PRIMEIRA EDIÇÃO DE 19-8-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
19 DE AGOSTO DE 2016
Quem vê de longe, o Tribunal de Contas da União (TCU) existe para monitorar a aplicação correta dos recursos públicos, arrancados dos contribuintes, mas visto de perto mais parece um clube social. Além de garantir cabeleireiro, manicure, pedicure, depilação íntima e massagens relaxantes, o TCU instalou em suas dependências, mantidas com dinheiro de impostos, academia de ginástica e restaurante exclusivo.
O TCU gastou R$1,8 milhão dos impostos para comprar armários do vestiário, estantes e bancos de aço para sua academia.
A turma do TCU adora suas mordomias com dinheiro público, mas não as disponibiliza ao contribuinte desrespeitado, que paga essas contas.
Sem ter como explicar o escárnio, o TCU recorre ao reducionismo malandro para chamar seu salão de beleza de 94m2 de “barbearia”.
O TCU informa que os servidores pagam pelos serviços, mas não comenta a utilização do salão de beleza no horário do expediente.
A presidente ré Dilma Rousseff mandou desativar a graciosa e histórica capelinha da residência oficial do Palácio Alvorada para nela instalar o seu “asponato”. Nesse grupo de aspones que não têm muito o que fazer, exceto ocupar cargos da Presidência da República, destaca-se o inefável “Bessias”, que ficou conhecido durante o telefonema de Dilma a Lula, gravado na Lava Jato, na trama para tentar obstruir a Justiça.
Funcionários do Alvorada estão indignados com o fim da capelinha: “Além de impichada, ela merecia ser excomungada”, disse um deles.
Refúgio de orações de ex-presidentes, é um dos detalhes mais admirados do Palácio Alvorada, projetado por Oscar Niemeyer.
A polícia deveria ficar de olho: as paredes da capelinha do Alvorada são revestidas de lambril de jacarandá-da-baía folhado em ouro.
Concluído o processo do impeachment de Dilma no Senado, o PMDB vai convocar a Executiva Nacional para definir a expulsão da ex-ministra da Agricultura, Kátia Abreu, aquela que transitou de inimiga a amiga íntima de Dilma com espantosa rapidez.
Presidido por quase seis anos por uma mulher, no Brasil a taxa de feminicídios é islâmica: 4,8 para 100 mil mulheres – a quinta maior no mundo. A informação é da Organização Mundial da Saúde (OMS).
No auge do poder do PT, de 2003 a 2013, inclusive quando a petista Dilma governou o País, o número de assassinatos de mulheres negras cresceu 54%, passando de 1.864 para 2.875.
Dos quase 170 mil candidatos a prefeito e vereador, nas eleições de outubro próximo, 45% (77 mil) não têm nem o ensino médio completo. Um punhado é analfabeto e 46 são menores de idade.
Sem Anatel agindo como sindicato das empresas, Portugal extinguiu a “fidelização” obrigatória que, a exemplo do que ocorre no Brasil, prendia clientes a operadoras de celular, mesmo aqueles insatisfeitos.
Virou piada, no STF, o inconformismo de Renan Calheiros com o protagonismo de Ricardo Lewandowski no julgamento de Dilma. Renan não para de dar palpites sobre o julgamento, como sessões no fim de semana, mas ao negá-los Lewandowski mostrou quem manda.
A futura presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, é mineira de Montes Claros, a próxima presidente do Superior Tribunal de Justiça, Laurita Vaz, nasceu em Anicuns, interior de Goiás.
Fechou as portas a lanchonete McDonalds na QI 11 do Lago Sul, em Brasília. O aluguel ficou caro demais. A loja funcionava no mesmo centro comercial havia quinze anos.
...se o escândalo dos americanos mentirosos fosse o contrário, nos EUA, o problema seria os nadadores brasileiros saírem com vida do embate com a polícia.

NO DIÁRIO DO PODER
MÁFIA DO LIXO
PARA EVITAR O DECLÍNIO, RENAN APOIA CANDIDATO QUE É RÉU EM AÇÃO PENAL NO STF
CÍCERO ALMEIDA RESPONDE AÇÃO PENAL DA 'MÁFIA DO LIXO', NO STF
Publicado: quinta-feira, 18 de agosto de 2016 às 22:14 - Atualizado às 22:18
O senador Renan Calheiros (PMDB) está em uma encruzilhada em Alagoas. Pai do governador, ele sabe que as eleições municipais de 2016 são cruciais para seu projeto de poder nacional, que já diminuirá muito ao final da sua presidência no Senado dentro de menos de seis meses, em fevereiro.
