofotes para dizer que recebeu, a pedido de Padilha, um envelope levado pelo doleiro Lúcio Funaro. O enredo tem pontos de contato com as delações da Odebrecht, que indicam o escritório paulista de Yunes como um dos endereços de entrega de parte dos R$ 10 milhões que Temer solicitou a Marcelo Odebrecht em 2014.
Em política, não adianta brigar com o inevitável. Diante de um pé d’água, a primeira coisa a fazer é encontrar um guarda-chuva. A segunda, é abrir o guarda-chuva. A terceira, é tentar se molhar o mínimo possível. Alcançado por um temporal, Padilha deixou Temer ensopado. O modelo de demissão a prazo — afastamento na denúncia e exoneração no envio ao banco dos réus — deixou o almoxarifado do Planalto sem guarda-chuvas. A fórmula pode interessar aos ministros que estão na chuva. Mas mantém a reputação do presidente, já encharcada, à mercê de todo tipo de intempérie.
A integridade de um presidente da República é como a gravidez. Não dá segunda safra. Mas convém a Temer manter ao menos as aparências. O autodenominado “núcleo duro” do Planalto se liquefez. A cúpula do governo vira chorume junto com a fina flor do PMDB. E Temer encontra-se perigosamente próximo do lixão para o qual a Lava Jato arrasta personagens como Renan Calheiros, Romero Jucá, Edison Lobão, José Sarney, Jader Barbalho… A atmosfera malcheirosa adensou-se com a chegada ao Brasil dos operadores de propinas Jorge e Bruno Luz, presos em Miami. Licenciado da presidência do PMDB, Temer comandou o partido por 15 anos. Perdeu o direito de usar o bordão “eu não sabia”.

NO O ANTAGONISTA
Você vai pagar o salvamento da Odebrecht
Economia Domingo, 26.02.17 09:55
Não é bom saber que o BNDES e o FI-FGTS estão trabalhando para salvar um braço da Odebrecht?
Eles vão salvar um braço da empresa com o corpo inteiro do pagador de impostos. E você ainda vai ouvir que é melhor para o país etc.
Você pagará a conta dos petistas em Barcelona
Brasil 26.02.17 08:12
Cinco deputados e um senador ficarão até o dia 03 de março em Barcelona, a pretexto de participarem de um congresso de telefonia móvel.
Três parlamentares não terão suas despesas pagas pelos cofres públicos: Eduardo Cury; Vitor Lippi e Odorico Monteiro.
Outros três, contudo, foram bancados pelo bolso do contribuinte: os petista Margarida Salomão e Jorge Viana e o peemedebista Edinho Bez.
Maia está revoltado com Cavendish
Brasil 26.02.17 08:02
Rodrigo Maia se irritou com a possibilidade de Fernando Cavendish, da Delta, citá-lo em sua delação.
Segundo o Estadão, Maia, vulgo Botafogo, teria dito a interlocutores que “isso é inacreditável.”
É mesmo.
PMDB garante impunidade de Cabral e Cunha
Brasil 26.02.17 07:50
Romero Jucá, presidente nacional do PMDB, afirma que, por enquanto, o conselho de ética do partido não mexerá um dedo para punir Sérgio Cabral e Eduardo Cunha.
“Não é hora”, afirmou ao Estadão. E quando será?
Conte tudo, TCU
Brasil 25.02.17 19:01
Na semana passada, O Antagonista mostrou que, só no ano passado, o TCU gastou quase R$ 254 mil com viagens nacionais dos ministros.
Agora, com base na Lei de Acesso à Informação, pedimos ao tribunal informações detalhadas sobre os gastos com viagens internacionais – dados que, estranhamente, o TCU não torna público em seu site.
O tribunal prometeu uma resposta em cerca de 20 dias.
5 milhões de crianças têm pais sujeitos a deportação por Trump
Mundo 25.02.17 18:24
Cerca de 5 milhões de menores de 18 anos têm, pelo menos, o pai ou a mãe em situação irregular nos EUA e, portanto, sujeito a deportação.
Desse total, 4,1 milhões nasceram no país e são, portanto cidadãos americanos, o que aumenta o problema, já que a deportação pode afastá-los dos pais, segundo o Estadão.

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