PRIMEIRA EDIÇÃO DE 29-5-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
29 DE MAIO DE 2016
As relações promíscuas com a Odebrecht, agora expostas pelas investigações da Lava Jato, metem tanto medo nos políticos que até dão garantia ao mais poderoso deles, o ex-presidente Lula, de que será preso. Isso ficou claro numa das gravações do ex-senador Sergio Machado, quando o presidente do Senado, Renan Calheiros, conta ter ouvido do próprio Lula a certeza da sua prisão “a qualquer momento”.
As gravações também revelam um Renan Calheiros convicto do envolvimento de Dilma com a empreiteira que mais roubou o País.
O medo da língua de Marcelo Odebrecht, segundo Delcídio do Amaral, fez Dilma nomear um ministro para STJ sob o compromisso de soltá-lo.
Segundo fontes ligadas à Lava Jato, Marcelo Odebrecht tem oferecido elementos de prova capazes de prender toda a “república petista”.
Na Operação Janus (nada a ver com Lava Jato), o MPF investiga Lula por tráfico internacional de influência, a serviço da Odebrecht.
O presidente Michel Temer discute a viabilidade de o Exército assumir as obras atrasadas que estão sob controle de empreiteiras enroladas na roubalheira à Petrobras. O Planalto pediu estudo ao ministro Helder Barbalho (Integração) para ampliar a participação do Exército na transposição do rio São Francisco. A obra, que já custou mais de R$ 8 bilhões, deve ser a primeira a receber o reforço dos militares.
A Usina de Belo Monte, duas ferrovias, um aeroporto e a Usina de Angra 3 são algumas das obras que podem ser tocadas pelo Exército.
A situação da Mendes Júnior é a que mais preocupa: tem contratos de mais de R$1 bilhão no governo, mas suas finanças estão arrebentadas.
Helder Barbalho turbinou repasses para os projetos em curso. Passaram de R$ 150 milhões para R$ 215 milhões ao mês.
Sarney diz em gravação que Lula “tem chorado muito”, daí seus “olhos inchados”, e que uma “cilada” prendeu o ex-senador Delcídio Amaral. Mal sabia que ele próprio havia caído na cilada de Sérgio Machado.
Renan Calheiros e a defenestrada Dilma eram mesmo próximos, ao menos até a divulgação das gravações. Ele afirma ter dito a ela, ao proibi-la de falar em renúncia: “Eu sei que a senhora prefere morrer”.
O Planalto pretende aprovar a reforma trabalhista até o fim deste ano – ou, no máximo, no início de 2017. Aliado do governo, o deputado Paulinho da Força (SD-SP) disse que “vai empurrar” para não votar.
Treze dias antes do impeachment, a Ancine, agência do governo que libera o acesso aos favores da Lei Rouanet, autorizou R$ 2,9 milhões para o filme “Aquarius”. Os burocratas da Ancine cobraram a fatura: ordenaram que a turma exibisse em Cannes cartazes contra o “golpe”.
Partidos do “centrão” (PSD, PP, PRB, PSC, PR, PTB e PTN) e o presidente Michel Temer discutem a relação. É que o presidente ainda não formalizou alguns dos acordos fechados com seus líderes.
Após usá-lo na tentativa de anular a votação do impeachment, o governador maranhense Flavio Dino reluta na nomeação do intelectual Waldir Maranhão (PP-MA) secretário de Educação, como prometera.
O presidente Michel Temer pode anunciar nesta semana Raimundo Lira (PMDB-RR) como o novo líder do governo no Senado. Lira ganhou o apoio dos senadores após o trabalho no comando da comissão do impeachment. A maioria do PMDB, e PSDB, apoia Lira no cargo.
Na esteira das gravações no âmbito da Lava Jato, Michel Temer foi aconselhado a afastar ministros mencionados na operação. Por enquanto, no entanto, já avisou que não haverá mudança no governo.
... a confusão anda tão grande que daqui a pouco o MP e a PF vão ter que fechar acordo de leniência com o ex-governo Dilma.

