PRIMEIRA EDIÇÃO DE 24-7-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
DOMINGO, 24 DE JULHO DE 2016
O governo Dilma ultrapassou a marca dos R$ 22,7 milhões em gastos com os cartões corporativos nos primeiros seis meses do ano, segundo o Portal Transparência. O gabinete da presidente Dilma torrou sozinho R$ 2,65 milhões, gastos protegidos por “sigilo”. Somando-se a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e secretarias do Palácio, a conta sobe para R$ 6,66 milhões. Quase tudo sigiloso por “razões de segurança”.
Em razão da Polícia Federal, o Ministério da Justiça é o segundo maior utilizador de cartões corporativos, com R$ 5,55 milhões até este mês.
O gabinete da Vice-Presidência, de Michel Temer, torrou R$ 306 mil até julho deste ano. Nenhuma das despesas é contabilizada.
Quem tem Olimpíadas, não precisa de cartão: o Ministério do Esporte só gastou R$ 584 e não realiza novas despesas há três meses.
Já o Ministério da Educação conseguiu gastar R$ 2,16 milhões com cartões corporativos; quase tudo gasto por universidades federais.
Estão previstas para o início de agosto importantes votações nos casos Dilma e Eduardo Cunha. No processo contra a presidente afastada, o Senado ainda votará em comissão a aceitação do relatório, a chamada “pronúncia”. No caso do deputado afastado, a ideia é levar o processo ao plenário da Câmara na semana da pronúncia do afastamento de Dilma, que seria o acolhimento oficial da denúncia do impeachment.
Ainda existem três votações no processo contra Dilma. Será votada a pronúncia na comissão e também no plenário, além do julgamento final.
Contra Eduardo Cunha, haverá apenas mais uma votação na Câmara dos Deputados, se não houver recursos. Ele deve cair antes de Dilma.
No Senado, a primeira votação contra a petista está prevista para 9 de agosto. Na Câmara, Eduardo Cunha seria cassado no dia seguinte, 10.
Para investigadores da Lava Jato, Mônica Moura era mais do que apenas a esposa do marqueteiro João Santana. Ela seria responsável pelo financeiro do esquema, enquanto o marido lidaria com o criativo.
Questionado se gostaria de trocar o quadro com a foto da presidente afastada Dilma da parede de seu gabinete, o ministro Osmar Terra (Des. Social) confessa: “Olha... Eu gostaria. Espero trocar, sim”.
Pesquisa sobre a prefeitura de Maceió levou euforia à turma do atual prefeito, Rui Palmeira (PSDB), que abriu vantagem de cinco pontos em relação a Ciço Almeida (PMDB), candidato de Renan Calheiros.
Comentário de um jurista de Brasília sobre os bloqueios da Justiça ao WhattsApp: “É uma questão delicada que necessita de disciplina legal específica, definindo precisamente a responsabilidade do WhatsApp, para evitar o arbítrio judicial e impedir que ele se torne imune às leis”.
O deputado Rubens Bueno (PR), líder do PPS, defende a unificação dos aliados do governo para votar reformas, como a que limita o teto de gastos públicos. “A base ficará unida para sustentar o governo”, afirma.
“Não recusamos o apoio do Renan (Calheiros), mas não abrimos mão da paternidade”, afirma o primeiro vice-líder do PMDB, Carlos Marun (PMDB-MS), sobre a indicação do ministro do Turismo, Marx Beltrão.
A presidente do Tribunal de Justiça do Acre, Cezarine Angelin, resolveu o problema de segurança de magistrados: criou a Tropa para Reforço da Segurança do Poder Judiciário. No total, 35 homens e mulheres da reserva passam a proteger os membros da Justiça Estadual.
Apesar da manutenção da taxa básica de juros, o deputado Daniel Coelho (PSDB-PE) acredita no equilíbrio das contas. “As reformas serão essenciais para consolidarmos o crescimento em 2017”, diz.
Quantos deputados da base de apoio de Dilma venceriam nas eleições deste ano?

