DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
27 DE ABRIL DE 2015
O Partido dos Trabalhadores prepara ação contra o juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato. A área jurídica do PT trabalha em sigilo na consolidação de argumentos para alegar a “suspeição” do magistrado, em razão de prisões de petistas, que eles consideram “políticas”. A intenção é colocar Moro “na defensiva”, segundo uma fonte do partido. Trocando em miúdos, querem intimidar o juiz.
O PT sonha afastar Sergio Moro da Lava Jato, acusando-o de “parcial”, “antipetista” etc. Conversa fiada: é só um juiz corajoso e incorruptível.
Os petistas querem que Marice Corrêa de Lima, a cunhada de Vaccari, acione Sergio Moro por “dano moral”. Ela não parece disposta a isso.
João Vaccari, que o PT trata como “preso político”, é réu por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
A nova divisão do Fundo de Participação dos Estados (FPE), definida no governo Dilma, vai gerar prejuízo de pelo menos R$ 3,7 bilhões nos orçamentos de 11 Estados no ano que vem. De acordo com os índices calculados pelo Tribunal de Contas da União (TCU), Pernambuco, Rio Grande do Sul e Bahia sofrerão os piores cortes, devido ao aumento maior do PIB per capita em relação à média nacional nos últimos anos.
O impacto também será forte em estados governados pelo PT. Bahia, Ceará e Piauí, somados, vão perder R$ 1 bilhão do FPE em 2016.
O presidente da Câmara pretende pôr catracas na entrada do plenário para restringir o acesso de lobistas. Eduardo Cunha é investigado na Lava Jato justamente por sua ligação com o lobista Fernando Baiano.
Poucos ainda levam a sério ONGs que ganham dinheiro, sobretudo em dólares, com seus números espalhafatosos de desmatamento da Amazônia. Se somados os números, a Amazônia já seria um deserto.
O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) foi convocado para audiência na Câmara, nesta quarta-feira (29), para falar sobre seus encontros com advogados de empreiteiras investigadas na Lava Jato.
As imagens da prisão na Itália mostraram um Henrique Pizzolato mais rechonchudo do que o mensaleiro fugitivo de um ano e meio atrás. Até no presídio em Modena a comida deve ser boa. Já na Papuda...

NO BLOG DO CORONEL
SEGUNDA-FEIRA, 27 DE ABRIL DE 2015
(Folha) Enfrentando uma crise política com o Congresso, a presidente Dilma Rousseff não conseguiu encontrar entre seus aliados, mais de cem dias depois de sua posse, um nome para ocupar a liderança do governo no Senado. O cargo é considerado estratégico porque cabe ao líder do governo defender os interesses do Planalto na Casa -- hoje comandada por Renan Calheiros (PMDB-AL), que tem enviado recados e feito sucessivas ameaças de retaliação à petista. 
A intenção de Dilma é nomear um peemedebista para tentar conter a rebelião do partido contra o Planalto. O problema: ainda não surgiu nenhum nome alinhado à presidente e capaz de pacificar a relação com o seu principal aliado no Congresso. Recentemente, ganhou força o nome de Jader Barbalho (PMDB-PA) (foto), mas o Planalto teme reações. Ele renunciou ao mandato em 2001 e foi preso no ano seguinte acusado de desviar recursos. Também é considerado um parlamentar ausente, com atuação maior nos bastidores. 
Conhecido como "eterno líder do governo" no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) tem o perfil considerado "ideal" pelos colegas, mas rejeita a ideia de defender o Planalto e tampouco tem o seu apoio. O peemedebista, que foi líder do governo da petista em seu primeiro mandato, declarou voto em Aécio Neves (PSDB-MG) em 2014 e se tornou crítico ao Executivo. 
Em 2012, Dilma tirou Jucá do cargo para cedê-lo a Eduardo Braga (PMDB-AM), atual ministro de Minas e Energia. Desde que Braga deixou o Senado para ocupar a pasta, a liderança está vaga. O líder do PMDB, Eunício Oliveira (CE), também foi sondado, mas prefere não acumular as duas funções para não desagradar o partido. Com a transferência da coordenação política do governo para o vice Michel Temer, presidente do PMDB, aliados esperam que a situação seja solucionada. 
INSATISFAÇÃO
A irritação de Renan com o Planalto começou depois que o nome do senador foi incluído entre os dos políticos investigados pelo STF (Supremo Tribunal Federal) na Operação Lava Jato. O presidente do Senado também não digeriu a troca de seu afilhado político, Vinícius Lages, pelo ex-presidente da Câmara Henrique Alves no Ministério do Turismo, e acusa o governo de fragilidade em sua articulação com o Legislativo.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 06:45:00

