PRIMEIRA EDIÇÃO DE 27-5-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
27 DE MAIO DE 2016
Somente em 2016, até ser afastada pelo Congresso, Dilma conseguiu estabelecer a impressionante marca de R$ 4 milhões gastos usando cartões corporativos, pagos pelo contribuinte brasileiro. Isso significa que cartões corporativos do Planalto gastaram, em média, mais de R$ 32,5 mil por dia, incluindo os feriados e fins de semana. Em 123 dias, este ano, seu governo torrou R$ 13,7 milhões utilizando cartões.
O descontrole de Dilma beneficiou servidores e até pessoas estranhas ao governo, que receberam R$104,7 milhões em “diárias”, só este ano.
O contribuinte não pode saber detalhes sobre 90% dos gastos usando cartões corporativos. Lula impôs “segredo” desde o primeiro escândalo.
O uso abusivo de cartões corporativos inclui cabeleireiro, hotéis de luxo, restaurantes, aluguel de carrões, passagens etc.
A Presidência detalha apenas gastos de quatro portadores de cartões, também pagos por nós: seguranças dos ex-presidentes FHC e Lula.
Têm sido insistentes as sugestões para o presidente Michel Temer implantar uma “revolução” no setor público, a fim de torná-lo eficiente, com um sistema remuneratório vinculado ao cumprimento de metas. E eliminando privilégios tipicamente brasileiros, que custam caro, como carros oficiais, casas e apartamentos funcionais, auxílio-residência, auxílio-paletó, “direito” a primeira classe em viagens aéreas etc.
O sistema de cumprimento de metas, adotado ainda em alguns estados e municípios, favorece o servidor comprometido com o trabalho.
Em países desenvolvidos, somente chefes de poder têm privilégios. E carro oficial é ambulância, viatura policial e caminhões de bombeiros.
A ideia seria articular o engajamento dos três poderes na modernização e enxugamento de privilégios no setor público.
O Palácio do Planalto estuda como promover uma “lipoaspiração” na estrutura da estatal EBC (Empresa Brasil de Comunicação). Custa mais de R$650 milhões por ano ao contribuinte.
O movimento contra Dilma é o segundo mais popular da história, em todo o mundo, do site Change.org, plataforma especializada em abaixo-assinados: só perdeu para a campanha de uma mãe da Flórida (EUA) pedindo justiça para o assassinato de seu filho adolescente.
A equipe do marqueteiro João Santana, que faz um documentário sobre o impeachment, continua constrangendo adversários do PT. Eles tentaram obrigar o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) a gravar.
Após a negativa de Romero Jucá (PMDB-RR) de assumir o cargo de Líder do Governo Temer, os senadores Raimundo Lira (PMDB-PB) Ana Amélia (PP-RS) e Simone Tebet (PMDB-MS) são os mais cotados.
Em meio de tantas bandalheiras, uma notícia que lembra prazer. O Comitê Olímpico Internacional vai distribuir camisinhas para os atletas que vierem ao Brasil. Serão 42 para cada um. Haja hormônios.
Afeta dramaticamente os brasilienses a nova lei obrigando os carros a ligar faróis durante o dia, nas rodovias. É que para aumentar sua fatia no rateio do CID (imposto sobre combustíveis), o governo do Distrito Federal converteu 99% de suas avenidas em “rodovias”.
Na sua ultima aparição no Conselho de Ética, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) afirmou que na segunda (23) voltaria a frequentar seu gabinete. A semana já acabou em Brasília e o deputado afastado não deu as caras.
O deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP) sugeriu ao governador Rodrigo Rollemberg a criação de um Hospital Público Veterinário no DF. Segundo Tripoli, a consulta particular não custa menos de R$ 200.
...as gravações com Jucá, Renan e Sarney não são nenhuma Brastemp tipo Delcídio, Mercadante, Lula, Marisa, Wagner etc.

NO DIÁRIO DO PODER
R$ 350 BILHÕES
AÇÃO BILIONÁRIA CONTRA A PETROBRAS NA JUSTIÇA DOS EUA TEM JULGAMENTO MARCADO
ESTATAL PODE SER CONDENADA A PAGAR R$ 350 BILHÕES A ACIONISTAS
Publicado: 27 de maio de 2016 às 01:00 - Atualizado às 01:09
O julgamento da ação coletiva de acionistas da Petrobras na Justiça de Nova York, nos Estados Unidos, teve o julgamento marcado para o dia 19 de setembro deste ano.