NO DIÁRIO DO PODER
NOVO ÁUDIO
RENAN ACHA QUE NÃO FORAM ATRÁS DO DINHEIRO, E POR ISSO LULA FICOU LIVRE
LULA ESCAPOU DO MENSALÃO PORQUE NÃO FOI INVESTIGADO, DIZ SENADOR
Publicado: 28 de maio de 2016 às 10:13 - Atualizado às 00:43
O ex-presidente Lula não foi processado no mensalão porque não investigaram os pagamentos feitos ao marqueteiro Duda Mendonça. A afirmação foi feita pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), em novo áudio comprometedor revelado pelo jornal Folha de S. Paulo. De acordo com a reportagem, Renan disse ao ex-senador Sérgio Machado que essa foi a razão de Lula ter "saído" ileso do mensalão.
Duda Mendonça, criador do "Lulinha paz e amor" que levou o petista à vitória nas eleições de 2002, confirmou o recebimento de R$ 10 milhões em esquema de caixa dois no exterior. "O Duda fez a delação, e disse que recebeu o dinheiro fora. E ninguém nunca investigou quem pagou, né? Este é que foi o segredo", disse Renan, tentando explicar o erro que livrou Lula da cadeia. Na conversa, Machado afirma que Lula "não fez [irregularidades]" durante o governo, mas "quando chegou no final do governo botou na real". "Caiu na real", completou Renan.
Machado também fala sobre o sítio em Atibaia e o tríplex no Guarujá. Segundo ele, foram feitas "umas merdas, um sítio merda, um apartamento merda" e Renan ironiza "apartamento bancário".
"Duzentos metros quadrados, Renan. Quer dizer, foi uma cagada enorme", afirmou Machado.
Segundo a reportagem, Machado diz que Lula e Sérgio Gabrielli foram responsáveis por "armar" a criação da Sete Brasil, em 2010, para fechar contrato de construção de navios-sonda para a Petrobras. Quando Machado questiona se o advogado Eduardo Ferrão teria real influência junto ao ministro Teori Zavascki (STF), Renan ressalta a importância do "acesso" se sobrepor à influência. "Acesso. Nesse primeiro momento é o acesso", explicou o presidente do Senado.
Em nota, o presidente do Senado reitera que não fez "nenhuma iniciativa ou gestões para dificultar ou obstruir as investigações da operação Lava Jato, até porque elas são intocáveis e, por essa razão, não adianta o desespero de nenhum delator", mas não menciona o trecho que Renan fala de Lula e Duda Mendonça.
O Instituto Lula divulgou nota dizendo que "nenhum homem público brasileiro foi tão investigado quanto Lula em 40 anos de vida pública, sem que nada fosse encontrado contra ele. E nenhum outro foi tão caluniado quanto Lula, por todos os meios, até mesmo por essa abjeta autogravação, feita sob encomenda para difamar".

