DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
O pânico se estabeleceu nas principais diretorias da Petrobras, sobretudo as enroladas na roubalheira do Petrolão (Abastecimento, Serviços, Gás e Energia, entre outras): auditores da Controladoria Geral da União (CGU) notificaram os funcionários a oferecerem voluntariamente a quebra do sigilo bancário referente aos últimos sete anos. A CGU quer examinar até a evolução patrimonial de cada um.
Além da quebra de sigilo bancário, funcionários que fizeram viagens internacionais, mesmo em férias, terão de explicar cada uma delas.
Os funcionários não são obrigados a abrir mão do sigilo bancário, mas quem não o fizer ficará sujeito a vê-lo quebrado na marra, na Justiça.
A CGU parece haver renovado a motivação após o anúncio da saída do ministro Jorge Hage, velho e disciplinado militante do PT.
Cresceu 135%, em dois anos, o valor recuperado pela Advocacia-Geral da União (AGU) em ações de ressarcimento por eleição suplementar. A AGU cobra de candidatos cassados ou barrados após serem eleitos, os gastos da Justiça Eleitoral com a realização de uma nova eleição. No total, as procuradorias da União espalhadas pelo País propuseram 84 ações de ressarcimento. Nelas, são cobrados mais de R$ 3,2 milhões.
A oposição acha que a presidente da Petrobras, Graça Foster, tem tudo a ver com o Petrolão. E propôs o indiciamento dela pelos crimes de peculato, corrupção passiva, prevaricação, condescendência criminosa, falso testemunho e improbidade administrativa.
Graça Foster permanece na Petrobras porque Dilma não encontrou ainda um substituto capaz de restabelecer a confiança e a credibilidade da empresa. Houve várias sondagens, mas todos recusaram.
Depois de torrar dinheiro do contribuinte para comprar iPhones 6, em vez de coçarem o próprio bolso, alguém poderia explicar ao menos por que 81 senadores precisam de 84 aparelhos?

NA COLUNA DIÁRIO DO PODER
DILMA DEFENDE PORTO DE MARIEL, EM CUBA, FINANCIADO PELO BNDES
O TEMA “PORTO DE MARIEL” FOI UMA DAS PRINCIPAIS CRÍTICAS FEITAS PELA OPOSIÇÃO DURANTE A CAMPANHA PRESIDENCIA
Publicado: 17 de dezembro de 2014 às 18:28

Foto: Roberto Stuckert Filho/ PR

A presidente Dilma Rousseff citou o Porto de Mariel, em Cuba, financiado com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), pouco antes de embarcar de volta da Argentina para o Brasil. “Fico muito feliz com o acordo entre os Estados Unidos e Cuba porque toda a política do governo brasileiro até agora tem sido enfatizar, e não só do ponto de vista retórico, mas com ações concretas, a forma pela qual Cuba tem de ser integrada. Algo que foi tão criticado durante a campanha, o porto de Mariel, mostra hoje mesmo a sua importância para toda a região. E para o Brasil principalmente na medida em que hoje o porto é estratégico pela sua proximidade com os Estados Unidos”, afirmou Dilma, na porta do carro oficial que a levou para a base aérea de Paraná.
O tema “Porto de Mariel” foi uma das principais críticas feitas pela oposição durante a campanha presidencial, vencida por Dilma no segundo turno por margem estreita de votos. Liderados pelo tucano Aécio Neves (PSDB-MG), os oposicionistas criticaram a decisão do governo federal petista de usar recursos subsidiados do BNDES para financiar a construção de um porto em Cuba, comandado há quase 56 anos pelos irmãos Fidel e Raúl Castro.
“Eu achei fantástica essa retomada das relações entre os Estados Unidos e Cuba. Acredito que isso é um marco das relações da nossa região”, completou Dilma.