NO DIÁRIO DO PODER
CORRUÇÃO, SUBORNO
MPF OBTÉM PROVAS DE QUE LULA COMETEU CRIME DE OBSTRUÇÃO DA JUSTIÇA
PENA MÁXIMA, SÓ POR ESSE CRIME, CHEGA A 8 ANOS DE RECLUSÃO
Publicado: 24 de julho de 2016 às 07:20 - Atualizado às 07:47
Redação

O Ministério Público Federal reforçou a denúncia contra Lula e outras seis pessoas pela tentativa de obstruir a Justiça, crime cuja pena máxima chega a oito anos de prisão. Apontado como chefe da trama, o ex-­presidente “impeliu a adoção de medidas para a compra do silêncio de Nestor Cerveró”, ex-diretor da Petrobras envolvido no escândalo, segundo documento do MPF à Justiça. revelado na revista Veja que circula neste fim de semana.
A intenção do grupo, de acordo com a denúncia, era ocultar fatos que pudessem comprometer o ex-presidente e um de seus amigos mais próximos, o pecuarista José Carlos Bumlai, também preso, numa operação fraudulenta que rendeu 12 milhões de reais ao PT.
Lula escalou o então senador Delcídio do Amaral (PT-MS), líder do governo Dilma no Senado, para “contornar” o problema por meio de suborno. O MPF entregou à Justiça extratos bancários com as transferências de dinheiro, mensagens de funcionários do Instituto Lula e bilhetes aéreos que comprovam as reuniões entre o ex-presidente e o senador, cujo mandato foi cassado após o escândalo.
O ex-presidente é alvo de múltiplas investigações em três capitais. Em Curitiba, há duas investigações que apuram suspeitas de corrupção, ocultação de patrimônio e organização criminosa a respeito da compra de um sítio em Atibaia, interior de São Paulo, e de um apartamento tríplex no Guarujá, litoral paulista. Em São Paulo, o Ministério Público pediu a prisão preventiva de Lula sob a acusação de ter praticado os crimes de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Em Brasília, o terceiro pólo das investigações, além dos dois casos de obstrução da Justiça, Lula é investigado por suspeita de tráfico de influência internacional em favor da Odebrecht em países onde a empreiteira desenvolve projetos financiados pelo BNDES.

NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza
Domingo, 24/07/2016 05:12
Vai começar em 16 de agosto um espetáculo político diferente: uma eleição municipal em que as contribuições de empresas privadas estão proibidas. Considerando-se a estatística repassada por João Santana a Sérgio Moro —“98% das campanhas no Brasil utilizam caixa dois”—, pode-se intuir que a verba que circula por baixo da mesa vai aumentar. Se esse dinheiro saísse do bolso dos candidatos ou das caixas registradoras que os apoiam, tudo bem. O diabo é que cada centavo tem uma única origem: os impostos que o eleitor entrega ao fisco.
Antônio Ermírio de Moraes costumava definir a política como “a arte de pedir recursos aos ricos, pedir votos aos pobres e mentir para ambos na sequência.” Nessa formulação, somente o político é vilão. O oligarca faz companhia ao desafortunado no papel de vítima dos políticos venais. Traído pelo destino, Ermírio morreu em agosto de 2014, cinco meses após a explosão da Lava Jato. Uma pena. Vivo, o mandachuva Votorantim seria compelido a reformular sua tese.
Se o Petrolão demonstrou alguma coisa é que a política no Brasil não passa de um conluio entre as oligarquias política e empresarial, para assaltar o eleitorado em dia com o fisco e usar parte do produto do roubo no financiamento da propaganda eleitoral que o fará de idiota. Quem não quiser passar por imbecil, deve tomar suas precauções. A primeira delas é fugir de candidatos 'marquetados'. Sob pena de eleger a melhor encenação, não o melhor prefeito.
Nunca foi tão fácil detectar os 'cleptocandidatos'. Além de proibir a verba empresarial, as regras eleitorais fixam um teto para a tesouraria dos comitês. O pé-direito do caixa varia de R$ 108 mil, valor máximo de uma campanha à prefeitura dos municípios com menos de 10 mil eleitores, até R$ 45,4 milhões, limite estabelecido para a cidade de São Paulo. Num cenário ideal, os próprios adversários cuidarão de denunciar os excessos. Com sorte, alguns atores enxergarão o novo momento do País.
Estão na cadeia empresários poderosos como Marcelo Odebrecht, políticos influentes como José Dirceu, gerentes de arcas partidárias como João Vaccari Neto, ex-diretores da Petrobras como Renato Duque e até um marqueteiro do porte de João Santana. A corrupção agora dá cadeia, eis a novidade. Se os empresários tivessem amor às suas logomarcas, fechariam o caixa dois. Se os políticos tivessem vergonha na cara, fariam da tesouraria limpa um mote de campanha. Se o eleitor tivesse juízo, fugiria de candidatos 'marquetados'.
Quanto mais rica a campanha, maior a mistificação. Quanto mais tempo de propaganda no rádio e na tevê, mais inconfessáveis os acordos que aumentaram a coligação partidária. Se quisessem ser levados a sério, os partidos deveriam começar o debate sobre uma reforma eleitoral por duas providências simples.
Numa, a propaganda cinematográfica seria substituída por debates ao vivo entre os candidatos, transmitidos por um pool de emissoras e pela internet. Noutra, partidos que deixassem de apresentar candidatos no primeiro turno para vender seu tempo de tevê perderiam automaticamente a vitrine eletrônica e a verba do Fundo Partidário.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Domingo, 24 de julho de 2016
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Dilma Vana Rousseff renunciará ao cargo de "Presidente da República" pouco antes da votação final do processo de impeachment. A renúncia deverá ser o mais sóbria possível, com uma carta ao Congresso Nacional, sem ataques pessoais ao sucessor. A 'Presidanta' ainda não jogou a toalha definitivamente porque um interlocutor confiável dela negocia uma trégua com gente da extrema confiança de Michel Temer. O acordo com Dilma sai mais barato para Temer do que ficar refém de parlamentares.
A renúncia programada de Dilma é revelada por um passarinho preto que voa baixo para escutar tudo que pode em Brasília. O principal objetivo imediato de Dilma é não perder os direitos políticos - dano instantâneo provocado pelo impedimento. Depois de afastada definitivamente, Dilma aposta que possa retornar à vida política com votos fiéis que a esquerda tem no Rio Grande do Sul. Dilma já fez a mudança de seus objetos pessoais do Palácio da Alvorada para o apartamento de Porto Alegre.
Doida para que termine o que chama de "agonia do impeachment", ela também pretende se descolar de Lula ao máximo. Dilma se sentiu muito abandonada pela petelândia depois que foi afastada temporariamente do trono do Palácio do Planalto. Dilma pode até deixar o PT, retornando a sua origem política, o PDT - hoje um partido cada vez mais distante daquele fundado por Leonel Brizola. O problema é que Dilma ficaria nada confortável em apoiar a candidatura presidencial de Ciro Gomes em 2018. E a recíproca é verdadeira...
O futuro de Dilma na política também é prejudicado por seus pecados como "Presidenta". A imagem dela ficou queimada como "grande gerentona" e como articuladora. Dilma caiu porque geriu pessimamente a economia e foi um desastre na política. Arrogante, autossuficiente e centralizadora demais, Dilma exagerou no mau trato aos deputados, senadores, governadores e prefeitos. Também ficou refém demais da cúpula do PT - destroçada pouco a pouco por denúncias indefensáveis de corrupção. Agora, não cola e parece tarde demais para alegar que "não sabia de nada" de errado...
Definitivamente fora do poder, Dilma enfrentará outro gigantesco problema - que independe de acordos que venha a fechar com interlocutores de Michel Temer. A ex-Presidenta tem enormes chances de responder por crimes relacionados à má gestão na Petrobras, nos tempos em que foi "Presidente" do Conselho de Administração da petrolífera. Dilma já encomenda a renomados pareceristas teses jurídicas que tentem sustentar a prescrição de eventuais crimes dos quais possa ser acusada no judiciário brasileiro e - para temor maior - no exterior. Assim que cair, Dilma perde o foro privilegiado e começa uma nova agonia para ela - certamente mais dolorosa que o processo de impeachment.
Para o Brasil, com o aguardado "DilmExit" e seu futuro politicamente incerto, ainda fica uma dúvida cruel: será que o sucessor Michel Temer terá capacidade de reverter a onda de incertezas políticas que comprometem a economia? A resposta é complicadíssima, porque a equipe econômica de Temer, até agora, não demonstra inteira competência para resolver os problemas estruturais do País, contaminado com a inflação inercial que é fruto do caos estrutural e conjuntural.
O clima real - tão complicado quanto o político - complica o Brasil. Excesso de violentas geadas no Sul-sudeste e extrema seca no centro-oeste e Nordeste podem gerar prejuízos gigantescos para o agronegócio - atividade que sustenta a balança comercial brasileira e cujo bom desempenho é fundamental para ajudar no combate à inflação inercial. Com crédito caríssimo pelos juros absurdos, quebra quem não tiver cooperativas de crédito para segurar a bronca em tempos de problemas climáticos.
Pior que tanta crise é ouvir o Malvado Predileto Eduardo Cunha bravatear mais uma ameaça enigmática: “Ficarei conhecido por derrubar dois presidentes do Brasil”. Uma já se sabe que é a Dilma. O outro é a grande dúvida: Seria Lula? Ou Cunha já estaria se vingando do abandono imposto por Michel Temer?
Do jeito que a coisa desanda política e economicamente, não demora para Cunha ser obrigado a modificar a frase, ampliando o prejuízo para três Presidentes... Tem muita gente para tomar no Cunha... Agosto, o mês historicamente do desgosto para Presidentes no Brasil, promete muita confusão... Que venham as 'Olim-Piadas.'..
Te cuida, $tlainácio! Se segura, Temer! Tchau, Querida Dilma...
Blefe ou não?

