DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
26 DE JANEIRO DE 2015
A comitiva brasileira no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, têm sido questionada sobre o escândalo de corrupção na Petrobras, a mais global das grandes empresas brasileiras. Funcionário do governo alemão até pediu a um diplomata brasileiro para confirmar a informação de que há políticos de partidos governistas que, se não forem presos, poderão até virar ministros do governo Dilma Rousseff.
O curioso funcionário alemão referia-se aos casos de Henrique Alves (PMDB-RN) e Ciro Nogueira (PP-PI) que ainda podem virar ministros.
Além da expressão de espanto, diplomatas brasileiros ainda têm de enfrentar sorrisos dissimulados ridicularizando a corrupção no Brasil.
Joaquim Levy deixou boa impressão em Davos, mas diplomatas acham que a tarefa – insubstituível – de atrair investidores era de Dilma.
O Orçamento 2015 aprovado pelo Congresso adicionou R$ 9,7 bilhões em emendas para deputados e senadores, de “execução obrigatória”.
A Controladoria-Geral da União ainda não contabilizou os gastos totais com o Bolsa Família em 2014, ano da reeleição. O total mais atual de R$ 24,8 bilhões não considera dezembro, mas bateu recorde histórico.
O deputado Pauderney Avelino (DEM-AM) confirmou requerimento de convocação de Eduardo Braga para explicar a crise de energia. O despreparo do ministro pode ser exposto de forma cruel.
Eleita deputada federal em 2010 (12.126 votos), Antônia Lúcia (PSC-AC) não se reelegeu, mas neste mês gastou R$ 38 mil (do nosso bolso) com 15 mil jornais autopromocionais. Mais jornais do que eleitores.
Parlamentares não aguentam mais ouvir a ladainha do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), que disputa a presidência da Câmara. Ele fala tanto que sua última conta de celular (que pagamos) foi R$ 1,3 mil.
Termina nesta segunda (26) o prazo fixado pelo Tribunal de Contas para o governo do DF “provar” que não tem dinheiro para pagar os salários que o governo anterior, de Agnelo Queiroz (PT), deixou em aberto.
Com um governo mal avaliado em ano de eleição, Agnelo Queiroz (PT) cedeu aos sindicatos, assinando acordos salariais impagáveis. Não deu outra: o dinheiro acabou antes do ano. E o Tribunal de Contas do DF nem sequer conferiu se o governo poderia honrar aqueles acordos.
…após fazer tudo o que prometeu não fazer “nem que a vaca tussa”, faz sentido a primeira aparição pública de Dilma, após a reposse, ter sido na Bolívia.

NO DIÁRIO DO PODER
REFINARIA SUPERFATURADA
PRESIDENTE DO TCU QUER REVERTER DECISÃO SOBRE PASADENA
PRESIDENTE DO TCU PROPÕE ALIVIAR PUNIÇÕES A ENROLADOS NA COMPRA SUPERFATURADA DE REFINARIA NOS EUA
Publicado em 25 de janeiro de 2015 às 11:50 - Atualizado às 8:06 de 26-01-2015
Presidente do Tribunal de Contas da União, ministro Aroldo Cedraz. Foto: André Dusek/Estadão Conteúdo
Presidente do Tribunal de Contas da União, ministro Aroldo Cedraz. Foto: André Dusek/Estadão Conteúdo
Brasília - O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Aroldo Cedraz, quer reverter as punições aplicadas a executivos e ex-executivos da Petrobras responsáveis pela compra da refinaria de Pasadena, no Texas, Estados Unidos. Em documento ao qual o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso, Cedraz propõe ao novo relator do caso na corte, ministro Vital do Rêgo – ex-senador do PMDB, partido aliado da presidente Dilma Rousseff -, que reavalie a determinação de bloquear bens de dirigentes da estatal e reduza o valor do prejuízo apontado no negócio.
O TCU concluiu em julho do ano passado que houve dano ao erário de US$ 792 milhões na aquisição da refinaria, em 2006, e determinou a indisponibilidade do patrimônio de 11 executivos para resguardar eventual ressarcimento aos cofres públicos – os integrantes do Conselho de Administração da empresa, à época presidido por Dilma, foram isentados de culpa no negócio, apesar de terem autorizado a compra.