DILMA DIZ QUE É MUITO DIFÍCIL ACHAR NOMES PARA OS MINISTÉRIOS
ELA CONFESSOU A CRISTINA QUE ESTÁ ‘MUITO DIFÍCIL’ ENCONTRAR MINISTROS
Publicado: 17 de dezembro de 2014 às 19:54 - Atualizado às 7:58

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Conversa entre Dilma e Cristina foi captada, pois esqueceram um microfone ligado. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Numa conversa entre as presidentes Dilma Rousseff e a Cristina Kirchner, da Argentina, enquanto ainda havia um dos microfones ligados, Dilma afirmou que a nomeação dos ministros para seu segundo mandato “está muito difícil”. O diálogo, de 35 segundos, ocorreu enquanto elas se despediam após o fim da reunião do Mercosul e foi gravado pelo portal do Estadão. Cristina perguntou a Dilma os novos ministros seriam anunciados nesta quinta-feira, 18.
“Não, vou tomar posse no dia primeiro de janeiro”, respondeu Dilma. Em seguida, Cristina repetiu: “Não vai anunciar o gabinete amanhã?”. Dilma retrucou: “Não, estou a formá-lo. É muito difícil. Você não sabe como é difícil no Brasil”. As duas sorriram, após um beijo e Cristina afirmou “Boa sorte”. As duas presidentes participaram nesta quarta (17) da 47ª reunião de cúpula do Mercosul, na Argentina. (João Villaverde, enviado especial/AE)

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
Publicado no Estadão desta quarta-feira (17)
Na quinta-feira (11-12-2014) o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, resumiu numa sentença lapidar a frustração de todos os brasileiros com a roubalheira na Petrobras, que seus subordinados estão investigando na Operação Lava Jato: “Essas pessoas roubaram o orgulho dos brasileiros”. Fê-lo em Curitiba, onde tinha ido entregar a denúncia deles à Justiça, fechando a semana que começara cobrando a demissão da diretoria da estatal, em solenidade da instituição que chefia, no Dia Internacional de Combate à Corrupção. Incapaz de tomar uma atitude que não seja para cumprir ordem da chefe, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, ali presente, ressuscitou o Conselheiro Acácio, de Eça, ao reconhecer a existência de indícios de corrupção na ex-maior empresa do Brasil (agora é a quarta, abaixo de Ambev, Itaú e Bradesco). Só depois negaria legitimidade ao cobrador, na ausência deste.


NO BLOG DO CORONEL
Dilma, Gaievski e Gleisi: um estuprador à solta no Palácio do Planalto e com imunidade para cometer dezenas de crimes.

O Senado aprovou nesta quarta-feira, 17, a inclusão do crime conhecido como "feminicídio" no Código Penal. O termo define o homicídio praticado contra a mulher por razão de gênero ou mediante violência doméstica e/ou sexual.
A relatora do projeto, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), considerou a aprovação do texto como uma resposta às declarações do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), que há duas semanas afirmou, no plenário da Câmara, que não estupraria a deputada Maria do Rosário (PT-RS) porque "ela não merece".
"O Congresso não pode ficar impassível diante de tanta barbárie e silenciar sobre o assunto. Por isso é importante a votação do projeto", afirmou Gleisi.
Desde o episódio, a bancada feminina fazia pressão para que o projeto fosse votado. A pena definida pelo Código Penal para os crimes de "feminicídio" são de 12 a 30 anos de reclusão. O projeto segue agora para a apreciação na Câmara dos Deputados. (Estadão)
Recordem o caso Gaievski na matéria abaixo da Veja, de setembro último.
O ex-assessor da Casa Civil da Presidência da República Eduardo Gaievski foi condenado a 18 anos e um mês de prisão pelos crimes de estupro de vulnerável, estupro presumido e estupro qualificado. A sentença foi dada no Fórum de Realeza, no Paraná. Gaievski trabalhava diretamente com a então ministra Gleisi Hoffmann, que deixou o posto para disputar o governo do Paraná. Ele foi demitido em agosto do ano passado, quando VEJA revelou as acusações de abuso sexual de menores.
Esta foi a primeira sentença dos 17 processos contra Gaievski por crimes sexuais contra menores de idade. Os outros 16 processos também estão na fase final. Gaievski foi levado para a Casa Civil pela própria Gleisi, que diz nunca ter sido informada sobre os crimes do petista. Natalício Farias, advogado de algumas vítimas, espera uma pena total bem maior. “Fizemos as contas e a pena dele poderá chegar a 356 anos de prisão”, diz.
A sentença que condenou Gaievski foi proferida pela juíza Janaína Monique Zellato Albino, do Fórum de Realeza. Com a condenação, o petista deixa o regime de detenção provisória e vai cumprir pena em presídio, em regime fechado.
Gaievski foi prefeito de Realeza pelo PT e, no Palácio do Planalto, cuidava das políticas para saúde e para crianças e adolescentes, como a prevenção do crack. Gaievski também ajudou a criar o programa Mais Médicos, que trouxe médicos de Cuba para trabalhar no Brasil. Sua prisão pode representar mais um baque na candidatura de Gleisi Hoffmann no Paraná, que amarga um terceiro lugar nas pesquisas.