DOMINGO, 26 DE ABRIL DE 2015
(Estado) O presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou, por meio da assessoria de imprensa, que não iria comentar as declarações de Carlos Lupi, presidente nacional do PDT, de que o PT "roubou demais". O partido e integrantes da cúpula não se manifestaram em redes sociais, como tem sido praxe quando a legenda é criticada. Um dos vice-presidentes do PT, o deputado federal José Guimarães (CE), líder do governo na Câmara, classificou como “graves” as declarações de Lupi. Guimarães disse que é preciso discutir com o aliado para evitar a saída do PDT da base de apoio da Dilma. Ele destacou ainda que a fala do presidente do PDT ocorre no momento em que o governo tenta melhorar a relação política com os partidos da base – com a assunção da tarefa de articulador pelo vice-presidente Michel Temer. “Um partido importante como o PDT sair da base é prejuízo. Por mim, fica”, disse Guimarães.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 22:52:00

Em breve, José Dirceu na Papuda.
(Correio) Empreiteiras investigadas na Operação Lava-Jato informaram à Polícia Federal que não possuem nenhuma prestação de contas dos serviços de consultoria da empresa do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. Não há relatórios, fotos de palestras, atas de reuniões, resumo de negócios que foram aprovados graças à intermediação da JD Assessoria e Consultoria. A suspeita dos investigadores é de que as consultorias foram usadas, ao menos em parte, para mascarar pagamentos de propinas de contratos superfaturados com a Petrobras.
Um dos procuradores da força-tarefa da operação, Carlos Fernando Lima, disse ao Correio que é improvável que essas consultorias sejam reais, mesmo para abrir portas, como alegou Gérson Almada, executivo da Engevix. Ele quer tomar o depoimento do presidente da holding Camargo Corrêa, Vítor Hallack, para esclarecer o trabalho prestado à empreiteira. A PF estuda ouvir o próprio Dirceu sobre a inexistência de prestação de contas de seus serviços. As próprias empreiteiras, depois de procuradas por vários dias pelo Correio, negaram qualquer informação sobre o resultado efetivo dessas consultorias.
A assessoria de Dirceu nega irregularidades. “A relação comercial da JD com as construtoras investigadas não tem qualquer vínculo com os contratos das empreiteiras com a Petrobras”, afirmaram os auxiliares do ex-ministro ao jornal. “As construtoras investigadas também se manifestaram publicamente e em depoimento à Justiça, confirmando que a JD foi contratada e trabalhou na prestação de serviços no exterior.” Dirceu se ofereceu para prestar esclarecimentos à polícia e afirmou que sua empresa encerrou as atividades.
Em 17 de março, Almada disse à 13ª Vara Federa de Curitiba que fez pagamentos ao operador Milton Pascowitch, que trabalhava para o estaleiro ERG, vinculado à empreiteira. Os recursos eram para atender ao PT. A PF suspeita que Pascowitch pagava propinas no esquema de corrupção da Petrobras. “O Milton veio falar: ‘Olha, Gérson, acho que você precisa manter um relacionamento com o partido, você precisa manter um relacionamento com um partido, você precisa manter um relacionamento com o cliente e eu me proponho a fazer isso”, declarou o executivo, preso desde novembro do ano passado.
Almada disse que Pascowitch, cuja empresa pagou R$ 1,4 milhão à JD Consultoria, indicou os serviços do ex-ministro à Engevix. O executivo atestou que Dirceu prestou serviço no exterior e era um “brilhante open door”, ou “abridor de portas” em “vendas em toda a América Latina, Cuba e África”, locais onde o ex-ministro “tinha um capital humano de relacionamento muito forte”.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 17:00:00


NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
27/04/2015 às 7:07
Se o Senado aprovar o nome de Luiz Edson Fachin, o homem de Ricardo Lewandowski e de Dilma, para o Supremo Tribunal Federal, não estará chegando ao STF apenas o ministro da CUT e do MST. Não estará chegando ao STF apenas o homem que sugere que um juiz deva julgar tanto com a “testa” (puro e simples arbítrio) como com o texto (o que diz a lei). Estará chegando ao STF um esquerdista que é dono das teses as mais exóticas sobre o direito de família.
Fachin é diretor de um troço chamado Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM), que promove três causas no tribunal. Prestem atenção:
1: o IBDFAM acha que a amante tem de dividir com a mulher legítima a eventual pensão por morte do marido;
2: o IBDFAM acha que cirurgias de esterilização devem dispensar a autorização dos dois cônjuges;
3: o IBDFAM acha que transexuais que não se submeteram a cirurgias têm o direito de usar o nome pelo qual são conhecidos, o chamado nome social.
Notem, de saída, que as duas primeiras teses praticamente desconsideram a noção de família ou a dão por destruída. A amante passa a integrar o núcleo familiar, ao arrepio da, como vou chamar?, “mulher oficial”.
Como? Não fica bem falar em “preservação da família”? Pois eu falo. A questão da esterilização ignora o fundamento de que o casal constitui, afinal, uma unidade. Assim, a mulher pode, por exemplo, fazer uma cirurgia de laqueadura sem dar satisfação ao marido, e este, submeter-se a uma vasectomia sem nem mesmo comunicar a decisão à sua mulher. Se os respectivos parceiros que ficaram fora da decisão querem ou não ter filhos, pouco importa. Que mudem de casamento!
É uma tese conexa à do “aborto como um direito da mulher porque diz respeito a seu corpo”, defendida pelo feminismo mais canhestro, com a qual, suponho, Fachin deve também se alinhar.
A terceira causa do instituto de que Fachin é diretor já foi objeto de duas resoluções federais no dia 12 de março. Uma delas garante justamente o tal uso do nome social em ocorrências relativas à segurança pública. A outra, coalhada de absurdos, permite que um estudante, mesmo menor de idade, seja chamado por seu nome social. Vai além: faculta o uso do banheiro segundo a identidade alegada pela pessoa. Ou por outra: se um garoto se sentir uma menina e se vestir como tal, então ele passa a ter o direito de usar o banheiro feminino…
Leio no Globo que Fachin já passou mel na boca do suposto conservador Marcelo Crivella, senador da Igreja Universal, de Edir Macedo, e também do PRB do Rio… O advogado foi falar com o parlamentar, que ficou encantado com a sua conversa. Bem, de conservadores como Crivella, o inferno certamente está cheio, não é mesmo?
Segundo o senador, o interlocutor lhe garantiu que temas ligados à família pertencem à órbita do Congresso, que é quem deve legislar a respeito… Ora, não me diga! Eu estou enganado ou o Supremo, em duas decisões, uma vez provocado, mudou o conceito de família, ignorando um artigo da Constituição, e ampliou as possibilidades do aborto, ignorando o Código Penal? Eu estou enganado ou o Supremo se arvorou até mesmo em fazer a reforma política? Mas esses não temas que dizem respeito ao Congresso?
Aí alguém dirá: “Ah, mas Fachin conta com o apoio de tucanos como Álvaro Dias e Miguel Reale Jr.”! E eu com isso? Se o PSDB sempre fizesse a coisa certa, talvez o PT não estivesse no 13º ano de seu mandato, com o país na pindaíba.
Fachin encarna o esquerdismo mais deletério. O PT, que está morrendo, pretende sobreviver como o Partido do Tapetão.
Por Reinaldo Azevedo

