DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
27 DE JANEIRO DE 2015
O presidente do Tribunal de Contas da União, Aroldo Cedraz, provocou estupefação dos colegas ao ignorar o art. 39 do regimento interno, que veda atuação de ministros em processos “de interesse próprio, de cônjuge, de parente consanguíneo” etc. Estranho despacho dele, de 29 de dezembro, tenta reverter decisões do TCU, como bloqueio de bens, no caso da compra superfaturada da refinaria de Pasadena (EUA), que é objeto da operação Lava Jato. Seu filho Tiago é citado na Lava Jato.
Tiago Cedraz também é acusado de intermediar outro negócio suspeito: a venda da refinaria da Petrobras em San Lorenzo, Argentina.
Para o TCU, filho não é parente. Por sua assessoria, o TCU alega que o despacho de Cedraz não fere as vedações do art. 39 do regimento.
Em seu parecer, Cedraz se diz contra a decisão que responsabiliza diretores e ex-diretores da Petrobras pela negociata de Pasadena.
O ministro corregedor Raimundo Carrero mantém ruidoso silêncio sobre o comportamento de Aroldo Cedraz na presidência do TCU.
Amigo íntimo e “resolvedor-geral” de problemas de Lula, transformado em “peça-chave” do desfalque bilionário na Petrobras, o latifundiário José Carlos Bumlai teme por sua segurança. Sua bela casa em Campo Grande (MS) é uma fortaleza, cercada de seguranças armados.
O presidente no BNDES, Luciano Coutinho, anda com os nervos à flor da pele: foi convocado para despachos com Dilma, nas primeiras semanas do ano. Perde para Mercadante (Casa Civil) e Levy (Fazenda).
O deputado Marco Feliciano (PSC-SP) suspeita de “golpe” das moças que invadiram culto evangélico para um beijo gay. Detidas, algemadas, agora elas querem indenização de R$ 2 milhões por “dano moral”.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
26/01/2015 às 20:33 \ Direto ao Ponto
Nunca se viu um suicida tão de bem com a vida na véspera da morte. Neste 16 de janeiro, um sábado, o promotor federal Alberto Nisman saudou com um largo sorriso quem o viu sair do prédio onde morava em Buenos Aires. De volta ao apartamento no bairro de Puerto Madero, fez a lista de compras para a semana seguinte e pareceu muito animado aos amigos com os quais conversou por telefone. A um deles, enviou por celular uma foto que mostra alguns documentos sobre a mesa de trabalho. Eram parte das provas do envolvimento de Cristina Kirchner e figurões do governo numa cabeludíssima trama político-policial.
O ousado homem da lei estava pronto para apresentar ao Congresso, na segunda-feira (18), a documentação que sustentava a denúncia que uma semana antes espantara milhões de argentinos: em parceria com o governo no Irã, a presidente vinha agindo nas catacumbas para sepultar as investigações sobre o atentado terrorista sofrido em 1994 pela Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA). O arquivamento do caso garantiria a impunidade dos oito iranianos que planejaram a explosão da bomba que matou 85 pessoas. Em troca da criminosa manifestação de apreço, os aiatolás atômicos beneficiariam a comparsa com generosos acordos comerciais.
No domingo (17), o corpo de Nisman foi encontrado no banheiro, ao lado de um revólver calibre 22, com uma bala enfiada na cabeça. Os integrantes do esquema de segurança juram que foram dispensados do serviço, entre a noite de sexta e a manhã do domingo, pelo homem que deveriam proteger. Também juram que tentaram inutilmente falar com Nisman por telefone. Intrigados com o silêncio do outro lado da linha, chamaram a mãe do promotor, que não encontrou o código para abrir a porta. Chamaram então um chaveiro, que topou com uma segunda porta apenas encostada.
