DA MÍDIA SEM MORDAÇA - PRIMEIRAS DO DIA DE HOJE

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
27 DE MAIO DE 2015
Em depoimento à Polícia Federal, ao qual esta coluna teve acesso, um diretor do grupo Queiroz Galvão, Othon Zanoide de Moraes, revelou que o grupo pagou 2% do seu faturamento (bruto) anual a título de propina aos enrolados na Lava Jato. Ele disse ser responsável apenas pelas “doações” ao PP, mas destacou que o presidente da empreiteira, Ildefonso Collares, tinha a decisão final sobre o esquema de propina.
Todas as empresas do grupo Queiroz Galvão, segundo Othon Moraes, reservavam até 2% do faturamento para “doar” a partidos e a políticos.
Othon disse à PF que o ex-deputado José Janene apresentou-o ao doleiro Alberto Youssef, responsável pelo propinoduto do PP.
O diretor da Queiroz Galvão contou à PF que recebeu em 2010 lista de Youssef com políticos destinatários de “doações” da empreiteira.
Othon Moraes confirmou o pagamento de R$ 500 mil ao PMDB-RO, a pedido de Youssef, mas negou conhecer o senador Valdir Raupp (RO).
Após a rejeição de Guilherme Patriota para a OEA, há a expectativa no Itamaraty de que outro bolivariano pode vir a ser o próximo rejeitado no Senado: Antônio Simões, indicado embaixador em Madri. A Espanha levou uma eternidade para dar agrément (o “aceito”), sinal eloquente do desagrado com a indicação, em linguagem diplomática. É conhecido o zelo chavista do indicado, que colegas chamam de “Simões Bolívar”.
A Espanha deu agrément a Simões de olho na boa relação com o Brasil, que é essencial à saúde de empresas como o Santander e Telefónica.
Simões é acusado por colegas de ajudar a crucificar Eduardo Saboia, que salvou a vida de um senador perseguido pelo governo da Bolívia.
Simões também teve papel instrumental na suspensão do Paraguai para forçar a entrada da Venezuela ao Mercosul, vetada por Assunção.
O ministro Joaquim Levy (Fazenda) pratica o esporte nacional de falar mal do governo. Diz aos mais próximos que a falta de “pulso firme” do governo com o Congresso compromete suas tesouradas.
O deputado Heráclito Fortes (PI), ex-DEM e agora no PSB, cuja carreira o ex-presidente Lula tentou acabar nas urnas, participou ontem de animado almoço com o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu.
O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), tomava chá de cadeira de Renan Calheiros, quarta, quando a conterrânea Gleisi Hoffmann (PT) lhe fez uma gentileza: pegou-o pelo braço e o introduziu no gabinete do presidente do Senado, sem necessidade de pedir licença.
A rebeldia do senador Lindbergh Farias (RJ) não resistiu a uma ligação de Dilma, antes de viajar para o México. Rapidamente ele prometeu apoiar o ajuste. Já Paulo Paim (RS), nem precisou de telefonema.
A CUT voltou a fazer baderna no Congresso. Desta vez, protestaram contra o distritão. A central sumiu de Brasília desde a aprovação, com votos do PT, das MPs que retiraram direitos trabalhistas.
Eduardo Cunha (PMDB-RJ) quer isolar o PT e fazer um agrado aos opositores, inclusive no Rio de Janeiro, ao designar Rodrigo Maia (DEM-RJ) como relator da reforma política, no plenário.
O senador Antonio Reguffe (PDT-DF) votou contra o ajuste. Para ele, primeiro o governo federal deve cortar na máquina administrativa, obesa e corrupta, para só depois cortar programas e investimentos.
Dilma ficou estarrecida com a atitude nos bastidores do ex-presidente Lula, relatada pelo ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil), insuflando senadores do PT a votar contra o pacote fiscal do governo.
A alegria de Aloizio Mercadante ao lado de Joaquim Levy, durante coletiva nesta semana, é tão verdadeira quanto uma nota de R$ 3,00.

NO DIÁRIO DO PODER
CARLOS CHAGAS
OS TRABALHADORES NÃO TEM PARTIDO E O PARTIDO NÃO TEM TRABALHADORES
Pouco antes de morrer, aos 90 anos, Luís Carlos Prestes declarou, num programa de televisão, que os comunistas não tinham partido, e que o partido não tinha comunistas. Respondia a uma das maiores iniqüidades políticas jamais praticadas entre nós, sua expulsão do PCB por um grupo de anões que a História sepultou.