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
28/05/2016 ÀS 19:24

28/05/2016 ÀS 11:31


NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
29/5/2016 ÀS 5:17


NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza
29/05/2016 03:40
Em entrevista à Folha, Dilma Rousseff foi inquirida sobre a quantidade de encontros que manteve com Marcelo Odebrecht, presidente da maior construtora do país, preso em Curitiba desde 19 de junho de 2015. “Eu não recebi nunca o Marcelo no [Palácio da] Alvorada”, afirmou Dilma. “No Planalto, eu não me lembro.” Essa resposta não é verdadeira.
De acordo com os arquivos eletrônicos do Planalto, consultados pelo blog, Dilma recepcionou o mandachuva da Odebrecht pelo menos quatro vezes desde que virou presidente, duas das quais no Palácio da Alvorada — ambas em 2014, ano da campanha à reeleição.
Num desses encontros que Dilma afirma que “nunca” ocorreram no palácio residencial, o empreiteiro chegou em tempo para servir-se do almoço, às 11h30 do dia 26 de março de 2014 (clique sobre a imagem abaixo para ampliá-la). Noutro encontro, Odebrecht foi recebido pela inquilina do Alvorada às 9h30 do dia 25 dejulho de 2014 (veja na imagem reproduzida no rodapé do post).
Dilma recebeu Odebrecht no Alvorada em 26 de março de 2014 (clique para ampliar a imagem)
As duas audiências concedidas por Dilma no Palácio do Planalto, seu local de trabalho, ocorreram em 2013. Uma no início do ano, em 10 de janeiro. Outra no segundo semestre, em 10 de outubro.
Dona de uma memória que seus auxiliares consideram prodigiosa, Dilma apagou os encontros com Marcelo Odebrecht da lembrança num instante em que suas relações com o empreiteiro estão crivadas de suspeitas. Nos últimos dias, vieram à luz gravações que tonificam a suspeição. Foram feitas pelo mais novo delator da Lava Jato, o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.
Em conversa com José Sarney, gravada no último mês de março, Machado evocou a prisão do marqueteiro das campanhas petistas João Santana, ordenada por Sérgio Moro, juiz da Lava Jato, no mês anterior.
— A Dilma não tem condições. Você vê, presidente, nesse caso do marqueteiro, ela não teve um gesto de solidariedade com o cara. Ela não tem solidariedade com ninguém não, presidente, disse Machado.
— E nesse caso, ao que eu sei, é o único que ela tá envolvida diretamente. E ela foi quem falou com o pessoal da Odebrecht para dar, acompanhar e responsabilizar pelo Santana, respondeu Sarney.
No momento, a Odebrecht negocia com a força-tarefa da Lava Jato um acordo para que seus executivos se tornem delatores em troca de benefícios judiciais. Na definição de Sarney, captada pelo autogrampo de Machado, a “Odebrecht vem com uma metralhadora ponto 100.”
Também gravado, Renan Calheiros, presidente do Senado e padrinho da nomeação de Sérgio Machado para a Transpetro, ecoou Sarney numa referência à caixa registradora da campanha de Dilma à reeleição. Renan disse que Odebrecht “vai mostrar as contas” em sua delação. E Machado: “Não escapa ninguém de nenhum partido. Do Congresso, se sobrar cinco ou seis, é muito. Governador, nenhum.''
“Eu jamais tive conversa com o Marcelo Odebrecht sobre isso”, disse Dilma ao ser instada a se manifestar na entrevista à Folha sobre os rumores de que o empreiteiro a acusará de pedir dinheiro para pagar o marketing da campanha de 2014. “Eu paguei R$ 70 milhões para o João Santana [em 2014], tudo declarado para o TSE. Onde é que está o caixa dois?”, perguntou Dilma.
A Polícia Federal e a Procuradoria da República trabalham para responder à indagação de Dilma. Em verdade, já reuniram um bom lote de evidências que indicam que a verba que fluiu da Odebrecht para Santana por baixo da mesa encontra-se no estrangeiro.
Antes mesmo da prisão de João Santana e da mulher dele, Mônica Moura, a PF havia recolhido no celular de Marcelo Odebrecht uma pérola com formato de ameaça. Em mensagem endereçada a um executivo de sua empreiteira, Odebrecht anotou: “Dizer do risco cta [conta] suíça chegar na campanha dela.''
O “risco” insinuado no texto de Odebrecht é óbvio: parte dos serviços de marketing prestados à campanha de Dilma foi liquidada com dinheiro roubado da Petrobras. E a verba de má origem foi enviada ilegalmente para fora do país.
Nesse contexto, João Santana arde na fogueira da Lava Jato em posição análoga à de João Vaccari Neto, o ex-tesoureiro petista. Ambos receberam verbas surrupiadas da Petrobras por conta dos vínculos com o PT. O que fazia Santana para o partido? Campanhas eleitorais, entre elas a campanha que resultou na reeleição e Dilma.
Os investigadores manuseiam farta documentação. Em meio aos papéis, há uma carta de Mônica Moura, a mulher de João Santana, que também está presa. Foi endereçada a Zwi Skornicki, apontado como operador de petropropinas. Na carta, a mulher de Santana indica duas contas bancárias. Uma aberta em Nova York. Outra, em Londres.
A Polícia Federal informa que essas duas contas estão associadas a uma terceira, aberta na Suíça. Junto com as contas, Mônica enviou cópia de um contrato celebrado anteriormente com offshore vinculada à Odebrecht. Deveria ser usado como modelo para as remessas do operador Zwi.
Guiando-se pelos indícios, a turma da Lava Jato identificou repasses milionários ao casal da marquetagem. Com a ajuda da Receita Federal, farejou-se até a aquisição por João Santana de um apartamento de luxo em São Paulo com verba entesourada no exterior. Sérgio Moro já determinou o bloqueio do imóvel. Servirá para ressarcir o Estado em caso de eventual condenação.
Não é só: de acordo com o delator e senador cassado Delcídio Amaral (ex-PT-MS), Dilma nomeou um ministro para o STJ, Marcelo Navarro, com o compromisso de ele votar a favor da concessão de liberdade para Marcelo Odebrecht, cuja prisão fará aniversário de um ano neste mês de junho. Navarro chegou a votar a favor da concessão de um habeas corpus a Odebrecht. Mas foi voto vencido no STJ.
“É absurda a questão do Navarro”, disse Dilma à Folha, reiterando a contestação à deduragem de Delcídio. “Eu não tenho nenhum ato de corrupção na minha vida.”
Graças ao depoimento de Delcício, o procurador-geral da República Rodrigo Janot requisitou no STF a abertura de um inquérito para apurar se Dilma tentou obstruir a Justiça, o que é considerado um crime. É contra esse pano de fundo tóxico que Dilma tem dificuldades para lembrar dos encontros que propiciou em Brasília ao principal empreiteiro do país.

