PRIMEIRA EDIÇÃO DE 18-01-2017 DO "DA MÍDIA SEM MORDAÇA"

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
QUARTA-FEIRA, 18 DE JANEIRO DE 2017
Ex-executivos da Camargo Corrêa têm impressionado pelos relatos sobre o papel da empreiteira em campanhas eleitorais, na gestão de recursos de Caixa 2. Um desses relatos descreve uma sala, na sede da empresa em São Paulo, onde representantes de políticos eram introduzidos e se deparavam com um “mesão” com montes de dinheiro, cada um deles reservado a uma candidatura apoiada pela empreiteira.
Apesar das revelações preliminares, ainda não há delações premiadas de executivos da Camargo Corrêa devidamente oficializadas.
A Camargo admitiu, em agosto de 2015, a prática de cartel, fraude a licitação, corrupção e lavagem de dinheiro, bem antes da megadelação.
Executivos da Camargo Corrêa foram os primeiros condenados pelo Juiz Sergio Moro, na Lava Jato, por corrupção, lavagem e quadrilha.
Além de reconhecer a prática de crimes, a Camargo prometeu ressarcir o País em R$ 700 milhões. Mas o Ministério Público Federal quer mais.
Acionistas da Petrobras Argentina, cujos ativos foram vendidos a preço de banana, ingressaram com recurso junto ao Tribunal de Contas da União para incluir a subsidiária portenha da estatal brasileira entre os bens proibidos de serem vendidos. Em dezembro, o TCU proibiu a venda de bens da Petrobras ao analisar o “plano de desinvestimentos” da estatal. A subsidiária foi vendida, no último dia do Governo Dilma, a Marcelo Mindlin, empresário ligado à ex-Presidente Cristina Kirchner.
Os acionistas pedem ao TCU para incluir a Petrobras Argentina na proibição com base numa ação popular acatada pela Justiça do Rio.
A estatal planejou vender bens para arrecadar R$ 10 bilhões, para enfrentar a pindaíba decorrente dos roubos nos Governos Lula e Dilma.
O TCU impediu a Petrobras de vender seus bens após a suspeita de falta de transparência e suposto direcionamento nos negócios.
A candidatura de André Figueiredo (PDT-CE), aquele que ganhou cargo de ministro após ameaçar rompimento com o Governo Dilma, é a última cartada do Deputado para não sumir no baixo clero.
Com a presença de Michel Temer, o Sebrae lança nesta quarta o “Empreender Mais Simples”, programa concebido pelo presidente da entidade, Guilherme Afif Domingos, apaixonado pelo tema. A ideia é reduzir burocracia e facilitar acesso ao crédito às pequenas empresas.
A Prefeitura do Rio abriu concurso para contratar 363 médicos, mas nem cubanos vão aparecer. É que o salário é indigno para quem rala tanto como médico: R$ 2,7 mil, já incluídos auxílio e gratificação.
O ex-Ministro de Dilma, Nelson Barbosa (Fazenda), que ganhava R$ 27 mil por mês, além de boquinhas em conselhos de estatais, voltou a receber seu salário de R$ 5,1 mil por mês na UFRJ. Acabou a moleza que durou 6 meses, ganhando como ministro durante a “quarentena”.
O Senador Cristovam Buarque (PPS-DF) reclama que Eunício Oliveira (PMDB-CE) não empunha a bandeira do corte de gastos. Em 2016, Cristovam gastou R$ 110 mil com o “cotão”. Eunício não usou a verba.
Rodrigo Janot informou através da assessoria que “não comenta” o diálogo descrito por Eugênio Aragão, ex-Ministro de Dilma e seu ex-braço direito na Procuradoria Geral da República, trocando insultos. No bate-boca, Janot reclama ter sido chamado de “desleal” por Aragão.
O Ministério da Agricultura anuncia R$ 12 bilhões para o pré-custeio da safra agrícola 2017/18. No ano passado, Dilma destinou R$ 10 bi. Mas o programa de Michel Temer é sem pedalada contábil. Já o de Dilma...
O Parque Dona Lindu, em Recife, homenagem à mãe do ex-Presidente réu Lula, virou ponto de encontro de bandidos e motoqueiros que fazem rachas em plena Av. Boa Viagem, quase toda semana.
...para Dilma, a prisão do provocador profissional Boulos é “inaceitável” certamente, porque, para ela, aceitáveis são Petrolão, Mensalão etc.