O tempo passou mas as lições do Cavaleiro da Esperança permanecem. O PT ainda não rejeitou seu líder maior, mas a conclusão surge clara: os trabalhadores não tem mais partido, e o partido não tem trabalhadores.
Dá pena verificar os companheiros, com raras exceções, votando as medidas provisórias que restringem direitos trabalhistas e previdenciários, do seguro desemprego ao abono salarial e às pensões das viúvas, aplaudindo o aumento de impostos e calando-se diante do lucro dos bancos. Como o Lula permanece em silêncio, como fez durante algum tempo o velho Prestes, haverá que esperar o inevitável. Não demora que os anões de hoje venham a afastar o torneiro-mecânico de ontem. Dilma está para Giocondo Dias assim como Aloísio Mercadante para Roberto Freire.
A gente pergunta como foi possível o grupelho dito comunista renegar seu líder maior e até, mais tarde, mudar de sigla, tornando-se um invertebrado PPS, linha auxiliar do neoliberalismo. Mas não é que a História se repete como farsa? O Partido dos Trabalhadores perdeu os trabalhadores e deixou de ser partido. Companheiros em profusão aderiram às benesses do poder, alguns até mergulhando na corrupção desenfreada. Há anos que não se tem noticia de protestarem contra a farsa do salário mínimo. Esqueceram a importância de conquistar os meios de produção. Tornando-se primeiro em clubes recreativos, os sindicatos transformaram-se em atalho para a burguesia. Suas bancadas no Congresso apóiam a terceirização e não se lembram mais da taxação das grandes fortunas. Acomodaram-se à sombra das mordomias. Preferem ser consultores em vez de trabalhadores.
O desfecho parece próximo. Fica a dúvida: quem representará os oprimidos? Foi o Lula, um dia, mas fora uns poucos sabujos de agora, falta-lhe o suporte que também faltou a Luis Carlos Prestes. Náufragos solitários, restou a um, como ainda resta ao outro, cultivar o inconformismo e acreditar na mudança. Recomeçar.

SUSPEITA DE CORRUPÇÃO
STF MANDA BNDES LIBERAR DADOS DA JBS/FRIBOI
TCU PEDIU DADOS PARA AUDITORIA EM OPERAÇÕES COM O GRUPO JBS
Publicado em 26 de maio de 2015 às 18:35
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje (26) que o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) forneça ao Tribunal de Contas da União (TCU) dados financeiros completos sobre contratos assinados com o Grupo JBS/Friboi. Por maioria, a Turma rejeitou um mandado de segurança impetrado pelo BNDES contra decisão do TCU que determinou o repasse integral dos dados dos contratos firmados com o grupo.
Os ministros Marco Aurélio e Rosa Weber seguiram voto do relator, Luiz Fux. De acordo com Fux, no caso concreto do Grupo JBS/Friboi, a requisição das informações não caracteriza quebra de sigilo bancário, porque o banco foi obrigado a fornecer dados sobre seus contratos e não de terceiros.
Para o ministro relator, o direito ao sigilo bancário é relativizado quando envolve recursos públicos. “Quem contrata com o Poder Público não pode ter segredos, especialmente se a revelação for necessária para o controle da legitimidade do emprego dos recursos públicos”, disse. 
A pedido da Comissão de Fiscalização da Câmara dos Deputados, o TCU iniciou uma auditoria nos contatos, mas o banco repassou parte das informações solicitadas, omitindo o saldo devedor das operações, rating (classificação de risco) de crédito, a situação cadastral, a estratégia de hedge (proteção) do grupo Friboi, por entender que as informações estão sob sigilo bancário. Segundo o BNDES, é dever da instituição zelar pela proteção do sigilo empresarial. 
O voto divergente foi do ministro Luís Roberto Barroso. De acordo com ele, o grupo Friboi deveria entregar todos os dados ao TCU, exceto informações sobre rating de crédito e a estratégia de hedge, que só poderiam ser acessadas pelo tribunal por meio de uma decisão judicial. (ABr)

NO BLOG DO CORONEL
TERÇA-FEIRA, 26 DE MAIO DE 2015
Os senadores que votaram SIM massacraram os trabalhadores. Os que votaram NÃO tentaram derrubar o massacre do PT e da Dilma contra os direitos trabalhistas. Guarde para esfregar na cara de cada um deles. Para o resto da História.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 22:01:00

QUARTA-FEIRA, 27 DE MAIO DE 2015
Clique aqui e veja como votaram os deputados. 
