PRIMEIRA EDIÇÃO DE 20-8-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
20 DE AGOSTO DE 2016
Temendo a rebordosa das urnas e principalmente a Polícia Federal na porta, o ex-presidente Lula e a cúpula do PT resolveram tomar uma atitude para “evitar escândalos”: extinguir o cargo de Tesoureiro. Ainda não está claro como as finanças do partido serão administradas. A ideia de extinguir o cargo veio da dificuldade de encontrar quem aceite assumi-lo. Os três últimos tesoureiros do PT acabaram na cadeia.
Ao extinguir o cargo de Tesoureiro, o PT lembra a velha piada em que o sofá é culpado pela traição. No caso, o PT joga o sofá pela janela.
A decisão de extinguir o cargo de Tesoureiro só pode ser adotada em convenção nacional do PT que só deve ocorrer em 2017.
Já foram Tesoureiro Nacional do PT os presidiários Delúbio Soares, Paulo Ferreira e João Vaccari Neto.
Uma outra proposta, da facção Mensagem ao Partido, do ex-ministro Tarso Genro, tenta articular a mudança de denominação do PT.
Funcionários do Palácio Alvorada não esquecem de presepadas do período em que Lula foi presidente, mas contra ele não há relatos muito desabonadores. Porém, entre os que trabalharam naquela época, relatam em tom de crítica atitudes da ex-primeira-dama Marisa Letícia. Como quando ela mandou colocar nos caminhões de mudança objetos públicos. Não escapou até um cocho para servir milho aos porcos.
O cocho foi presenteado a JK, mas ganhou utilidade na presidência de José Sarney, quando D. Marli o transformou em uma graciosa floreira.
Auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) indicou o sumiço de 1.450 itens durante o período em que o PT ocupou a presidência.
Comandando a saída do Alvorada, no fim do governo Lula, D.Marisa indicava objetos a serem embarcados nos 11 caminhões da mudança.
O Brasil deveria ignorar a “notificação” da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA sobre o impeachment. Assim como Dilma ignorou notificação da comissão para paralisar obras da hidrelétrica de Belo Monte, além de retirar de lá, por 3 anos, o embaixador brasileiro.
Políticos ligados a Dilma e ao PT fizeram seus seguidores acreditarem que a Organização dos Estados Americanos (OEA) é instância de recurso para o impeachment. Não é. E não tem a menor importância.
O presidente do PMDB, Romero Jucá, não descarta a expulsão da senadora Kátia Abreu, mas nega haver data marcada. A hostilidade da senadora ao presidente Michel Temer incomodou e revoltou o partido.
Os paranaenses andam insatisfeitos: para 52,6%, o início do governo Michel Temer está “igual ao que esperava”, 20,6% dizem estar “pior” e 23,6% acreditam estar “melhor” em relação ao governo Dilma. Para 70,8%, dizem que a economia não sofreu alterações.
José Eduardo dos Santos foi reeleito presidente de Angola por 99,6% dos votos. Devem estar caçando os 0,4% que votaram contra. Ele está no poder há 36 anos, período em que sua filha se tornou bilionária.
Além do bom desempenho do Brasil, os jogos Rio 2016 estabeleceram recorde de audiência. Estudo da GfK Brasil verificou que 93% dos brasileiros assistiram à abertura ou alguma disputa olímpica pela TV.
O ouro do baiano Robson Conceição no boxe foi o evento individual mais assistido pelos brasileiros: 18,5 milhões de telespectadores. Mais que a audiência da prata conquistada pelo ginasta Arthur Zanetti.
Dos quase 170 mil candidatos a prefeito e vereador nas eleições de outubro, 46 têm menos de 16 anos. Eles não podem nem votar, mas já querem ser candidatos.
…visitando Dilma e depois Michel Temer, o senador Renan Calheiros é favorito a medalha de lata na modalidade Um Pé em Cada Canoa.