Relator petista da CPI da Petrobras muda relatório e pede a cabeça de Graça Foster.
Marco Maia e Graça Foster, observados pelo senador DelcídioPetrolão Amaral.

O Palácio do Planalto foi pego de surpresa nesta quarta (17) com a declaração do relator da CPI da Petrobras, o petista Marco Maia (RS), de que Graça Foster e os demais diretores da Petrobras não têm mais condições de continuar dirigindo a empresa. Foi a primeira vez que um membro do PT defendeu publicamente a troca na diretoria da estatal após as denúncias da Operação Lava Jato. 
Segundo assessores presidenciais, Dilma Rousseff se irritou com a fala de Maia, principalmente por ele ocupar função chave na CPI, e escalou o ministro Ricardo Berzoini (Relações Institucionais) para rebater o deputado. Nas últimas semanas, o papel de defesa da estatal tem sido executado por José Eduardo Cardozo (Justiça). 
Em entrevista nesta quarta (17), Berzoini disse que o governo tem total confiança na gestão de Foster e da sua diretoria. Ele elogiou ainda os procedimentos adotados pela empresa para investigar as denúncias de corrupção. "[Falei] Em relação a uma declaração que o relator da Petrobras fez como análise política e não com juízo em relação ao seu relatório e que pode evidentemente gerar apreciações equivocadas sobre a opinião que é nossa e de todos que conhecem o desempenho, a competência e o compromisso da Graça Foster com a Petrobras", disse. Segundo ele, sempre que alguém fizer comentários sobre Graça, o governo irá se manifestar. 
Marco Maia alterou seu relatório final nesta quarta para incluir o pedido de indiciamento de cerca de 50 suspeitos de participar do esquema de corrupção na estatal. Na lista há os ex-diretores da petroleira Paulo Roberto Costa, Nestor Cerveró e Renato Duque, e dois ex-gerentes, Pedro Barusco e Silas Oliva. Mas nem o afastamento de Graça e dos atuais diretores, nem o seus indiciamentos constam do relatório final. 
Por falta de quórum, a CPI encerrou as atividades desta quarta sem votar nenhum dos relatórios apresentados. A sessão, suspensa à tarde, recomeçou após as 21h. Reuniões de CPIs só podem ocorrer quando não há votações na Câmara e no Senado. Após confusão -- alguns parlamentares diziam ainda havia votações no Senado --, a comissão deu início à apreciação do relatório de Maia. Antes que a votação fosse concluída, porém, a sessão foi encerrada por falta de quórum. Nova reunião foi marcada para esta quinta (18). Nesta quarta, a oposição apresentou relatório paralelo à CPI pedindo abertura de processo de improbidade contra Dilma e indiciamento de Graça.(Folha de São Paulo)

Raulzito mandou uma banana para um Mercosul cada vez mais isolado.
Os acenos da foto podem ser lidos como "tchau, Mercosul", "tchau, Foro de São Paulo"...Apesar do renitente punho cerrado do índio cocalero...

