PRIMEIRA EDIÇÃO DE 23-9-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
SEXTA-FEIRA, 23 DE SETEMBRO DE 2016
Se a prisão de Guido Mantega motivou queixas, em razão do estado de saúde da sua mulher, o ex-ministro da Fazenda não se preocupou com isso quando houve os crimes atribuídos a ele. O câncer da psicanalista Eliane Mantega foi diagnosticado dois anos antes de o marido pedir R$5 milhões a Eike Batista para pagar dívida de campanha do PT, por meio de contrato superfaturado com a Petrobras. Dinheiro roubado.
O câncer da mulher de Mantega foi detectado em dezembro de 2011, e o acerto criminoso, revela Eike Batista, ocorreu em novembro de 2013.
Se a Lava Jato quisesse induzir Guido Mantega à delação premiada, esta seria a hora adequada. Mas a revogação da prisão desmente isso.
Ao contrário do que dizem os petistas, os policiais foram discretos, na prisão de Mantega. Até usaram veículo sem inscrições da PF.
Senadores do PT, quase todos investigados, chamaram a prisão de Mantega de “desumanidade”. Mas silenciaram sobre a sua soltura.
O ex-ministro Guido Mantega, preso ontem na Lava Jato, acabou motivando protestos de petistas, que acusaram a Justiça e o Ministério Público Federal de “desumanidade”. Mas graves acusações pesam contra ele. Em 2012, por exemplo, foi acusado de improbidade quando foi avisado e se omitiu de esquema de corrupção na Casa da Moeda. Em maio, foi levado sob vara para depor na Operação Zelotes.
Mantega era ministro quando o esquema de ladroagem no Carf, ligado à Fazenda, suprimiu mais de R$ 20 bilhões dos cofres públicos.
O ex-ministro Guido Mantega é investigado por sua suposta ligação a empresa que comprou a extinção de multa milionária no Carf.
Marcelo Odebrecht, preso pela Lava Jato há mais de um ano, também citou Guido Mantega como um dos achacadores dos governos petistas.
O PT reclama à toa da “imprensa golpista”: parte significativa da mídia preferiu difundir a versão de prisão “desumana” de acusado de roubar o País, em vez de explicitar as graves acusações que a motivaram.
A Transparência Internacional estima que R$200 bilhões são roubados todos os anos dos cofres públicos no Brasil. Dinheiro que saciaria a fome de milhões, construiria escolas, hospitais e geraria empregos.
Em 3h25min de conversa, o jornalista Eduardo Oinegue explicou a Michel Temer suas ideias para a área de comunicação do governo, incluindo a designação de porta-voz mulher, talvez diplomata. O presidente vai refletir sobre o assunto, mas ainda prefere Oinegue como porta-voz.
A tendência do presidente Michel Temer é adotar o plano de comunicação proposto pelo jornalista Eduardo Oinegue, incluindo uma secretaria diretamente subordinada a ele, e não a um ministério.
Ao ser recebido por Michel Temer em Nova York, o vice-presidente americano Joe Biden, do tipo simpaticão, revelou-se divertido contador de histórias sobre política. Arrancou várias gargalhadas de Temer.
O serviço secreto americano, que assume a proteção de autoridades visitantes, designou pessoas que falam português para cuidar do presidente Michel Temer. Incluindo motorista e o chefe da segurança.
O Brasil pode se orgulhar de bater os ingleses no jogo deles: 94,8% de pontualidade de voos na Olimpíada e 95,3% na Paralimpíada. A pontualidade nos jogos de Londres foi de 90% e 89%, respectivamente.
Pesquisa da AmCham, a câmara de comércio Brasil-EUA, indica que para 64% dos empresários o êxito do programa de concessões de Michel Temer depende da recuperação da credibilidade. Para 13%, pesa a agilidade nos financiamentos e licenciamentos ambientais.
Como Guido Mantega e sua turma conseguiram somar R$10 milhões em suas contas bancárias, agora bloqueados pelo juiz Sérgio Moro?