Pesquisa vale?
Pagador do Pato?

Ex é um perigo

Nada de pobreza

Fora da foto


NO O ANTAGONISTA
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A coluna de Lauro Jardim informa, ainda, que a PGR investiga "quem na Secretaria de Aviação Civil ajudou Fernando Pimentel...
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Manchete de O Globo:
"Tropas da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ocupam ruas do Rio".
Calma, Bolsonaro, são só os Jogos Olímpicos.
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O Globo:
"Noel Rosa já dizia que quem é da Vila (em referência à Vila Isabel, seu bairro) “nem sequer vacila”. Em terras cariocas, as palavras do eterno sambista devem ser levadas a sério também pelos cerca de 10.500 competidores que passarão pela Vila dos Atletas, na Barra da Tijuca...
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Em editorial, a Folha abordou um assunto comentado ontem por este site: a nova lei eleitoral que só permite doações de pessoas físicas para as campanhas. Como dissemos, muita gente está saindo da disputa municipal porque não consegue dinheiro suficiente. O resultado, obviamente, será o aumento do caixa dois nas campanhas que irão em frente.
Diz o jornal...
Brasil 24.07.16 07:37
Gerado Alckmin tem um rastro de obras inacabadas e empresas estaduais praticamente quebradas. Por isso é tão mais espantoso que tenha feito um acordo à socapa com a francesa Alstom, aquela acusada de formar cartel...
Brasil 24.07.16 07:24
O esquema Lula - João Santana - Odebrecht - BNDES agiu também no Panamá.
De acordo com Lauro Jardim, a Odebrecht admitiu à Lava Jato "uma situação em que a propina foi negociada diretamente com Ricardo Martinelli...
Brasil 24.07.16 07:10
A Odebrecht admitiu o pagamento de propina a Ollanta Humala, presidente do Peru.
E quem foi o marqueteiro clandestino de sua campanha eleitoral?
João Santana, é claro...
Brasil 24.07.16 06:40
A Odebrecht pagou propina ao presidente do Peru.
Leia a nota de Lauro Jardim:
“A Odebrecht se comprometeu na negociação de sua delação a entregar as situações em que pagou propina para conquistar obras no exterior...

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