A indenização exigida deve custar à estatal até US$ 98 bilhões, cerca de R$ 350 bilhões, segundo estimativas de advogados próximos ao processo. O julgamento estava previsto para maio, mas a chamada “class action suit” sempre acaba em acordo. Os réus fogem de sentenças, porque a Justiça americana é duríssima com picaretagens e escândalos de corrupção como o “petrolão”.
Os principais autores da ação são o Universities Superannuation Scheme Limited (USS), um fundo inglês para professores universitários que vale US$ 56 bilhões, e o Employees Retirement System do Havaí, outro fundo, para pensionistas do estado norte americano, além do Departamento estadual do Tesouro.
Petrolão e o governo Dilma
A Justiça dos EUA aceitou as reclamações dos acionistas estrangeiros, que exigem compensações pela fraude cometida na estatal brasileira durante os últimos anos e até agora não houve um acordo entre as partes. A Justiça decidiu também que os acionistas brasileiros devem apelar à Justiça do Brasil; a class-action é exclusiva a acionistas estrangeiros.
A Petrobras, que negocia ações na bolsa de Nova York, é acusada de não seguir regras da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, a Securities and Exchange Comission.
Um grupo de bancos de investimentos americanos, alguns de origem brasileira, também foram arrolados como potenciais réus no caso por falhar em detectar a fraude na Petrobras, e pior, recomendar negócio com a empresa brasileira. O Citigroup Global Markets; J.P. Morgan Securities; Itau USA; Morgan Stanley; HSBC Securities USA; Mitsubishi UFJ Securities USA and and Scotia Capital U.S negam todas as acusações.
A ação proposta contra a Petrobras nos EUA argumenta que a estatal brasileira omitiu informações e é responsável por perdas bilionárias. Constam na ação as revelações da Operação Lava Jato de o pagamento de propinas milionárias ao envolvimento da classe política dominante, incluindo também a presidente afastada Dilma Rousseff, que também presidiu o Conselho de Administração da Petrobras até 2010. O esquema de corrupção começou em 2004.
Os ex-presidentes da Petrobras na era petista Graça Foster e José Sérgio Gabrielli e condenados na Lava Jato, como Renato Duque e Paulo Roberto Costa, constam como potenciais réus da ação coletiva, que será julgada no U.S. Southern District Court.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
26/05/2016 ÀS 21:02

26/05/2016 ÀS 21:00

26/05/2016 ÀS 19:30


NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza
27/05/2016 05:14
José Sarney: “A ditadura da Justiça tá implantada, é a pior de todas!
''
Sérgio Machado: “E eles vão querer tomar o poder. Pra poder acabar o trabalho

.''
A fabulosa epidemia de corrupção revelada pela Lava Jato fez do Brasil um pedaço do mapa onde há a maior possibilidade de surgir um país 100% novo. Caos não falta. O diálogo reproduzido acima revela que esta Nação inteiramente outra talvez já tenha começado a existir.
Nascida na periférica Comarca de Curitiba, a investigação que deu à luz um Brasil diferente sobrevive a todas as bruxarias e conchavos urdidos por políticos que se habituaram a viver no epicentro do ilícito sem sofrer qualquer tipo de embaraço. A oligarquia corrupta está acuada.
A “ditadura da Justiça” de que fala Sarney é o outro nome de Estado Democrático de Direito. Renan Calheiros responde a uma dúzia de inquéritos. Eduardo Cunha é um réu afastado do mandato pelo STF. Marcelo Odebrecht está preso e negocia uma delação. Pilhados num diálogo vadio, Dilma e Lula foram denunciados no Supremo por tentativa de obstruir a Justiça.
Como se fosse pouco, os cardeais do PMDB — Sarney entre eles — foram gravados pelo amigo Sérgio Machado, subitamente convertido num Silvério que, apavorado com a ideia de ser preso por ordem do “tirano” Sérgio Moro, tenta comprar com suor do dedo a proteção judicial que seus correligionários já não conseguem prover.