27/04/2015 às 5:25
A Apeoesp, o sindicato dos professores da rede oficial de ensino, está em greve há mais de 40 dias. O movimento atinge só uma minoria da categoria, mas é claro que gera transtornos. Desde que o PT existe, a Apeoesp é um mero aparelho da legenda. Usa os professores como massa de manobra da política do partido. Pois é…
Já que Fábio Luís da Silva, o Lulinha, voltou a ser notícia, cumpre-me lhes dar aqui uma informação. O rapaz que hoje mora num apartamento de R$ 6 milhões e se fez um próspero empresário depois que Lulão se tornou presidente não vivia como um filho da classe operária nem quando o pai era um sindicalista.
Enquanto os petistas já buscavam organizar greves entre os professores da rede oficial de ensino, Lulinha estudava no Colégio Singular, em Santo André, que era, então, a melhor e mais afamada escola privada do ABC. Dispunha de uma bolsa de estudos. Como eu sei? Eu era professor do colégio. Não! Lulinha não foi meu aluno.
Vejam bem… Não estou entre aqueles que acham que Lula e Dilma deveriam, obrigatoriamente, ter se tratado do câncer que os acometeu na rede pública de saúde. Escrevi sobre o assunto na época. Recorram ao arquivo. Mas acho, sim, que não havia nada de errado em lhes fazer o questionamento.
Já a educação é outra conversa. Não se está lidando com uma doença com potencial para matar, quando se tem apenas uma vida. Nada disso! Já na década de 80, enquanto os liderados de Lula faziam agitação entre os professores e submetiam os filhos dos trabalhadores a seus caprichos, deixando-os sem aula em movimentos grevistas, o rebento do companheiro gozava dos benefícios — com bolsa, inclusive — de uma escola privada.
A hipocrisia nunca foi o menor dos problemas do petismo, não é mesmo?
Por Reinaldo Azevedo