Os Renans, pai e filho, são candidatos à reeleição. E uma derrota de seu grupo em Maceió, maior reduto eleitoral do Estado, poderá afetar o desempenho eleitoral de ambos, em 2018. Por isso, em Maceió, o senador Renan lançou como seu candidato o deputado Cícero Almeida (PMDB), ex-prefeito popularesco, que enfrenta ação penal no Supremo Tribunal Federal (STF) sob a acusação de participar de um “tombo” superior a mais de R$200 milhões no escândalo conhecido como “Máfia do Lixo”. Ele também enfrenta processos no âmbito da Justiça Eleitoral, que podem inclusive torná-lo inelegível.
Atitude extrema
A opção de Renan  por Cícero Almeida, apesar das restrições que sempre fez a ele, é uma atitude extrema na tentativa de não rolar ladeira abaixo, na política: se perder a cadeira no Senado, em 2018, ele se apagaria no cenário nacional. Ao ser eleito para o atual mandato, ele foi menos votado que o senador Benedito de Lira (PP). Perdendo o Senado e o Governo Estadual, seria uma tragédia, e o fim do reinado do político que tem sido chamado pelos adversários de “Coronel Saruê”, por alegadas semelhanças com o personagem da novela.
“Forrozeiro” populista e ao mesmo tempo com grande rejeição em diversas faixas do eleitorado, Almeida foi o escolhido como “escada” no projeto de perpetuação do poder do PMDB em Alagoas. E Renan deu ao filho governador a missão de “alavancar” a candidatura no neopeemedebista Cícero Almeida. Inclusive realizando ações de governo com o próprio a tiracolo.
A meta é derrotar o atual prefeito Rui Palmeira (PSDB), em especial diante da anemia de candidatos nanicos como os deputados federais Paulão (PT) e JHC (PSB). Paulão manchado pelo infortúnio do PT nacional. E JHC acusado de enriquecimento ilícito e à sombra do pai, ex-deputado federal João Caldas, que se enrolou no escândalo da “Máfia dos Sanguessugas”.
Almeida: "é armação"
Em junho, Almeida chamou de "armação" a ação penal proposta pelo Ministério Público contra ele, ao final das investigações da "Máfia do Lixo". Mais recentemente, em 4 de agosto, ele enviou nota ao Diário do Poder afirmando que no STF poderá finalmente se defender das acusações. Eis a nota:
"Pela primeira vez em onze anos terei a oportunidade de esclarecer os fatos que tentam me ligar a irregularidades em contratos da limpeza urbana de 2005. Felizmente, a justiça acatou o pedido da minha defesa em ouvir as testemunhas que indiquei no processo da ação movida pelo Ministério Público Estadual. Tenho suportado todo tipo de inverdades contra mim e agora terei a oportunidade de defender-me e poder dar meu depoimento e reforçar minha confiança na justiça e na democracia.... É como administrador e cidadão que me ponho a serviço das autoridades que agora me ouviram e me dão a oportunidade de comprovar como não tenho nada que resulte desonesto contra mim na aplicação de recursos públicos. Tenho suportado durante esses anos todo tipo de ataque. Mas sempre encarei de frente todos os problemas. Esta é mais uma vez uma chance de lutar pela verdade, e eliminar, de uma vez por todas, qualquer dúvida que paire sobre minha conduta e administração".

COMISSÃO INTERAMERICANA
OEA PEDE EXPLICAÇÕES AO GOVERNO SOBRE IMPEACHMENT DE DILMA
PETISTAS ACIONARAM ENTIDADE COM OBJETIVO DE SUSPENDER PROCESSO
Publicado: 18 de agosto de 2016 às 18:08
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos, que faz parte da Organização dos Estados Americanos (OEA), notificou o governo do presidente em exercício Michel Temer a dar explicações sobre o processo de impeachment.
A manifestação foi uma resposta ao pedido feito pelo PT na semana passada para suspender o processo que levou ao afastamento da presidente Dilma Rousseff.