NO DIÁRIO DO PODER
NADA ERRADO
TRF MANTÉM ARQUIVAMENTO DE RECLAMAÇÕES DE ADVOGADOS CONTRA MORO
POR 13 A 1, CORTE ESPECIAL DO TRF4 MANTEVE DECISÃO DO CORREGEDOR-REGIONAL
Publicado: quinta-feira, 22 de setembro de 2016 às 21:05
A Corte Especial do TRF4 (Tribunal Regional Federal da 4.ª Região) manteve nesta quinta-feira (22), por 13 votos a um, o arquivamento da representação contra o juiz federal Sérgio Moro interposta por 16 advogados em abril deste ano.
Os advogados recorreram contra a decisão do corregedor-regional da 4.ª Região, em junho, de arquivar as reclamações contra Moro, o juiz-símbolo da Operação Lava Jato.
Na representação, os advogados pediam a instauração de PAD (Processo Administrativo Disciplinar) contra Moro e seu afastamento cautelar da jurisdição até a conclusão da investigação.
Segundo os advogados, Moro, titular da 13.ª Vara Federal de Curitiba, teria cometido "ilegalidades ao deixar de preservar o sigilo das gravações e divulgar comunicações telefônicas de autoridades com privilégio de foro" - no caso, a então presidente Dilma Rousseff que caiu no grampo da Polícia Federal que monitorava o antecessor dela, Luiz Inácio Lula da Silva. Eles também questionavam a realização de interceptações "sem autorização judicial".
Segundo o relator do processo, desembargador federal Rômulo Pizzolatti, "não há indícios de prática de infração disciplinar por parte de Moro". Pizzolatti ressaltou que a Operação Lava Jato "constitui um caso inédito no Direito brasileiro, com situações que escapam ao regramento genérico destinado aos casos comuns".
"A publicidade das investigações tem sido o mais eficaz meio de garantir que não seja obstruído um conjunto, inédito na administração da Justiça brasileira, de investigações e processos criminais, a Operação Lava Jato, voltados contra altos agentes públicos e poderes privados até hoje intocados", avalia Pizzolatti.
O desembargador observou que o STF (Supremo Tribunal Federal) permite, em casos excepcionais, a violação de correspondência, para que a garantia constitucional não constitua instrumento de práticas ilícitas.
"Por razões análogas, o sigilo das comunicações telefônicas, expressamente relativizado pela Constituição, não poderia favorecer condutas ilícitas de investigados, tendentes à obstrução das investigações criminais", afirmou o desembargador.
Na conclusão de seu voto, Pizzolatti voltou a destacar o ineditismo da Operação Lava Jato que, segundo ele, "traz problemas inéditos e exige soluções inéditas".
"Em tal contexto, não se pode censurar o magistrado, ao adotar medidas preventivas da obstrução das investigações da Operação Lava Jato. Apenas a partir do precedente do STF (Reclamação nº 23.457) é que os juízes brasileiros, incluso o magistrado representado, dispõem de orientação clara e segura a respeito dos limites do sigilo das comunicações telefônicas interceptadas para fins de investigação criminal", concluiu o desembargador.
A Reclamação 23.457 a que se refere o desembargador, de relatoria do ministro Teori Zavascki na Suprema Corte, foi ajuizada pela ex-presidente Dilma Roussef contra a quebra do sigilo telefônico e divulgação de conversas mantidas entre ela e Luiz Inácio Lula da Silva pela 13.ª Vara Federal de Curitiba.
Em sua decisão, Zavascki determinou o envio de todas as interceptações que envolvessem a ex-presidente Dilma para o Supremo e dispôs os limites da interceptação telefônica de pessoas com foro privilegiado.

CAMPANHAS ELEITORAIS
PMDB LIDERA LISTA DE RECEBIMENTO DE DOAÇÕES DE BENEFICIÁRIOS DO BOLSA FAMÍLIA
CANDIDATOS DA SIGLA RECEBERAM R$ 410.741 DE CADASTRADAS NO PROGRAMA
Publicado: quinta-feira, 22 de setembro de 2016 às 19:35
O PMDB é o partido que mais recebeu doações financeiras de beneficiários do Bolsa Família para as campanhas eleitorais deste ano, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgados nesta quinta-feira. Ao todo, a sigla já recebeu R$ 410.741,15 em dinheiro para candidatos a prefeito ou vereador de pessoas cadastradas no programa. Em segundo lugar, está o PSD (R$ 326.385,63), seguido pelo PT (R$ 321.340,99), PSDB (R$ 296.124,07) e PP (R$ 268.712,64). Beneficiários do programa social doaram, ao todo, mais de R$ 5 milhões em dinheiro até o início desta semana.