Cedraz pediu vista do processo em agosto (2014), quando o plenário discutia a possível inclusão da atual presidente da companhia petrolífera, Graça Foster, entre os responsáveis pelas irregularidades. Desde então, ele não havia se pronunciado ou devolvido o caso para a conclusão do julgamento. A demora na apreciação impede que o bloqueio de bens, por ora suspenso, seja efetivado na prática.
O despacho de Cedraz foi concluído em 29 de dezembro, três dias antes de ele assumir o comando do TCU – e, por norma da corte, deixar de participar de julgamentos. A manifestação ocorre num contexto de pressão do governo e da Petrobrás, nos últimos meses, para que os ministros recuem das determinações do julgamento de julho.
Em 17 páginas, o presidente do TCU sustenta que, contrariando o Código do Processo Civil, a corte determinou o bloqueio de bens e abriu uma tomada de contas especial (TCE) – tipo de processo que visa confirmar falhas e responsabilidades -, sem que os executivos fossem “sequer instados a falar nos autos, ainda que de modo precário”.
Cedraz argumenta que a Petrobrás entregou ao TCU relatório de sua auditoria interna sobre a compra de Pasadena, com novos elementos, o que agora inspira uma reavaliação. Na investigação, a empresa isenta a maioria dos executivos que são alvo do bloqueio de bens no tribunal e, por outro lado, aponta outros funcionários, com cargos de menor escalão, como responsáveis pelo mau negócio.
Para o ministro, deve-se “considerar o impacto da referida prova na manutenção” das medidas tomadas ou na adoção de novas. “A unidade técnica (do tribunal) deve buscar tais elementos no gabinete do relator, propondo a ele sua autuação, análise e redimensionamento da medida cautelar (de bloqueio)”, orientou Cedraz. (Fábio Fabrini e Andreza Matais/AE)

REFINARIA SUPERFATURADA
EXECUTIVOS DA PETROBRAS USAM MESMA DEFESA DE DILMA
EXECUTIVOSDA PETROBRAS QUE ATUARAM NA COMPRA SUPERFATURADA DA REFINARIA NOS EUA USARÃO ESTRATÉGIA DE DEFESA DA PRESIDENTE
Publicado em 25 de janeiro de 2015 às 12:11 - Atualizado às 12:12
Pergunta que responsabiliza Conselho de Administração da Petrobras, presidido por Dilma Rousseff, pela compra da refinaria de Pasadena causou confusão no plenário da CPMI.
O Conselho de Administração da Petrobras, presidido por Dilma , aprovou a compra da refinaria de Pasadena.
Brasília - Executivos condenados por prejuízos na compra da refinaria de Pasadena dizem nas defesas apresentadas ao TCU estar no mesmo “barco” da presidente Dilma Rousseff, que aprovou o negócio em 2006, quando era ministra da Casa Civil e chefe do Conselho de Administração da Petrobras. Dilma diz ter sido enganada pelo então diretor da área Internacional, Nestor Cerveró, por ele ter apresentado à cúpula da empresa resumo executivo que omitia cláusulas do negócio.
Os executivos que atuavam na empresa em 2006, porém, tentam desmontar essa versão. Em documento de 25 páginas entregue por seus advogados, o diretor Financeiro da Petrobras, Almir Guilherme Barbassa, sustenta que sua situação “é exatamente igual à dos membros do conselho”. A defesa diz que Barbassa aprovou a aquisição sem saber da existência do laudo e das cláusulas Marlim e Put Option. A primeira assegurava à Astra Oil, sócia da Petrobrás em Pasadena, uma rentabilidade mínima, mesmo que a planta de refino não fosse lucrativa; a segunda dava a ela o direito de vender sua parte, em caso de desacordo com a estatal.
“O defendente, de boa-fé, foi ludibriado por aqueles que queriam executar o negócio a qualquer custo e, para tanto, não mediram esforços para montar uma estratégia que, no momento da compra, não gerasse qualquer desconfiança”, diz o documento. “Não poderia, jamais, imaginar má-fé ou omissão de informações por parte de colega”, prossegue, referindo-se a Cerveró.
O ex-diretor de Exploração e Produção Guilherme Estrella, representado pelo mesmo escritório de Barbassa, afirma na defesa entregue ao TCU que ignorava os mesmos itens. Outros condenados também apresentaram suas manifestações, com argumentações distintas. O ex-diretor Ildo Sauer (Gás e Energia) alega que as cláusulas classificadas como nocivas não trouxeram, de fato, prejuízo.