Nenhum presidente do Mercosul tinha conhecimento da reabertura de relações diplomáticas entre Cuba e Estados Unidos, durante a Cúpula encerrada ontem (17), em Buenos Aires. A notícia caiu com uma bomba na reunião. Sobraram discursos tortos. O fato histórico ameaça o discurso bolivariano, desmancha o já capenga Foro de São Paulo e tem mais efeito na Venezuela, que sobrevive do discurso de ódio aos americanos, do que em Cuba, neste momento. Da mesma forma, quebra as pernas da caloteira Argentina. E da Bolívia que, de quando em vez, expulsa diplomatas americanos que, agora, terão livre trânsito na ilha de Fidel. Dilma, a tresloucada, tentou tirar uma casquinha com o Porto de Mariel que, ao que tudo indica, servirá de atracadouro para navios de cruzeiro entre os dois países. Pagamos um porto para os americanos curtirem férias no Caribe. A foto do encontro é um monumento à perplexidade de um Mercosul cada vez mais isolado.

USA x Cuba: reabertura é um pequeno gesto. Castro soltou um preso americano, mas milhares de opositores cubanos apodrecem nas prisões.
Damas de Branco, grupo formado por esposas e mães de presos políticos, são perseguidas e mal podem enterrar seus mortos.

Os cubanos foram pegos de surpresa. Nem mesmo alguns dos ativistas mais conhecidos da ilha esperavam pelo passo histórico dado ontem (17) pelos governos de Cuba e Estados Unidos, que anunciaram a reabertura de relações diplomáticas após 53 anos de rompimento. Para a maioria — mesmo os opositores ao regime castrista — as mudanças serão importantes para a população como um todo, não só porque são um primeiro passo para reformas internas significativas, mas porque podem atrair os holofotes para os verdadeiros problemas do país.
— É um passo que vai reiterar um clima melhor para os dois povos, especialmente porque nos permitirá focar em nossos problemas mais urgentes, como a falta de democracia em Cuba, ou seja, na relação entre o governo cubano e seus próprios cidadãos — afirma ao GLOBO o ativista e professor Dagoberto Valdés, perseguido pelo regime por fazer críticas na revista “Convivencia”. — Agora esperamos um diálogo similar entre o governo e a sociedade civil.
Pelo Twitter, a blogueira e jornalista Yoani Sánchez passou o dia comentando o anúncio. E questionou a ausência de um posicionamento por parte do líder Fidel Castro. Para ela, mesmo que seu irmão Raúl diga o contrário, o anúncio “tem um sabor amargo de capitulação”. “Uma era termina e espero que esta nova que começa seja do protagonismo da sociedade civil”, escreveu. “Quero ver em quem colocarão a culpa agora sobre o colapso econômico e a falta de liberdades que vivemos em Cuba”. 
São os mesmos questionamentos feitos por Valdés. Ele, que espera que o fim do embargo seja o próximo passo a ser tomado pelos EUA, criticou também a falta de investimentos do governo internamente: — Falta resolver os problemas que vivemos diariamente, a crise econômica, a falta de liberdade civil e política. Espero e desejo que o embargo se resolva em pouco tempo, mas o verdadeiro problema não é este. O verdadeiro bloqueio é o que o governo cubano impõe à iniciativa de seus próprios cidadãos. Deve haver uma lei de liberdade empresarial, de investimentos não só para estrangeiros, mas também para os cubanos, um verdadeiro respeito à propriedade privada.
Na comunidade cubana exilada na Flórida, conhecida pelo conservadorismo e pela ojeriza ao castrismo, a notícia dividiu opiniões. Se por um lado, muitos dissidentes ainda defendem cegamente a queda do regime e são contra qualquer passo capaz de favorecê-lo, por outro, despontam novas gerações de cubano-americanos contentes com esse primeiro passo, avalia a socióloga Marifeli Pérez-Stable, da Universidade Internacional da Flórida.
— É claro que essa questão envolve emoções, muitos imigrantes mais antigos vão ficar irritados. Desde 2009, quando Obama flexibilizou as visitas e liberou as remessas de dinheiro a Cuba, essa geração mais antiga o chama de traidor, o acusa de adotar medidas que ajudam o regime a sobreviver. Mas essas vozes não são mais tão fortes. A opinião dos cubano-americanos está mudando. Existe também o entendimento de que esse é o primeiro passo de um processo lento e difícil e de que talvez seja possível trabalhar pela instauração de uma democracia sem a necessidade de derrubar o governo — diz ela.
Segundo Marifeli, uma boa primeira medida para ajudar a restaurar a confiança no governo de Havana é fazer com que a Assembleia Nacional do Poder Popular, o Congresso cubano, aprove acordos internacionais na área de respeito aos direitos humanos — muitos dos quais já foram ratificados pelo Gabinete.
— Este é um foco importante, fazer com que Cuba se comporte como todos os países democráticos. Outro ponto é cobrar aquilo que o presidente Obama já expressou publicamente: seu desejo de ver representantes da sociedade civil cubana participando ativamente da Cúpula das Américas no Panamá, no ano que vem. Seria uma prova de comprometimento de Raúl Castro com a liberdade e a democracia — sugere a professora.
Para Orlando Gutiérrez-Boronat, secretário-geral do Diretório Democrático Cubano, no entanto, sobram críticas à barganha política e à libertação de cubanos presos. “A decisão do governo Obama de soltar três espiões terroristas da ditadura castrista, em troca de pôr fim ao injusto sequestro do cidadão americano Alan Gross, é um grave erro”, disse em nota. (O Globo)