NO DIÁRIO DO PODER
QUASE MIL DEPOIMENTOS
TEORI DEVE RETIRAR SIGILO DE DELAÇÕES DA ODEBRECHT EM FEVEREIRO
MINISTRO DEVE TORNAR PÚBLICOS 900 DEPOIMENTOS DA ODEBRECHT
Publicado: terça-feira,17 de janeiro de 2017 às 17:54 - Atualizado às 18:47
Redação
Investigadores da Lava a Jato trabalham com a previsão de que todo o conteúdo das delações da Odebrecht seja tornado público na primeira quinzena de fevereiro. A divulgação dos relatos de 77 delatores ligados à empresa causa apreensão no mundo político, que deve ser diretamente atingido pelas investigações. A expectativa de investigadores é de que o Ministro Teori Zavascki, a pedido do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot retire o sigilo dos cerca de 900 depoimentos tão logo as delações sejam homologadas. Isso deve ocorrer após o fim do recesso do Judiciário, nos primeiros dias de fevereiro.
Como relator da Lava a Jato na Corte, cabe a Teori validar as delações. Para isso, uma equipe do Ministro analisa todo o material durante o recesso. O material resultou de uma longa negociação, que se estendeu durante quase todo o ano de 2016.
Nos depoimentos, que serão divulgados em formato de áudio e vídeo, sem transcrições, os delatores relatam propina a políticos e operadores no Brasil e fora do País em troca da conquista de obras públicas, bem como o uso de contas e empresas no exterior para viabilizar pagamentos ilícitos. De acordo com fontes, aliados próximos ao Presidente da República, Michel Temer, serão diretamente atingidos pela delação da empresa, o que deve trazer turbulência política para o Governo.
Após a homologação dos acordos e divulgação do conteúdo, a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a força-tarefa da Lava a Jato podem realizar operações e solicitar diligências, como quebra de sigilo bancário e telefônico de investigados.
A previsão é de que o processo de investigação ligado à Odebrecht seja longo, com a distribuição das investigações em vários Estados brasileiros. Isso porque o pagamento de propina ocorreu para conquista de obras de todas as esferas - federal, estadual e municipal. Por isso, a investigação não ficará concentrada em Brasília ou Curitiba.
Um dos depoimentos tidos como cruciais é o do herdeiro do grupo e ex-Presidente da empresa, Marcelo Odebrecht. Considerado o "príncipe" das empreiteiras, Marcelo resistiu a aderir ao acordo de delação. Ele é o único executivo do grupo que continua preso em Curitiba (PR) mesmo após a assinatura do acordo, em dezembro. Com a delação firmada, Marcelo Odebrecht cumprirá dez anos de pena no total, sendo que até o final de 2017 permanecerá atrás das grades.
Já o patriarca do grupo e pai de Marcelo, Emílio Odebrecht, revelou em sua delação informações de contexto e histórico da empresa. Emílio poderá passar um ano comandando a reestruturação da empresa, que se comprometeu com novas regras de compliance, antes de iniciar o cumprimento de pena em regime domiciliar.
Delação democrática
A avaliação de fontes que acompanharam a colheita dos depoimentos é de que a delação da Odebrecht é politicamente "democrática". Ou seja, atinge lideranças e siglas de diferentes polos da política nacional.
Em dezembro, o vazamento de um anexo da delação do executivo Cláudio Melo Filho mostrou que senadores, deputados e ministros mantiveram relações com a empresa - seja troca de favores ou ao receber valores para atuar politicamente em benefício da Odebrecht. As revelações do grupo vão gerar os chamados recalls em acordos da Camargo Corrêa e da Andrade Gutierrez. De acordo com investigadores, diante das extensas revelações da Odebrecht, as duas outras empreiteiras precisarão complementar os acordos feitos anteriormente, sob risco de terem os benefícios acertados com o Ministério Público invalidados. (AE)

REDUZIR OU PROTELAR A OPERAÇÃO LAVA JATO?
Por Carlos Chagas
Quarta-feira, 18 de janeiro de 2017
Antes que a lista da Odebrecht seja conhecida, outra igual vem sendo preparada, a da Camargo Corrêa. Foram 77 ex-funcionários da primeira, serão 40 os da segunda, encarregados de aprontá-las. Nas duas, entre 100 e 200 políticos denunciados em cada uma como tendo participado das propinas. Muitos relacionados duas vezes, numa e outra empreiteira. Os que são parlamentares poderão ser julgados pelo Supremo Tribunal Federal. Outros vão para Curitiba, entregues ao Juiz Sérgio Moro.