Sauer, assim como Cerveró, diz que, se os executivos estão sendo responsabilizados, os conselheiros também deveriam responder pela compra. O ex-presidente da estatal José Sergio Gabrielli usa o mesmo argumento em sua defesa. (Fábio Fabrini e Andreza Matais/AE)

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
25/01/2015 às 9:27 \ Opinião
Publicado na coluna de Carlos Brickmann
Lula está na muda. Silenciou quando sua invisível aliada Rose Noronha deixou de ser invisível e incomodamente apareceu no noticiário. Mais silente ficou quando viu que seus aliados no Governo foram decepados por Dilma.
Dilma está na muda. Silenciou quando teve de adotar as medidas que acusava Aécio de planejar. Mais silente ficou ao descobrir que seus caros aliados, a quem dedicou tanto carinho, confiáveis não são. E que seu próprio PT está rachado.
A Fundação Perseu Abramo, Lula desde criancinha, a acusa de aprofundar as tendências recessivas da economia com medidas conservadoras e ortodoxas – isso, em linguagem petista, é um insulto e tanto. Marta Suplicy, articuladora do movimento Volta, Lula, abriu fogo pesado contra Dilma. Maria do Rosário, que foi ministra de Dilma até outro dia, não se manifestou; mas seu marido, o também petista gaúcho Eliezer Pacheco, prefeito de Canoas, disse que Dilma enfrenta a crise achacando os assalariados, “como sempre fizeram os governos de direita”. E completa: “Sou PT, mas não sou cordeiro nem omisso (…) Não foi nisso que votamos (…) Não trairemos nosso projeto nem que a vaca tussa”.
E todos esses são petistas que, se encontrarem Lula em pessoa, terão de fazer enorme esforço para não cair de joelhos e, testa encostada no chão, voz embargada pela emoção, gritar beatificamente “Caramuru! Caramuru!”
O petista-mor José Dirceu, em seu blog, bateu duro em Dilma. Seu filho Zeca Dirceu fez pesado discurso na Câmara contra a corrupção. A vaca anda tossindo.» Clique para continuar lendo


NO BLOG DO CORONEL
SEGUNDA-FEIRA, 26 DE JANEIRO DE 2015
(Folha, hoje) A mudança nas regras para a concessão de benefícios trabalhistas e previdenciários, anunciada no final do mês passado como uma das medidas de redução das despesas públicas, foi decidida pelo governo de Dilma Rousseff antes da eleição, encerrada em outubro de 2014. Um integrante do governo confirmou à Folha que as novas normas, que limitam a obtenção do seguro-desemprego e do abono salarial, foram definidas em meados de 2014. 
Em agosto, o governo reduziu em R$ 8,8 bilhões a previsão do gasto com o abono salarial para este ano. A revisão consta do PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual) de 2015, enviado naquele mês pelo Planalto ao Congresso. O integrante do governo disse à Folha que a previsão foi feita com base em regras então definidas, que seriam anunciadas após a eleição. 
Na campanha, em ataques a adversários, Dilma disse que não faria alterações na lei que comprometessem direitos do trabalhador. Ao insinuar que seus opositores mudariam direitos trabalhistas, disse que não mexeria em benefícios como férias e 13º salário. "Nem que a vaca tussa", cravou a então candidata. O tema virou um dos slogans da campanha de Dilma. O PT anunciou no site da candidata uma mobilização nacional, batizada de "Nem que a vaca tussa", contra mudanças nos direitos trabalhistas. 
ANTECIPAÇÃO
No dia 6 de novembro, o então ministro Guido Mantega (Fazenda) antecipou o que sua equipe já havia preparado. "Nós temos agora que fazer uma redução importante das despesas que estão crescendo, como o seguro-desemprego, abono salarial e auxílio-doença", disse, durante evento da FGV (Fundação Getulio Vargas) em São Paulo. 
Quando as novas regras foram divulgadas, no final de dezembro, Joaquim Levy já havia sido anunciado como o substituto de Mantega na Fazenda. Levy foi convidado oficialmente por Dilma para ocupar o cargo no dia 20 de novembro, duas semanas, portanto, depois da declaração de Mantega na FGV. 
Hoje, um trabalhador para receber o seguro-desemprego pela primeira vez precisa ter trabalhado seis meses nos últimos 36 meses anteriores à data da dispensa. Se requisitar o benefício pela segunda vez, vale a mesma regra. 