(Com informações do Estadão) A Câmara dos Deputados impôs, na madrugada desta quarta-feira, 27, rejeitou em plenário uma Proposta de Emenda à Constituição regulamentando as doações de empresas privadas a partidos e candidatos. Ele já havia sido derrotado na votação do sistema eleitoral distritão. A PEC da Reforma Política chegou a obter o apoio da maioria dos 475 deputados presentes. Mas os 264 votos favoráveis não foram suficientes. Por ser PEC, eram necessários o mínimo de 308 votos. Outros 207 deputados foram contra a emenda e 4 se abstiveram.
A emenda era uma proposta do PMDB, que buscava se antecipar a uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), onde uma ação sobre o financiamento de campanha já construiu a maioria necessária para determinar que doações só podem ser realizadas por pessoas físicas e pelo Fundo Partidário. Ou seja, sem repasses de empresas privadas.
O STF, porém, não proferiu a decisão em função de a ação estar sob embargo do ministro Gilmar Mendes há mais de um ano, após pedido de vista quando 6 ministros já haviam votado a favor de limitar as doações a pessoas físicas e ao Fundo Partidário. Apenas um ministro havia sido contrário. Apesar de faltar o voto de quatro magistrados, portanto, não é mais possível. Uma decisão da Câmara suspenderia a continuidade do julgamento no Supremo. 
A PEC da Reforma Política não definiu limites para as doações. Hoje, as empresas podem doar até 2% do seu faturamento bruto para campanhas e as pessoas físicas têm limite de 10% do seu rendimento bruto. O líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), disse que definir as regras de financiamento era atribuição do Congresso. "Quem tem de decidir sobre isso é o Parlamento. O bom senso nos manda definir esse tema hoje, porque senão estaremos na mão do Poder Judiciário, no escuro", disse,antes da derrota. 
O tema gerou intenso embate entre deputados que defendiam o financiamento público e o privado, ou ambos os sistemas concomitantemente. O líder do PSOL, Chico Alencar (RJ) defendeu "um passo adiante" com o "financiamento de pessoas físicas com limites fortes e um fundo partidário democrático, transparente e austero". 
Ele foi contraposto pelo líder do PTB, Jovair Arantes (GO), que sustentou que "quem tem de pagar a democracia em país capitalista é o capital" e que repasses públicos são um tipo de "financiamento socialista". "O capital tem de financiar os seus políticos", disse.
Já o líder do DEM, Mendonça Filho (PE), argumentou que "ficar sem doação legal de empresas em campanhas é incentivar o caixa dois, é fomentar o sistema de financiamento ilegal" entre os partidos. Já a líder do PCdoB, Jandira Feghali (RJ), protestou contra a constitucionalização das doações privadas. Ela defendeu o financiamento público. "Isso não é matéria constitucional, é matéria de lei", disse. "Nós precisamos sanear esse processo de financiamento e garantir que todos tenham equilíbrio na disputa e concorrência eleitoral", disse.
A Câmara retoma a votação da reforma política nesta quarta-feira, 27. A pauta de votação prevê ainda a votação de uma proposta para autorizar o financiamento misto (público e privado) apenas para partidos políticos. Outra proposta defende as doações mistas apenas aos candidatos e, uma terceira emenda, sugere apenas o financiamento público de campanha.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 06:57:00

(Estadão) Em sua primeira visita oficial ao México desde que chegou ao poder em 2011, a presidente Dilma Rousseff usou o discurso de encerramento do encontro empresarial Brasil-México, na Cidade do México, para comentar a aprovação pelo Senado, na noite desta terça-feira, 26, da Medida Provisória 665. A MP, que restringe o acesso a direitos trabalhistas como seguro desemprego e abono salarial, é uma das propostas que fazem parte do ajuste fiscal proposto pelo Planalto. 
"O Brasil hoje está fazendo um grande esforço no sentido de ajustar a sua economia", afirmou, citando o prazo "maior do que o esperado" da crise internacional como a principal razão do país ter adotado medidas anticíclicas, que agora precisam ser revertidas."Agora temos que fazer o nosso dever que é reconstituir nosso equilíbrio fiscal", Dilma citou rapidamente a aprovação da "importante medida" para o ajuste fiscal e finalizou: "O México me deu sorte". Em Brasília, 39 senadores votaram a favor e 32 contra a proposta. A MP seguirá agora para a sanção da presidente Dilma.
