DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
O fabricante de automóveis Caoa Hyunday é novamente um dos mais beneficiados por medida provisória (nº 656) enxertada, na Câmara e no Senado, e aprovada na calada da madrugada desta quarta-feira (17). São 169 artigos tratando de 55 temas diferentes, inclusive a renúncia fiscal que dispensará a Caoa Hyundai e a Mitsubishi de pagar R$ 10 bilhões em impostos até 2019, segundo estimam técnicos do governo.
A Caoa Hyunday e a Mitsubishi são velhos clientes no ramo: só este ano, duas MPs (627 e 651) estabeleceram isenções para ambas.
Há anos agarrado à CGU, Jorge Hage teria decidido largar o osso após tomar uma bronca monumental da chefe, segundo fonte do Palácio do Planalto. Ela não gostou de uma declaração de Hage anunciando providências contra o Petrolão. Com 9 meses de atraso, ressalte-se.
Dilma quer o futuro secretário-geral da Presidência, Miguel Rosseto, no grupo criado pelo chefão Lula, para “gerenciar crises”. Ele propôs isso ainda sem saber como explicar a roubalheira do Petrolão.
Pesquisa realizada pela FSB na Câmara dos Deputados indicou que Aldo Rebelo (Esporte) é o ministro mais bem avaliado pelos parlamentares. Foram ouvidos 228 deputados de vinte partidos.
Nem começou a nova legislatura, e os deputados federais já se movimentam para furar a fila, a fim de conseguir imóveis funcionais reformados. Em troca, oferecem nomeação em cargos nos gabinetes.
O caos no governo do DF, após atraso nos pagamentos e rombo nas contas, foi mais um dos motivos para a mobilização de claques de outros estados para a reposse de Dilma. O PT espera muitas vaias.

NA COLUNA DIÁRIO DO PODER
UE DIZ QUE ESCÂNDALOS DE CORRUPÇÃO ABALAM CONFIANÇA NO BRASIL
BLOCO EUROPEU COBRA TRANSPARÊNCIA DIANTE DE ESCÂNDALOS DE CORRUPÇÃO
Publicado: 18 de dezembro de 2014 às 18:12 - Atualizado às 18:35
Circulação de cidadãos do leste europeu não afeta Ucrânia
Nova chefe da União européia para temas comerciais, Cecilia Malmstrom, quer acordo de transparência sobre licitações públicas contra corrupção
A União Europeia alerta que os escândalos de corrupção envolvendo estatais e empresas no Brasil afetam a “confiança” dos mercados no País e indica que vai propor ao Mercosul um acordo de transparência sobre licitações públicas, abrindo mercados e colocando regras de participação de empresas em compras governamentais.
O alerta é da nova comissária de Comércio da UE, Cecilia Malmstrom, que acaba de assumir em novembro seu cargo de chefe do bloco europeu para temas comerciais.
“Escândalos de corrupção não são bons para a confiança”, declarou, ao ser questionada pelo Estado sobre o impacto dos casos no Brasil no cenário internacional. “A corrupção não é ruim apenas para a Economia. Mas ela também causa dano para a confiança, legitimidade ou relação dos cidadãos e de outros sobre o país”, alertou, indicando que essa é uma realidade que não vale apenas para o Brasil.
“A corrução é uma doença”, insistiu a comissária que, em seu cargo anterior foi responsável por desenhar o primeiro informe europeu de combate à corrupção na condição de espécie de super-ministra do Interior. Ela, porém, apostou na “vontade política” do governo brasileiro em lidar com os escândalos.
Acordo 
Maior fonte de investimentos no Brasil, a Europa está há anos de olho no mercado de obras públicas no País. Em 2011, no início das obras para a Copa do Mundo, a UE estimava que o mercado brasileiro de compras governamentais poderia movimentar mais de 133 bilhões de euros por ano, 13% do PIB nacional. O volume seria superior aos mercados da Argentina e Índia juntos.
Para um eventual acordo com o Mercosul, a UE deixa claro que vai querer adicionar um capítulo específico sobre compras governamentais, dando acesso privilegiado às empresas europeias ao processos de licitações públicas no Brasil.
“Esse vai ser um dos pontos importantes e certamente fará parte do nosso mandato”, declarou Malmstrom.
Um acordo, porém, exigiria maior transparência por parte das autoridades sobre os critérios para conceder contratos. No Brasil, porém, duas empresas europeias – Siemens e Alstom – são apontadas como suspeitas de terem pago propinas para ganhar contratos públicos. (Jamil Chade/AE)