A falência do sistema penitenciário se acoplará à batalha contra a corrupção. Não parece provável que os supostos condenados venham a misturar-se à massa carcerária hoje em revolta. Seria sentenciá-los a penas capitais, superiores às que devem responder. Mas criar estabelecimentos penais especiais, onde ficariam a salvo de degolas e estripações variadas, não vai dar. Outra alternativa seria transformá-los em delatores, concorrendo a cumprir em prisão domiciliar a maior parte de seus crimes, desde que reconhecidos. Equivaleria a premiá-los, como muitos já se encontram.
Por conta dessa dúvida, há quem suponha reduzir ou protelar a Operação Lava a Jato. Esticar ao máximo o julgamento dos envolvidos com a Odebrecht e a Camargo Corrêa. E outras.
Cabe ao Ministério Público e ao Judiciário decidir a sorte dos corruptos, bem como dos animais que em variadas penitenciárias são responsáveis pelo assassinato de mais cem presos, só este ano. Tomara que a ninguém seja dado imaginar a mistura de uns e outros.

NO MUNDO DA LUA
Quarta-feira, 18 de janeiro de 2017
O Governador Roberto Magalhães recebia o Presidente Ernesto Geisel em almoço, no Recife. Era uma sexta-feira, por isso seu Vice Gustavo Krause dispensou a gravata, vestindo jeans, casaco branco e sapatos idem. Magalhães achou aquilo inadequado e fez o Vice corar de vergonha:
- Presidente, este é o doutor Gustavo Krause, meu Vice-Governador, que, para estar vestido de astronauta, só falta o capacete...

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
O arruaceiro milionário é só mais um caso de polícia
Depois da suspensão da mesada federal doada ilegalmente ao bando de Boulos, acabou a impunidade do fabricante de badernas
Por Augusto Nunes
Terça-feira, 17 jan 2017, 20h16 - Atualizado em 17 jan 2017, 20h32
O filho de papai, Guilherme Boulos vai descobrindo que ficou bem menos divertido brincar de arruaceiro milionário sem o financiamento dos cofres federais e o habeas corpus preventivo concedido pelo Governo lulopetista. Com o despejo de Dilma Rousseff, foi-se a mesada reservada pelo Planalto ao MTST ─ primeiro e único ajuntamento de gente supostamente sem teto, comandado pelo herdeiro de uma fortuna suficiente para providenciar casas para todos os integrantes. Nesta terça-feira, foi-se a impunidade presenteada por Lula e Dilma a companheiros delinquentes.
Como informa a reportagem do site de VEJA, Boulos aprendeu que incitação à violência agora dá cadeia. “O MTST estava lá para garantir o direito das pessoas que estavam sendo despejadas, buscar uma saída negociada”, fantasiou o rebelde com casas de sobra. “A Tropa de Choque avançou, jogou bombas e querem encontrar um culpado”. Antes do pouso forçado na delegacia, o desordeiro gabola vivia avisando que quem ousasse prendê-lo teria de haver-se com milhares de militantes dispostos a matar ou morrer pelo chefe. As manifestações de protesto foram mais esquálidas que procissão de vilarejo.
Para que Boulos agonize como um líder sem liderados, basta que os responsáveis pela ordem pública continuem a tratá-lo como o que é: apenas mais um caso de polícia.

NA VEJA.COM
Líder sem-teto, Boulos é solto após quase dez horas na delegacia
Ele foi detido de manhã durante reintegração de posse de terreno na Zona Leste paulistana acusado de desobediência e incitação à violência, o que ele nega
Por Da Redação
Terça-feira,17 jan 2017, 20h35 - Atualizado em 17 jan 2017, 21h42
O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, foi liberado às 19h15 desta terça-feira após passar cerca de dez horas detido no 49º Distrito Policial, em São Mateus, na Zona Leste da capital paulista. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, ele foi detido sob acusação de desobediência, incitação à violência e por ter lançado rojões contra a Polícia Militar – o que ele nega – durante a reintegração de posse de um terreno particular onde moravam 700 famílias.
Na saída da delegacia, Boulos foi recebido por integrantes do movimento e contestou a prisão, alegando ser arbitrária e de cunho político. “Fui lá negociar para evitar que houvesse a reintegração. Foi uma prisão evidentemente política”, disse.