O presidente do TSE, Gilmar Mendes, afirmou que "tudo indica" que as doações de cerca de 16 mil beneficiários do Bolsa Família para candidatos configuram fraude e crime eleitoral. Hoje, Gilmar e o ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra, confirmaram os dados do Tribunal de Contas da União (TCU) de que cadastrados no programa doaram aproximadamente R$ 16 milhões para campanhas de prefeitos e vereadores em todo o País até a última segunda-feira, 19. O montante total também leva em consideração as doações estimadas, quando são feitas em forma de prestação de serviço ou doação de materiais.
Cerca de R$ 11 milhões do valor total são oriundos de doações de estimadas. Nesta categoria, é o PTB quem aparece no topo da lista, com R$ 1,8 milhão. Depois, o PMDB aparece novamente, em segundo lugar, com R$ 1.517.122,36; seguido pelo PSD (R$ 1.109.949,30); PSDB (R$ 1.008.855,00); e pelo PT (R$ 914.233,14). Como as investigações ainda estão em andamento, o TSE informou apenas os cinco primeiros partidos e optou por não divulgar a lista dos doadores. A instituição considera que alguns candidatos podem ter utilizado o CPF de pessoas sem autorização para disfarçar transferências de caixa dois.
Segundo o presidente do TSE, o candidato só será responsabilizado se ficar comprovado que ele estimulou a doação. Também será preciso verificar se o beneficiário do Bolsa Família tinha conhecimento das doações. "Ou essa pessoa não deveria estar recebendo o Bolsa Família ou ocorre o fenômeno que chamamos de 'caça CPF', que é a ideia de se manipular o CPF de alguém que está inocente nesta relação. Mas isso deixa uma nuvem não muito transparente sobre esse modelo de doação que estamos desenvolvendo", afirmou. Todos os dados já foram repassados para o Ministério Público Eleitoral e juízes eleitorais. (AE)
Confira a lista dos cinco partidos que mais receberam doações de beneficiários do Bolsa Família, somando as doações financeiras e as doações estimadas:
PTB - R$ 1.767.262,33
PMDB - R$ 1.517.122,36
PSD - R$ 1.109.949,30
PSDB - R$ 1.008.855,00
PT - R$ 914.233,14.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
Patriotismo é isso aí
Eike Batista revela como funciona a democracia no Brasil
Por: Augusto Nunes 
Quinta-feira, 22/09/2016 às 21:00
“Eu fazia isso constantemente como um brasileiro que achava que essa era minha contribuição política, que a democracia flua e continue”. (Eike Batista, no depoimento à Operação Lava Jato, ao revelar que foi por excesso de patriotismo que repassou fortunas para os partidos políticos em geral — e para o PT em particular — incluindo nesse surto de generosidade US$ 2,3 milhões depositados na conta de João Santana)

Bigode doidão
Nicolás Maduro ameaça convocar o espírito de Simón Bolívar para invadir o Mercosul
Por: Augusto Nunes 
Quinta-feira, 22/09/2016 às 18:19
“Já não podem questionar a presidência da Venezuela no Mercosul, agora dizem que vão nos expulsar. Expulsar-nos? Pois sim! Se nos mandam embora pela porta, nós entramos pela janela, mas do Mercosul ninguém tira a Venezuela”. (Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, sem esclarecer se entrará pela janela do Mercosul escalando alguma parede imaginária ou voando, também em forma de ave, ao lado do passarinho que incorpora Hugo Chávez)

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
MINHA COLUNA NA FOLHA: “Roubaram até nosso Século 18″
Acuado pelos fatos, Lula decidiu reviver a figura do mártir, que, segundo ele mesmo, está sendo perseguido por ter tido a ousadia de tirar os brasileiros do século 18
Por: ricardojensen 
Sexta-feira, 23/09/2016 às 6:18
Leiam trecho.