Entre os pedidos da OEA está que o governo apresente as suas observações sobre o pedido do PT, explique o que foi feito para manter a legalidade do processo e quais seriam os efeitos do afastamento definitivo da petista.
O governo foi notificado na terça-feira, 16, e tem sete dias para se manifestar. O julgamento final do impeachment está marcado para começar na próxima quinta-feira, 25.
Segundo o Itamaraty, a comissão "solicitou as informações que o governo brasileiro considerar oportunas a respeito do caso em apreço". A resposta encontra-se em processo de elaboração e será coordenada entre os órgãos competentes.
Um dos signatários da petição enviada à OEA, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) comemorou a decisão da comissão. "Isso mostra que a OEA acatou a nossa denúncia. Estamos confiantes", afirmou.
O organismo também pediu novas informações para os deputados petistas, autores da peça. (AE)

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
Neurônio investigado
Dilma revela o significado da palavra bullying em dilmês
Por: Augusto Nunes 
Quinta-feira, 18/08/2016 às 21:27
“O último bullying é que eu não iria ao Congresso falar diante dos senadores. Errado. Eu vou e falarei aos senhores senadores com o respeito que eles merecem”. (Dilma Rousseff, a Assombração do Alvorada, ao confirmar a aparição no Senado em 29 de agosto, aproveitando para ensinar que, em dilmês, bullying quer dizer “informação divulgada por dirigentes do PT”)

Tapeação poliglota
PT mente em vários idiomas para esconder que o chefão virou réu
Por: Augusto Nunes  
18/08/2016 às 18:58
“Apesar de tudo não há ação judicial aceita contra Lula, ou seja: ele não é réu”. (Lula, disfarçado de cartilha publicada pelo PT em quatro idiomas para tapear incautos nativos e forasteiros, fazendo de conta que o papelório ficou pronto antes que o chefão virasse réu por obstrução da Justiça)

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
Pedido de explicações de Comissão da OEA sobre impeachment é um apanhado de tolices
Ao Órgão cumpre uma formalidade; nem por isso, a coisa deixa de ter um elevado grau de estupidez
Por: Reinaldo Azevedo 
Sexta-feira, 19/08/2016 às 5:07
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA enviou ao Governo Brasileiro um documento pedindo explicações sobre o processo de impeachment. Atenção! Trata-se de um procedimento padrão, mas que, nem por isso, deixa de revelar seu caráter ridículo, uma vez que a ação que o motivou é um despropósito.
Parlamentares petistas, encabeçados por Wadih Damous, ex-presidente da OAB-RJ — o que, suponho deve envergonhar a Ordem — denunciaram à Comissão o que seria um golpe parlamentar no Brasil. Segundo a denúncia dos petistas, “estamos diante de uma situação que não pode ser solucionada por meio de recursos internos”. Os companheiros pedem ainda que a Comissão suspenda o processo. A iniciativa conta com o apoio de José Eduardo Cardozo, o advogado de Dilma, ele também, agora, investigado por obstrução da Justiça.
Chamo a atenção para o fato de que, segundo os parlamentares do PT, o próprio Supremo faria parte, então, do tal golpe, uma vez que, como está na denúncia, inexistem “recurso internos” para resguardar os direitos políticos e, pasmem!, humanos de Dilma. Vamos mais longe: para esses senhores, o Brasil já não consegue mais cuidar sozinho dos seus problemas.
Trata-se de um acinte e de um despropósito. As perguntas enviadas pela Comissão, dado o ridículo da denúncia, tornam-se igualmente vexaminosas.
A Comissão quer saber, por exemplo, “como teria sido garantido o devido processo legal” e “quais seriam os efeitos de uma inabilitação definitiva [de Dilma]”. Ora, ora… O Órgão, que abriga o lulista Paulo Vannuchi, não precisaria nem preguntar isso ao Governo. Bastaria consultar o Google. A pena em caso de impeachment está devidamente prevista em lei.
Como foi garantido o devido processo legal? Ora, com a aplicação estrita dos nossos códigos, referendados pelo regime democrático e devidamente acompanhados pelo Supremo, que foi chamado a atuar mais de uma vez pelos aliados de Dilma. A Comissão pergunta ainda se haveria a chance de uma “revisão” do processo… Hein? Revisão de quê? Estaria a dita-cuja disposta a declarar sem validade a Constituição do Brasil?