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
No vídeo, Dilma finge enxergar um viveiro de sumidades a serviço da nação numa Petrobras já dominada por bandidos amigos
Ainda na chefia da Casa Civil, mas já fantasiada de candidata à Presidência, Dilma Rousseff juntou-se em 23 de maio de 2009 à tropa incumbida de abortar outra tentativa de abrir a caixa preta da Petrobras: uma Comissão Parlamentar de Inquérito proposta pelo senador Álvaro Dias, do PSDB do Paraná. Se o parto fosse consumado, a CPI se dedicaria a lancetar simultaneamente três tumores: licitações fraudulentas envolvendo plataformas marítimas, a pilha de contratos superfaturados que continuava aumentando na Refinaria Abreu e Lima e bandalheiras de bom tamanho fisgadas nas ondas dos royalties do petróleo.
No vídeo, Dilma tenta provar que crime ─ e crime hediondo ─ era colocar sob suspeita um monumento à lisura e à competência. Merecia mais respeito “uma empresa que hoje ocupa, e vai ocupá, cada vez mais, a partir do pré-sal, um espaço muito grande, né?…ela é uma empresa que tem que sê preservada”. Pausa para descanso do neurônio solitário. “Acho que você pode… é… todos os objetos, pelo menos os que eu vi, da CPI, você pode investigá usando TCU, Ministério Público”, recomeça o palavrório em dilmês castiço. “Essa história de falá que a Petrobras é uma caixa preta… a Petrobras pode ter sido uma caixa preta em 97, 98, 99, 2000″. Nos tempos de FHC, claro.
Nada a ver com a estatal pronta para premiar com a carteirinha de sócio-atleta da OPEP o Brasil Maravilha que Lula pariu e Dilma ainda amamenta. “A Petrobras de hoje é uma empresa dum nível de contabilidade dos mais apurados do mundo”, caprichou na tapeação a supergerente de araque. Em junho, a CPI nasceu já enfraquecida pela anemia e morreu de inanição em novembro. Em setembro, enquanto uns poucos oposicionistas tentavam furar o cerco da base alugada, Dilma recebeu o email enviado por Paulo Roberto Costa divulgado por VEJAem 26 de novembro deste ano.
Antes do Petrolão, o vídeo era só uma prova de que Lula resolvera instalar no Planalto um poste incapaz de dizer coisa com coisa. Depois da descoberta do maior e mais repulsivo escândalo político-policial da História do Brasil, virou prova de crime. Dilma já sabia do que se passava na estatal saqueada anos a fio. Só comparsas fingem enxergar um viveiro de gênios da raça a serviço da nação na catacumba infestada de delinquentes companheiros.

NO BLOG DO CORONEL
Juiz separou crítica política (tuíte 1) de calúnia e difamação (tuíte 2)...

A Justiça de São Paulo determinou a quebra dos sigilos cadastrais e eletrônicos de 20 usuários do Twitter que vincularam o senador Aécio Neves (PSDB-MG) a práticas criminosas e consumo de drogas. Os advogados do tucano agora terão acesso aos dados desses usuários, o que possibilitaria a identificação e pedido de punição individual. 
A decisão, do último dia 12, atende a pedido feito pelo tucano durante a eleição. Na ação, Aécio requisitava acesso a dados de 66 usuários da rede social. O próprio tucano retirou, depois, 11 nomes do processo. Dos mencionados como "caluniadores" e "detratores", 35 foram isentados de culpa pelo juiz Helmer Augusto Toqueton Amaral. 
A Folha noticiou a ação em setembro e apontou que jornalistas, cineastas e professores universitários eram donos de perfis denunciados pelos advogados de Aécio. Após ser procurada pela reportagem, a equipe jurídica da campanha do então presidenciável disse ter havido uma falha e fez um pente fino na lista, deixando 55 nomes. 
Na época, o juiz determinou que o Twitter repassasse os dados para o tribunal, ressalvando que nenhuma informação fosse repassada aos advogados de Aécio até a análise do conteúdo veiculado feito pelos perfis listados. No dia 12, o magistrado decidiu que 20 dos perfis de fato produziram conteúdo que vinculou Aécio ao consumo ou tráfico de drogas. 
"Inegável que nossa Carta Magna garante expressamente o direito à liberdade de expressão e a livre manifestação do pensamento", diz o juiz no início da sentença. "Ocorre que, ao passo que nossa Constituição prestigia os direitos supramencionados, ela também reconhece a importância da inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas, assegurando o direito à indenização caso ocorra alguma violação a tais garantias", conclui Amaral.
Os demais, segundo o magistrado, apenas republicaram links de internet, não podendo, portanto, ser responsabilizados como autores. O Twitter recorreu alegando que os perfis têm direito a expressar opinião com liberdade e que a quebra representaria censura. Procurada nesta quinta (18), a empresa disse que tem como política não comentar processos legais. 
Os advogados de Aécio, por sua vez, argumentaram que os usuários formam uma "rede" paga por adversários para disseminar conteúdo difamatório nas redes sociais. "Difamação e calúnia são crimes previstos no código penal e não se confundem com o livre direto de opinião", diz Juliana Abrusio, sócia do escritório que representa Aécio. (Folha de São Paulo)