27/04/2015 às 4:51
Os Lula da Silva têm mesmo um jeito heterodoxo de viver. Chega a ser estranho que o chefão do PT tenha querido, algum dia, como é mesmo?, mudar o mundo… Ora, mudar para quê? A partir de certo momento, vamos admitir, esse mundo só sorriu para ele. E continua a sorrir para a sua família. Reportagem de capa da VEJA desta semana expõe a proximidade entre o agora ex-presidente da República e o empreiteiro baiano Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, um dos presos da operação Lava Jato. Proximidade que pode fazer com que o escândalo do petrolão ainda exploda no colo do companheiro-chefe. É que Pinheiro começou a fazer algumas anotações… Leiam a reportagem da revista desta semana. Quero aqui abordar um aspecto em particular.
A VEJA informa que Fábio Luís da Silva — vulgo “Lulinha” — mora num apartamento, numa área nobre em São Paulo, avaliado em R$ 6 milhões. É isso mesmo que vocês leram. O apartamento do filho do Primeiro Companheiro é coisa de ricaço. Mas parem de ficar imaginando maldades. O dito-cujo não está em nome do rapaz! Não! Oficialmente, o dono do imóvel é o empresário Jonas Suassuna, que é apenas… sócio de Lulinha.
Esse rapaz, note-se, é, desde sempre, um portento. Lula já o chamou de o seu “Ronaldinho”, louvando-lhe as habilidades para fazer negócios. Formado em Biologia, o rapaz era monitor de Jardim Zoológico até o pai chegar à Presidência. Cansado de ficar informando ao visitante onde se escondiam as antas, ele decidiu ser empresário quando o genitor se tornou o primeiro mandatário. E o fez com uma desenvoltura assombrosa. Só a Telemar (hoje Oi) injetou R$ 15 milhões na empresa do rapaz, a Gamecorp. Nada além de uma aposta comercial?
Assim seria se assim fosse. Empresas de telefonia são concessões públicas, que dependem de decisões de governo. Aliás, é bom lembrar: Lula mudou a lei que proibia a Oi (ex-Telemar) de comprar a Brasil Telecom (que era de Daniel Dantas). A síntese: o pai de Lulinha tomou a iniciativa de alterar uma regra legal e beneficiou a empresa que havia investido no negócio do filho. Isso é apenas uma interpretação minha? Não! Isso é apenas um fato. Adiante.
Os Lula da Silva formam uma dinastia. O filho repete, em certa medida, o caminho do pai — e não é de hoje. Quando Lula era o líder da oposição, também morava, a exemplo de Lulinha, numa casa que estava muito acima de suas posses oficiais. O imóvel lhe era cedido por um advogado milionário chamado Roberto Teixeira, seu compadre. Se vocês entrarem no Google, ficarão espantados com a frequência com que Teixeira aparece ligado a, digamos assim, negócios que passam pelo petismo. Se clicarem aqui, terão acesso a um grupo de textos evidenciando, por exemplo, as suas interferências na venda da Varig.
Agora o sítio
Jonas Suassuna, o sócio de Lulinha e dono oficial do apartamento milionário em que mora o filho do Poderoso Chefão petista, é quem aparece como proprietário de um sítio em Atibaia, no interior de São Paulo, em companhia de Fernando Bittar, que é, ora vejam, o outro sócio de Lulinha. Até aí, bem…
Ocorre que, no PT, e fora dele, incluindo toda a Atibaia, a propriedade é conhecida como o “sítio do… Lula!”. É lá que ele passa os fins de semana desde que deixou a Presidência. A propriedade foi inteiramente reformada, em tempo recorde, pela empreiteira OAS, a pedido de… Lula! Os pagamentos aos operários eram feitos em dinheiro vivo. O arquiteto que cuidou de tudo se chama Igenes Irigaray Neto, indicado para o empreendimento pelo empresário José Carlos Bumlai, amigão de… Lula! O tal aparece com frequência em histórias mal contadas envolvendo o petismo — inclusive o petrolão.
A OAS, que reformou o sítio que até petistas dizem ser do ex-presidente, também foi chamada para concluir um dos edifícios da Bancoop, a cooperativa ligada ao PT, que era presidida por João Vaccari e que faliu, deixando três mil pessoas na mão. O único prédio concluído é justamente um de alto padrão, onde Lula tem um tríplex, com elevador interno. Quando explodiu o caso Rosemary Noronha, aquela amiga íntima do ex-presidente, a OAS foi mais uma vez chamada para dar uma mãozinha para João Batista, o marido oficial da tal senhora.
Assim se construiu a república petista. Os companheiros têm explicações para essas lambanças? É claro que não! Preferem ficar vomitando impropérios nas redes sociais, acusando supostas conspirações. Definitivamente, o PT superou a fase do Fiat Elba, que foi peça-chave na denúncia contra Collor. Fiat Elba? Ora, Lula, o PT e a tropa toda são profissionais nas artes em que Collor ainda é um amador.
Por Reinaldo Azevedo

NO O ANTAGONISTA
340 mil reais
Brasil 26.04.15 20:05
O petista, lulista, dilmista e eventualmente jurista Luiz Edson Fachin, indicado por Dilma Rousseff ao STF, assinou dois contratos de serviços de advocacia com empresas elétricas do governo, informa a coluna Painel, da Folha de S. Paulo. Ambos quando Lula era presidente.
O primeiro, no valor de 250 mil reais, foi com a Itaipu Binacional. O segundo, no valor de 90 mil reais, foi com Furnas.
Nada contra. Mas também nada a favor.

Por que os roubos do PT são notícia?
Brasil 26.04.15 19:26
O Estadão publicou uma entrevista com Ricardo Berzoini, ministro das Comunicações. O Antagonista não entende por que os jornais ainda insistem em entrevistar integrantes da organização criminosa, como se estivessem cobrindo política.
Leiam a seguinte pergunta e resposta:
 - A prisão de Vaccari agrava a rejeição da sociedade ao PT?
 - Não é a prisão isoladamente. Temos um conjunto de notícias em relação à Petrobras que atinge o mundo político como um todo e o PT em particular. Sempre digo que existe também, tanto na investigação quanto na forma como as coisas são publicadas, um foco bastante prioritário ao (sic) PT... As notícias existem, não há invenções. Mas há, eventualmente, uma seletividade da divulgação, ou uma seletividade na investigação..."
Resumimos o que Ricardo Berzoini quis dizer, sem advérbios: que o PT rouba, sim, mas que isso não deveria ser noticiado e nem mesmo investigado.
Ricardo Berzoini é um comissário stalinista à procura de um regime de exceção.