*
Lula poderia ter escolhido um fim mais digno.
Olho para o homem que sai vociferando palanques afora melancolia, ressentimento e bravatas e me dou conta do desfecho miserável que terá a personagem inventada pelos sonhos de reparação da esquerda intelectual brasileira.
O retirante pobre, operário de baixa escolaridade e militante sindical que chegou à Presidência da República tinha tudo para ser um exemplo do milagre da democracia. Em vez disso, a sua maior obra, já apontei uma vez nesta coluna, foi ter recuperado a comunhão etimológica entre “política” e “polícia”.
De tal maneira fez uso das licenças da democracia para corrompê-la que ninguém se mostra disposto a ouvir nem eventuais restrições procedentes à forma como se dá a merecida persecução penal dos crimes cometidos pelo partido, por seu representante maior e por seus sócios.
Acuado pelos fatos, Lula decidiu reviver a figura do mártir, que, segundo ele mesmo, está sendo perseguido por ter tido a ousadia de tirar os brasileiros do século 18. A fala tem o seu encanto involuntário. O século 18, no Ocidente, costuma ser celebrado como aquele em que o homem redescobriu as Luzes. Em certa medida, o Apedeuta não nos tirou “do” século 18. Ele nos roubou também “o” século 18.
(…)
Íntegra aqui

Guido Mantega poderia ter sido preso até no confessionário; o ponto não é esse!
Chega de conversa mole. Não há lei que impeça alguém de ser preso num hospital se esse for o caso
Por: Reinaldo Azevedo 
Quinta-feira, 22/09/2016 às 22:25
Vamos parar de conversa mole. Se Guido Mantega estivesse se confessando com o papa Francisco e se a Polícia Federal conseguisse acesso ao recinto, ele poderia ter sido preso até no Vaticano — com os devidos entendimentos diplomáticos, é claro.
Exceção feita à restrição de horário, para preservar a inviolabilidade do lar, Mantega poderia ter sido preso em qualquer lugar. Esse negócio de que é um absurdo prender alguém num hospital — e nem foi exatamente assim que a coisa se deu — só serve para enganar trouxas.
Ocorre que a alegação do juiz Sérgio Moro para soltar o ministro leva a essa conclusão. É claro que se trata de um atilado senso de marketing do juiz: ele percebeu que a prisão de um homem já entrado na terceira idade, que é retirado de um hospital, onde sua mulher se trata de um câncer — e no dia de uma cirurgia — era antipropaganda para a Lava-Jato. Somos um povo de coração mole, certo?
Lamento o sofrimento de qualquer pessoa — e, pois, também o da mulher do ex-ministro e da família. Mas isso, para mim, no que concerne à questão pública, é absolutamente irrelevante. Eu não estou chocado com a suposta crueldade da PF e da Lava-Jato.
A prisão não poderia ter acontecido porque é ilegal; porque não atende aos requisitos da Lei 7.960, que trata da prisão provisória. E é claro que Moro tem consciência disso.
A Força-Tarefa sabe muito bem que se alimenta, entre outras fontes, do “espírito investigativo” dos jornalistas — havendo a lamentar apenas que a “investigação”, cada vez mais, vire sinônimo apenas de vazamento. Quem ganha pontos com os que detêm a informação — procuradores e policiais — leva para a redação o filé: o nome de algum figurão da política sob investigação ou prestes a ser investigado. Quem desafinar o coro fica com a carne de pescoço. Não leva é nada.
Assim, há um óbvio servilismo da imprensa à Operação Lava Jato, pouco importa o que esta faça; pouco importa se ela se comporta ou não dentro dos limites legais. Tem-se a impressão de que cumprir as regras do jogo, mantendo-se nas balizas do Estado de Direito, é mera questão de lado e outro lado.
Leiam o noticiário. O que menos se fez foi citar a Lei 7.960, que disciplina a prisão provisória. É ela que evidencia que a prisão de Guido Mantega foi arbitrária. Como arbitraria foi a sua soltura se o juiz considerava que havia motivos para prendê-lo. Ou Mantega deixou, em poucas horas, de ser uma ameaça à investigação só porque sua mulher está com câncer e passava por uma cirurgia?