NO DIÁRIO DO PODER
FINALMENTE
AERONÁUTICA CASSA MEDALHAS DE MENSALEIROS JOSÉ DIRCEU E JOSÉ GENOÍNO
CASSAÇÃO DE MEDALHAS DE MENSALEIROS SÓ SAIU POR PRESSÃO DO MPF
Publicado: sexta-feira, 19 de agosto de 2016 às 19:26 - Atualizado às 19:30
Depois de muita resistência, o Comando da Aeronáutica, enfim, cassou as medalhas de Ordem do Mérito Aeronáutico aos mensaleiros condenados José Dirceu e José Genoíno. O ato retirando o grau de Grande Oficial de Dirceu e o de Comendador de Genoíno foi assinado pelo tenente brigadeiro do ar Nivaldo Luiz Rossato no último dia 26 de julho, mas publicado no Diário Oficial da União desta quinta (18).
A exclusão deveria ter sido automática após a condenação transitada em julgado no caso do Mensalão, conforme prevê o Art. 29, inciso II, alínea a, que determina a cassação da honraria de graduados que tenham sido condenados pela Justiça por crime contra a "soberania nacional, ou atentado contra o erário, instituições e a sociedade".
Apesar disso, a Aeronáutica só tirou as condecorações dos petistas depois de receber o ofício nº 654 do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, cobrando o cumprimento da legislação.

DNOCS
EUNÍCIO FAZ CRÍTICAS DURAS AO GOVERNADOR DO CEARÁ E AO EX CID GOMES
SENADOR CEARENSE DENUNCIA TESTAS DE FERRO EM FORNECEDORES
Publicado: 19 de agosto de 2016 às 17:11 - Atualizado às 21:45
O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), disparou contra o governador do Ceará, Camilo Santana (PT) e fez acusações contra Cid Gomes. Ontem, 19, o presidente interino Michel Temer retirou dos governadores do Nordeste a execução de obras destinadas ao combate à seca para transferi-la ao Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), órgão controlado predominantemente por peemedebistas.
A decisão reverte um acordo feito pela presidente afastada Dilma Rousseff de que caberia aos governadores a gestão desses recursos. “Esse dinheiro do Dnocs não vai para o caixa da Hidrotec, cujo dono é um testa de ferro de Cid Gomes”, disse Eunício, segundo o site Ceará News.
Com disposição para desmoralizar Cid e a subserviência de Camilo aos interesses empresariais de seu antecessor, Eunício não poupou nos ataques. O líder do governo denuncia ainda um escândalo descoberto pelo Tribunal de Contas da União(TCU). “Faz 6 anos que a obra Cinturão das Águas, executada pela PB Construções, empresa laranja de Cid, não tem projeto básico. Essa obra já teve direito a 5 aditivos. E todos elevaram os custos, fazendo Cid sorrir com os ganhos de sua empreiteira”, acusou.
“Governador, o Senhor parece que não luta pela obra do Cinturão das Águas. Estranhamente, seu real interesse é defender que os testas de ferro de Cid façam a obra. Não construo e nem tenho apaniguados em empresas no Ceará que façam obras públicas, por isso vou continuar lutando para que os recursos cheguem ao Ceará, mesmo que Cid as execute com seus sócios fantasmas, seus amigos que junto com ele se locupletam no Estado”, disparou o senador peemedebista.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
‘Presidenta’ é palavra só usada por gente que flexiona a espinha com mais destreza que ginasta olímpico
A invencionice imposta por Dilma transformou-se no distintivo que identifica sabujos, vassalos, bajuladores e outras ramificações da tribo dos subalternos incuráveis
Por: Augusto Nunes 
Sexta-feira, 19/08/2016 às 18:00
“Estou aqui falando como linguista”, avisa na primeira linha o comentário enviado à coluna por Rafael Brandão.
A frase é uma variação do velho “Sabe com quem está falando?” No caso, é fácil saber que estou falando com ─ melhor: estou ouvindo por escrito ─ uma sumidade em língua portuguesa, um doutor em anacolutos, assíndetos, hipérboles, pleonasmos, metonímias e verbos irregulares, fora o resto.
“Presidenta é um termo CORRETO e é aceito tanto em registros lexicográficos mais antigos quanto nos contemporâneos da língua”, começa a aula. 