Engrossado por autoridades que nada têm a ver com apurações do gênero, o grupo demorou quase 15 horas para topar com o cadáver. Demoraria mais um dia para descobrir que havia uma terceira entrada, com marcas de pegadas recentes e impressões digitais. O ritmo arrastado do primeiro ato contrastou com a rapidez da promotora Viviana Fein, escalada para cuidar da história. A doutora chegou ao cenário da tragédia no início da madrugada de segunda-feira. Uma hora depois, ressurgiu diante dos jornalistas com o mistério solucionado: “Foi suicídio”.
O parecer de duas palavras ganhou o imediato endosso de Cristina Kirchner, que não perdeu a chance de culpar o morto e, claro, a oposição. A sherloque de tango concluiu que Nisman optou pelo suicídio ao constatar que, tapeado por adversários do governo, acreditara em invencionices, avalizara provas fabricadas e fora injusto com governantes inocentes. Em resumo: aos 51 anos, morreu de remorso. Na terça-feira, peritos informaram que não havia resíduos de pólvora nos dedos do morto. “Lamentavelmente, deu negativo”, suspirou Viviana Fein, que nem por isso se rendeu.
“É preciso fazer outro exame, porque disparos com armas desse calibre às vezes não deixam vestígios”, foi à luta. Na quinta-feira, Viviana e o restante do país se espantaram com a abrupta guinada da viúva profissional. “O suicídio foi um assassinato”, mudou Cristina de rota sem mudar de culpado. Na versão reciclada, os carrascos de Nisman devem ser procurados entre antigovernistas muito espertos. Eles adivinharam que, na cabeça da gente comum, a morte de um acusador da presidente só poderia ser coisa de parceiros da acusada, nunca de adversários beneficados pelas acusações. “Eles o usaram vivo e agora precisavam dele morto”, deduziu Cristina.
Viviana Fein não se abalou: “Podemos até examinar outras hipóteses, mas entendo que foi suicídio”. Entre segunda e sexta, o que começou como suspeita já virara certeza. A promotora irredutível continuou onde sempre esteve: na contramão da verdade. E ali permanece: “”Foi suicídio”, reiterou neste fim de semana depois de confrontada com a revelação do El Clarin: o tiro foi disparado a uma distância de 15 a 30 centímetros. “A distância foi de um centímetro”, devolveu de canela Viviana.
Num país sério, ela já estaria contando o que sabe sabe numa sala de interrogatório. Na terra devastada por uma gangue peronista, segue devotada à missão de exorcizar com mentiras o fantasma que confiscou o sossego da chefona. Perda de tempo. Viviana Fein e milhões de argentinos logo saberão que o promotor federal suicidado se transformou na assombração que vai antecipar a morte política de Cristina Kirchner.

NO BLOG DO CORONEL
TERÇA-FEIRA, 27 DE JANEIRO DE 2015
(Da Folha) O governo já admite reservadamente que vai ceder às centrais sindicais e rever parte das mudanças nas regras do seguro-desemprego que endureceram o acesso ao benefício trabalhista. Segundo a Folha apurou, a equipe da presidente Dilma chegou à conclusão de que, sem alterações, a medida provisória que restringiu o benefício não será aprovada no Congresso Nacional. 
Assessores presidenciais disseram à reportagem que, diante da reação contrária de lideranças sindicais, a estratégia era fazer concessões durante a fase de tramitação da proposta no Legislativo. Agora, após declarações do ministro Joaquim Levy (Fazenda) avaliadas pelo Palácio do Planalto como infelizes, a equipe de Dilma acredita que pode ser obrigada a sinalizar mais concretamente o que irá mudar na próxima reunião com as centrais sindicais, em 3 de fevereiro. 
Na semana passada, em Davos (Suíça), Levy chamou de "ultrapassado" o modelo do seguro-desemprego, o que irritou sindicalistas e até assessores de Dilma. Seu colega Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência) divulgou nota no sábado (24) classificando o seguro-desemprego como "cláusula pétrea" dos direitos dos trabalhadores. O próprio Levy reconheceu internamente no governo que não foi feliz em suas declarações. Ele defende mudanças no sistema, mas sem retirar direitos trabalhistas. 