NOVAS REGRAS
Com as novas normas, válidas a partir de março, a pessoa que pede o seguro-desemprego pela primeira vez precisa ter trabalhado 18 meses nos últimos 24 meses antes da demissão. Para obter o benefício pela segunda vez, é necessário ter recebido salário por ao menos 12 meses nos últimos 16 anteriores à dispensa. 
Segundo cálculos da Fazenda, metade dos trabalhadores que pediram o seguro em 2014 pela primeira vez não teria direito ao benefício com as novas regras. Para o abono salarial, pago ao trabalhador que recebeu até dois salários mínimos, haverá carência de seis meses de trabalho ininterrupto para a concessão do benefício. Hoje, basta trabalhar um mês no ano. 
As novas regras tornam mais rígidas também as concessões de abono salarial, pensão por morte, auxílio-doença e seguro-defesa, pagos a pescadores durante períodos de proibição da pesca. A maior parte das alterações será feita por medidas provisórias, que terão de ser aprovadas pelo Congresso. O governo espera economizar R$ 18 bilhões. As novas regras foram bem recebidas pelo mercado e por especialistas, por corrigirem distorções e reduzirem os gastos públicos.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 08:06:00


NO BLOG DO NOBLAT
O apagão de Dilma
26/01/2015 - 03h00
Ricardo Noblat 
Alto lá! Não culpem Levy por pensar como pensa e agir com coerência. Ele não mercadejou o próprio passe. Estava em sossego como executivo bem pago do Bradesco.
Fez à presidente Dilma Rousseff o favor de aceitar o convite para ser ministro da Fazenda, ganhando menos do que ganhava. E para quê? Para virar saco de pancada dos supostos aliados de Dilma?
E sem que ela o defenda? Por que não batem nela?
Nelson Barbosa, ministro do Planejamento, foi o primeiro a apanhar. Disse lá qualquer coisa que desagradou a Dilma. Acabou obrigado a se corrigir.
Depois foi Eduardo Braga, ministro das Minas e Energia. Caiu na armadilha de responder a perguntas na base do “se”.
Uma vez que dissera que não há racionamento de energia à vista, foi confrontado pela pergunta óbvia: “E se não chover o suficiente?”
Se não chover o suficiente o racionamento será inevitável, respondeu Eduardo. Alguém mais esperto escaparia com a resposta clássica: “Não posso raciocinar sobre hipóteses”.
O racionamento ganhou manchete de jornal. Eduardo levou um carão do seu colega Aloizio Mercadante, chefe da Casa Civil. Abandonou Brasília em silêncio.
Então chegou a vez de Levy. Como Dilma preferiu ir à posse do xamã Evo Morales, presidente da Bolívia, Levy voou a Davos, na Suíça.
À vontade no Fórum Econômico Mundial, admitiu que o Brasil possa atravessar uma leve e breve recessão. Tamanho cuidado com as palavras de pouco adiantou.
A poderosa senhora, que se julga uma economista de primeira, mandou Levy substituir “recessão” por “retração”.
Mas não ficou só nisso. Em entrevista ao jornal britânico “Financial Times”, Levy afirmou que “está ultrapassado” o modelo de seguro-desemprego no Brasil. Ah, para quê...
Foi logo mexer com o social, área que Dilma garantira durante a campanha ser intocável. Não mudaria nem que a diabo tossisse.
Diabo, não. Vaca. O diabo foi citado em outro contexto. Por ela ou por Lula, não lembro agora. Nem quero me socorrer do Google.
Dilma (ou Lula) faria o diabo para vencer a eleição presidencial. E assim foi. Pintou, bordou e mentiu sem dó. Ganhou por pouco.
De volta ao “ultrapassado” modelo de seguro-desemprego. O Ministério da Fazenda emitiu nota dizendo que a declaração de Levy tivera como objetivo “ampliar o debate pela modernização das regras desse benefício”. Dilma não considerou suficiente. 
Mandou que o ministro Miguel Rossetto, da Secretaria Geral da presidência da República soltasse nota chamando o seguro-desemprego de “conquista civilizatória”. Algo que, certamente, tem a ver com “pátria educadora”, novo slogan do governo.
Levy engoliu a nota a seco. Está dando para fazer o que planejou. E até com rapidez. Quanto a Dilma... Emudeceu. Retornou à clandestinidade. Parece envergonhada.
Afinal, entregou o comando da economia a um banqueiro que assessorou a campanha de Aécio Neves (PSDB-MG).
