SEGUNDA EDIÇÃO DE 31-8-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NO BLOG DO NOBLAT
PT vai tentar atrasar votação do impeachment para impedir viagem de Temer à China
Guga Noblat
31/08/2016 - 09h03
O PT sabe que a votação do impeachment da Dilma, hoje, é uma batalha perdida. Nem por isso se renderá sem oferecer resistência. Tentará, quando nada, impedir a viagem de Michel Temer à China no fim do dia como presidente da República já empossado. A decolagem do boeing presidencial está prevista para 18h. Ou não haverá ou talvez sofra atraso.
Até a madrugada desta quarta-feira, 31, os advogados de defesa da presidente afastada discutiam se deveriam ou não apresentar uma questão de ordem para separar a votação do impeachment em duas partes. Na primeira se decidiria se Dilma deve ser punida com o impeachment ou com outra pena mais branda. Na segunda parte, se ela pode escapar de ficar inelegível por oito anos.
Outro plano dos advogados comandados por José Eduardo Cardozo é separar as acusações que correm contra Dilma como é feito em tribunais penais. Os senadores primeiro votariam se a presidente afastada cometeu crimes de responsabilidade por tomar empréstimos junto à instituição financeira controlada pela União.
Em seguida, se ela cometeu crime de responsabilidade na abertura de créditos sem autorização prévia do Congresso Nacional.
A proposta de separar as acusações tem tudo para ser aceita pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski que preside o julgamento.
Mesmo assim, é possível que a última sessão do impeachment termine por volta das 15h. Temer teria assim tempo para tomar posse em sessão do Congresso uma hora ou duas depois. E dela sair correndo direto para o aeroporto.

NO ESTADÃO
Maioria dos senadores discursa a favor do impeachment; votação será às 11h
Dos 63 parlamentares que se pronunciaram nas 12 horas de sessão, 43 defenderam o afastamento definitivo da presidente afastada, enquanto 18 foram contrários
Ricardo Brito, Beatriz Bulla, Julia Lindner e Isabela Bonfim,
O Estado de S.Paulo
31 Agosto 2016 | 03h08
BRASÍLIA - Dos 63 senadores que discursaram na sessão que começou no início da tarde desta terça-feira, 30 e encerrou às 2h36 da madrugada desta quarta-feira, 43 se declararam favoráveis ao impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff. Embora não tenha havido nos pronunciamentos um mínimo de 54 apoios para condenar Dilma por crime de responsabilidade, proporcionalmente, houve manifestações entre os senadores para considerá-la culpada. 
O quorum para retirar Dilma do cargo – o maior de votações do Congresso – é de dois terços, ou 66,66% dos votos. Nos discursos, houve um aval ao afastamento definitivo de Dilma de 68,25% dos senadores.
A sessão de pronunciamentos durou 12 horas e encerrou com 43 manifestações favoráveis de senadores ao impedimento, 18 contrárias e dois não declararam explicitamente seus respectivos votos (veja quadro abaixo). Ao todo, 18 senadores não participaram da fase de pronunciamentos. Ao final da sessão, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, que comanda o processo de impeachment, declarou encerrada a sessão e afirmou que o julgamento será retomado nesta quarta-feira às 11 horas com a última etapa.
Votação 
Nesta quarta-feira, no final da manhã, os 81 integrantes da Casa vão votar de forma final o impedimento da presidente e decidir se a petista merece ser condenada à cassação de seu mandato por crime de responsabilidade. Os 54 votos necessários para afastar Dilma já são dados como certos pelo governo do presidente em exercício, Michel Temer. O Placar do Impeachment, feito pelo Grupo Estado, mostra que 55 senadores já anunciaram que vão votar pelo afastamento. Se ela for condenada, Temer assume efetivamente o País até o final de 2018.
Na sessão que começou na terça-feira, 30 os debates ficaram polarizados. Os parlamentares apoiadores de Dilma repetiram a tese de que há um golpe de Estado para destituir a petista. Já os críticos da presidente afastada disseram que ela não dialogou com o Parlamento, cometeu ilícitos e que o processo é legitimado pelo STF, já que o presidente da Corte é também presidente do trâmite no Senado.
O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), disse em seu discurso que Dilma não assumiu em seu discurso ao Senado “seus erros” e culpou a oposição pela desestabilização do País no período de seu governo. “Quiséramos nós poder ter essa força, não para desestabilizar, mas para ajudar o governo a corrigir rumos. Não, não é a oposição que é responsável pelos delitos cometidos”, disse o tucano.