Ex-advogado do PT, o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o ministro Dias Toffoli, afirmou nesta quinta-feira (18) que não haverá terceiro turno no país. A declaração endereçada à oposição foi feita na cerimônia de diplomação da presidente Dilma Rousseff. 
Segundo ele, as eleições são uma página virada e esta é posição dos membros da Corte e do próprio corregedor Eleitoral, ministro João Otávio Noronha. "Eleições concluídas são, para o poder Judiciário Eleitoral, uma página virada. Não haverá terceiro turno na Justiça Eleitoral. Que os especuladores se calem. Não há espaço. Já conversei com a corte e é esta a posição inclusive de nosso corregedor geral eleitoral. Não há espaço para terceiro turno que possa vir a cassar o voto destes 54.501.118 eleitores", disse. 
Nesta quinta-feira (18) o PSDB ingressou com uma ação no TSE questionando a candidatura de Dilma por suposto uso da máquina pública e abuso de poder político e econômico. O processo está sob a relatoria de João Otávio Noronha. Toffoli foi indicado pelo PT em 2009 para assumir uma cadeira no STF (Supremo Tribunal Federal). Na época, ele foi duramente criticado pela oposição justamente pela sua ligação com o partido. 
A oposição criticou a fala de Toffoli. "Ele já encontrou uma forma de pagar o débito que tem com o PT por ter ido para o Supremo. Isso não é fala de juiz, juiz toma decisão na corte. Mas espero que com isso ele passe a considerar quitada sua dívida com o partido, para agir de forma condizente com o dever de um magistrado", afirmou o ex-governador Alberto Goldman, vice-presidente nacional do PSDB. (Folha Poder)

O edifício símbolo da Bancoop: nele, Lula, viúva de Gushiken, Freud Godoy e João Vaccari, o responsável pela quebra da cooperativa, tem luxuosos apartamentos.
Lula e Marisa, muito bem recompensados por terem ajudado Vaccari no início da Bancoop, emprestando sua imagem para um calote monumental em mais de 3.000 famílias. Agora a Família Silva vai curtir o seu triplex com elevador privativo no melhor point do litoral paulista.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não é o único sortudo a ter comprado um tríplex no edifício Solaris, no Guarujá (SP), uma das poucas obras iniciadas pela Bancoop que foram concluídas. O atual tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, pagou por um apartamento no mesmo prédio. Seu nome consta de um documento oficial, feito em 2006 pela Bancoop, que lista os “cooperados ativos” do edifício – ou seja, que estavam com os pagamentos das parcelas em dia. Procurada, a assessoria do petista disse que ele não iria comentar o assunto.
A Bancoop quebrou em 2006, quando era presidida por Vaccari. Deixou 32 obras inacabadas e mais de 3 500 famílias na rua da amargura. O edifício Solaris foi uma das oito obras assumidas pela OAS depois disso. À beira da praia e com vista para o mar, o prédio tem três tipos de apartamentos – as coberturas triplex, alguns duplex de 162 metros quadrados e outros de um pavimento, com cerca de 100 metros quadrados. 
O de Lula, que ficou pronto neste ano, pertence à primeira categoria. Fica no 16º andar, tem elevador privativo e 297 metros quadrados. Além de Vaccari, também constam da lista de cooperados do Solaris a mulher de Freud Godoy, o ex-assessor de Lula que ficou famoso no caso dos aloprados, em que militantes petistas foram presos tentando comprar um dossiê com informações falsas contra o tucano José Serra.
O fato de o edifício onde o ex-presidente tem apartamento ter sido um dos poucos que ficaram prontos irritou cooperados que continuam até hoje sem ver a cor dos imóveis pelos quais passaram anos pagando. "Queremos saber por que há tantas obras inacabadas, enquanto algumas poucas são construídas tão rapidamente", disse um dos conselheiros da entidade de lesados pela Bancoop, Marcos Sérgio Migliaccio.
A Bancoop quebrou, segundo o Ministério Público, com um rombo de pelo menos 100 milhões de reais, porque seus dirigentes desviaram dinheiro pago pelos mutuários para “fins escusos”. Segundo o promotor José Carlos Blat, parte do dinheiro foi para financiar campanhas eleitorais do PT. Vaccari é um dos cinco réus que respondem na Justiça por estelionato, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. (VEJA)