Ele relatou que se apresentou como mediador a pedido dos integrantes da Ocupação Colonial, que não é organizada pelo MTST, e se disse surpreso com as acusações. “Estou surpreso com a criatividade da assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança, ou do Secretário, de quem quer que seja que publicou uma asneira dessas”, disse.
Boulos disse ainda que, no momento em que foi detido, o policial citou como um dos motivos outras manifestações feitas pelo movimento, entre elas um protesto em maio do ano passado, em Pinheiros, na Zona Oeste, em frente à casa do Presidente Michel Temer (PMDB).
Do lado de fora da delegacia, integrantes do MTST e simpatizantes passaram o dia aguardando a liberação de Boulos. Entre eles, estavam o Vereador Eduardo Suplicy (PT) e o padre Júlio Lancelotti, coordenador da Pastoral do Povo de Rua.
“Eu tenho a convicção de que todo o procedimento do Guilherme Boulos foi estar solidário às famílias muito carentes que, com dificuldade de moradia, há mais de um ano e meio estavam nessa área que não era utilizada há mais de 20 anos”, disse Suplicy, que acompanhou os depoimentos dos policiais militares sobre o caso.
A Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados também emitiu nota criticando a prisão. “As ocupações de terrenos urbanos e rurais para fins de satisfação das necessidades básicas de alimentação e moradia tampouco é um ilícito. Trata-se de efetivação do disposto no artigo 3º da Constituição, que estabelece como objetivo da República construir uma sociedade livre, justa e solidária. Trata-se, ainda, de buscar efetivar a função social da propriedade e os direitos garantidos nas normas jurídicas nacionais e internacionais”.
Reintegração
No início da manhã, a PM foi à área invadida para cumprir determinação judicial de reintegração de posse. Para evitar a entrada dos policiais, os sem-teto ergueram barricadas, com entulho e pneus, e lançaram pedras contra os veículos blindados da Tropa de Choque. A polícia usou gás de pimenta e bombas de gás lacrimogêneo na ação.
Após a operação policial, uma retroescavadeira demoliu as casas de alvenaria e madeira onde viviam as famílias. O terreno particular estava ocupado há um ano e meio.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, um policial militar ficou ferido e duas viaturas do Batalhão de Choque foram atingidas. “Após tentativa de negociação dos oficiais com as famílias, sem acordo, os moradores resistiram hostilizando os PMs, arremessando pedras, tijolos, rojões e montando três barricadas com fogo”, diz o comunicado da Secretaria.
A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social não informou para onde os moradores foram levados.
(Com Estadão Conteúdo)

NO BLOG DO JOSIAS DE SOUZA
Plano de segurança tropeça na grande interrogação: de onde virá o dinheiro?
Josias de Souza
Quarta-feira,18/01/2017 03:23
Para se chegar a qualquer tipo de acordo, a primeira condição é estar falando a mesma língua. O Planalto havia preparado um palco para esta quarta-feira. Sobre ele, Michel Temer brilharia a partir das 15h. Ao lado do Presidente, governadores do País inteiro, profundamente agradecidos, assinariam o novo Plano Nacional de Segurança Pública, comprometendo-se a implementá-lo. Deu chabu. O espetáculo foi cancelado na véspera.
Verificou-se que as partes falam coisas diferentes. O que faz com que toda essa conversa sobre união de esforços, essa vontade de modernizar o sistema penitenciário brasileiro, essa ânsia de combater a criminalidade organizada transnacional, essa busca altruísta de medidas capazes de reduzir a quantidade de homicídios no País, tudo isso esbarra na única invenção humana cujo sucesso dispensa comprovação: o dinheiro.
Em reunião prévia com o Ministro Alexandre de Moraes (Justiça), os secretários estaduais de segurança debruçaram-se sobre os detalhes do plano que seus chefes deveriam assinar. Fizeram a indefectível pergunta: de onde virá o dinheiro? Súbito, a solenidade de Temer, a exemplo da bandidagem da cadeia potiguar de Alcaçuz, subiu no telhado.
O Secretário de Defesa de Rondônia, coronel Lioberto Caetano, resumiu a cena: ''Se o Governo não mostrar a origem dos recursos, os governadores não vão assinar isso. Nós vamos assessorá-los. A gente assina se for uma coisa que atenda efetivamente às necessidades. O Brasil já passou pela experiência. Não estamos mais na fase de testes.''
Lioberto atacou uma das prioridades do plano: ''Construir presídio não resolve. Construir presídio aumenta o número de presos, mas vai aumentar também o gasto com pessoal. Não temos mais condição de gastar com pessoal. A nossa verba não é igual à da Saúde que tem destinação [constitucional] de 25%.''