O líder do PMDB, Eunício Oliveira (CE), um dos senadores mais próximos do governo Michel Temer a discursar, assumiu a mesma linha do tucano. “A presidente não veio ontem, aqui, diante desta Casa, fazer uma autocrítica. Apesar das mais de dez horas em que aqui esteve e permaneceu neste plenário, falou com o seu público apenas para completar e concluir a sua brilhante biografia. Não inovou, ao contrário, repetiu os argumentos que já vinham sendo usados. Portanto, sem surpresa tanto em relação à coragem da presidente, quanto em relação ao seu distanciamento permanente deste Parlamento”, disse o peemedebista.
Os aliados da petista saíram na defesa. O líder da oposição, Lindbergh Farias (PT-RJ), afirmou que a história vai reservar a Dilma “um lugar de honra”. “A senhora nunca vai precisar esconder o seu rosto, como esses que votam pelo impeachment. Viva Dilma Rousseff, viva a democracia”, disse.
Golpe 
Primeiro a falar, o senador Gladson Cameli (PP-AC) anunciou o voto a fator da condenação da petista e reacendeu a discussão: “Não vejo como golpe lutar pelo cumprimento das leis e da constituição. (...) Golpe é mentir para ganhar as eleições”. O último a se pronunciar, o senador Romário (PSB-RJ), fez um curto discurso e também defendeu a saída definitiva de Dilma.
Aliados de Dilma reagiram e reforçaram o discurso da presidente afastada, de que ela está sendo julgada pelo “conjunto da obra”. “E não adianta ficarem irritados porque nós usamos a expressão “golpe”. “Não somos nós apenas, é o mundo inteiro, é a opinião pública mundial, são os grandes órgãos da imprensa do mundo”, disse o líder do PT, Humberto Costa (PE). O petista disse ainda que o Congresso “nunca engoliu Dilma”.
“Temos um golpe travestido de impedimento, cujo objetivo é tirar uma presidente democraticamente eleita e substituir o projeto que ela defende por uma política que já foi derrotada nas urnas quatro vezes seguidas. Quatro vezes seguidas”, disse Costa.
Tucanos como os senadores Cássio Cunha Lima (PB) e Aécio Neves defenderam que o processo de impeachment de Dilma tem respaldo popular, pois o “povo foi às ruas” contra a gestão petista. Cunha Lima argumentou que caso o impedimento não prosperasse no Congresso, Dilma seria cassada pela Justiça Eleitoral. “E é preciso dizer – e dizer desde logo – que, se não fosse o impeachment, a presidente Dilma cairia por decisão do Tribunal Superior Eleitoral. Ela seria cassada pela Justiça Eleitoral, dado o volume de provas que lá já se encontram, provando que a eleição dela foi maculada”, afirmou.

Diferente de segunda-feira, 29, quando Dilma respondia perguntas dos congressistas, o plenário do Senado se manteve esvaziado durante os discursos de senadores. Muitos parlamentares permanecem em seus gabinetes ou no chamado ‘cafezinho’ da Casa e só entram no plenário próximo da hora de seu próprio pronunciamento. As galerias, que já foram ocupadas por uma claque de ex-ministros, pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo compositor Chico Buarque também ficaram esvaziadas.
Veja o posicionamento dos senadores que discursaram:
FAVORÁVEIS
Gladson Cameli (PP-AC)
Antônio Anastasia (PSDB-MG)
Ataídes Oliveira (PSDB-MG)
Lucia Vania (PSB-GO)
Lasier Martins (PDT-RS)
Ronaldo Caiado (DEM-GO) 
Álvaro Dias (PV-PR)
Antonio Valadares (PSB-SE)
Dario Berger (PMDB-SC)
José Medeiros (PSD-MT)
Cassio Cunha Lima (PSDB-PB)
Eduardo Amorim (PSC-SE)
Aécio Neves (PSDB-MG)
Magno Malta (PR-ES)
Valdir Raupp (PMDB-RO)
Ivo Cassol (PP-RO)
José Aníbal (PSDB-SP)
Garibaldi Alves (PMDB-RN)
Paulo Bauer (PSDB-SC)
Eunício Oliveira (PMDB-CE)
Cidinho Santos (PR-MT)
Flexa Ribeiro (PSDB-PA)
Ricardo Ferraço (PSDB-ES)
Benedito de Lira (PP-AL)
Zezé Perrella (PTB-MG)
Wilder Morais (PP-GO)
Sérgio Petecão (PSD-AC)
Hélio José (PMDB-DF)
Rose de Freitas (PMDB-ES)
Ana Amélia (PP-RS)
Simone Tebet (PMDB-MS)
Waldemir Moka (PMDB-MS)
Pedro Chaves (PSC-MS)
Reguffe (sem partido-DF)
Fernando Bezerra (PSB-PE)