Seguiu a receita de Lula, que ao se eleger pela primeira vez, escalou um banqueiro do PSDB para o comando do Banco Central. No Ministério da Fazenda pôs Antonio Palocci, que não entendia de economia, mas que era do PT.
Ocorre que Dilma não é Lula.
Não tem o carisma dele, nem a habilidade, nem a liderança, nem o cinismo para culpar seus adversários por qualquer erro.
Lula faz política com prazer. Dilma detesta. Lula afaga os aliados até quando os contraria. Dilma espanca. Lula governou com o gogó. Dilma usa o gogó para repreender auxiliares.
Pode dar certo? Não sei. Divertido está.
Não tem preço ver petistas da gema estupefatos. Sem voz. Como Dilma.

O desastroso recomeço de Dilma, a presidente consternada
Enquanto o escândalo da Petrobras se aproxima do Planalto e o ex-presidente Lula fomenta a guerra interna no PT, Dilma só se pronunciou sobre a morte de um traficante
26/01/2015 04:24
Gabriel Castro, Veja Online
Era 0h31 do último domingo (15h31 de sábado em Brasília) em Jacarta quando o brasileiro Marco Archer foi executado com um tiro no peito. Criado em uma família de classe média alta, ele se tornou um traficante profissional e rodou o mundo até ser preso no país asiático com 13 quilos de cocaína, em 2004. Archer dizia se arrepender apenas de ter sido flagrado por um agente de segurança indonésio.
O governo brasileiro tentou evitar a execução até a última hora por meio de cartas, ameaças de rompimento diplomático e um telefonema feito pela presidente Dilma Rousseff ao colega indonésio Joko Widodo na véspera da execução. Nada adiantou.
Um dia antes da morte de Archer, o policial militar Manoel Messias dos Santos havia sido assassinado friamente por traficantes em Penedo (AL) enquanto caminhava pela rua.
Poucas horas depois de Marco Archer ter sido executado, a garota Larissa de Carvalho, de 4 anos, perdeu a vida após ser atingida por um tiro quando saía de um restaurante com a mãe, em Bangu (RJ).
No dia seguinte, outra criança morreu em circunstâncias semelhantes: Asafe Willian Costa Ibrahim, de 9 anos, vítima de uma bala perdida enquanto brincava na piscina de um clube em Honório Gurgel, na capital fluminense – ele morreu três dias depois.
Na segunda-feira, o surfista profissional Ricardo dos Santos foi baleado em frente à casa de sua família, em Palhoça (SC), após uma discussão corriqueira com um policial fora de serviço. Morreu no dia seguinte.
Se a média de 2013 tiver sido mantida, outras 153 pessoas foram assassinadas no Brasil no mesmo dia. Uma a cada dez minutos.
Desde que o traficante foi executado na Indonésia, mais de mil vidas foram tiradas prematuramente no país presidido por Dilma. A chefe da nação não se pronunciou sobre nenhuma delas. Tampouco o fizeram seus ministros.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
26/01/2015 às 7:46
Enquanto o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, defendia em Davos as medidas ditas de austeridade aplicadas no Brasil, fazendo um discurso que os petistas costumavam chamar de “neoliberal”, a presidente Dilma Rousseff, a Desaparecida, deu as caras na Bolívia: compareceu à terceira posse de Evo Morales, o índio de araque, que se vangloriou de os “Chicago’s boys” não mandarem em seu país. Nota: na língua ideológica de Evo, Levy é um “Chicago’s boy”.
Qual presidente Dilma está no governo? A que sustenta Levy ou a que vai puxar o saco de bolivarianos? Convém não confundir esse ecletismo com pluralidade. Pode ser, e tudo indica que seja, falta de clareza. Dilma parece tentada a tocar cítara e flauta ao mesmo tempo, coisa que Paulo, o apóstolo, não recomendava.
Janeiro vai chegando ao fim trazendo, adicionalmente, o fantasma da conjugação da falta de água nas regiões metropolitanas mais densamente povoadas do país com a falta de luz. Aquela que exige ser chamada de “presidenta”, no entanto, está muda. Parece imersa em sua perplexidade, sem energia para tocar nem cítara nem flauta. O PT está perdido. Vê desmoronar o seu castelo de cartas e, desta vez, não tem o que dizer porque já não tem mais como culpar… FHC!!!