As maiúsculas que engordam e elevam a estatura do adjetivo “correto” (CORRETO parece mais corpulento, mais musculoso) gritam a advertência: quem duvida da afirmação corre o risco de levar uma surra de ponto de exclamação, usado ora como borduna ora como bengala por linguistas enfurecidos. Afinal, faz mais de 100 anos que presidenta virou verbete de dicionário (“registro lexicográfico”, prefere Rafael Brandão).
“A flexão de gênero em termos como presidenta, contenta etc., está presente em três dos idiomas neolatinos: português, espanhol e italiano”, prossegue o mestre, dispensando-se de ressalvar que a maioria das nações cujos idiomas oficiais são neolatinos optou pelo exemplo da França, que mantém o Madame le Président.
A aula de falsa erudição é encerrada com um pito amplificado pelo cortejo de maiúsculas: “Portanto, pessoas, PAREM DE ATRIBUIR QUESTÕES FILOLÓGICAS A PARTIDOS POLÍTICOS. Pois no final das contas, se tornam arrogantes vocês, que opinam sem saberem sobre o que falam”.
Os idiotas estão por toda parte, alertou Nelson Rodrigues há quase 50 anos. E andam proliferando como nunca no mundo da linguística, informa o conteúdo do texto e confirma aos berros a última frase. Falta uma vírgula depois de “Pois”. O “vocês” se sentiria bem mais confortável se estivesse alojado entre a vírgula e o “se”. E esse “opinam sem saberem” é um pontapé no idioma de dar inveja a Dilma Rousseff. Brandão não sabe que o certo, o CORRETO, é “saber”. No singular.
Enquanto o companheiro linguista estuda o que fazer com verbos e plurais, tratemos do que interessa. Como todo brasileiro alfabetizado, sei desde sempre que não é errado dizer ou escrever “presidenta”: a palavra existe. Como todo brasileiro sensato, sei desde os tempos de colegial que o status de verbete de dicionário não torna certos termos menos ridículos. (Ninguém chama o marido ou a mulher de “consorte”. Noiva nenhuma admite ser qualificada de “nubente”)
E sei sobretudo, como todo brasileiro que não renunciou à altivez, que “presidenta” é palavra usada só por gente que flexiona a espinha com mais destreza que ginasta olímpico. O tratamento que Dilma exigiu ao instalar-se no Planalto é um exotismo que virou distintivo dos sabujos, dos vassalos, dos servis, dos bajuladores e de outras ramificações da tribo dos subalternos incuráveis.
Para alívio de quem preza a língua portuguesa, presidenta tem data marcada para morrer. Ainda que permaneça homiziada em dicionários, a invencionice não sobreviverá ao sepultamento político de Dilma Rousseff. E então será restaurado em sua plenitude o bom e velho “presidente”, substantivo de dois gêneros que designa alguém ─ homem ou mulher ─ que preside alguma coisa. Pode ser uma empresa. Pode ser uma organização criminosa.
E também pode ser um governo que, disfarçado de instituição republicana, age como se fosse um bando de delinquentes.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
MP acusa empresa do ministro da Saúde de lesar torcedores
Acusação diz que empresa de Ricardo Barros (PP) é uma das responsáveis por vender ingressos a mais para partida e ter lucro 'indevido' de R$ 177.000
Por: Reinaldo Azevedo 
Sexta-feira, 19/08/2016 às 20:35
Por Hugo Marques, na VEJA.com:
Em uma ação civil pública que tramita na 2ª Vara Cível de Maringá, no Paraná, desde o dia 12, o Ministério Público acusa a empresa do ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP-PR), de dar um prejuízo a milhares de torcedores que não conseguiram entrar no estádio da cidade para acompanhar a decisão do Campeonato Paranaense, em abril de 2014. A empresa BB Corretora, uma das responsáveis pela organização, pertence ao ministro da Saúde e à sua filha, Maria Victória Borghetti Barros, que é candidata a prefeita de Curitiba neste ano.
Segundo a denúncia, foram vendidos 4.000 ingressos além da capacidade máxima permitida para a área coberta do estádio. “Milhares de torcedores que adquiriram os ingressos para assistir à partida na área coberta foram impedidos de entrar no estádio”, diz o MP, o que “colocou em risco a vida e a saúde de todos os presentes no local”.