O autogrampo do ex-presidente da Transpetro pendurou no noticiário, de ponta-cabeça, caciques políticos capazes de tudo, menos de levar à balança meio quilo de explicações que afastem as suspeitas que rondam seus prontuários.
Natural que seres como Sarney sejam tomados de assalto (ops!) pela estranheza. Não estavam habituados a esse tipo de situação. Construíram suas carreiras num Brasil em que, acima de um certo nível de renda e de poder, ninguém devia nada. Muito menos explicações. Esse país em que os ratos colocavam a culpa no queijo e tudo ficava por isso mesmo não existe mais.
Em 21 dezembro de 2014, Sarney havia escalado a tribuna do Senado pela última vez, para pronunciar o que deveria ter sido um discurso de despedida de sua vida pública de seis décadas. O orador somava, então, 84 anos.
Os incautos imaginaram que estivessem diante de um aposentado. Mas se as fitas do companheiro Machado revelam alguma coisa é que Sarney é, por assim dizer, inaposentável. Ele permanece no palco como protagonista da própria imolação. Faz o papel de um Napoleão se descoroando.
No discuso de sua suposta despedida, Sarney reservou um parágrafo à autocrítica (assista abaixo). Declarou: “Precisamos levar a sério o problema da reeleição, que precisa acabar, estabelecendo-se um mandato maior. Até fazendo mea-culpa, de arrependimento, eu penso que é preciso proibir que os ex-presidentes ocupem qualquer cargo público, mesmo que seja cargo eletivo. […] Eu me arrependo, acho que foi um erro que eu fiz ter voltado, depois de presidente, à vida pública.”
.
O Brasil não poderia prescindir de Sarney nesse momento. Sua aversão à Lava Jato é essencial para provar que o País está no caminho certo. Depois de encher as praças na luta pelas eleições diretas, o brasileiro viu subir ao poder, pela via indireta do Colégio Eleitoral, José Sarney, o vice mais versa da História, grande amigo da ditadura militar até seis meses antes.
Sarney deve sua Presidência a uma conspiração do acaso com as bactérias que invadiram o organismo de Tancredo Neves atrás de encrenca. Foi um gestor temerário. Governou mal tão bem que não teve condições políticas de indicar um nome para sucedê-lo. Vangloria-se de ter completado a transição da ditadura para a primeira eleição direta. Deu em Fernando Collor.
Eleito senador pelo Amapá três vezes, Sarney esmerou-se. Presidiu o Senado quatro vezes. Estrelou o escândalo dos atos secretos. Deu emprego a uma sobrinha de sua mulher que morava em Campo Grande; deu um contracheque a uma sobrinha do genro que residia em Barcelona; alçou à folha um personagem (“Secreta”) que trabalhava como mordomo na casa da filha Roseana Sarney…
Não era o Amapá ou o País que tinha um senador. Era Sarney que possuía o Brasil. Sob FHC, Lula e Dilma, foi aquinhoado com generosos nacos do Estado. Cavalgando a administração pública, Sarney logrou alcançar a prosperidade privada. Seu nome fundiu-se ao patrimonialismo nacional. O desespero de Sarney, o oligarca mais longevo da República, é o melhor símbolo que a Era da Lava Jato poderia arranjar.

Josias de Souza
26/05/2016 19:45
Diferentemente do que ocorre com a maioria dos brasileiros, condenados ao fim do mês perpétuo, Eduardo Cunha não sabe o que é dificuldade financeira. Usufrui do bolso do contribuinte como se fosse uma fonte de dinheiro gratuito. Mesmo afastado pelo STF do exercício do mandato e da presidência da Câmara, Cunha custa ao Tesouro Nacional R$ 541 mil por mês.
Em decisão unânime, os 11 ministros do Supremo suspenderam Eduardo Cunha de suas atividades há 21 dias por considerar que, “além de representar risco para as investigações penais” que o envolvem, ele se tornou “um pejorativo que conspira contra a própria dignidade da Câmara”. A despeito disso, o personagem conserva todas as regalias que o dinheiro público costuma pagar a um chefe de Poder.
O PSOL realizou um levantamento sobre o custo da manutenção de Cunha. Noves fora o salário mensal (R$ 33,7 mil), Cunha tem à sua disposição os bons préstimos de 64 servidores — 23 pessoas no gabinete de deputado (R$ 92 mil por mês) e outras 41 na residência oficial da Câmara (R$ 371,1 mil mensais). Cunha também dispõe de dois carros oficiais (R$ 9,4 mil de aluguel); geladeira e despensa cheias (R$ 29,6 mil); água, luz e telefone (R$ 5 mil).