JOVENS 
Segundo a Folha apurou, o governo pode mudar o período de carência para concessão do benefício na primeira solicitação feita pelo trabalhador. As centrais sindicais consideram que essa regra prejudica principalmente jovens num período da economia em que deve haver alta de desemprego nesta faixa. 
Pelas regras definidas pela equipe econômica, a carência subiria de 6 para 18 meses nos últimos 24 meses trabalhados na primeira solicitação do benefício. No segundo pedido, o prazo passou de 6 para 12 meses nos últimos 16 meses trabalhados. Na terceira, foi mantida a carência de seis meses. O governo também propôs mudanças no abono salarial, no seguro-defeso (pago a pescadores no período de proibição da pesca) e na pensão pós-morte. 
Lançado no fim de 2014, o pacote de mudanças em benefícios trabalhistas e previdenciários visa economizar R$ 18 bilhões neste ano para reequilibrar as contas públicas. São R$ 9 bilhões apenas com o seguro-desemprego. 
Presidente da Força Sindical, Miguel Torres diz que mudar só a carência do seguro-desemprego não é "suficiente". Ele também defende ajustes no seguro-defeso e na pensão pós-morte.
Presidente da CUT, Vagner Freitas defende mudanças em todas as medidas. As centrais estão organizando manifestações contra as propostas, classificadas por elas de conservadoras.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 05:30:00

No discurso de posse, Dilma prometeu que seu governo teria um slogan: "pátria educadora". Até agora é só calote.
(Do Valor) Os maiores grupos de ensino superior do país, com mais de 20 mil alunos, querem um compromisso formal do governo de que os repasses do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) que não serão pagos neste ano - de agosto a dezembro - sejam feitos em dois anos, com correção pelo IGP-M. O mecanismo, que nos últimos quatro anos bancou as mensalidades escolares de 1,82 milhão de alunos, com desembolso de R$ 23,7 bilhões, está sob novas regras.
Até agora, as escolas recebiam os repasses do Ministério da Educação (MEC) a cada 30 dias. Agora, o Fies só honrará as mensalidades deste ano até julho. O restante será pago em 2016, sendo que as regras desses repasses não foram definidas. Os grupos privados, a princípio, aceitam o adiamento, mas querem que os valores sejam corrigidos pelo IGP-M e que, em 2016, os pagamentos voltem a ser mensais.
O governo já havia decidido pagar com desfasagem os repasses das mensalidades vencidas a partir de janeiro deste ano. Os valores de dezembro de 2014, por exemplo, só serão repassados no dia 10 de fevereiro; os de janeiro, apenas em 23 de março, e assim por diante. 
As parcelas serão transferidas às escolas ao longo deste ano em oito vezes, a cada 45 dias, mas a defasagem para as instituições com mais de 20 mil alunos chegará a 4,5 meses, no caso da mensalidade de julho, a última ser honrada neste ano - o valor só será quitado em 14 de dezembro.
Em 2014, o Fies custou R$ 9 bilhões ao governo. Entre 2010 e 2014, a despesa chegou a R$ 23,7 bilhões. No Orçamento de 2015 estão previstos R$ 12,4 bilhões.
O portal do Fies na internet está fora do ar desde o dia 1º e ainda não há data para normalização. A previsão inicial era que o site voltaria a operar em 18 de janeiro, o que não aconteceu. O Ministério da Educação informa que os estudantes podem solicitar o benefício até 30 de abril. Até lá, devem negociar com as escolas o pagamento das mensalidades dos primeiros quatro meses do ano.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 05:21:00

Cai a última mentira de Dilma: a miséria aumentou no Brasil, segundo a CEPAL.