Na ação, o MP pede indenização por danos individuais, materiais e morais para todos os consumidores que não conseguiram entrar no estádio. Os responsáveis pela organização da partida são a Sociedade Esportiva Alvorada Club, a Federação Paranaense de Futebol e a BB Corretora Ltda. O jogo aconteceu no dia 13 de abril de 2014, em Maringá, quando os torcedores não conseguiram ver a final entre o Maringá Futebol Clube e do Londrina Esporte Clube.
A Polícia Militar foi obrigada a fechar os portões antes do início da partida e houve necessidade de atendimento médico de pessoas que desmaiaram. “Com essa prática fraudulenta, os requeridos auferiam cerca de 177.525 reais de lucro indevido, às custas dos torcedores”, concluiu o MP. A BB Corretora, do ministro, firmou contrato de parceria com a Sociedade Esportiva Alvorada e com isso, afirma o Ministério Público, ganhava 75% do valor da renda líquida dos jogos disputados.
Em nota, o ministro Ricardo Barros rebateu as acusações. Confira a íntegra da manifestação dele:
“A empresa BB Corretora, que, em 2014, era administrada pelo empresário Ricardo Barros, à época sem mandato, foi parceira da equipe do Maringá Futebol Clube. Nesse mesmo ano, o time disputou a final do Campeonato Paranaense contra o Londrina Futebol Clube no Estádio Willie Davids, em Maringá, com um grande público presente. Após muitos anos, o futebol maringaense voltava a disputar a primeira divisão chegando à grande final em sua estreia no campeonato. O jogo era considerado um grande clássico.
Uma denúncia do Ministério Público apontou supostas irregularidades, afirmando que o número de ingressos vendidos na área coberta foi superior ao número de cadeiras no setor de arquibancadas cobertas. Porém, o ambiente da área coberta do estádio Willie Davids não é formado apenas por cadeiras e sim pelas arquibancadas, que também são cobertas, além do espaço com as cadeiras e o espaço dos camarotes. Não houve venda excedida de ingressos, já que foram vendidos 19.071 ingressos para a capacidade do estádio, que é de 19.092 lugares, conforme informação do próprio promotor no teor da ação."
Ricardo Barros disse que sente orgulho de ter tido a oportunidade de colaborar com o time maringaense em 2014, ano que a equipe foi para a final do Campeonato Paranaense, depois de muitos anos na segunda divisão. ‘Era uma final de campeonato, um clássico entre Maringá e Londrina, por isso da grande participação dos torcedores. Nesse dia Maringá pôde reviver a saudosa memória do futebol como havia muito não se via. Eu pude colaborar durante um período para que a equipe de Maringá voltasse à primeira divisão, em 2015 encerramos o contrato e hoje o time está de volta à segunda divisão. É lamentável que o Ministério Público explore uma ação descabida no curto período eleitoral, mostrando visivelmente a politização da ação do Ministério Público’, disse.
Barros afirma ainda que, se for comprovado qualquer prejuízo, haverá o devido ressarcimento, mas que as vendas não excederam a lotação do estádio, conforme comprova o MP.”

Dias Toffoli na capa da VEJA
Se e enquanto restar alguma dúvida sobre as relações do ministro com a empreiteira, ele tem de se declarar impedido de votar nos casos relativos ao petrolão
Por: Reinaldo Azevedo 
19/08/2016 às 20:10
A VEJA, que começa a circular daqui a pouco, traz esta capa.

Não é a primeira vez que se fala sobre a proximidade entre Dias Toffoli, ministro do Supremo, e Léo Pinheiro, da OAS. Não li a reportagem. Consta que o ministro teria tido uma propriedade reformada pela empreiteira. Isso teria ido parar na delação premiada de Pinheiro.
O que dizer?
Bem, torcer para que não seja assim. Isso não é bom para o Supremo — seja na Segunda Turma, seja no Pleno.
Acho uma pena. Com discordâncias episódicas, avalio que Toffoli vem votando com rigor técnico. Esteve muito longe de integrar a turma que tentou criar obstáculos ao andamento do processo. O PT mais sectário vai ficar feliz. No partido, o ministro tem fama de “traidor”.