A falsa herança maldita de FHC mobilizava a fanfarronice de um partido falastrão, com suas soluções simples e erradas para problemas difíceis. Mas a verdadeira herança maldita, que é a do PT, calou a boca do… PT — e essa, convenham, é a única boa notícia nesses tempos de desolação.
Nunca antes na história “destepaiz”, para citar o chavão do Babalorixá de Banânia, um governo se desmoralizou com tamanha rapidez. Dilma nem havia ainda tomado posse de seu segundo mandato, e suas promessas de campanha iam, uma a uma, descendo ralo abaixo. As burrices feitas pelo PT — oriundas, reitero, lá dos governos Lula — terão de ser minoradas (nunca corrigidas!) por um período de recessão econômica. E não que tenhamos experimentado, nos últimos quatro anos, uma farra, não é mesmo?
Convém que a oposição se organize logo — agora, não depois — para ocupar esse vazio de discurso. É preciso definir com celeridade uma narrativa que dê conta da complexidade desse momento. Antes que Levy — que está aí tentando recuperar os escombros deixados pelo PT — passe por arquiteto de uma nova utopia.
Como horizonte, o país merece um pouco mais do que uma recessão de salvação.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Segunda-feira, janeiro 26, 2015
O jornalista Damian Pachter, do Buenos Aires Herald: perseguido pelos bolivarianos de Cristina Kirchner, agora está são e salvo em Israel. (Foto do site da revista Veja)
Primeiro jornalista a noticiar a morte do procurador Alberto Nisman em sua conta no Twitter, o argentino Damian Pachter, do jornal Buenos Aires Herald, confirmou que se refugiou em Israel neste domingo, segundo o jornal La Nación. O repórter, que também tem cidadania israelense, deixou a Argentina após afirmar que sua vida estava correndo perigo. Antes de chegar ao Oriente Médio, ele passou pelo Uruguai e pela Espanha. Ele publicou, neste domingo, em seu perfil no Twitter que está "a salvo em Tel Aviv".
Nos últimos dias, o jornalista vinha dizendo que seus telefones estavam grampeados e que estava sendo seguido por desconhecidos. Ele afirmou a colegas de trabalho que não voltaria à Argentina "durante este governo". "Me mandaram uma indireta", disse, acrescentando que não pôde buscar "roupa nem dinheiro" em casa.
Pachter publicou também neste domingo (25) um artigo no jornal israelense Haaretz, no qual explica os motivos da sua fuga da Argentina. No texto, ele afirma que sofreu intimidações e passou muitas noites sem dormir. "A Argentina se converteu em um lugar escuro conduzido por um sistema político corrupto", escreveu. 
Nisman foi encontrado morto com um tiro em seu apartamento em Buenos Aires, dias após denunciar a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e o chanceler Héctor Timerman por negociar um plano para garantir impunidade e "acobertar fugitivos iranianos", referindo-se aos acusados do ataque terrorista contra a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), em 18 de julho de 1994. Do site da revista Veja


NO BLOG ALERTA TOTAL
Segunda-feira, 26 de janeiro de 2015
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Não adianta Luiz Inácio Lula da Silva submeter seu Partido dos Trabalhadores a uma violenta quimioterapia que destrua células cancerosas nas direções estaduais e nacional. A imagem da legenda parece irremediavelmente infectada pelas demoralizantes denúncias de corrupção contra seus principais "ideólogos operacionais". O mito Lula pode até continuar blindadíssimo como sempre. Mas o escudo do PT desintegrou. Os quatro anos de Dilma no Planalto do 'Palhasso' serão um "samba do afrodescendente doido", no Carnaval de safadezas impunes.
Com os diversos desgastes, por diferentes crises (Mensalão, Petrolão, Eletrolão, Apagão, Inflação, Recessão e por aí vai), a tendência é de radicalização política. A ordem do líder Lula é detonar os inimigos e enfrentar os adversários. Na transição forçada do PT de uma defensiva intimidada para uma agressiva ofensiva, articulada por Lula e José Dirceu, entram em campo os tais "movimentos sociais". Eles cumprem o papel revolucionário de pressionar quem desestabiliza o PT. Na ação deles, vale tudo. Até porque muitos dos profissionais deste ramo não valem nada!