Se Eduardo Cunha fosse um presidente convencional, os gastos da Câmara seriam apenas absurdos. Considerando-se que o deputado está afastado de suas funções, as despesas são inaceitáveis. Deve doer na alma dos brasileiros em dia com suas obrigações tributárias a ideia de que o dinheiro amealhado com o suor do rosto é usado para manter em torno de Cunha uma legião de funcionários digna de uma empresa de médio porte.
Só na residência oficial ocupada por Cunha há uma administradora (salário mensal de R$ 28,2 mil); duas arrumadeiras, dois auxiliares de cozinha, três cozinheiros, um chefe de cozinha e quatro garçons (R$ 35,9 mil); oito vigilantes terceirizados (R$ 60,3 mil); 16 agentes da Polícia Legislativa (R$ 217,2 mil); e quatro motoristas (R$ 29,3 mil). Um acinte.
Embora Cunha esteja suspenso por tempo indeterminado, ele preserva também o foro privilegiado que o mantém fora do alcance da caneta de Sérgio Moro, o juiz da Lava Jato. O deputado já foi convertido em réu pelo Supremo numa ação penal em que é acusado de embolsar US$ 5 milhões em propinas provenientes da Petrobras.
Numa segunda denúncia já protocolada pela Procuradoria-Geral da República junto ao STF, Cunha é acusado de manter verbas roubadas em contas secretas na Suíça. O deputado responde a três inquéritos que ainda não viraram denúncia. De resto, há mais três pedidos de abertura de investigação pendentes de deliberação no Supremo.
O PSOL anexou o levantamento sobre o custo das mordomias de Cunha numa ação em que pede ao STF a suspensão do descalabro. Pedido semelhante já havia sido protocolado no tribunal pelo deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA). A diferença é que Aleluia pede também em sua ação que o Supremo declare vago o cargo de presidente da Câmara, autorizando os deputados a elegerem um novo comandante para a Casa. Noutra frente, o deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA) ajuizou uma ação popular na Justiça Federal de Brasília para sustar o ato da Mesa diretora da Câmara que manteve as benesses de Cunha. (veja abaixo o quadro divulgado pelo PSOL com as despesas de Cunha)

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Sexta-feira, maio 27, 2016
A reportagem-bomba da revista Veja que chega às bancas nesta sexta-feira, 27, em virtude do feriadão, traz com exclusividade o conteúdo da delação premiada do ex-deputado Pedro Corrêa, do PP. Veja teve acesso aos 72 anexos da delação onde é reproduzido o diálogo em que Lula deu a ordem para montar o petrolão, como ficou conhecida a roubalheira que devastou a Petrobras e o Brasil.
Ao mesmo tempo, em reportagem correlata, a revista revela a existência de um complô para travar as investigações da Operação Lava Jato que seria operado, segundo a publicação, por líderes do PMDB.
Transcrevo abaixo um aperitivo da reportagem-bomba mas são necessárias algumas observações que julgo pertinentes. O texto de Veja parece relativizar os fatos quando afirma que a folha corrida de Pedro Correa contabiliza 40 anos de corrupção, desde o regime militar em diante, passando por todos os governos.
Entretanto, cabe um detalhe importante que esse texto de Veja não inclui, que é o fato de que a corrupção e a roubalheira que vêm sendo apuradas pela Lava Jato não se limitaram apenas ao enriquecimento ilícito dos envolvidos. O objetivo político atendia a um esquema de sorte a conferir a permanência do PT no poder indefinidamente. De quebra, como se sabe, os frutos dessa roubalheira também tiveram ramificação internacional dentro do esquema do Foro de São Paulo, organização comunista fundada por Lula e Fidel Castro em 1990 e que tem como objetivo a comunização de todo os continente latino-americano e Caribe chegando até à América Central. Isto tem de ser levado em consideração, tanto é que o mensalão provou que o objetivo do PT era obter o apoio total do Congresso Nacional com a aprovação de todos os projetos dos governos petistas, inclusive um que emasculava o Poder Legislativo com a criação dos famigerados "conselhos populares" emulando os sovietes criados na ex-URSS. Na prática é aquilo que se conceitua como "centralismo democrático", ou seja a ditadura do partido disfarçada pelos tais conselhos. O troço foi para o vinagre quando os políticos sentiram o cheiro de carne queimada. 