Se a hipótese de crime se confirmar, é evidente que ele não pode continuar no Supremo. Também para os ministros da Corte Máxima existem as figuras da renúncia e do impeachment.
Aguardemos para ler.

NO BLOG DO JOSIAS
Empreiteiro cita Toffoli em proposta de delação
Josias de Souza
Sábado, 20/08/2016 05:54
Em proposta de delação premiada entregue à Procuradoria-Geral da República, o empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, mencionou o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal. Ele relatou o prefácio de uma história que se dispõe a aprofundar se for guindado à condição de colaborador da Lava Jato.
A novidade veio à tona em notícia veiculada pela revista Veja. Léo Pinheiro relatou um encontro que teve com Toffoli. Os dois já se conheciam. Durante a conversa, o ministro do STF contou ao empreiteiro que sua casa, assentada em bairro nobre de Brasília, apresentava incômodas infiltrações.
Dias depois, o empreiteiro enviou à casa de Toffoli uma equipe de engenheiros da OAS. Eles detectaram o problema e informaram a Léo Pinheiro: falhas na impermeabilização da cobertura da casa. O empreiteiro indicou uma empresa de Brasília para realizar o conserto. Resolvido o problema, engenheiros da OAS inspecionaram o serviço. E Toffoli livrou-se as infiltrações em casa.
Súbito, o nome do ministro gotejou na proposta de delação de Léo Pinheiro. Curiosamente, ele diz na proposta de delação que Toffoli pagou pelo serviço de impermeabilização. Afora a inconveniência moral de ter um empreiteiro prestando favores a um magistrado da mais alta Corte do país, qual seria o crime?
Considerando-se que o candidato a delator se dispõe a confessar crimes em troca de benefícios como redução de pena, não é razoável supor que o empreiteiro enfiaria o nome de Toffoli numa proposta de delação se não tivesse algo cabeludo a relatar. Ouvido, Toffoli confirma que conhece Léo Pinheiro. Mas sustenta que não pediu nem recebeu nenhum favor dele.
Léo Pinheiro já amarga na Lava Jato condenação a 16 anos e 4 meses de cadeia por lavagem de dinheiro e organização criminosa. Pleiteia a delação para tentar não ficar de molho na cadeia.

Josias de Souza
Sexta-feira, 19/08/2016 19:53
Todo o dinheiro roubado da Petrobras não seria suficiente para vestir 3% das desculpas esfarrapadas que Lula utiliza para fugir das evidências. Ao entrevistar o pajé do PT, a repórter Júlia Dias Carneiro, da BBC, fez uma constatação óbvia: a corrupção minou a credibilidade do PT. Perguntou a Lula se não seria o caso de um pedido de desculpas. E ele, categórico: “Não.”
“Quem tem que pedir desculpas é quem está inventando acusações”, respondeu Lula. Para ele, o PT não é senão vítima de “um massacre”. E continua sendo o partido de maior credibilidade eleitoral. No Brasil, a credibilidade de uma agremiação partidária é inversamente proporcional à quantidade de filiados que passou pela cadeia, continua no xilindró ou roça as grades.
Depois que o STF mandou a cúpula do PT para a Papuda, no julgamento do mensalão, Lula declarou: 1) o processo foi político; 2) o Mensalão não existira; e 3) a História se incumbirá de esclarecer a verdade. Antes que a posteridade pudesse se pronunciar, sobreveio o Petrolão. E Lula agora sustenta que tudo o que está na cara não passa de invencionice.