Lula tem seus atacantes prediletos em posições taticamente estratégicas. Gilberto Carvalho, no Sesi cheio de grana, tem a ordem de articular a ação dos movimentos sociais em prol do PT. Ricardo Berzoini tem a missão de neutralizar a mídia inimiga, brigando pela "Regulação Econômica da Mídia". Marco Aurélio Garcia deve buscar a solidariedade dos companheiros do Foro de São Paulo - em especial a "tropa" boliviana que já atua a partir de São Paulo. José Dirceu volta a ser o velho "Capitão do Time" - mesmo com o Petrolão na sua cola...
O pau vai cantar na casa de Noca! Antes ou depois do carnaval... O grande problema para o PT é estar no governo federal em plena crise econômica que se avizinha como a pior nunca antes vista. Todos com algum bom senso já sabem que qualquer instabilidade econômica prolongada nos mercados afetará o Brasil. A desconfiança da cúpula nazicomunopetralha em relação à fidelidade absoluta de Dilma Rousseff é outro problemão. Parte do PT já caminha para a "oposição interna" ao governo.
Resta aguardar para ver quem sairá mais queimado pelo "fogo amigo". E também vale esperar para ver se algum peixe petista muito graúdo realmente será judicialmente purificado pela Lava Jato. A tragicomédia promete ser bem divertida. 
De tédio ninguém - num peru bêbado - vai morrer de véspera.
(...)

NO O ANTAGONISTA
A culpa é sua
Brasil 26.01.2015
Se um adolescente rouba, a responsabilidade é sua. Sim: sua. Quem mandou comprar o carro? Quem mandou andar com o relógio? Quem mandou comprar o telefone celular?
É o que pensa o governo do Paraná. Em seu Plano Estadual de Atendimento Socioeducativo, aprovado no fim do ano passado, os roubos cometidos por adolescentes são atribuídos a uma "sociedade baseada na propriedade privada" que "estimula e valoriza o consumo, mas não fornece condições para que todos o acessem de forma lícita, penalizando aqueles/as que consomem por meio de práticas ilícitas".
Segundo o documento do governo paranaense, formulado a partir do conceito de "luta de classes", em vez de prender os adolescentes que roubam, é necessário mudar "o modo de produção vigente, baseado na produção e circulação de mercadorias". 
O Paraná é governado pelo PSDB. Essa é a prova de que não existe petista mais petista do que um petista tucano.
Saiba o seguinte: você é o culpado.

Joaquim Levy está magoadinho. Então pede para sair, ministro
Economia 25.01.2015
Merval Pereira, colunista de O Globo, é um habitué do Fórum Econômico Mundial. Há dois anos, depois de passar por Davos, ele esteve em Paris, onde jantou com o antagonista Mario, então correspondente da Veja na Europa. Além de ser dono de uma conversa agradabilíssima, Merval é um dos jornalistas mais bem informados do país.
Pois bem, na sua coluna de hoje (25), ele transmite o desconforto de Joaquim Levy, o ministro-júnior da Fazenda. Joaquim Levy disse que o jornal inglês Financial Times distorceu suas declarações sobre os benefícios sociais. O ministro afirmou ao FT que o modelo do seguro-desemprego brasileiro estava ultrapassado e que muita gente por aqui estava disposta a pagar pelos serviços (públicos, subentendeu-se). O Antagonista se dispõe a ouvir um disco de cavaquinho do começo ao fim no dia em que o Financial Times distorcer uma entrevista. A impressão é de que o ministro-júnior levou um puxão de orelha da patroa instalada no Planalto, depois que alguém traduziu a entrevista para ela.
Joaquim Levy também está chateado com as críticas que recebe, principalmente dos tucanos, o seu partido de coração. O Antagonista sabe que Levy foi aconselhado a não aceitar o convite para ser ministro de Dilma, a ex-guerrilheira de esquerda, porque estava claro que ele não poderia empreender as reformas necessárias -- serviria apenas como fachada "neoliberal" para realizar o serviço sujo de aumentar impostos. Apesar dos conselhos de gente sábia, Joaquim Levy foi para o ministério, alegando que se tratava de uma irresponsabilidade recusar a oferta.
O Antagonista compreende que o ministro-júnior esteja magoadinho. Mas não dá para aliviar. O senhor se meteu numa roubada, prezado Joaquim Levy, e a coisa mais responsável a fazer, para si próprio e para o Brasil, é o exato oposto do que pensa ser o certo. É cair fora, pedir para sair, pegar o chapéu, dar no pé -- e deixar essa gente do PT afundar o país porque, infelizmente, essa a única chance de bani-la para sempre da nossa vida. E de reerguer a nação.

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