Cristovam Buarque (PPS-DF)
José Agripino (DEM-RN)
Dalírio Beber (PSDB-SC)
Tasso Jereissati (PSDB-CE)
Eduardo Lopes (PRB-RJ)
Davi Alcolumbre (DEM-AP)
José Maranhão (PMDB-PB)
Romário (PSB-RJ)
CONTRÁRIOS
Jorge Viana (PT-AC)
Roberto Requião (PMDB-PR) 
Ângela Portela (PT-RR) 
Fátima Bezerra (PT-RN)
Lídice da Mata (PSB-BA)
Gleisi Hoffmann (PT-PR)
Vanessa Graziottin (PCdoB-AM)
Humberto Costa (PT-PE)
Regina Souza (PT-PI)
José Pimentel (PT-CE)
Paulo Paim (PT-RJ)
Armando Monteiro (PTB-PE)
Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
Lindbergh Farias (PT-RJ)
Otto Alencar (PSD-BA)
João Capiberibe (PSB-AP)
Roberto Muniz (PP-BA)
Elmano Férrer (PTB-PI)
NÃO DECLARARAM
Fernando Collor (PTC-AL)
Acir Gurgacz (PDT-RO)

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
“Loucademia do Impeachment” e outras sete notas de Carlos Brickmann
Uma universidade francesa e uma americana convidaram Dilma para estudar. É a primeira vez que um presidente é chamado para ser aluno, e não professor
Por: Augusto Nunes 
31/08/2016 às 7:19
Dilma, nos debates: “Discordo que a Constituição proíba, pois quando ela proíbe ela permite que se faça ela”.
José Eduardo Cardozo, ex-ministro da Justiça, advogado de defesa de Dilma, disse em sua peroração que ela foi presa porque lutava contra a democracia. Pura confusão: ela lutou contra a ditadura, mas não por ou contra a democracia. Queria mesmo uma ditadura comunista, estilo cubano.
Dilma, respondendo ao senador Ricardo Ferraço: “Considero que essa sua acusação é improcedente. Acho que ela é aquela mentira que não tem base na realidade, ou seja, ela não expressa a verdade dos fatos”.
O excelente repórter Ricardo Cabrini entrevista o traficante Fernandinho Beira-Mar, no SBT. Pergunta: “Que é que dá mais dinheiro, tráfico de armas, cocaína ou maconha?” Fernandinho Beira-Mar: “A política”.
José Eduardo Cardozo chorou, dizendo “é injustiça, é injustiça”. Mas é maldade dizer “não condene a clienta de Cardozo senão ele chora”.
A Folha de S.Paulo diz que uma universidade francesa e uma americana convidaram Dilma para estudar. Segundo o portal O Antagonista, é a primeira vez que um presidente é chamado para ser aluno, e não professor.
Mas talvez não haja nenhuma indelicadeza das faculdades, apenas um erro na passagem de uma Língua para outra. O convite a Dilma não deve ser para estudar, mas para ser estudada.
O Manda-Chuva
José Eduardo Cardozo diz que a História se encarregará de inocentar Dilma. Pois é: que fazer se ele, o advogado de defesa, não conseguiu?
Chico no julgamento
Chico Buarque de Holanda, convidado por Dilma, compareceu ao julgamento, e para isso abriu mão de seu obrigatório (quando está no Brasil) futebol das segundas-feiras. Não deu certo: houve filas de gente para tirar selfies com ele, o que ofuscou a presença de Lula.
O problema é que, se os senadores se aproximassem de Lula, talvez pudessem ser convencidos a votar por Dilma. Já Chico, petista roxo, não consegue mudar o voto de um senador sequer, nem tirando selfies em ritmo industrial.
Amanhã…
E, já que falamos em Chico Buarque, como será o amanhã com Temer e sem Dilma? Sem Dilma, melhor: independente mente das motivações jurídicas para impichá-la, ela criou uma imagem de confusão gerencial, autoritarismo, voluntarismo, de não levar em conta a realidade econômica, de achar que o Governo deve gastar o que ela decide, que o dinheiro aparece. Sem Dilma, empresários e investidores talvez se sintam em melhores condições de arriscar seu capital.
Já Temer depende de Temer.
…há de ser…
Até agora, Temer prometeu reformas, limitação nos gastos públicos, mão forte para sua boa equipe econômica. Mas na hora da verdade, liberou amplos aumentos para setores já bem aquinhoados, falou de reformas mas não as fez, falou muito sobre redução dos gastos públicos mas não contrariou ninguém que estivesse reclamando bons aumentos de salários. A desculpa é que não poderia perder apoios na votação do impeachment.