A Lava Jato derreteu a presidência petista de Dilma Rousseff, converteu Lula em denunciado, botou José Dirceu novamente na cadeia, encrencou três ex-tesoureiros do PT. E Lula fala em acusações inventadas. O morubixaba petista afirmou à BBC que não tem medo de ser preso. Acha que querem tirá-lo da vida política porque ele fez muito bem ao País. Nesse ritmo, antes do final dos Jogos Olímpicos Lula ainda exigirá uma medalha de ouro por ter feito aos brasileiros o favor de presidir o País.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Dilma Rousseff e Lula: horizonte nebuloso no pós-impeachment. Foto: IstoÉ

A revista IstoÉ que chega às bancas neste sábado, 20, traz um bom inventário dos episódios que conduziram Dilma Rousseff ao impeachment. Selecionei os trechos fundamentais da principal reportagem da revista assinada por Pedro Marcondes de Moura. Trata-se de um levantamento dos fatos relativos ao processo do impeachment. Entretanto, há mais, muito mais coisas que complicam seriamente Dilma, Lula, Mercadante e José Eduardo Cardoso, não estando descartado após o impeachment o andamento de processos criminais contra Dilma, Lula e seus sequazes já então sem foro privilegiado. Pela gravidade dos fatos e dependendo das investigações pode dar cadeia. Leiam:
Na semana em que o Senado inicia o derradeiro julgamento do impeachment, a presidente afastada Dilma Rousseff enfrenta o auge de sua fragilidade. As preocupações da petista vão além da iminência de deixar o Palácio do Planalto pela porta dos fundos. Agora, pesam contra ela mais do que as acusações por ter editado créditos complementares ou ter cometido as famigeradas pedaladas fiscais, passíveis de perda de mandato. Dilma passou a ser investigada por um crime comum. Desde a última semana, ela corre risco real de ser condenada pela Justiça por interferir na Operação Lava Jato. Atendendo a um pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, determinou a abertura de um inquérito para apurar as suspeitas de que a petista usou o cargo para obstruir a Justiça, o que configura crime. Para Zavascki, há fortes indícios de que Dilma liderou uma conspiração para nomear Marcelo Navarro Ribeiro Dantas ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) em troca do compromisso para soltar empreiteiros presos da Lava Jato, articulou uma tentativa de evitar a delação do ex-senador Delcídio do Amaral e nomeou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tirá-lo da jurisdição do juiz Sérgio Moro.
SEM FORO PRIVILEGIADO
O momento para as acusações contra ela não poderia ser pior. Dilma já planejava um exílio de oito meses por países latino-americanos, tão logo sua saída do cargo fosse oficializada. Com a decisão de Teori, talvez seja mais prudente mudar o plano de vôo. Motivo: ao perder o foro privilegiado, Dilma poderá ser processada em primeira instância junto a outros acusados de também obstruir a Justiça, como os ex-ministros Aloizio Mercadante, José Eduardo Cardozo e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A decisão atinge ainda os ministros do STJ, Marcelo Navarro e Francisco Falcão. Uma eventual condenação pode levar Dilma à cadeia. Por muito menos, Delcídio foi preso. Agora começa a etapa de coleta de provas, o que pode incluir até o depoimento de investigados. Em sua primeira diligência, Teori solicitou os registros de visitas de Navarro ao Senado.
Política e juridicamente, a abertura do inquérito pelo Supremo pode ser considerada o pior revés já experimentado por Dilma desde sua ascensão ao poder. Isolada e sem apoio até do PT, Dilma tentava construir a narrativa da vítima. Sonhava em entrar para a História como uma presidente cassada sem provas e acima de qualquer suspeita. Desde a posse para o segundo mandato, a petista ecoava um mantra de que o governo dela era marcado pela independência nas investigações de corrupção e propagandeava a inexistência de acusações de enriquecimento pessoal, apesar das inúmeras provas de que o Petrolão abasteceu as campanhas dela de 2010 e 2014 ao Palácio do Planalto. Agora, ao autorizar a abertura do inquérito, o STF sepulta de uma vez a sua versão. Mostra que existem, sim, suspeitas contra ela. Mais do que isso.