(Com informações do Estadão) Dados da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) divulgados nesta segunda-feira, 26, mostram uma elevação de 5,4% para 5,9% na quantidade de brasileiros que vivem em situação de extrema pobreza entre 2012 e 2013. Esse índice estava em 10,7% em 2005, segundo os critérios da Cepal. Considerando-se a população atual do país, temos 12 milhões de cidadãos nesta condição degradante, sendo que 1 milhão entrou na miséria em apenas um ano.
A situação do Brasil difere dos demais países da região. O estudo da Cepal indica que o equivalente a 167 milhões de latino-americanos, ou 28,1% dos habitantes da região, estavam na condição de pobreza em 2013 - rigorosamente o mesmo índice registrado um ano antes. "A recuperação da crise financeira internacional não parece ter sido aproveitada suficientemente para o fortalecimento de políticas de proteção social que diminuam a vulnerabilidade frente aos ciclos econômicos", afirmam os especialistas da Cepal no relatório "Panorama Social da América Latina 2014".
A piora do quadro da extrema pobreza no Brasil se opõe às manifestações públicas da presidente Dilma Rousseff ao longo da campanha do ano passado. Além de negar uma deterioração dos indicadores devido aos sucessivos anos de crescimento econômico fraco e de inflaçãorondando os 6% ao ano, o governo também atravessou o ano de 2014 com embates políticos internos. A direção do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) barrou, por três meses, a divulgação de um relatório técnico da sua área de estudos e políticas sociais, que divulgaria análises semelhantes à da Cepal sobre o quadro de pobreza no Brasil. 
O documento da Cepal é montado a partir de dados levantados por cada país. No caso brasileiro, os dados vem da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). O estudo da Pnad, apesar de mostrar uma melhora do indicador de pobreza no País, indica que, em 2013, o Brasil continuava sendo o país com maior desigualdade de renda na região. Parte disso decorre justamente da piora do indicador de pobreza extrema.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 05:03:00

Marta desce a Louis Vuitton em Dilma.
Em artigo publicado hoje (27), na Folha de São Paulo, Marta Suplicy (PT-SP) escancara o estelionato eleitoral cometido por Dilma. E o estelionato ideológico que ela comete agora contra o próprio PT. O título é " O diretor sumiu". Leitura imperdível.
"Tenho pensado muito sobre a delicadeza e a importância da transparência nos dias de hoje. Temos vivido crises de todos os tipos: crise econômica, política, moral, ética, hídrica, energética e institucional. Todas elas foram gestadas pela ausência de transparência, de confiança e de credibilidade. 
Se tivesse havido transparência na condução da economia no governo Dilma, dificilmente a presidente teria aprofundado os erros que nos trouxeram a esta situação de descalabro. Não estaríamos agora tendo de viver o aumento desmedido das tarifas, a volta do desemprego, a diminuição de direitos trabalhistas, a inflação, o aumento consecutivo dos juros, a falta de investimentos e o aumento de impostos, fazendo a vaca engasgar de tanto tossir. 
Assim que a presidenta foi eleita, seu discurso de posse acompanhou o otimismo e reiterou os compromissos da campanha eleitoral: "Nem que a vaca tussa!"
Havia uma grande expectativa a respeito do perfil da equipe econômica que a presidenta Dilma Rousseff escolheria. Sem nenhuma explicação, nomeia-se um ministro da Fazenda que agradaria ao mercado e à oposição. O simpatizante do PT não entende o porquê. Se tudo ia bem, era necessário alguém para implementar ajustes e medidas tão duras e negadas na campanha? Nenhuma explicação. 
Imagina-se que a presidenta apoie o ministro da Fazenda e os demais integrantes da equipe econômica. É óbvio que ela sabe o tamanho das maldades que estão sendo implementadas para consertar a situação que, na realidade, não é nada rósea como foi apresentada na eleição. Mas não se tem certeza. Ela logo desautoriza a primeira fala de um membro da equipe. Depois silencia. A situação persiste sem clareza sobre o que pensa a presidenta. 