O horror
Mundo 26.04.15 18:16
Há 70 anos, os campos de extermínio nazistas começaram a ser liberados. E o mundo descobriu o que é o verdadeiro horror.
Uma cerimônia foi realizada em Bergen-Belsen, na Alemanha, que hospedava o primeiro campo a ser liberado (pelo exército inglês). O presidente do Congresso Mundial Judaico, Ronald Lauder, relembrou o choque das primeiras imagens:
"Nós vimos as escavadeiras empurrando corpos nus em valas. Os esqueletos que andavam. A inacreditável tristeza e perda."

NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - 27/04/2015 04:54
O que os políticos dizem espontaneamente em público nunca é tão importante quanto o que você ouve sem querer atrás da porta. Repare no que acaba de acontecer com o presidente do PDT, Carlos Lupi. Discursando para filiados do partido, em São Paulo, Lupi golpeou o petismo e os governos Lula e Dilma Rousseff abaixo da linha da cintura. Foi escutado pela repórter Isadora Peron, que obteve uma gravação do discurso.
Lupi disse coisas assim: “O PT exauriu-se, esgotou-se. Olha o caso da Petrobras. A gente não acha que o PT inventou a corrupção, mas roubaram demais. Exageraram. O projeto deles virou projeto de poder pelo poder.”
Ou assim: “A conversa com o PT, com o meu amigo Lula e com a presidente Dilma, é qual o naco de poder que fica com cada um. Para mim, isso não basta. Eu não quero um pedaço de chocolate para brincar como criança que adoça a boca. Eu quero ser sócio da fábrica, eu quero ajudar a fazer o chocolate.”
Ou ainda: “A gente não quer ser um rato, que foge do porão do navio quando entra a primeria água, mas também não queremos ser o comandante do Titanic, que ficou no barco até ele afundar.”
Quanto à corrupção, Lupi conheceu-a por dentro. Ex-ministro de Lula e Dilma, foi varrido da pasta do Trabalho pela presidente sob variadas acusações de desvios. Portanto, é melhor não discutir com um perito no assunto.
Sobre o rateio que Lula e Dilma fizeram da Esplanada, Lupi participou gostosamente das conversas — mesmo depois de ter sido expurgado do ministério. Avalizou a nomeação do atual titular do Trabalho, Manoel Dias. Vá lá que não quisessem apenas adoçar a boca como criança. Mas precisava sumir com o chocolate?
Por último, como qualquer outro oportunista, Lupi tem o direito de escolher a melhor hora para saltar da embarcação. Mas convém não fazer pose de navio que abandona os ratos. Pode irritrar a turma da terceira classe.
A notícia sobre as manifestações de Lupi veio à luz na noite de sábado (25). Algumas pessoas aguardaram pela reação indignada do PT. E nada. Imaginou-se que Lula e Dilma reagiriam. Nem que fosse com uma cara de nojo. E nada. Noutros tempos, costumava-se perguntar: onde essa gente pretende chegar? Hoje, convém indagar: onde irão detê-los?

Dilma agora tem pavor das panelas e do ridículo
Josias de Souza - 27/04/2015 02:42
No momento, o mais agudo, o mais exasperado problema de Dilma Rousseff são as panelas. Desenvolveu-se no íntimo da presidente o pavor de que uma sinfonia de panelas lhe invada os tímpanos. A impopularidade fizera brotar na alma de Dilma outras neuroses já catalogadas nos compêndios médicos. Entre elas a eremofobia (medo de ficar só) e a atiquifobia (medo do fracasso). Mas o pânico do barulho das panelas, uma novidade no Brasil, ainda não foi nem catalogado.
No futuro talvez chamem esse novo medo de panelaçofobia. O vício que lhe dá origem é a lero-leromania, uma necessidade patológica de Dilma de atrasar o começo da novela para falar em rede nacional de tevê — mesmo quando não tem absolutamente nada a dizer. A repórter Andréia Sadi contou que conselheiros de Dilma sugeriram o cancelamento do tradicional pronunciamento do 1º de Maio. Aos pouquinhos, um novo pânico se instala no subconsciente da presidência: acatagelofobia (medo do ridículo).