COISAS DO ARCO DA VELHA
Há evidências de suas digitais em, pelo menos, duas tentativas de obstruir a Lava Jato: a nomeação de Navarro ao STJ e a tentativa de empossar Lula na Casa Civil. Em um primeiro movimento, Aloizio Mercadante, então ministro da Casa Civil, foi flagrado, em uma conversa gravada com um assessor do ex-senador Delcídio do Amaral, oferecendo ajuda para que o parlamentar não fizesse um acordo de delação premiada. O diálogo acabou vindo à tona quando Delcídio, com o objetivo de deixar a prisão, resolveu contar tudo o que sabia aos procuradores. O ex-senador afirmou à Justiça, em depoimento revelado por ISTOÉ com exclusividade, que o Palácio do Planalto – mais precisamente Dilma Rousseff – interferiu diretamente para que o Superior Tribunal de Justiça soltasse empreiteiros. Em uma conspiração envolvendo Dilma, o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo e o presidente do STJ Francisco Falcão foi acertada a nomeação de Marcelo Navarro Ribeiro Dantas para a Corte com a condição de que ele concedesse a liberdade aos empresários envolvidos no Petrolão. Navarro, de fato, votou favorável à soltura Otávio Azevedo, da Andrade Gutierrez, e Marcelo Odebrecht. O plano só não vingou porque a maioria da turma do STJ optou por mantê-los detidos. Não importa. Para Teori e Janot, há elementos para a caracterização da prática criminosa por Dilma e companhia.
PARCERIA CRIMINOSA
A terceira investida de Dilma para interferir na Lava Jato ocorreu em março. Após o ex-presidente Lula ser alvo de uma condução coercitiva, a petista o nomeou ministro da Casa Civil. Interceptações telefônicas de conversas entre os dois mostram a pressa com que ela agiu para que o antecessor assumisse o cargo. Enviou pelo assessor Jorge Messias o termo de posse, antes mesmo da cerimônia, para que Lula ganhasse foro privilegiado e seu caso saísse das mãos do juiz Sérgio Moro. Por decisão do Supremo, a conversa não pode ser usada na acusação por ter ocorrido após o período de gravação autorizado por Moro. Outra prova, no entanto, foi suficiente para encalacrar Lula e Dilma: uma edição extra do Diário Oficial da União publicada pelo Palácio do Planalto para garantir que a nomeação do ex-presidente entrasse em vigor o mais rápido possível. Para Miguel Reale Jr., um dos juristas signatários do pedido de impeachment de Dilma, o episódio é uma afronta aos princípios republicanos e confere materialidade ao impedimento da presidente. “É um ato de imoralidade administrativa e política”, afirma. O inciso 5 do artigo 6º da a Lei nº 1.079 define como crime de responsabilidade exatamente o que as ações de Dilma atestaram, ou seja, “opor-se diretamente e por fatos ao livre exercício do Poder Judiciário, ou obstar, por meios violentos, ao efeito dos seus atos, mandados ou sentenças. Do site da revista IstoÉ onde há muito mais para ler


NO BLOG ALERTA TOTAL
Sábado, 20 de agosto de 2016
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
O Brasil vai realmente confirmar que é o País da Olim-piada se, na segunda-feira que vem, o Senado cometer o crime contra soberania nacional de dar satisfação à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos sobre o processo de impeachment de Dilma Rousseff. O recurso à OEA é uma chicana jurídica injustificável dos advogados de Dilma e dos defensores de réus ou condenados no Mensalão e na Lava Jato.
O mais grave é que partiu do Palácio do Planalto o acerto político para que o Senado responta aos questionamentos da OEA. A atitude submissa deixa o caminho escancarado para outras indevidas interferências externas em assuntos que só dizem respeito aos brasileiros. Trata-se de uma vitória olímpica do globalitarismo. Novamente, ganhamos a medalha de ouro dos tolos na modalidade colonizados otários e sem-vergonha. Não foi à toa que alguns nadadores norte-americanos acharam que "somos todos uma olim-piada"...
Responder à OEA nos termos em que o Brasil foi intimado é rasgar nossa Constituição. A Carta Magna deixa claro que o processo de impedimento do Presidente da República é político, embora tenha aspecto jurídico. Tudo é conduzido pelos senadores, de forma aberta, porém sob a presidência processual do presidente do Supremo Tribunal Federal. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA nada tem a ver com o processo. A OEA se intromete indevidamente no caso, acionada por juristas de visão internacionalista, antipatriótica, que obram e andam para a soberania do Brasil.