Na ação que pede a cassação do novo mandato da presidente Dilma Rousseff (PT) por abuso de poder político e econômico, o PSDB acusa a campanha da petista de ter usado dinheiro desviado da Petrobras durante a última eleição. O discurso dos tucanos se baseia em trechos já divulgados de depoimentos colhidos no escopo da Operação Lava Jato, que investiga um grande esquema de corrupção na Petrobras que abastecia funcionários públicos, partidos e políticos. 

O PSDB, partido presidido pelo senador Aécio Neves (MG), que perdeu as eleições contra Dilma, destaca trechos de falas do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, em que ele afirma que até 3% dos valores superfaturados nas obras da área que comandava eram divididos entre o PT, o PMDB e o PP, que integra a base do governo. Segundo ele, haveria um cartel de empresas que dividia lotes de obras para pagar, posteriormente, propinas às siglas. 
No pedido de investigação à Justiça Eleitoral, os tucanos levantaram os valores arrecadados junto às empresas acusadas de compor esse cartel pelo PT e o PMDB, partido do vice de Dilma, Michel Temer, e conclui: "Como é cediço, os recursos arrecadados por partidos políticos são também destinados ao financiamento das campanhas eleitorais de que participam. Assim, o privilégio do financiamento espúrio não é só aquele oriundo da melhor inserção social dos partidos no tempo, mas também na própria campanha eleitoral". 
Na ação, o partido também alega que houve uso abusivo de cadeias de rádio e TV para promoção pessoal e propaganda antecipada da candidatura de Dilma, além de listar supostas irregularidades no uso de ONGs e sindicatos para transporte de eleitores e propaganda irregular contra Aécio. O pedido de investigação diz esperar a cassação do diploma de Dilma e a "consequente" posse de Aécio e seu candidato a vice, Aloysio Nunes, "nos termos da jurisprudência assentada" pelo Tribunal Superior Eleitoral. (Folha Poder)