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
Graça Foster, a presidente da Petrobras, concedeu nesta terça-feira (16) uma entrevista patética a um grupo de jornalistas. Ele admite que a empresa não tem condições de estimar o rombo provocado pela roubalheira. Tentando afetar uma humildade decorosa, afirmou que ela própria e todos os diretores podem e devem ser investigados. Também acho. Mas, para tanto, ela tem de sair de lá. Ela e todos os parceiros de diretoria. Disse, no entanto, que seguirá no cargo enquanto contar com o apoio da presidente Dilma Rousseff. Ok. É a outra Luluzinha quem decide. Mas a confiança da amiga vale muito pouco diante da desconfiança do mercado. Enquanto isso, a Petrobras derrete.
Disse Graça: “Não há a menor segurança de que em 45 dias, 90 dias, 180 dias, 365 dias, 700 dias, de que virão todas essas informações [sobre os desvios] em sua plenitude, porque pode vir uma informação agora e, depois, três ou quatro anos… Não sei como vai ser isso”. Diga aí, leitor, que empresa de auditoria aceitaria assinar um troço desses?
Graça concedeu a entrevista no dia em que a Controladoria Geral da União admitiu que, só na operação de compra da refinaria de Pasadena, a empresa teve um prejuízo de US$ 659 milhões (cerca de R$ 1,8 bilhão), menor do que os US$ 792 milhões (R$ 2,1 bilhões) apontado antes pelo TCU. Como esquecer que, há não muito tempo, a mesma Graça que fez ontem seu exercício de humildade, foi ao Congresso para defender a compra, dizendo que ela era justificada à época?
Não só isso. Também foi ela quem assegurou no fim de março que não havia sinais de pagamento de propina na relação da Petrobras com a empresa holandesa SBM Offshore, conforme havia noticiado a VEJA em fevereiro. No mês passado, ela confirmou que havia, sim, irregularidades, das quais ela saberia desde meados do ano. É mesmo? E ela contou isso pra quem?
Ah, sim: a CGU determinou que a Petrobras instaure processos para cobrar o prejuízo de 22 pessoas, apontadas como responsáveis pela compra da refinaria de Pasadena, incluindo o ex-presidente da estatal José Sérgio Gabrielli, os ex-diretores Nestor Cerveró, Paulo Roberto Costa, Renato Duque e Jorge Zelada.
A sangria da Petrobras parece não ter fim e tende a piorar, com os processos que começam a pipocar no exterior. Mais: se a estatal não apresentar o seu balanço devidamente auditado até o primeiro semestre do ano que vem — e quem se atreve a fazer essa auditoria?, insisto na pergunta —, aquela que já foi a maior empresa brasileira passa a figurar na “lista de inadimplentes” da Comissão de Valores Mobiliários. Essa lista reúne as empresas que não cumpre suas obrigações com a comissão e funciona como uma advertência para afastar investidores.
A Petrobras, hoje, está condenada. E Dilma parece não ter se dado conta do tamanho do problema. É espantoso!