O que acho mais divertido é ler por aí que a Comissão pode conceder uma liminar para “suspender” o julgamento. É mesmo? E quem aplicaria a medida? A Quinta Cavalaria? O Brasil é um país soberano, onde vigora uma democracia de direito. A deposição de Dilma, segundo a Constituição e as leis, é uma questão de política interna.
E arremato com uma questão que já lembrei aqui: quando essa mesma Comissão recomendou a Dilma a suspensão da construção da usina de Belo Monte, a então Presidente, em 2011, deu-lhe uma solene banana. E fez muito bem!
Nem a Comissão nem a Corte Interamericana de Direitos Humanos são instâncias revisoras da Justiça brasileira. Menos ainda do Congresso Nacional.
O pedido de explicações não passa de uma tolice derivada de outra.
Se o deputado Wadih Damous não gosta da Constituição e das leis que temos, ele que proponha projetos e emendas para alterá-las. Ou, então, que proponha, sei lá, a luta armada.

NO BLOG DO JOSIAS
PSDB diz a Temer que o PMDB lidera emboscada fiscal que custará R$ 5 bi
Josias de Souza
Sexta-feira,19/08/2016 05:12
No jantar que teve com Michel Temer na noite de quarta-feira, 17, o grão-tucanato disse, com outras palavras, que o PMDB comanda no Senado uma emboscada fiscal. O partido do presidente recolhe assinaturas para impor o regime de urgência na votação do projeto que eleva os salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil. Esses contracheques servem de referência para outros vencimentos no serviço público. Quando eles sobem, os demais vão junto. Relator da proposta, o senador tucano Ricardo Ferraço (ES) fez as contas: “Isso vai abrir uma porteira por onde passarão gastos de R$ 5 bilhões por ano.”
Ferraço estava entre os tucanos que dividiram a mesa de jantar do Jaburu com Temer. Apoiado por outros cinco companheiros de ninho que participaram do encontro, entre eles Aécio Neves, o senador compartilhou suas angústias com o anfitrião. “Fomos dizer para o presidente Temer que precisamos alinhar nossos diagnósticos. O diagnóstico do PSDB é bem diferente do diagnóstico do PMDB”, contou Ferraço ao blog. “Eu disse ao presidente: nós faremos o nosso papel, mas quem tem que dar um jeito no PMDB é o senhor.”
Na definição de Ferraço, “as corporações sequestraram o Estado brasileiro.” E o PMDB ajuda a elevar o preço do resgate. “Enquanto nós levantamos diques de contenção, o líder do PMDB, Eunício Oliveira (CE), pega assinaturas de outros líderes no plenário do Senado para atribuir regime de urgência ao projeto que aumenta os salários do Supremo”, queixa-se o relator tucano. “Há outra proposta que dá aumento aos defensores públicos. Hoje, um defensor público em início de carreira recebe R$ 17 mil. Eles querem R$ 30 mil. Nós seguramos. E a senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), que é líder do governo no Congresso, diz que não tem problema nenhum, que isso já está analisado pelo governo, que não tem impacto.”
Sob Temer, o governo começou a escancarar seus cofres vazios para as corporações no início de junho. Uma semana depois de arrancar do Congresso autorização para fechar suas contas em 2016 com um rombo de R$ 170,5 bilhões, o Planalto autorizou seus apoiadores na Câmara a aprovar um megapacote bilionário de reajustes salariais e benefícios para corporações de servidores públicos.
Num surto corporativo que manteve as fornalhas do plenário da Câmara acesas até as 2h47 da madrugada do dia 2 de junho, os deputados aprovaram 14 projetos de lei. Juntos, somavam 370 páginas. Continham bondades destinadas a 38 carreiras do Estado — de ministros do STF a funcionários do Ibama. Tudo foi decidido a toque de caixa, em votações simbólicas. Os deputados apenas levantaram ou abaixaram a mão para mostrar que a turma do “sim” era maioria esmagadora. Nesse dia, os tucanos seguiram a maioria. “Foi um erro”, diz Ferraço, olhando pelo retrovisor.