Iniciam-se medidas de um processo doloroso de recuperação de um Brasil em crise. Até onde ela se propõe a ir? Até onde vai o apoio à equipe econômica? 
Para desestabilizar mais um pouco a situação, a Fundação Perseu Abramo, do PT, critica as medidas anunciadas, o partido não apoia as decisões do governo e alguns deputados petistas vociferam contra elas. Parte da oposição, por receio de se identificar com a dureza das medidas, perde o rumo criticando o que antes preconizou. 
O PT vive situação complexa, pois embarcou no circo de malabarismos econômicos, prometeu, durante a campanha, um futuro sem agruras, omitiu-se na apresentação de um projeto de nação para o país, mas agora está atarantado sob sérias denúncias de corrupção. 
Nada foi explicado ao povo brasileiro, que já sente e sofre as consequências e acompanha atônito um estado de total ausência de transparência, absoluta incoerência entre a fala e o fazer, o que leva à falta de credibilidade e confiança. 
É o que o mercado tem vivido e, por isso, não investe. O empresariado percebe a situação e começa a desempregar. O povo, que não é bobo, desconfia e gasta menos para ver se entende para onde vai o Brasil e seu futuro. 
Acrescentem-se a esse quadro a falta de energia e de água, o trânsito congestionado, os ônibus e metrôs entupidos, as ameaças de desemprego na família, a queda do poder aquisitivo, a violência crescente, o acesso à saúde longe de vista e as obrigações financeiras de começo de ano e o palco está pronto. 
A peça se desenrola com enredo atrapalhado e incompreensível. O diretor sumiu". 
(MARTA SUPLICY é senadora pelo PT-SP. Foi prefeita de São Paulo (2001-2004), ministra do Turismo (2007-2008) e ministra da Cultura (2012-2014))
POSTADO POR O EDITOR ÀS 04:48:00

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
27/01/2015 às 7:24
a desaparecida
Um ouvinte do programa “Os Pingos nos Is”, que ancoro na Jovem Pan, enviou essa ilustração ao programa.
Transcrevo o conteúdo porque muitos blogs e sites reproduzem os meus textos sem as eventuais ilustrações. Abaixo da palavra “Desaparecida”, há a imagem de Dilma, com a faixa presidencial, e a seguinte legenda: “Não é vista no país há várias semanas. Desapareceu falando de um país com inflação sob controle, juros baixos, crescimento alto, sem apagões, e onde não se mexe nos direitos dos trabalhadores nem que a vaca tussa”.
Pois é… A vaca está com o que o povo chamava antigamente “tosse comprida”, e a gente tem de torcer é para ela não ir para o brejo. É o que vai acontecer se a Soberana insistir em ignorar algumas advertências feitas pela realidade. Dilma vai reaparecer nesta terça (27). Reunirá na Granja do Torto aquele que deve ser o maior ministério do mundo para, segundo consta, defender as medidas que adotou depois que as urnas foram desligadas.
Já escrevi aqui. Há dois domínios para essa questão. Há a política como necessidade, e há a política como escolha de um futuro. Ainda que eu não endosse, mesmo na esfera da necessidade, todas as medidas adotadas até agora, reconheço a urgência de algumas intervenções. Ocorre que eu já a reconhecia antes. Afinal, dizem os puxa-sacos financiados por estatais, sou, como é mesmo?, um reacionário, um conservador, um direitista. Os progressistas, afinal, são Dilma Rousseff e o PT, certo?
Não dá para renunciar, em nome da necessidade, à política como escolha de um futuro. Pergunta-se: a Dilma que lidera o encontro dos ministros nesta terça é a mesma que venceu a eleição? Não se trata de exigir a coerência absoluta entre intenção, a anunciada ao menos, e gesto. Todos sabemos que a vida pública comporta algumas zonas de amoralidade para que o político possa alegar alguma interveniência inesperada, justificando, assim, o descumprimento da palavra empenhada.