Cuba é um fetiche. Datado, sim, mas ainda um fetiche. Para esquerdistas e direitistas. Que importância efetiva tem no mundo? Nenhuma! De que forma pode interferir nos destinos do Planeta ou que peso político tem no Caribe ou na América Latina? Inferior a zero. Do país, restou a memória de uma revolução que seduziu esperançosos e incautos e que terminou numa ditadura feroz, ainda capaz de arreganhar os dentes ao menos aos nativos.
A chamada Crise dos Mísseis, em 1962, reforçou o simbolismo. Krushev, o líder soviético, mandou instalar mísseis nucleares em Cuba, em suposta resposta à decisão americana de instalar esse armamento na Turquia, na Itália e na Grã-Bretanha. Teve de sair com o rabo entre as pernas. O presidente Kennedy endureceu o jogo, e o mundo chegou bem perto de uma guerra nuclear. O líder soviético acabou retirando toda aquela estrovenga na ilha.
Se querem mais informações a respeito, assistam ao magnífico documentário “Sob a Névoa da Guerra: Onze Lições da Vida de Robert S. McNamara”, de Errol Morris, lançado em dezembro de 2003. McNamara foi o secretário de defesa dos EUA entre 1961 e 1968 e conta detalhes impressionantes daquela crise. Adiante.
Depois de uma troca de prisioneiros, o presidente Barack Obama decidiu normalizar, no limite do possível, as relações com a Cuba dos irmãos Castro. Haverá troca de embaixadores, as restrições para o envio de dinheiro à ilha diminuirão, poderá haver cooperação tecnológica, etc. Ainda não é o fim do embargo, o que só pode ser decidido pelo Congresso dos EUA. Atenção: a divisão, nesse caso, não se dá entre democratas e republicanos. Nos dois partidos, há ferozes críticos dessa aproximação.
Dificilmente o embargo chegará ao fim enquanto Cuba não permitir eleições livres e enquanto o país funcionar em regime de partido único. O embargo, como já deixei claro aqui em outro texto, nada tem a ver com a penúria em que vivem os cubanos, mas fornece munição ideológica a Fidel e Raúl Castro. Se caísse amanhã, o país seguiria sendo uma fazendola de ditadores jecas.
O alarido que se faz por aí em razão desse acordo, mediado pelo papa Francisco, remete a um mundo que já não há, ainda que Cuba tenha deixado alguns maus resquícios na consciência latino-americana. Regimes excrescentes como o venezuelano, o equatoriano, o boliviano e o nicaraguense são filhos diletos do castrismo. São ditaduras mitigadas, mas ditaduras ainda assim.
Não deixa de ser curioso que o governo americano busque a aproximação com Cuba quando impõe sanções à Venezuela, que, bem, ainda não é um regime cubano, mas sonha ser. Obama logra um pequeno êxito, em meio a uma notável coleção de desastres em política externa, e os Castros conseguem uma folguinha e dão uma aparência mais civilizada à ditadura.
Só para constar: o regime comunista de Cuba, ainda em vigência, é um dos mais criminosos do Planeta. Estimam-se em 100 mil os mortos de sua “revolução” — 17 mil fuzilados, e os demais, creiam, afogados, tentando deixar o país. Doze milhões de cubanos moram na ilha, mas os exilados passam de dois milhões. O regime castrista criou o primeiro campo de concentração da América Latina. O país ainda prende pessoas por delito de opinião e conserva presos políticos em suas masmorras.
Reitero: não tem mais importância nenhuma, mas restou, para os esquerdistas nada preocupados com os direitos humanos, como símbolo da luta anti-imperialista. Para os anticomunistas, como símbolo do horror de que são capazes as esquerdas quando chegam ao poder.
Assim, meus caros, deixo claro: sabem qual é o impacto que tem no mundo o acordo costurado entre Obama e os Irmãos Castro? Inferior a zero. Mas rende notícia que é uma barbaridade.
Só para não deixar passar: quem mantém relações especiais com Cuba, estes sim, são os petistas, aqui do Brasil. Afinal, a ilha recebe quase R$ 1 bilhão por mês em razão do programa “Mais Médicos”. Todo mundo sabe que o dinheiro sai. Se, depois, ele volta, não há como saber. Ditaduras não gostam de fornecer informações. E, não custa lembrar, o Brasil financiou a construção do porto de Mariel com verbas do BNDES. Quanto? A informação é considerada sigilosa.
Cuba não tem importância, mas pode servir a propósitos nem sempre transparentes dos países amigos.