Ao lado do presidente do México, Enrique Peña Nieto, a presidente brasileira repetiu que o comércio entre os dois países tem muito a crescer e que "os empresários mexicanos no Brasil são muito bem-vindos". Cerca de 420 empresários brasileiros e mexicanos participaram do encontro comandado pelos dois líderes. Nesta quarta, a presidente Dilma deve visitar o Senado mexicano pela manhã. No fim do dia, a previsão é que Dilma retorne ao Brasil.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 07:09:00


NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
27/05/2015 às 2:06
A partir desta quarta-feira (27), se os congressistas não acordarem para a realidade em número suficiente, o sistema político brasileiro corre o risco de começar a caminhar para a clandestinidade, e seu destino poderá ser render-se a máfias e à bandidagem. E isso se dará com a colaboração expressa do PT, de outros partidos de esquerda e, ora vejam, até do PP.
A reforma política começou a ser votada na Câmara nesta terça (26). Os deputados rejeitaram qualquer das alternativas apresentadas ao atual modelo de eleição de deputados federais: o proporcional. Nenhuma das propostas obteve os 308 votos necessários: o sistema em lista, originalmente proposta pelo PT, obteve a adesão de apenas 21 deputados; o distrital-misto, como queria o PSDB, de 99, e o distritão, defendido pelo PMDB, de 210. Assim, tudo fica como está, e um deputado muito votado continuará ajudando a eleger um sem-voto. E que se note: o distritão também teria sido uma péssima resposta.
Mas essa está longe de ser a pior notícia. A emenda que tornava constitucional a doação de empresas privadas a campanhas eleitorais também não foi aprovada, embora tenha obtido a maioria dos votos: 264 disseram “sim”, e 207, “não”. Peço que o leitor preste muita atenção aos desdobramentos.
Como é hoje? A Constituição é omissa a respeito da forma de financiamento. Ela nada define. No Parágrafo 9º do Artigo 14, repudia a influência do poder econômico. E só. A contribuição de empresas a campanhas eleitorais foi regulamentada pela http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9504.htm Lei 9.504, de 1997. Note-se: tal texto só foi aprovado para diminuir o caixa dois nas campanhas. Até então, as pessoas jurídicas estavam proibidas de doar, mas até as pedras sabiam que essa proibição era burlada por meio do caixa dois. E que se note: mesmo com a legalização das doações, parte delas continuou na clandestinidade.
Nesta quarta, a Câmara vai votar a proposta que tem a marca do PT e das esquerdas: o financiamento público de campanha, eventualmente aberto a doações de cidadãos. Nesse caso, recursos bilionários teriam de sair do Tesouro para financiar a eleição. Duvido que se consiga pôr isso na Constituição. Também não haverá os 308 votos. Aí dirá alguém: “Mas esperem: se não se consegue mudar a Constituição, então fica tudo como está…”
Errado! Lembrem-se que uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) está no Supremo. E já há uma maioria de ministros que declarou inconstitucional o financiamento de campanhas por empresas — Gilmar Mendes pediu vista, e a questão está parada. Se o Congresso não mudar a Carta Magna, constitucionalizando as doações de empresas, o STF vai declará-las ilegais. E estará ele fazendo a reforma em lugar do Congresso. E estará ele fazendo o que o PT não tem maioria para fazer.
Aliás, o resultado de ontem expõe o absurdo da decisão do Supremo e mostra como o tribunal está tomando o lugar do Congresso e decidindo algo que vai contra a maioria. Insisto: se não existem os 308 deputados para alterar a Constituição, o normal seria que tudo ficasse como está. Só que não será assim: se o Parlamento não constitucionalizar as doações de empresas, a maioria dos ministros da Corte vai declará-las inconstitucionais.
Tal absurdo se desdobra em outro. Sem a doação de empresas, o dinheiro sairá de onde? Pode um tribunal obrigar o Congresso a aprovar o financiamento público? Insisto: NÃO ADIANTARÁ DEPUTADOS E SENADORES APROVAREM UMA NOVA LEI. SEM A MUDANÇA DA CARTA, O TRIBUNAL DIRÁ QUE EMPRESA ESTARÁ PROIBIDA DE DOAR. UM PROJETO DE LEI SERIA CONSIDERADO INCONSTITUCIONAL.