Sim, milhões de brasileiros não caíram no truque e negaram seu voto a Dilma. Mas o que ela tem a dizer àqueles que acreditaram, não porque militantes petistas, não porque alinhados com os preconceitos ideológicos do partido, não porque fiéis à causa da legenda. Nada disso! Quem deu a vitória a Dilma foram pessoas sem pedigree partidário, gente comum, que fez dela a fiel depositária de suas esperanças.
Que fique claro: Dilma não está ME traindo. Ao contrário: ela cumpre fielmente as minhas expectativas. Ela estaria, parece-me, obrigada a se explicar com aqueles a quem prometeu um novo umbral do desenvolvimento. Posso ouvir uma indagação: “Você queria o quê? Que ela realmente pusesse em prática aquele discurso irresponsável da campanha?”
Não! Eu não queria isso! Ainda bem que Dilma resolveu jogar no lixo aquela maçaroca de incongruências e bobagens. Mas, em momentos assim, o pragmatismo não pode ser o nosso último Deus, ou passaremos a admitir a política como o lugar natural da mentira, da trapaça, da vigarice, do engodo.
Se Dilma estivesse fazendo o que prometeu, é certo que eu a estaria criticando, e seria uma crítica legítima. Como ela está fazendo o contrário do que anunciou — e, já escrevi, acho algumas medidas corretas —, eu a estou criticando porque mentiu. E essa crítica não é nem menos legítima nem menos necessária do que a outra.
Abrir mão de fazê-la corresponderia a conceder ao PT o direito de exercer a política como monopólio da trapaça. Não será aqui.

NO BLOG UCHO.INFO
26/01/2015 | Escrito por admin
Empréstimo bancário à Itaipava e amizade de Lula com pecuarista estão na mira da oposição
Confusão na certa – Líder do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR) solicitará ao Ministério Público Federal investigação dos empréstimos suspeitos feitos pelo Banco do Nordeste à cervejaria Itaipava, conforme publicado na mais recente edição da revista Época. O parlamentar também destacou que apresentará requerimento de informação destinado ao Ministério da Fazenda solicitando detalhes da operação.
Rubens Bueno afirmou que a questão precisa ser analisada em profundidade pelas autoridades brasileiras. Para o deputado, é inadmissível que uma empresa burle critérios e normas de um banco público para obter financiamentos em curto período de tempo. O deputado paranaense afirmou que a situação pode ser considerada ainda mais grave caso fique comprovado o envolvimento de agentes públicos federais na facilitação do empréstimo.
“É uma relação muito grave e que obrigatoriamente precisa ser investigada. Ele presenteou a então candidata Dilma Rousseff com cinco milhões de reais após conseguir esse empréstimo. Essa relação toda é muito suspeita, principalmente quando envolve um banco notoriamente aparelhado pelo PT e acusado de envolvimento em outros esquemas já investigados pela Justiça”, disse.
A reportagem mostra como o empresário Walter Faria, dono da Itaipava, conseguiu empréstimo em tempo recorde em negociações suspeitas com o Banco do Nordeste para a construção de duas fábricas na região. Mesmo devendo R$ 400 milhões à Receita Federal em impostos atrasados e multas, além de possuir uma longa ficha criminal, Faria teria obtido mais de R$ 800 milhões com o BNB para a construção das duas unidades da cervejaria. Os créditos teriam sido supostamente liberados por intermediação de integrantes do PT. Após 12 dias obter o empréstimo, o empresário doou R$ 5 milhões para a campanha da Dilma Rousseff.
Aos amigos tudo
O parlamentar também criticou a relação do ex-presidente Lula com o pecuarista e empresário João Carlos Bumlai, revelada em reportagem da revista Veja. Bueno afirmou que a “amizade” levanta muitos questionamentos sobre a atuação de Bumlai no governo federal, o que reforçaria ainda mais a tese de instalação de uma CPI da Petrobras.