Poucas horas depois do encontro do Ministro com os secretários estaduais, o palco em que Temer irradiaria todo o seu fulgor estava desmontado. Em vez da cerimônia apoteótica com 27 governadores, o Presidente receberá em audiência apenas os que chefiam Estados das regiões Norte, além de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Por ora, nada de adesões ao Plano Nacional de Segurança.
Antes, deseja-se que o Planalto aprove no Congresso uma emenda enfiando dentro da Constituição artigo que obrigue a União a destinar um pedaço do seu orçamento anual para a Segurança Pública — nos moldes do que sucede com Educação e Saúde. Como se as escolas não estivessem em petição de miséria e os hospitais públicos não matassem doentes esquecidos nos corredores.
Há três meses, o Ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, injetou num de seus despachos uma reflexão premonitória sobre a encrenca do sistema prisional. Conforme já noticiado aqui, Barroso anotou:
“A sociedade brasileira deverá estar ciente de que o aumento da efetividade e da eficiência do sistema punitivo exige o aporte de recursos financeiros substanciais. Isso porque será necessário um conjunto de providências, que vão do aprimoramento da atuação policial a investimentos vultosos no sistema penitenciário. Embora estas sejam pautas institucionais importantes, é preciso explicitar que em momento de escassez geral de verbas, os valores que forem para o sistema punitivo deixarão de ir para outras áreas mais vistosas e populares, desde a Educação até obras públicas.”
Hoje, o Brasil gasta R$ 2,4 mil por mês para manter um criminoso atrás das grades. E investe R$ 2,2 mil por ano para bancar em escola pública um estudante do Ensino Médio. Repetindo: o Estado gasta 13 vezes mais com os presos do que com os estudantes. Como se o contraste já não fosse perturbador, o Datafolha informa que 57% dos brasileiros concordam com a tese segundo a qual “bandido bom é bandido morto.”
É contra esse pano de fundo que o Governo de Michel Temer precisa responder à pergunta dos secretários estaduais de segurança: de onde virá o dinheiro? Ao farejar o cheiro de queimado, o Ministro Henrique Meirelles (Fazenda) erguerá defronte dos cofres do Tesouro Nacional uma barricada semelhante às que foram levantadas no pátio da cadeia potiguar de Alcaçuz, nesta terça-feira,17, pela bandidagem do PCC e do Sindicato do Crime.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Quarta-feira, janeiro 18, 2017
DONALD TRUMP: A VITÓRIA DA VERDADE CONTRA A VERGONHOSA MANIPULAÇÃO DA GRANDE MÍDIA.
O texto que segue após este prólogo é de autoria do economista e empresário Paulo Figueiredo Filho, natural do Rio de Janeiro residindo e em Miami (EUA). É integrante do Instituto Liberal. Para quem não sabe, Paulo Figueiredo Filho é neto do falecido Presidente General João Baptista Figueiredo que encerrou o ciclo dos governos militares iniciado com a Revolução de 1964 e que promoveu a então denominada "abertura política".
Em boa hora Paulo Figueiredo Filho faz um denso inventário do desastre que foi o Governo de Barack Obama, o que por si só explica a grande vitória de Donald Trump que toma posse na próxima sexta-feira, dia 20. Durante toda a campanha presidencial norte-americana as "Fake News" tomaram o lugar da verdade dos fatos. Lembram-se que todos os institutos de pesquisa dos Estados Unidos davam como favas contadas a vitória de Hillary Clinton? 
A maior parte deste texto como constatarão logo abaixo é a bibliografia que remete o leitor para a fonte que embasa as afirmativas do autor. Ao mesmo tempo explica o quanto o jornalismo da grande mídia brasileira e internacional escondeu sobre o que de fato rolou nesses 8 anos do mandato de Obama. Como se vê, a agenda esquerdista-globalista foi seguida integralmente por Obama e, por outro lado, escamoteada de forma vil e criminosa pela grande mídia por meio de um esquema de marketing fabuloso. Com toda a certeza essa ação não foi apenas pela "causa"...
A tramóia do esquerdismo americano não é diferente do que aconteceu na Venezuela, na Argentina e agora no Brasil, epílogo do diabólico projeto do Foro de São Paulo, do qual Lula é o presidente e seu fundador. E, falando em Foro de São Paulo, o Governo do Sr. Michel Temer tem a obrigação moral, antes de tudo, de romper imediatamente com a famigerada Unasul, investigando ao mesmo tempo quanto há de dinheiro público brasileiro investido na faraônica sede dessa organização comunista edificada no Equador.