Tenho dúvidas se boa parte dos congressistas entendeu o que estava em votação. Não posso crer que parlamentares tenham aberto mão de uma prerrogativa para transferi-la ao Judiciário. Se e quando as doações de empresas forem proibidas — e se caminha para isso caso o Congresso não acorde a tempo —, o sistema político vai para a clandestinidade. Muito mais do que hoje.
A gritaria do PT
Foi, lamento a expressão, asqueroso ver o PT defender ontem com tanta energia o financiamento público de campanha, acusando o Parlamento de ficar de joelhos para as empresas. Nem parecia ser aquele o partido do Mensalão. Nem parecia ser aquele o partido do Petrolão. Nem parecia ser aquele o partido que arrecadou, em 2013, QUE NÃO ERA ANO ELEITORAL, NADA MENOS DE R$ 79 milhões. Insisto: não se disputou eleição nenhuma nesse ano. PMDB, PSDB e PSB, juntos, conseguiram R$ 46,5 milhões.
E, no entanto, estava lá o PT a gritar contra a constitucionalização das doações de empresas, afirmando que são elas que corrompem o poder político, como se os companheiros que estrelaram o Petrolão e o Mensalão fossem inocentes como as flores.
A decisão foi infeliz. Sim, é claro que o debate continua; que a reforma saída da Câmara ainda passará pelo Senado, onde pode ser modificada e que resta tempo para o Parlamento não se comportar como um guri que faz xixi na fralda e precisa do Supremo para socorrê-lo.
Só para pensar: o governo teve de cortar R$ 69,9 bilhões do Orçamento. Nenhuma área foi poupada, incluindo a social. Já imaginaram um governo propondo corte da verba destinada às eleições, hein? Ou será que elas mereceriam um percentual carimbado, imune a contingenciamento?
É bom Eduardo Cunha, presidente da Câmara, voltar à prancheta. Ele obteve, sim, uma vitória importante ao pôr para votar a reforma política. Mas foi derrotado duas vezes: no distritão e na forma do financiamento de campanha. A primeira derrota é boa para o país; a segunda pode ser catastrófica.
Por Reinaldo Azevedo

NO O ANTAGONISTA
Brasil 26.05.15 17:22 Comentários (11)
O sub-relator da CPI da Petrobras, deputado Altineu Côrtes, do PR, enviou requerimento para convocar o empresário Eike Batista. O objetivo é entender melhor uma joint venture, entre a OSX e a Mendes Júnior, a Íntegra, cujo contrato de fornecimento de módulos e integração de plataformas era de 1,8 bilhão de dólares...
Nocivo
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O juiz federal Marlon Reis, que idealizou a Lei da Ficha Limpa, se pronunciou sobre a reforma política de Eduardo Cunha. Ao Congresso em Foco, disse:
"Ninguém havia ousado propor algo tão nocivo para a democracia brasileira"...
Brasil 26.05.15 19:16 Comentários (72)
A oposição protocolou representação na Procuradoria-Geral da República contra Dilma Rousseff nesta tarde. O texto, do jurista Miguel Reale Jr., acusa a presidente de cometer os crimes descritos nos artigos 359-A, 359-C - contra as finanças públicas - e 299, de falsidade ideológica, do Código Penal.
Em documento de 61 páginas, os políticos do PSDB, PPS, DEM e Solidariedade se baseiam no parecer do procurador do MPF junto ao TCU, Júlio Marcelo Oliveira, em processo que corre no Tribunal sobre as pedaladas de Dilma...
Brasil 26.05.15 19:44 Comentários (23)
Na representação entregue por políticos da oposição à PGR consta o crime de falsidade ideológica. Segundo o texto, a acusação é amparada no fato de que Dilma Rousseff omitiu registro obrigatório de despesas que surgiram de operações de crédito indevidas. Isso possibilitou apresentar "fictício" superavit primário.
"A contabilidade das finanças públicas foi completamente maquiada, sendo certo que as instituições financeiras lançavam os créditos que tinham contra o Tesouro, ao passo que este ocultava seus débitos, assim criando a equívoca sensação de regularidade, sempre alardeada pela Chefe do Poder Executivo", diz o documento...