“Precisamos investigar até aonde isso foi. É preciso saber se Bumlai realmente tinha um tratamento privilegiado dentro do Palácio do Planalto. O suposto envolvimento dele com as empreiteiras hoje investigadas pela Operação Lava-Jato é mais um dos diversos itens que precisa se analisado por uma nova CPI da Petrobras”, destacou.
Briga com bancos
Em meados de 2013, os bancos HSBC, Credit Suisse e ING recorreram à Justiça brasileira para cobrar 530 milhões de reais da Cervejaria Petrópolis, dona das marcas Itaipava, Crystal e Petra. Os processos nada têm a ver com cerveja, mas as instituições financeiras acusam a empresa de ser dona oculta de uma processadora de soja chamada Imcopa, que deu um calote bilionário na praça. Como a Imcopa tornou-se inadimplente, os bancos queriam que a Petrópolis honrasse as dívidas.
Líder na produção de derivados de soja não transgênica no País, a Imcopa devia, à época, quase 1 bilhão de reais e há muito enfrentava problemas com credores. A empresa renegociou as dívidas em 2009, mas não cumpriu os acordos. Em janeiro de 2013, pediu recuperação judicial.
Os bancos alegaram nas ações judiciais que foram enganados e que a Petrópolis apropriou-se da Imcopa por baixo do pano – tudo tramado para ficar com as receitas bilionárias do negócio, sem ter de arcar com as dívidas. Na Justiça, os bancos pediram o reconhecimento da situação, para assim cobrar a cervejaria. O HSBC cobrava 380 milhões de reais; o Credit Suisse, 90 milhões de reais; e o ING, 50 milhões de reais.
Ligações com Marcos Valério
Condenado à prisão na Ação Penal 470 (Mensalão do PT), o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza afirmou à Polícia Federal, após ser preso em outubro de 2008 no rastro de outra investigação, que prestava consultoria empresarial a Walter Faria, dono da Cervejaria Petrópolis, e que recebia os honorários em dinheiro vivo.
A versão apresentada por Marcos Valério contrariou a nota oficial divulgada na ocasião dos fatos pela empresa, que negou ter “qualquer tipo de contrato” com o então caixa do Mensalão do PT. Na sequência, a cervejaria informou que o contrato era verbal e que não houve pagamento de salário, no máximo ressarcimento de despesas.
Marcos Valério e o dono da Itaipava, que agora está envolvido em novo escândalo, foram alvo de investigação do Ministério Público Federal em São Paulo por suposta corrupção, formação de quadrilha e denunciação caluniosa.
À época, o publicitário mineiro foi indiciado pelos três crimes. O indiciamento é a convicção da PF de que reuniu indícios suficientes contra um investigado. A prisão de Walter Faria foi rechaçada pela Justiça por falta de provas.
Para o Ministério Público Federal, os dois agiram juntos para prejudicar dois fiscais da Fazenda paulista que autuaram a empresa Praiamar, do grupo Petrópolis, em R$ 104,5 milhões.

NO O ANTAGONISTA
O Brasil é um Paquistão (ou: o papelão da Abril)
Brasil 27.01.2015
A venda do Charlie Hebdo no Brasil foi cancelada. O número especial do jornal, com Maomé chorando na capa, em homenagem aos cartunistas massacrados em Paris por terroristas islâmicos, deveria ter chegado às bancas ontem, mas simplesmente se evaporou.
A importadora Mag Express, que pertence à Editora Abril, e a distribuidora Dinap, que também pertence à Editora Abril, não explicaram o motivo do desaparecimento do Charlie Hebdo. A suspeita é que a Editora Abril, que pertence - sim - à Editora Abril, tenha se acovardado diante do potencial explosivo do jornal.
Não se sabe qual será o destino dos 10.000 exemplares comprados pela empresa, mas se presume que eles sejam destruídos, como ocorreu no Paquistão e em Gaza.
Em nome da liberdade de imprensa, claro.
Editora Abril atacada pela jihad petista




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