O processo de impedimento é tão claro que já ficou definida a perguntinha que será respondida pelos 81 senadores que a julgarão a partir de 25 de agosto: "Cometeu a acusada, a senhora presidente da República, Dilma Vana Rousseff, os crimes de responsabilidade correspondentes à tomada de empréstimos junto à instituição financeira controlada pela União e à abertura de créditos sem autorização do Congresso Nacional, que lhe são imputados e deve ser condenada à perda do seu cargo, ficando, em consequência, inabilitada para o exercício de qualquer função pública pelo prazo de oito anos?"...
Já que estamos em tempos de euforia olímpica, tudo indica que Dilma será arremessada como um peso morto politicamente. A maioria dos senadores vai detoná-la dentro da ordem constitucional. Na verdade, Dilma acabou derrubada porque foi 'arroganta' e 'incompetenta'. A famosa ciclista foi punida por "pedaladas" erradas... Ironicamente, um pequeno delito olimpiano. Um pecadinho tecnocrático no Brasil desgovernado pelo crime institucionalmente organizado... 
Por isso, a única resposta oficial cabível ao pretenso "tribunal transnacional" é: "Vai te catar, OEA". Ou, se preferirem usar famosa frase culto-chula do contínuo de Carlos Lacerda na lendária Tribuna da Imprensa. O indomável Napoleão Brasil (que perece ser tio do Negão da Chatuba) escreveria:
- "Ide, foder-vos, Globalitaristas"...
(...)

NO BLOG BRASIL VERDE AMARELO
A barafunda política aliada às barbeiragens administrativas feitas pelas gestões de Lula e Dilma Rousseff vitimaram o maior banco público do País, ao deixar-lhe numa situação nunca antes visto na História.
A Caixa Econômica Federal, que opera os recursos do Fundo de Garantia (FGTS) e das loterias, encontra-se com o nome na Dívida Ativa da União. A Fazenda Nacional cobra aproximadamente R$ 67 milhões relativos a contribuições previdenciárias que a instituição deixou de recolher de seus servidores no período entre 2007 e 2009.
O banco chegou a ficar com o nome sujo na praça durante 18 dias no mês de julho. E só conseguiu sair do cadastro de sonegadores de imposto por força de uma liminar do Tribunal Regional Federal (TRF), que pode cair a qualquer momento.

NO O ANTAGONISTA
Brasil 20.08.16 09:14
O Estadão confirma que Renato Duque negocia um acordo de delação premiada que pegará Dilma e Lula...
Brasil 20.08.16 09:10
Patricia Lélis, 22 anos, que acusou Marco Feliciano de tentativa de estupro e um assessor do deputado de a ter mantido em cárcere privado, foi indiciada por caluniar e extorquir o assessor.
Brasil 20.08.16 09:03
A pergunta a ser feita aos senadores na votação do impeachment de Dilma Rousseff foi mudada a pedido da acusação e ficou assim...
Brasil 20.08.16 08:43
Michel Temer prepara um pacote de "bondades" para aliviar o peso do ajuste fiscal, segundo a coluna Painel.
Inclui manter por mais tempo o pagamento do Bolsa Família para quem conseguir emprego e dinheiro para as prefeituras que mais emanciparem famílias que integram o programa.
Brasil 20.08.16 08:13
Em outra reportagem, a Veja traz a cópia de um bilhete de Jorge Gerdau, apreendido pela PF na casa de um dos conselheiros do Grupo Gerdau. No bilhete, que era para ser jogado no lixo, o empresário diz que escreveu o bilhete "para evitar o uso de computador", relata um jantar com Joaquim Levy e fala sobre o senador petista José Pimentel...
Brasil 20.08.16 07:51
Embora Dias Toffoli negue ter uma relação próxima com Léo Pinheiro, a Veja elenca que...
Brasil 19.08.16 22:25
O Ministério Público Federal no DF, segundo a Veja.com, "concluiu que não houve justificativa para que o BNDES emprestasse 102 milhões de reais para o Grupo São Fernando, do pecuarista José Carlos Bumlai, em 2012, com a intermediação do Banco do Brasil e do BTG Pactual"...
Brasil 19.08.16 20:12
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