Josias de Souza - 26/04/2015 06:22
Encrencado no escândalo da Petrobras, o deputado Eduardo Cunha, presidente da Câmara, encantou-se com a ideia de acabar com o chamado “foro privilegiado”. Acha que congressistas desonestos não devem ser processados no STF, mas na primeira instância do Judiciário. “Temos de tirar a impressão de que somos privilegiados. Tem que ser igual para todo mundo'', afirma. Beleza. O problema é que, no modelo idealizado por Cunha, a igualdade entre os seres humanos termina na maneira como eles são feitos.
Pela proposta do morubixaba da Câmara, deputados e senadores de colarinho sujo passariam a ser julgados por magistrados de primeiro grau. Mas esses juízes não poderiam decretar prisões, ordenar batidas policiais de busca e apreensão ou autorizar escutas telefônicas contra políticos sob investigação. A decisão sobre tais providências continuaria sob a responsabilidade do Supremo. Por quê? Segundo Cunha, é para evitar a “perseguição política” de juizinhos de comarcas mequetrefes contra políticos injustiçados.
Quer dizer: adotando-se a fórmula Cunha, os corruptos livram-se da bala de prata do Supremo e caem nas mãos de juízes proibidos de exercer os poderes de que dispõem para produzir provas contra os suspeitos. Dito de outro modo: além de retardar o trabalho da Justiça, condicionando as ações dos juízes à prévia autorização do STF, os trapaceiros passariam a lançar mão de todos os infindáveis recursos judiciais que a lei faculta aos endinheirados eventualmente condenados na primeira instância. Para o pobre-diabo, os rigores da lei. Para o violador de cofres públicos, as calendas gregas.
Há no STF 11 magistrados. Os juízes de primeiro grau são contados em cerca de 16 mil. Imagine o que seria dos parlamentares se acabasse o foro privilegiado e todos ficassem ao alcance de batidas policiais ou de grampos telefônicos autorizados pelos doutores da primeira instância. O Brasil dos políticos passaria a ser um país de vidro. E os desonestos talvez tivessem um pouco mais de zelo com sua digitais.
Além do investigado Eduardo Cunha, pega em lanças pelo fim do “privilégio de foro” o deputado Arthur Lira (PP-AL), presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. A exemplo de Cunha, Lira protagoniza um dos inquéritos da Lava Jato que correm no Supremo. Não é só: enquadrado na Lei Maria da Penha, foi denunciado pela Procuradoria da República noutro processo. É acusado de agredir com “tapas, chutes e pancadas'' uma ex-companheira, Jullyene Cristine Santos Lins.
Na sessão em que o deputado virou réu, o ministro Marco Aurélio Mello, do STF, leu trechos do depoimento da vítima. Reproduziu as aspas da agredida segundo a transcrição que consta dos autos: “Que Arthur apareceu entre 21h e 22h na residência da declarante, e quando esta abriu a porta, foi recebida com tapas, chutes, pancadas, foi arrastada pelos cabelos, tendo sido chutada no chão.”
O ministro prosseguiu: “a declarante indefesa perguntava o porquê daquilo, dizendo a seu ex-companheiro que este não era seu dono e que não tinha razão de aquilo acontecer, até porque ambos já estavam separados há cerca de sete meses (…).'' O deputado nega as acusações. No STF, ele talvez seja julgado antes da prescrição do crime. Num processo iniciado na primeira instância, com todos os recursos protelatórios que a legislação brasileira enseja, a contenda ganha a aparência de uma prescrição esperando para acontecer.










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