Transcrevo a seguir o texto de Paulo Figueiredo Filho com todas as fontes e os fatos que os jornalistas mentirosos e vagabundos da grande mídia sonegaram e continuam sonegando para promover a lavagem cerebral de leitores, ouvintes e telespectadores.
Não custa lembrar mais uma vez que o chefete do programa Manhattan Conection, da Globo, o Lucas Mendes, chegou a postar um vídeo de sua insólita dança do minueto da derrota, depois que Donald Trump fez barba e bigode nas urnas. Mendes e seus asseclas chegaram a montar uma vigília online para comemorar a vitória de Hillary. Fervor partidário, idealista, ideológico? A resposta fica com os estimados leitores. Vamos finalmente ao texto de Paulo Figueiredo Filho, que é antes de tudo uma pauta que os alegres rapazes e raparigas da grande mídia simplesmente ignoraram. Leiam:


UM DESASTRE CHAMADO OBAMA
Obama está dando tchau e o clima na grande mídia brasileira e na imprensa esquerdista americana é de velório. Nas últimas semanas foi impossível não ligar a TV em qualquer noticiário, ou abrir qualquer jornal, sem assistir reportagens em tom nostálgico sobre o presidente progressista que recuperou a economia americana, tornou a saúde e educação mais acessíveis e a América mais justa.
Mas... a verdade teima em discordar da imprensa: Obama foi um desastre econômico para os EUA que se aproxima das proporções de FDR e Jimmy Carter. Obama foi um tsunami nos sistemas de saúde e educação americanos. Obama é impopular e foi um cataclisma político sem precedentes para o seu partido.
Não acredite em mim e veja você mesmo. Vamos a alguns NÚMEROS da administração Obama que você com certeza não verá na GloboNews ou qualquer órgão de imprensa brasileiro, mas que todo jornalista decente deveria estar informando se não estivesse ideologicamente comprometido. Todos com suas respectivas fontes para que você possa ir lá e checar diretamente.
NA ECONOMIA:
US$ 19.9 Trilhões: É o tamanho da montanha de dívida pública que Obama vai deixar. (“Daily History Of The Debt,” U.S. Department Of Treasury, 12/23/16).
US$ 9.2 Trilhões: É o aumento na dívida desde que o Obama tomou posse. (idem).
87%: O aumento na dívida pública desde que Obama assumiu. (“Daily History Of The Debt,” U.S. Department Of Treasury, Accessed 12/23/16)
US$750 Bilhões: O déficit comercial americano apenas no último ano (U.S. Census Bureau, 12/27/16)
US$ 99 bilhões: O crescimento ANUAL do déficit comercial com a China desde que Obama assumiu. (“Trade In Goods With China,” U.S. Census Bureau, 12/27/16)
US$ 0.19: A QUEDA na média dos salários POR HORA desde que Obama tomou posse. (“State Of Working America Data Library,” Economic Policy Institute, Accessed 12/27/16)
301.000: Número de empregos em fábricas perdidos desde que Obama assumiu.(Bureau Of Labor Statistics, Accessed 12/2/16)
5%: A redução no número de americanos que se identificam como "classe-média" desde que Obama tomou posse. (Frank Newport, “Americans’ Identification As Middle Class Edges Back Up,” Gallup, 12/15/16)
4%: Queda no número de americanos que possuem casa própria desde que Obama assumiu. (“State Of Working America Data Library,” Economic Policy Institute, 12/27/16)
2%: A magra média de crescimento do PIB americano na Era Obama. (Larry Light, “Obama’s 8-Year Economic Legacy: A Mixed Bag,” CBS, 12/23/16)
REGULAÇÕES:
US$ 870.3 Bilhões: O custo econômico estimado de todas as novas regulações e regras (burocracia) criadas desde que Obama se tornou presidente. (“Regulation Rodeo,” American Action Forum, 12/27/16)
2.998: O número de novas regulações criadas desde que Obama assumiu (“Regulation Rodeo,” American Action Forum, Accessed 12/27/16)
583 milhões: Horas de americanos preenchendo papelada para lidar apenas com as novas regras, regulações e burocraciadas criadas na administração Obama.(“Regulation Rodeo,” American Action Forum, 12/27/16)
US$ 344 Bilhões: O custo econômico estimado apenas pelas novas regulações ambientais na era Obama. (“Regulation Rodeo,” American Action Forum, Accessed 12/27/16).