Esta é a leitura correta e verdadeira dos acontecimentos. Há a corrupção tendo em vista tão somente o enriquecimento ilícito. No caso presente, o fulcro da roubalheira tem um viés político muito claro que vai além da corrupção que comumente acontece em todos os países. É isto que tem de ser levado em consideração em qualquer análise que se faça, ou seja, o "objetivo político" dessa verdadeira destruição do Brasil e da liberdade dos brasileiros. Estava em curso sem a menor dúvida um golpe - aí sim - que transformaria o Brasil num lixão como Cuba e Venezuela. Em todas as ditaduras comunistas as coisas evoluíram assim. Nesses países comunistas vigora a eterna escassez de alimentos, principalmente. Após a dêbacle econômica e a inflação acelerada desaparece a classe média. Nivela-se tudo por baixo e sobra apenas uma casta que pode tudo e que se constitui no núcleo do poder. 
Portanto, Pedro Correia pode levar a sua história de sacanagens pelo caminho da galhofa, pode querer relativizar tudo e até mesmo fazer piada. Mas tal comportamento é vedado no que concerne ao jornalismo, como é também aos agentes públicos. 
Esta é a minha visão de todos esses fatos. Esta é a minha maneira de exercer o jornalismo e acredito que também reflete o que deseja praticamente a totalidade do povo brasileiro e os estimados leitores deste blog. Transcrevo o resumo da reportagem de Veja a seguir:
UM RELATO ESTARRECEDOR
Entre todos os corruptos presos na Operação Lava-Jato, o ex-deputado Pedro Corrêa é de longe o que mais aproveitou o tempo ocioso para fazer amigos atrás das grades. Político à moda antiga, expoente de uma família rica e tradicional do Nordeste, Corrêa é conhecido pelo jeito bonachão. Conseguiu o impressionante feito de arrancar gargalhadas do sempre sisudo juiz Sergio Moro quando, em uma audiência, se disse um especialista na arte de comprar votos. Falou de maneira tão espontânea que ninguém resistiu. Confessar crimes é algo que o ex-deputado vem fazendo desde que começou a negociar um acordo de delação premiada com a Justiça, há quase um ano. Corrêa foi o primeiro político a se apresentar ao Ministério Público para contar o que sabe em troca de redução de pena. Durante esse tempo, ele prestou centenas de depoimentos. Deu detalhes da primeira vez que embolsou propina por contratos no extinto Inamps, na década de 70, até ser preso e condenado a vinte anos e sete meses de cadeia por envolvimento no petrolão, em 2015. Corrêa admitiu ter recebido dinheiro desviado de quase vinte órgãos do governo. De bancos a ministérios, de estatais a agências reguladoras - um inventário de quase quarenta anos de corrupção.
VEJA teve acesso aos 72 anexos de sua delação, que resultam num calhamaço de 132 páginas. Ali está resumido o relato do médico pernambucano que usou a política para construir fama e fortuna. Com sete mandatos de deputado federal, Corrêa detalha esquemas de corrupção que remontam aos governos militares, à breve gestão de Fernando Collor, passando por Fernando Henrique Cardoso, até chegar ao nirvana - a era petista. Ele aponta como beneficiários de propina senadores, deputados, governadores, ex-governadores, ministros e ex-ministros dos mais variados partidos e até integrantes do Tribunal de Contas da União.
Além de novos personagens, Corrêa revela os métodos. Conta como era discutida a partilha de cargos no governo do ex-­presidente Lula e, com a mesma simplicidade com que confessa ter comprado votos, narra episódios, conversas e combinações sobre pagamentos de propina dentro do Palácio do Planalto. O ex-presidente Lula, segundo ele, gerenciou pessoalmente o esquema de corrupção da Petrobras - da indicação dos diretores corruptos da estatal à divisão do dinheiro desviado entre os políticos e os partidos. Corrêa descreve situações em que Lula tratou com os caciques do PP sobre a farra nos contratos da Diretoria de Abastecimento da Petrobras, comandada por Paulo Roberto Costa, o Paulinho.