E não! Eu não acho que Mantega seja inocente. Eu acho é que ele tem de ser responsabilizado segundo as regras do Estado de Direito.
Ao fazer um despacho e alegar a questão de saúde para soltar o ex-ministro, Moro sabe que está investindo e apostando na ignorância média sobre o que é e o que não é lei.
Acho ruim que uma operação dessa importância considere a desinformação dos brasileiros um ativo.
Os que choram de piedade não são meus interlocutores. Nem os que babam de raiva. Eu converso com os que pensam.

NO BLOG DO JOSIAS
Mantega é degrau na escalada até Lula e Dilma
Josias de Souza
Quinta-feira, 22/09/2016 19:55
Ministro mais longevo de governo em que a brigada do PT levou a amoralidade às fronteiras do paroxismo, Guido Mantega é a demonstração de que quem sai aos seus não endireita. Ao alcançar o ex-ministro da Fazenda, a Lava Jato estabeleceu um elo entre as duas ruínas que derreteram o poder petista: a derrocada econômica e a decadência ética.
Como chefe da Fazenda, Mantega servira de biombo para que Dilma Rousseff conduzisse a economia até o buraco. Descobre-se agora que o personagem fazia também o papel de cupido das boas relações do PT com empresários provedores de dinheiro sujo para campanhas da legenda.
Mantega passou mais de oito anos na Fazenda. Atravessou os governos de Lula e de Dilma. Experimentou o céu do boom econômico e o inferno da recessão. Seu envolvimento com a coleta de recursos para o PT mostra o estágio da metástase que o câncer da corrupção alcançou no organismo do Estado. Nem a Fazenda foi deixada em paz.
O ex-ministro petista é um alvo intermediário da Lava Jato. Mantega é visto pelos investigadores como um degrau na escalada que levará a investigação até Lula e Dilma. Chegou-se a Mantega a partir do cerco ao Caixa das campanhas eleitorais do PT, chefiadas pelo casal do marketing, João Santana e Monica Moura. A delação de Marcelo Odebrecht, à espera de homologação, reforçará o papel paralelo de Mantega.
No momento, o grande temor do PT é que Mantega, fragilizado psicologicamente e com a mulher gravemente adoentada, acabe se transformando num novo delator a serviço da Lava Jato.

NO BLOG COLUNA DO ESTADÃO
PF deflagra 9ª fase da Operação Acrônimo e mira chefe da Casa Civil de Pimentel
Coluna do Estadão
Andreza Matais e Fábio Fabrini
Sexta-feira, 23 Setembro 2016 | 06h47
Foto: Divulgação PF

A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira mais uma fase da Operação Acrônimo, que investiga suposto esquema de corrupção envolvendo verbas do BNDES na gestão do governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), quando comandava o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.
Dentre os alvos, está o chefe da Casa Civil de Minas Gerais, Marco Antônio Rezende, e outras pessoas relacionadas as empresa de consultorias MOP e OPR em MG. Essa fase também investiga outro esquema paralelo supostamente envolvendo o governador de Minas com a empresa OAS, que é alvo de buscas em Brasília.
Não há prisões. Apenas mandados de condução coercitiva e busca a apreensão.
A MOP Consultoria e Assessoria, um dos alvos da ação da PF, foi aberta em novembro de 2012 pelo atual presidente da Companhia de Tecnologia da Informação de Minas (Prodemge), Paulo de Moura, e por Rezende. Eles integravam o primeiro escalão da prefeitura de Belo Horizonte na gestão Pimentel (2001-2008) e ficaram nos cargos até 2012, já na administração Marcio Lacerda (PSB).
Como revelou o Estado, investigadores da Operação Acrônimo suspeitam que o governador seja o dono da consultoria e beneficiário de recursos recebidos por ela. Em 25 de junho do ano passado, numa das fases da Acrônimo, a PF recolheu notas fiscais dos pagamentos à MOP e a outras empresas atribuídas pelos investigadores ao governador. Os documentos estavam numa sala alugada por Pimentel para ser seu escritório político em BH.