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
Já lembrei isto à presidente Dilma Rousseff uma vez e o faço de novo: “Quos volunt di perdere, dementant prius” — “Os deuses primeiro enlouquecem aqueles a quem querem destruir”. A citação com todos os termos no singular é mais conhecida: “Quem vult deus perdere dementat prius” — “Deus primeiro enlouquece aquele a quem quer destruir”.
A presidente Dilma Rousseff e Michel Temer, seu vice, foram diplomados nesta quinta-feira pelo Tribunal Superior Eleitoral. Dilma se esqueceu de que recebia ali o documento que lhe permite tomar posse do segundo mandato e resolveu pensar como uma socióloga nefelibata, do tipo que anda com a cabeça nas nuvens e os pés também. A governanta decidiu se referir à roubalheira na Petrobras e, ora vejam!, dividir as suas culpas conosco. Na verdade, tudo bem pensado, foi ainda mais grave: a presidente nos tomou a todos como corruptos — os brasileiros no geral.
Ao falar sobre o que é preciso para coibir a ladroagem na estatal, disse: “É preciso uma nova consciência, uma nova cultura, fundada em valores éticos profundos. Ela tem de nascer dentro da cada lar, dentro de cada escola, dentro da alma de cada cidadão e ir ganhando de forma absoluta as instituições”.
Com a devida vênia, a presidente enlouqueceu. Retiro. Esse discurso não tem né pé nem cabeça nas nuvens. Tem é os dois pés no chão e as duas mãos também. Quer dizer que há fatores, digamos, antropológicos e socioculturais que explicam os desvios praticados por diretores nomeados pelo PT e uma corja de políticos? Dilma está a dizer que o país todo é corrupto e que o que se praticava na Petrobras é a nossa rotina.
É mesmo? Quem nomeou Paulo Roberto Costa, Renato Duque e Nestor Cerveró? Foi o cidadão comum, o estudante, a dona de casa, eu, você? A propósito: eles foram nomeados por quê? E aqui cumpre lembrar como esta senhora pretende mudar a cultura brasileira: ela vai dar uma vice-presidência do Banco do Brasil a Anthony Garotinho, candidato derrotado ao governo do Rio pelo PR e com uma extensa, como direi?, ficha na Justiça. O que ele entende do assunto? Por que vai assumir o posto? É a sua especialidade que o conduzirá ao cargo?
A presidente investiu ainda no nacionalismo tosco: “Alguns funcionários da Petrobras, empresa que tem sido e vai continuar sendo o nosso ícone de eficiência, brasilidade e superação, foram atingidos no processo de combate à corrupção. Estamos enfrentando essa situação com destemor e vamos converter a renovação da Petrobras em energia transformadora do nosso país. Temos de punir as pessoas, não destruir as empresas. Temos de saber punir o crime, não prejudicar o país ou sua economia”.
É mesmo? Fale com o mercado, minha senhora! Fale com os investidores. Converse com os acionistas que foram lesados dentro e fora do país. Infelizmente para nós, é mentira que a Petrobras seja um exemplo de eficiência. Ao contrário: a empresa não consegue nem fechar o seu balanço e está virando pó. Infelizmente para nós, é mentira que o que se deu lá seja uma exceção. O que se fez por lá é método.
O presidente do TSE, Dias Toffoli, também discursou. Afirmou: “Não haverá terceiro turno na Justiça Eleitoral. Que os especuladores se calem. Já conversei com a Corte, e é esta a posição inclusive do nosso corregedor-geral eleitoral. Não há espaço para terceiro turno que possa vir a cassar o voto destes 54,5 milhões de eleitores”.
Certo. Vamos explicar. Não haverá terceiro turno porque não há terceiro turno previsto em lei, certo? Quanto ao mais, diga-se o óbvio: se aparecer algum crime eleitoral que venha a ensejar a perda de mandato, reivindicá-la, deve concordar o ministro Toffoli, não é “terceiro turno”, mas exercício do Estado de Direito. Se o crime aparecer, cassar o mandato não é “terceiro turno”, mas exercício do Estado de Direito. De resto, a sombra que se projeta sobre o mandato de Dilma não está na esfera eleitoral, mas criminal. A propósito, doutor Toffoli: quando a Câmara dos Deputados aceitou a denúncia contra Fernando Collor por crime de responsabilidade, aquilo foi terceiro turno ou cumprimento da lei e da Constituição?

Leiam trechos:
A Petrobras vale hoje, no mercado, R$ 135 bilhões, pouco mais de um sexto do que valia em 2008 (R$ 737 bilhões). A diferença, R$ 602 bilhões, corresponde a quase 25 anos de pagamento do Bolsa Família (dados de 2013). Sei que o valor não é conversível em benefícios sociais. Forneço uma grandeza para que os leitores percebam como a República dos Companheiros distribui riquezas… Nessa conta não entra a roubalheira de Abreu e Lima, Pasadena e outras. A dívida da empresa está em R$ 330 bilhões, quase 7% do PIB e 2,4 vezes o seu valor de mercado, aquele que abre este parágrafo. Entre a primeira e a última linhas, o que se tem é a crônica da impostura, da empulhação e da safadeza.
A conclusão é inescapável: o PT privatizou a Petrobras e quebrou a empresa. É o fundo do poço!
(…)
BOLSONASSAURO
A estupidez disparada pelo deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) não deixa margem a interpretações alternativas. Se ele diz a uma desafeta que não vai estuprá-la porque ela não merece, deve-se concluir o óbvio: segundo ele, algumas mulheres merecem o estupro, em particular aquelas que ele admira. “Ah, ela atacou primeiro!” E daí?
(…)
Sem contar que o deputado ainda acabará fazendo de Maria do Rosário ministra –o que, convenham, caracterizaria um atentado à inteligência e, pois, a um direito humano.
Para ler a íntegra da coluna, clique aqui
Por Reinaldo Azevedo