Brasil 26.05.15 20:07 Comentários (27)
Como publicamos em 21 de março, o TCU, consultado informalmente, havia dito ao PSDB que o governo não havia realizado pedadalas fiscais em 2015. O Antagonista soube agora a razão: o Tribunal ainda não teve acesso ao balanço do Banco do Brasil do primeiro trimestre deste ano, que comprova a continuidade desse crime contra a Lei de Responsabilidade Fiscal, durante o segundo mandato de Dilma Rousseff...
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A peça apresentada pelo PSDB e demais partidos de oposição a Rodrigo Janot é forte, não há dúvida. Mostra que houve pedaladas fiscais também em 2015 -- ou seja, durante o segundo mandato de Dilma Rousseff...
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Leia a íntegra da representação contra Dilma em:
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O FBI denunciou 14 dirigentes da FIFA pelo recebimento de propina na venda de direitos de TV. Todos eles são da América Latina. Todos eles apoiaram 'Brasil 2014'.
Além de José Maria Marin, que foi preso nesta madrugada, em Zurique, o FBI acusou Rafael Esquivel, da Venezuela, Julio Rocha, da Nicaragua, Eugenio Figueredo, do Uruguai, Nicolás Leoz, do Paraguai, Eduardo Li, da Costa Rica, Jack Warner, de Trinidad e Tobago, Jeffrey Webb, das Ilhas Cayman.
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O processo contra os cartolas da Fifa corre na Justiça de Nova York, que pediu a extradição dos que foram presos em Zurique. Os atos de corrupção dos quais eles são acusados, praticados desde o início dos anos 90, totalizam dezenas de milhões de dólares.
José Maria Marin deve terminar os seus dias numa prisão federal americana.

NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - 27/05/2015 05:39
Histórias de gente tirando gênios da garrafa são comuns. O incomum é história de gente obrigando o gênio a entrar de novo. Foi mais ou menos o que o plenário da Câmara fez na noite passada com seu presidente, Eduardo Cunha, ao derrotar suas duas prioridades na reforma política: a adoção do chamado “distritão” e a inserção das doações eleitorais de empresas no texto da Constituição.
O distritão foi à breca com inesperada facilidade. Votaram contra 267 deputados. A favor, 210. Houve duas abstenções. A constitucionalização das arcas de campanha precisava de 308 para prevalecer. Obteve apenas 264. Votaram contra 207 deputados. Foi um resultado surpreendente. Ficou entendido que o gênio Cunha também está sujeito à condição humana.
Foram as primeiras derrotas de Eduardo Cunha desde que assumiu o comando da Câmara, em fevereiro. Ele as construiu sozinho. Conforme já foi comentado aqui, Cunha autoconverteu-se numa espécie de Napoleão legislativo. E passou a comportar-se como um imperador se descoroando. Parecia planejar sua própria Waterloo. Conseguiu.
Nas votações sobre o sistema eleitoral, todos fracassaram. O PT ambicionava a lista fechada. Não passou. O PSDB sonhava com o voto distrital misto. Nada feito. A diferença é que essas eram derrotas anunciadas. Serviriam para preparar o grand finale do distritão. Deu chabu.
Eduardo Cunha pavimentou suas derrotas ao passar o trator sobre a comissão especial da reforma política. Uma comissão que ele mesmo havia criado. De quebra, humilhou o relator da comissão, deputado Marcelo Castro. Que ele próprio escolhera. Chamou-o de pouco inteligente, mandou seu relatório ao lixo e firmou com os líderes partidários um acordo que permitiu levar a reforma direto para o plenário.
O gênio da Câmara cometeu um erro primário. O velho Jânio Quadros já ensinava: política é como fotografia —se você mexe muito não sai. Por ora, tudo permanece como antes. Nesta quarta, as fornalhas do plenário da Câmara serão reativadas.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Quarta-feira, maio 27, 2015
Segundo Lauro Jardim, em sua coluna no site de Veja, o ministro Dias Toffoli, é um recordista em viagens internacionais:
Dias Toffoli completou na semana passada um ano à frente do TSE. No período, Toffoli viajou para nada menos do que treze países, o que o leva a faltar às sessões do STF (leia mais aqui).
Viajou, nesta ordem, para Angola, México, França, Indonésia, Peru, República Dominicana, Espanha, Índia, Chile, Sudão, Equador, Inglaterra e, ufa!, Itália.
Toffoli ainda ficará por mais um ano como presidente do TSE.


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