US$ 292 Bilhões: O custo econômico projetado para implementação das medidas de "energia limpa" da administração Obama. (H. Sterling Burnett, “Economic Analysis of Clean Power Plan Shows High Cost, Minimal Benefits,” The Heartland Institute, 12/2/15)
280.000: Número de postos de trabalho que devem ser fechados apenas com uma nova legislação ambiental "Stream Protection Rule". (“Economic Analysis Of Proposed Stream Protection Rule,” Ramboll Environ, 10/15)
11-14%: O aumento médio para os consumidores dos custos de energia por conta da nova regulação "Clean Power Plan" criada por Obama. (H. Sterling Burnett, “Economic Analysis of Clean Power Plan Shows High Cost, Minimal Benefits,” The Heartland Institute, 12/2/15)
SAÚDE:
US$ 1 Trilhão: o aumento de impostos do ObamaCare em uma década (“ObamaCare: Trillion Dollar Tax Hike That Hurts Small Businesses,” U.S. House Of Representatives Committee On Ways And Means, 3/31/16)
US$ 377 Bilhões: O aumento de impostos por conta do ObamaCare que afaram exclusivamente a classe média. (Glenn Kessler, “Does ‘Obamacare’ Have $1 Trillion In Tax Hikes, Aimed At The Middle Class,” The Washington Post, 3/12/13)
2.3 Milhões: O número de americanos que no ano que vem só terão UMA opção de seguro de saúde no ano que vem por causa do ObamaCare. (Cynthia Cox And Ashley Semanskee, Preliminary Date on Insurer Exits And Entrants In 2017 Affordable Care Act Marketplaces, Kaiser Family Foundation, 8/28/16)
41: Estados que viram aumento nas "franquias" dos seguros de saúde apenas em 2016 por conta do ObamaCare. (Nathan Nascimento, “The Latest Problem Under The Affordable Care Act: Deductibles,” The National Review, 04/12/16)
EDUCAÇÃO SUPERIOR:
US$ 690 Bilhões: O aumento na dívida dos estudantes via crédito estudantil desde que Obama assumiu. (“Student Loans Owned And Securitized, Outstanding,” Federal Reserve Bank Of St. Louis, 12/27/16)
98%: O aumento percentual de débito estudantil desde que Obama assumiu. (“Student Loans Owned And Securitized, Outstanding,” Federal Reserve Bank Of St. Louis, 12/27/16)
US$ 8.390: A média de aumento dos custos nos cursos universitários públicos desde que Obama assumiu. (“Trends In College Pricing 2016,” The College Board, 10/26/16)
28%: O aumento médio dos custos para alunos de universidades públicas na Era Obama. (“Trends In College Pricing 2016,” The College Board, 10/26/16)
23%: O aumento na média dos custos para alunos de universidades privadas na Era Obama.(“Trends In College Pricing 2016,” The College Board, 10/26/16)
IMIGRAÇÃO ILEGAL E POLÍTICA EXTERNA:
82.288: Número de imigrantes ilegais CRIMINOSOS soltos pela administração Obama apenas de 2013 a 2015. (Maria Sacchetti, “Criminal Immigrants Reoffend At High Rates Than ICE Has Suggested,” The Boston Globe, 6/4/16)
5.000: Número de imigrantes ilegais A MENOS deportados no último ano pela administração Obama. (Rafael Bernal, “Deportations Under Obama Could Hit 10-Year Low,” The Hill, 8/31/16)
US$ 400 Milhões: Foi quanto Obama pagou ao Irã para a liberação de prisioneiros desse país patrocinador do terrorismo. (Elise Labott, Nicole Gaouette and Kevin Liptak, “US Sent Plane With $400 Million In Cash To Iran,” CNN, 8/4/16)
2 Milhões: O número de empregos que os EUA devem perder por conta do acordo Trans-Pacífico patrocinado e negociado por Obama. (Robert E. Scott and Elizabeth Glass, “Trans-Pacific Partnership, Currency Manipulation, Trade, And Jobs,” Economic Policy Institute, 3/3/16)
LEGADO POLÍTICO:
717: É o número de "Deputados Estaduais" que o Partido Democrata perdeu pelo país desde que Obama assumiu. (“2009 State And Legislative Partisan Composition,” National Conference Of State Legislatures, 1/26/09; “2016 State And Legislative Partisan Composition,” National Conference Of State Legislatures, 12/6/16)