NA VEJA ON LINE
Mais cinco políticos entram para rol dos citados no petrolão
Em depoimentos, o delator Paulo Roberto Costa envolveu o petista Tião Viana, governador do AC, e 4 deputados do PT, PP e PMDB no esquema, diz jornal
O DELATOR - Paulo Roberto Costa detalhou à PF suas relações com políticos (Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)

Em reportagem estampada na capa da edição de 10 de setembro deste ano, VEJA revelou que o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa havia dado às autoridades o nome de mais de trinta políticos beneficiários do esquema de corrupção instaurado na estatal. A lista incluía algumas das mais altas autoridades do país e integrantes dos partidos da base de apoio do governo do PT. Estavam lá três governadores, seis senadores, um ministro de Estado e pelo menos 25 deputados federais. Três semanas depois, VEJA revelou que Costa contou às autoridades que, em 2010, o ex-ministro Antonio Palocci o procurou para pedir 2 milhões para campanha da presidente Dilma Rousseff. Ao longo das mais de oitenta horas de depoimento, Costa envolveria ainda os nomes de outros políticos no petrolão. Reportagem desta sexta-feira (19) do jornal O Estado de S. Paulo inclui mais cinco nomes no rol dos citados no petrolão: o governador reeleito do Acre, Tião Viana (PT), os deputados Vander Luiz dos Santos Loubet (PT-MS), Alexandre José dos Santos (PMDB-RJ), Luiz Fernando Faria (PP-MG) e José Otávio Germano (PP-RS).
Como revelou VEJA, Costa apontou como beneficiários do esquema também os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), além do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA). Do Senado, Ciro Nogueira (PI), presidente nacional do PP, e Romero Jucá (PMDB-RR), o eterno líder de qualquer governo. Já no grupo de deputados, o petista Cândido Vaccarezza (SP) e João Pizzolatti (SC), um dos mais ativos integrantes da bancada do PP na casa. O ex-ministro das Cidades e ex-deputado Mario Negromonte, também do PP, é outro citado como destinatário da propina. Da lista de três “governadores” citados pelo ex-diretor, todos os políticos são de estados onde a Petrobras tem grandes projetos em curso: Sérgio Cabral (PMDB), ex-governador do Rio, Roseana Sarney (PMDB), atual governadora do Maranhão, e Eduardo Campos (PSB), ex-governador de Pernambuco e ex-candidato à Presidência da República morto em agosto deste ano em um acidente aéreo.
Leia também:
Segundo o jornal, Costa afirmou às autoridades que teria intermediado, em 2010, o pagamento de 20 milhões de reais para o caixa dois da campanha de Eduardo Campos, então candidato a reeleição em Pernambuco. De acordo com o delator, o operador da transação foi o ex-ministro da Integração Nacional Fernando Bezerra. A reportagem informa ainda que o ex-diretor citou os nomes do tucano Sérgio Guerra, morto em março deste ano, dos senadores petistas Delcidio Amaral (MS) Gleisi Hoffmann (PR), Humberto Costa (PE) e Lindbergh Farias (RJ).
O jornal informa ainda que Costa disse, em depoimento, que o então presidente do PSDB o teria procurado em 2010 e cobrado 10 milhões de reais para enterrar a CPI da Petrobras aberta no Senado no ano anterior. Também afirmou que teria repassado 1 milhão de reais para a campanha de Gleisi ao Senado no mesmo ano. E disse que, nas eleições de 2014, ficou responsável por pedir a empreiteiras doações para a campanha de Lindbergh ao governo do Rio de Janeiro.
Com base nos depoimentos de Costa e também do doleiro Alberto Youssef, caixa do petrolão, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhará ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedido de abertura de inquérito contra os políticos pilhados no petrolão. Permanecerão no Supremo inquéritos contra parlamentares, autoridades com prerrogativa de foro e casos em que a atuação no esquema estiver diretamente ligada aos políticos. Os casos de políticos que não conseguiram um novo mandato nestas eleições devem permanecer em primeira instância. Janot, contudo, apenas apresentará os pedidos de investigação em fevereiro do ano que vem, ao término do recesso do Judiciário.


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