Uma das passagens mais emblemáticas, segundo o delator, se deu quando parlamentares do PP se rebelaram contra o avanço do PMDB nos contratos da diretoria de Paulinho. Um grupo foi ao Palácio do Planalto reclamar com Lula da "invasão". Lula, de acordo com Corrêa, passou uma descompostura nos deputados dizendo que eles "estavam com as burras cheias de dinheiro" e que a diretoria era "muito grande" e tinha de "atender os outros aliados, pois o orçamento" era "muito grande" e a diretoria era "capaz de atender todo mundo". Os caciques pepistas se conformaram quando Lula garantiu que "a maior parte das comissões seria do PP, dono da indicação do Paulinho". Se Corrêa estiver dizendo a verdade, é o testemunho mais contundente até aqui sobre a participação direta de Lula no esquema da Petrobras. Do site de Veja


NO O ANTAGONISTA
Brasil 27.05.16 08:15
Lula “gerenciou pessoalmente o esquema de corrupção da Petrobras”.
Foi o que Pedro Corrêa explicou à Lava Jato, segundo a Veja...
Brasil 27.05.16 08:07
Pedro Corrêa disse que Dilma Rousseff, na campanha de 2010, “pediu apoio financeiro” a Paulo Roberto Costa, o operador do PP.
Em outras palavras: ela pediu propina.
Brasil 27.05.16 08:05
A delação de Sérgio Machado já foi homologada.
A de Pedro Corrêa ainda não.
Mas a Veja teve acesso aos 72 anexos apresentados pelo velho mensaleiro do PP...
Brasil 27.05.16 07:21
Em 7 de julho, um dia depois de negociar um pacto de proteção mútua com Eduardo Cunha, Dilma Rousseff reuniu-se com Ricardo Lewandowski em Portugal.
Segundo a Veja, “a entrada na cena do crime da Odebrecht, que pagou pelos serviços do marqueteiro da campanha pela reeleição, fez a presidente arregaçar as mangas”...
Brasil 27.05.16 07:02
Em 6 de julho de 2015, uma semana depois da reunião entre Lula e Renan Calheiros para melar a Lava Jato, Dilma Rousseff convocou Michel Temer e Eduardo Cunha para um encontro...
Brasil 27.05.16 06:57
Em 30 de junho de 2015, depois das prisões de Marcelo Odebrecht e Otávio Azevedo, Renan Calheiros reuniu em sua casa Lula, José Sarney, Romero Jucá, Edison Lobão e Delcídio Amaral...
Brasil 27.05.16 06:54
A Folha de S. Paulo diz que “o conteúdo da delação premiada de Sérgio Machado, que gravou conversas embaraçosas com os caciques do PMDB, levará ainda algumas semanas para se tornar público”...
Brasil 27.05.16 06:34
Quando foram divulgadas as conversas de Romero Jucá, Dilma Rousseff disse que elas provavam o golpe.
Agora que as mesmas conversas a acusam de ter negociado pessoalmente a propina da Odebrecht, ela alega que os comentários “não têm nenhuma credibilidade”...
Brasil 27.05.16 06:23
O Jornal Nacional divulgou mais um trecho das conversas gravadas entre Sérgio Machado e José Sarney.
Elas mostram duas coisas:
1 - José Sarney não sabe prever o futuro.
2 - Ele nunca teve a menor dúvida sobre o envolvimento direto de Dilma Rousseff com o esquema de propina da Odebrecht...
Brasil 27.05.16 06:09
Sérgio Machado “apontou Renan Calheiros como o principal beneficiário do esquema de propina” da Transpetro, segundo a coluna Radar.
O Antagonista comemora...
Brasil 26.05.16 22:02
Em novo áudio divulgado pelo Jornal Nacional, Sérgio Machado e José Sarney reclamam do que chamam de "ditadura da Justiça"...
Brasil 26.05.16 20:47
Ricardo Lewandowski achou por bem soltar uma nota à imprensa sobre as citações a membros do STF nas gravações de Sérgio Machado...
Brasil 26.05.16 20:40
Se Sérgio Machado contar tudo o que sabe à PGR, sua delação certamente atingirá as cúpulas do PMDB e do PT...

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