…outro dia
Com mão firme, Michel Miguel Temer Lulya pode repetir o mandato de Itamar Franco, vice que assumiu com o impeachment de Collor e deixou como legado o Plano Real, que estabilizou a moeda. Com mão de PMDB, pode repetir o período de José Linhares, presidente do Supremo que assumiu após a queda da ditadura de Getúlio Vargas, e se dedicou a nomear parentes.
Popularmente, espalhou-se o slogan “Os Linhares são milhares.” Atribuía-se a ele a frase segundo a qual sua experiência política duraria pouco tempo, mas com a família teria de conviver a vida inteira. Linhares ficou na História, mas, em termos de biografia, pelo motivo errado. A escolha sobre seu papel na História cabe apenas a Temer.
Lava tudo
O procurador-geral Rodrigo Janot já disse que não tolera o vazamento de delações premiadas. Então terá um problema e tanto: sua vice procuradora Ela Wieko foi fotografada com faixas pró-Dilma e gritando 'Fora, Temer' numa manifestação em Portugal. Até aí o problema é menor. Mas, ao dizer aos repórteres que não se sentia bem com Temer na Presidência, acrescentou: “Ele está sendo delatado. Eu sei.”
Cadê o sigilo? E é ela que cuida da Operação Acrônimo, que envolve o governador de Minas, Fernando Pimentel, um dos mais próximos amigos de Dilma.
De alto a baixo
O MP do Paraná abriu processo contra a Federação Paranaense e a empresa BB Corretora, que puseram à venda o dobro da lotação do estádio Willie Davis. Dono da BB: deputado Ricardo Barros, ministro da Saúde.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Quarta-feira, 31 de agosto de 2016
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
O juízo final de Dilma Rousseff deveria ir além do mero impeachment, se o Brasil não fosse o País da impunidade com rigor seletivo. Ela será condenada neste 31 de agosto de 2016 pelas "pedaladas fiscais" - que outros já deram, mas só ela, uma ciclista militante, foi derrubada. Isto é pouco. Dilma é uma ré em potencial. Ainda terá de responder por aquela tentativa de obstrução judicial com a nomeação de Lula da Silva para a Casa Civil, a fim de devolver ao ministro o foro privilegiado para escapar das garras da "República de Curitiba". Aqui e no exterior, Dilma deve responder judicialmente pelos prejuízos que sua desastrada gestão causou à Petrobras e Eletrobras.
É previsível que Dilma Rousseff, com foro privilegiado perdido, tomará a decisão de recorrer ao Supremo Tribunal Federal contra seu impedimento. Aparentemente, o recurso poderia parecer inútil, mas nunca é no Brasil do jeitinho. A defesa de Dilma pode não reverter completamente a condenação (política) do impeachment. No entanto, aposta-se que possa reverter, de algum jeito, a perda de seus direitos políticos por oito anos. A intenção de Dilma ficou clara na tática de defesa no Senado. Na Petelândia, aposta-se que a maioria do STF rejeite a tese de que ela cometeu crime de responsabilidade. Por força de pressão de poder político, a Presidência não lhe seria devolvida. No entanto, Dilma poderia ganhar uma espécie de "anistia", para seguir na vida pública, em vez do mero exílio em Porto Alegre ou Cuba - paraísos simbólicos das esquerdas inconsequentes. 
Neste histórico 31 de agosto, o Brasil assistirá a um impeachment e a duas posses Presidenciais: a efetiva de Michel Temer e uma interina do filho de Cesar Maia, o jovem Rodrigo Maia. O supremo magistrado Ricardo Lewandowski, presidente do STF e do tribunal senatorial contra Dilma-ré, marcou para às 11 horas da manhã a leitura do resumo final do processo. Em seguida, começa a esperada votação final. Só tem almoço depois que a votação acabar. Dos 81 senadores, sete ainda têm a cara de pau e a sem-vergonhice de não antecipar o voto. Dilma tem 21 senadores em sua tropa de choque - conhecida por "Jardim de Infância", pela arrogância juvenil de seus pares. Garantidos para derrubá-la declaram-se 53 senadores. Falta pelo menos um, pois o mínimo para o impeachment é 54. Entre os sete "indecisos" - que negociam vantagens para além do juízo-final -, estão alguns algozes de Dilma.