Dilma recebeu Odebrecht no Alvorada em 25 de julho de 2014 (clique para ampliar)

NO O ANTAGONISTA
Brasil 29.05.16 08:56
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Brasil 29.05.16 08:33
Andréia Sadi, em 20 de junho de 2015, quando ainda trabalhava na Folha de S. Paulo, publicou o seguinte relato do encontro entre Dilma Rousseff e Marcelo Odebrecht:
“A presidente Dilma Rousseff teve um encontro privado com o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, em sua viagem ao México no final de maio...
Brasil 29.05.16 08:21
Dilma Rousseff está morta.
O TSE já tem uma montanha de provas para cassar seu mandato.
A questão, agora, é saber se ela será presa ou não...
Brasil 29.05.16 07:40
Dilma Rousseff, em sua entrevista para a repórter chapa branca da Folha de S. Paulo, repetiu o argumento dos blogueiros chapa branca de que o maior problema do Brasil é a Rede Globo.
A delinquência intelectual de Dilma Rousseff chegou a tal ponto que ela acusou a Rede Globo de ter feito um acordo clandestino com Eduardo Cunha...
Brasil 29.05.16 07:05
Dilma Rousseff, na entrevista com a repórter chapa branca da Folha de S. Paulo, disse que se negou a fazer um acordo com Eduardo Cunha.
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Brasil 29.05.16 06:50
Por favor, leia o editorial do Estadão sobre os blogueiros chapa branca.
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Veja.com:
"Conhecido como 'sobrinho de Lula', o empresário Taiguara Rodrigues dos Santos não está só enrolado na Operação Janus, que o investiga por suspeita de tráfico de influência e lavagem de dinheiro em serviços prestados à Odebrecht...
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Homologada a delação premiada de Bené.
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Brasil 28.05.16 19:08
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