Horas antes de se render às corporações, uma comitiva de tucanos liderada pelo deputado baiano Antonio Imbassahy, líder do PSDB na Câmara, encontrara-se com Henrique Meirelles no Ministério da Fazenda. Indagado a respeito da farra salarial, cujo custo o próprio governo estimara em R$ 58 bilhões até 2019, o czar da economia atribuíra a atmosfera de liberou-geral ao Planalto. Temer avalizara a aprovação de reajustes que Dilma negociara.
Diante da atmosfera de fato consumado, apenas um deputado tucano escalou a tribuna da Câmara para discursar contra os reajustes. Chama-se Nelson Marchezan Júnior (PSDB-RS). Ele declarou na época: “Dizem aqui que não posso ser mais realista que o rei. Se o governo encaminha tudo isso, devemos votar a favor. Quero lembrar que acabamos de depor uma rainha porque ela administrou as contas públicas contrariamente ao interesse popular. Tiramos na expectativa de que o novo governo administraria para o interesse popular. Espero que esse novo rei mude sua forma de reinar, para que ele não siga no mesmo caminho da rainha deposta. Espero também que as operações da Lava Jato, anunciadas para os próximos dias, não tenham nenhuma relação com esse açodamento de votar esse rombo de algumas centenas de bilhões de reais.”
Durante o jantar de quarta-feira, Temer disse aos visitantes tucanos que teve receio de provocar uma onda de greves se deixasse de avalizar os reajustes que o governo Dilma se comprometera a conceder. Afirmou que, efetivado no cargo, terá força para se contrapor às corporações. Segundo Ferraço, o PSDB enxerga na proposta de aumento dos salários dos ministros do Supremo uma boa oportunidade para que Temer demonstre que evoluiu do “treino” da interinidade para o “jogo” do governo definitivo.
“O desastre do governo Dilma aparece no diagnóstico que o Ministério da Fazenda faz hoje'', argumenta o tucano Ferraço, egresso do PMDB de Temer. “Vivemos uma espécie de economia do pós-guerra. Em situações assim, é preciso socializar os sacrifícios. No momento, os brasileiros não brigam por reajustes. Lutam para preservar seus postos. Nós, que estamos no topo da cadeia alimentar, precisamos dar exemplo. Graças a vinculações constitucionais conquistadas pelas corporações que sequestraram o Estado, quando você mexe no salário do ministro do Supremo, puxa para o alto juízes, desembargadores, deputados federais, senadores, deputados estaduais, o diabo. Aprovar uma coisa dessas agora seria um escárnio. Sobretudo num momento em que estamos começando a discutir a emenda constitucional que fixa um teto para os gastos públicos.”
O que disse Temer diante das ponderações? “Ficamos com a impressão de que o presidente Michel Temer tem essa compreensão de que chegou a hora de adotar o slogan ‘é proibido gastar’. Mas o PMDB, partido dele, não pensa da mesma maneira. Há uma clara falta de sintonia entre as necessidades do país e aquilo que o PMDB está fazendo. O pior é que o PMDB puxa os outros partidos. Os caras falam: ‘pô, se o PMDB dá de ombros, por que eu deveria enfrentar as corporações?'”
Como em todas as reivindicações salariais, há argumentos em defesa dos reajustes da turma do Supremo e dos outros que incidiriam em cascata. Alega-se que os contracheques estão defasados. O que é nada perto do desemprego. De resto, os ministros do STF não são obrigados a permanecer pendurado na folha do Estado, de onde extraem remuneração mensal de R$ 33,7 mil, mais mordomias.
Há na praça advogados que ganham, num par de causas, o equivalente à renda de dois anos de uma toga do Supremo. Mas isso se deve à escolha que fizeram de se submeter às incertezas da banca privada. Os ministros do STF ganham algo como 20 vezes o salário médio pago no Brasil. Sob crise, nada mal para quem escolheu a segurança do serviço público, com sua aposentadoria integral..
“Falamos com o presidente Temer de maneira muito respeitosa'', recordou Ricardo Ferraço. “Dissemos para ele: olha, presidente, a partir da semana que vem, livre da interinidade, seu governo precisa ser outro. Nada a ver com novos ministros ou coisas do gênero. Legitimado pela Constituição, o presidente terá de se legitimar também por suas atitudes.”

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