NO BLOG DO JOSIAS
As circunstâncias conspiravam a favor da lógica. Condenado por improbidade administrativa num processo sobre superfaturamento das obras de um túnel, Maluf havia sido enquadrado pelo TRE-SP na lei que exige ficha limpa dos candidatos. O TSE confirmara a sentença. Maluf recorrera. E o recurso foi a julgamento na noite passada (17).
Criou-se para os ministros do TSE uma versão pós-eleitoral do dilema hamletiano: barrar Maluf ou barrar Maluf?, eis a questão. E os magistrados, por 4 votos a 3, optaram pela única alternativa que a lógica tornara indisponível: liberaram o Maluf.
Desse jeito, não resta à plateia senão concordar com uma velha tese de Dostoiévski: se Deus não existe, tudo é permitido. Se Paulo Maluf não é ficha suja, extinguem-se sobre a Terra todos os valores éticos e morais.
Os 250 mil votos que São Paulo deu ao higienizado personagem serão validados. Maluf será diplomado e assumirá mais um mandato de deputado federal. Quanto a você, sinta-se à vontade para invadir um asilo e esganar meia dúzia de velhinhos. Se preferir, pode optar pelo auto-esganamento. Tudo é permitido.


NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
ESBIRROS DO LULA NA GRANDE MÍDIA FALSEIAM A VERDADE E QUEREM QUEIMAR BOLSONARO NA FOGUEIRA COMUNISTA ARMADA PELO PT
Fotograma de vídeo que mostra o momento em que o deputado Jair Bolsonaro foi acusado de estuprador pela deputada petista Maria do Rosário.
Muito se tem falado e comentado a respeito da celeuma que surgiu em torno da discussão havida entre o deputado Jair Bolsonaro (PP) e a deputada petista Maria do Rosário. O fato, já de amplo conhecimento, serviu para que a malta esquerdista do PT e seus satélites arranjassem um motivo para levar o parlamentar carioca a ser julgado por suposta ‘falta de decoro parlamentar’, o que lhe pode custar a cassação do mandato.
Por ser conservador e crítico permanente do PT e seus sequazes, o deputado Jair Bolsonaro quando não é ignorado pelos esbirros do PT que dominam a grande imprensa brasileira, é alvo de crítica e deboche gratuitos, por parte da maioria dos jornalistas penas alugadas de Lula e seus acólitos. 
Creio que uma análise formulada pelo filósofo, jornalista e escritor Olavo de Carvalho coloca a verdade no seu devido lugar. Olavo enviou o texto que transcrevo abaixo para o jornalista Reinaldo Azevedo da revista Veja.
Concordo com o argumento de Olavo de Carvalho. Embora não seja um ‘seguidor’ do deputado Jair Bolsonaro, se morasse no Rio de Janeiro não tenho nenhuma dúvida que nele votaria! Portanto, Bolsonaro tem o meu apoio total e irrestrito e o que estão fazendo com ele é uma tremenda sacanagem, própria do esquema comunista do PT de assassinar reputações e tratorar todos aqueles, que como Bolsonaro, dizem a verdade sobre a escumalha petista.
O texto de Olavo de Carvalho é merecedor de toda a atenção, mormente quando o deputado Jair Bolsonaro está sim sendo vítima da malta comunista especializada em petrolões e mensalões. Leiam:
“Não sou um "seguidor do deputado Bolsonaro" e, é óbvio, jamais assinaria qualquer petição para tirar você da Veja, mas peço que você preste atenção a estas explicações:
(1) Ao chamar o seu colega de "estuprador", sem a menor provocação, a deputada Maria do Rosário lhe imputou caluniosamente uma conduta criminosa; 
(2) Ela não o fez no calor de uma discussão, mas por iniciativa unilateral;
(3) Ela repetiu a acusação calma e friamente, ao responder "É sim" quando o deputado lhe perguntou "Agora sou eu o estuprador?". Isso denota conduta deliberada. 
Em resposta, tudo o que o ofendido fez foi uma piada de mau gosto. 
Interpretar a coisa como apologia do estupro é logicamente inviável. Não creio ser necessário lembrar que ele não disse que a colega MERECIA ser estuprada, o que seria, sim, apologia do crime (aliás cometida pelo sr. Paulo Ghiraldelli impunemente contra a apresentadora Raquel Scheherazade), mas disse que ela NÃO O MERECIA, o que é uma observação sarcástica de ordem estética e nada mais -- injusta, no meu entender, já que a sra. Maria do Rosário não é tão feia assim. 
O ato do sr. Bolsonaro inclui-se claramente nos dois tipos de atenuantes que a lei brasileira admite para o crime de injúria (a) se a ofensa é emitida EM REVIDE a uma ofensa anterior; (b) se é emitida IMEDIATAMENTE após a ofensa. A conduta da sra. Maria do Rosário não tem atenuante nenhum, tem os agravantes de deliberação e da ausência de provocação.
Não há o menor senso das proporções em nivelar a conduta dos dois, muito menos em enxergar maior gravidade nas palavras do sr. Bolsonaro que nas da sra. Maria do Rosário.
A inversão da escala de julgamento torna-se ainda mais intolerável quando se conhece o contexto da discussão. O sr. Bolsonaro estava apresentando um projeto de lei que pedia punições mais graves para os estupradores e reduzia o prazo de maioridade penal de modo a que a punição pudesse atingir tipos como o Champinha, um dos estupradores e assassinos mais cruéis que este país já conheceu. A sra. Maria do Rosário, em contraposição, defendia privilégios legais para os Champinhas da vida. As palavras que ela disse ao sr. Bolsonaro revelam um esforço perverso de INVERTER o sentido dos acontecimentos, fazendo do sr. Bolsonaro um apologista daquilo que ele combatia e ela protegia. 
Sob qualquer ângulo que se examine, a investida geral da mídia contra o sr. Bolsonaro está acobertando a conduta criminosa da sra. Maria do Rosário e falsificando a realidade do que se passou.
P. S. - Dar às palavras do deputado Bolsonaro o sentido de que "estupro é matéria de merecimento" é trasmutar um sarcasmo em afirmação literal e expressão formal de um juízo de valor. Se aceitamos esse tipo de manipulação da linguagem e ainda queremos fazer dele a base para uma condenação judicial, então fica difícil criticar o mesmo expediente quando usado pelos petistas.” 


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