A 'Presidanta' vai para o saco logo mais. O Palácio do Planalto tem a maior pressa de que os senadores não embromem a decisão, porque Michel Temer tem pressa de viajar para a reunião do G-20, na China, já como Presidente efetivo. O "Presidento interino" tem tudo para ser prejudicado por inúteis manobras dos infantes da Dilma. Os 21 prometem demorar na votação, com longos discursos. O avião presidencial tem programação de decolagem para as 15 horas. Temer deseja tomar posse, na Câmara dos Deputados, por volta de 13 horas, horário otimista para o fim do sepultamento de Dilma no Senado. A correria vai ser aloprada no Congresso Nacional...
A Petelândia tem algumas prioridades imediatas após a queda de Dilma. A primeira é recorrer da decisão no STF, enquanto se insiste na divulgação transnacional da tese de "golpe parlamentar" em tempos de (suposta) democracia no Brasil. A segunda urgência é fazer de tudo, nos bastidores do Judiciário, para impedir que Luiz Inácio Lula da Silva seja submetido à desmoralização de uma prisão provisória ou temporária, antes de uma previsível condenação imposta pelo pelo juiz Sérgio Moro. A terceira medida apressada é incendiar a militância para forçar a pressão pela cassação do mandato do inimigo Eduardo Cunha - estranhamente agendada para 12 de setembro, uma segunda-feira, em pleno calor da campanha eleitoral municipal, onde a previsão de quórum é baixíssima. A petelândia alopra (e pode se beneficiar politicamente) se Cunha for "milagrosamente" salvo por seus deputados aliados... 
Independentemente da decisão contra ou a favor do aliado Cunha, o quase-efetivo Michel Temer tem missões espinhosas pela frente, assim que retornar do beija-mão aos poderosos do mundo globalitário, certamente depois de fechar grandes negócios que interessam à oligarquia financeira transnacional controladora do Brasil. Temer terá de administrar a instabilidade política que a petelândia vai aprofundar, ainda mais se a esquerda obtiver previsíveis vitórias na eleição municipal. Enquanto Temer projete "pacificação política", a petelândia segue na guerra, apostando na pregação por um plebiscito para eleições gerais. O maior e óbvio desafio de Temer, no entanto, é conter a crise econômica - que tem causas estruturais, e não meramente conjunturais. O tal "deus mercado", que agora finge dar crédito a Temer, pode lhe virar a cara se os resultados não vierem na velocidade desejada pelos rentistas. Ou seja, lucros para ontem...
Haja paciência... Lewandowski pagou ontem todos os pecados que porventura tivesse, ouvindo 63 senadores falarem sem parar por mais de 16 horas. Tanto papo furado serviu para demonstrar que a classe política continua a mesma, desqualificada, corrupta e cara de pau. As brigas e lágrimas de ontem, no Senado, foram mais um espetáculo dantesco de um Brasil sem segurança do Direito, e que precisa ser passado a limpo por mudanças estruturais que a sociedade tem o dever de debater exaustivamente.
"In dubio pro societas", a ré Dilma será cassada. O famoso "in dubio pro ré" não valeu para Dilma. Vamos aguardar o resultado final do placar contra a "Coração Valente" - que promete lutar além do próprio fim. Esta é a ansiedade política de hoje. As confusões que vêm depois ficam para os futuros textos. 
(...)

NO O ANTAGONISTA
Brasil 31.08.16 09:42
Andreza Matais, do Estadão, informa que Telmário Mota foi ao Palácio do Planalto para dizer que talvez vote a favor do impeachment...
Brasil 31.08.16 09:38
Waldemir Moka foi o primeiro senador a chegar ao plenário.
"Vim fazer o que tem de ser feito", disse ao Antagonista.
60 é o placar dele.
Brasil 31.08.16 08:54
Do taxista que está levando o Antagonista para o Congresso:
"Hoje é um dia feliz, senhor. Eu vou lhe dizer: sou pobre, de família pobre, e que o esse PT fez foi estimular um país de preguiçosos. Sou pobre, mas quero trabalhar, sou trabalhador. Não quero ficar vivendo de bolsa. Eles blefaram esse tempo todo falando que iriam salvar os pobres. Fizeram foi um mal enorme ao País."
Brasil 31.08.16 08:47
Evo Morales prometeu retirar o embaixador boliviano do Brasil.
Ele disse que o impeachment é "um golpe parlamentar contra o governo democrático de Dilma"...
Brasil 31.08.16 08:17
Depois do impeachment, é necessário centrar fogo em Lula...
Economia 31.08.16 08:02
Michel Temer, segundo o Valor, vai trocar o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira.
Demorou muito.
A melhor candidata para o cargo é Ana Paula Vescovi...

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