No local da apreensão funcionavam outras empresas supostamente de propriedade de Pimentel, como a OPR Consultoria Imobiliária, em nome de Otílio Prado, um dos principais assessores do petista.
A MOP é investigada por ligações com o governador de Minas, Fernando Pimentel (PT). Ela recebeu R$ 635 mil do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra). A entidade representa as viações de ônibus da capital mineira, contratadas na gestão do petista, em 2008, para operar as linhas da cidade por 20 anos, com faturamento previsto de R$ 10 bilhões. Marco Antônio coordenava a licitação. A empresa dele teve ainda mais sete clientes e faturou R$ 1,9 milhão em 21 meses.
A consultoria teve vida curta. Em dezembro de 2014, logo após Pimentel vencer as eleições para o Governo de Minas, os dois sócios a fecharam. Ambos trabalharam na campanha e, em seguida, na equipe que cuidou da transição do governo. Rezende era coordenador financeiro e jurídico do comitê.

NO O ANTAGONISTA
O propinoduto uruguaio
Brasil 23.09.16 07:14
A Acrônimo investiga o pagamento de propina da OAS para a campanha de Fernando Pimentel.
O delator Bené disse que a empreiteira repassou 3 milhões de reais em dinheiro vivo para o governador mineiro em troca de um contrato para a construção de um gasoduto no Uruguai.
Fernando Pimentel, segundo ele, era ligado ao governo de Pepe Mujica, que além de liberar a maconha, liberou também a propina.
Pimentel não está no hospital
Brasil 23.09.16 07:07
Fernando Pimentel não está no hospital, acompanhando sua mulher.
De qualquer maneira, não há mandado de prisão contra ele. Nem contra ela.
O caixa de Pimentel
Brasil 23.09.16 06:59
Um dos alvos da PF é a OPR, a empresa de consultoria aberta por Fernando Pimentel e que, segundo a denúncia apresentada contra ele pela PGR, foi usada para repassar-lhe propina.
URGENTE: PF NA CASA CIVIL DE PIMENTEL
Brasil 23.09.16 06:51
PF nas ruas.
A Operação Acrônimo mira na empreiteira OAS.
Um dos alvos, segundo a Época, é o chefe da Casa Civil de Fernando Pimentel, Marco Rezende.
A candidatura de Lula
Brasil 23.09.16 06:47
Lula só tem uma saída para evitar a prisão: alegar que a Lava Jato o persegue politicamente para impedir sua candidatura em 2018.
Foi por isso que ele disse que a Operação Arquivo-X deveria se chamar Operação Boca de Urna.
A Lava Jato precisaria prendê-lo antes que ele anunciasse sua candidatura.
Eike está certo
Brasil 23.09.16 06:17
Eike Batista mentiu quando disse que repassou propina para a campanha de Dilma Rousseff sem que o PT lhe oferecesse uma contrapartida na Petrobras.
Ele fez bem em mentir.
Se dissesse a verdade, não teria o que negociar com a Lava Jato em sua futura delação premiada.
O entusiasmo de Mantega
Brasil 23.09.16 06:13
Guido Mantega, antes de ser preso, “estava entusiasmado com um novo projeto”. De acordo com Monica Bergamo, ele escrevia um livro sobre seu longo período no Ministério da Fazenda.
O único livro sobre Guido Mantega que pode entusiasmar alguém é sua biografia não-autorizada, que está sendo escrita pela Lava Jato.
Sete Palocci
Brasil 22.09.16 18:42
A Lava Jato acertou em cheio na Sete Brasil. Isso significa que a investigação está mais próxima de Antonio Palocci.
Prepare-se, Marco Maia!
Brasil 22.09.16 18:28
O Antagonista soube que Léo Pinheiro prestou depoimento específico sobre o papel de Marco Maia no Petrolão. O depoimento foi espontâneo.
Mantega é petista; Mantega é das elites
Brasil 22.09.16 18:03
Ladrão pé-de-chinelo tem prisão revogada porque a mulher está doente?
Não.
Mantega, contudo, não é pé-de-chinelo. É petista. Mantega é das elites.


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