231: É o número de "Senadores do Estado" [Nota: nos EUA, estados também tem duas casas] que o Partido Democrata perdeu na Era Obama. (“2009 State And Legislative Partisan Composition,” National Conference Of State Legislatures, 1/26/09; “2016 State And Legislative Partisan Composition,” National Conference Of State Legislatures, 12/6/16)
63: Cadeiras perdidas pelo Partido Democrata na Câmara na Era Obama (Jennifer E. Manning, “Membership Of The 111th Congress: A Profile,” Congressional Research Service, 12/23/09; “House Election Results,” The New York Times, 12/19/16)
18: O número de Assembléias Legislativas Estaduais a MENOS que o Partido Democrata passou a controlar na Era Obama. (“2009 State And Legislative Partisan Composition,” National Conference Of State Legislatures, 1/26/09; “2016 State And Legislative Partisan Composition,” National Conference Of State Legislatures, 12/6/16)
12: O número de governadores a MENOS do Partido Democrata desde que Obama assumiu. (“2009 State And Legislative Partisan Composition,” National Conference Of State Legislatures, 1/26/09; Jennifer Duffy, “Governors: 2017/2018 Race Ratings,” The Cook Political Report, 12/2/16)
12: Senadores a MENOS que o Partido Democrata tem no Senado desde que Obama assumiu. (Jennifer E. Manning, “Membership Of The 111th Congress: A Profile,” Congressional Research Service, 12/23/09; “House Election Results,” The New York Times, 12/19/16)
0: O número de candidatos a presidência que foram eleitos defendendo o legado de Obama. (The American People, 11/8/16)
Goodbye, dear.
Livremente adaptado de: BY NUMBERS, OBAMA’S LEGACY OF FAILURE - LINK: http://m.hannity.com/articles/election-493995/by-the-numbers-obamas-legacy-of-15435863/


NO O ANTAGONISTA
O momento certo para abandonar o PT
Brasil 18.01.17 07:26
O PT deve perder o Governador do Ceará, Camilo Santana.
Segundo o Estadão, ele está apenas esperando o “momento certo” para abandonar o PT e bandear para o PSB.
Em primeiro lugar, a propina de Lula e do PT
Brasil 18.01.17 07:15
As delações mais urgentes da Odebrecht são aquelas sobre a compra do terreno do Instituto Lula, porque já há um processo em andamento sobre esse crime.
Os fatos foram relatados por Marcelo Odebrecht, Alexandrino Alencar e Paulo Melo.
Além de servirem para condenar Lula, dono de uma conta corrente no departamento de propinas da empreiteira, contabilizada na planilha Amigo, os depoimentos vão servir também para condenar o maior operador de Lula e do PT, Antonio Palocci, o Italiano.
As outras delações são importantes, mas menos urgentes, porque em muitos casos os inquéritos ainda nem foram abertos.
Lula condenado daqui a poucas semanas
Brasil 18.01.17 06:56
O STF deve homologar o acordo de Marcelo Odebrecht com a Lava a Jato nos próximos dias.
Em seu depoimento, ele contou que usou o dinheiro roubado da Petrobras para comprar o terreno do Instituto Lula e a cobertura do ex-Presidente em São Bernardo do Campo.
Esse depoimento será imediatamente anexado ao processo contra Lula.
Ainda em janeiro, portanto, o Juiz Sergio Moro terá todos os elementos para julgar o recebimento de propina e a lavagem de dinheiro por parte de Lula.
O comandante máximo da ORCRIM será condenado antes do que se imagina.
Exclusivo: Atual presidente do BB, Caffarelli sabia do "Projeto Alfa"
Brasil Terça-feira,17.01.17 20:40
O Antagonista obteve com exclusividade trocas de emails entre Henrique Peters, sócio de Victor Sandri, e executivos do Banco do Brasil e da seguradora Mapfre.
Nos emails, Peters combina os detalhes do contrato de locação do imóvel com o grupo BBMapfre e marca reuniões. O negócio milionário, firmado pela dupla ligada a Guido Mantega com a subsidiária do Banco do Brasil, foi batizado de "Projeto Alfa"...
Maracanã dá calote na Light
Brasil 17.01.17 19:55
"O Maracanã não paga conta de luz desde julho, mês dos Jogos Olímpicos. Só em agosto e setembro, deixou de pagar um total de R$ 2 milhões à Light", informa o Blog Lauro Jardim, de O Globo.

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