DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 20-8-2014

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Um dos principais esquemas que abasteciam de reais o “banco central” da corrupção no Brasil, chefiado pelo mega-doleiro Alberto Youssef, tinha origem no exterior. Preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, Youssef comprava no Paraguai, por exemplo, cujo comércio aceita reais, o dinheiro gasto pelos brasileiros naquele país, sobretudo compras em Ciudad del Este. E trazia o dinheiro em caixas e malas.
Youssef trocava milhões de reais pelo pagamento, também no exterior, de dívidas de importadores e comerciantes paraguaios.
Compravam-se reais lá fora pela dificuldade de fazer grandes saques em bancos do Brasil sem órgãos de controle como Coaf perceberem.
A intimidade de Youssef com o submundo no Paraguai nasceu com o escândalo das contas CC5. Ele foi sócio do Banestado naquele país.
Empresas de economia mista controladas pelo governo federal, com ações comercializadas em bolsas de valores, o Banco do Brasil e a Petrobras bloquearam o acesso dos seus funcionários à Wikipedia, a enciclopédia livre online. Segundo o Banco do Brasil, o acesso dos seus funcionários à internet é “um recurso de trabalho” para “atividades profissionais” e que, portanto, o bloqueio é “prerrogativa da empresa”.
As propostas Dilma (PT) registradas na Justiça Eleitoral mostram o distanciamento entre a candidata e o vice Michel Temer: ele e o PMDB não são citados. Já o ex-presidente Lula é mencionado 14 vezes.
Algum desavisado pode achar que Lula é o candidato a presidente pelo PT, e não Dilma. Nos programas de estreia, sobretudo no rádio, só deu o ex-presidente. Talvez para garantir a condição de eventual substituto.
Praticamente de férias, a Câmara dos Deputados transforma-se rapidamente no melhor local de “trabalho” no mundo: uma sessão deliberativa foi realizada em agosto. Outra, talvez, só em outubro.
O almoço de Dilma com os operários da usina de Santo Antônio (RO), ontem, em nada lembra sua rotina. Em junho, o Alvorada e o Planalto reservaram R$ 172,1 mil só para renovar a cristaleira de madame.
A maior dificuldade dos políticos, sobretudo do PSB, é saber a hora de parar de explorar a morte do ex-governador Eduardo Campos.

NO BLOG DO NOBLAT
O Globo
Após receber apoio da família de Eduardo Campos, o deputado federal Beto Albuquerque (PSB-RS) conquistou o posto de vice na chapa presidencial de Marina Silva. A Executiva Nacional do PSB tem uma reunião marcada para esta quarta-feira, na qual a chapa deve ser formalizada.
A decisão de colocar Albuquerque como vice foi sacramentada após uma série de reuniões em Recife, das quais participaram parentes e aliados de Campos e os dois principais dirigentes nacionais do partido: o presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, e o secretário-geral, Carlos Siqueira.
 
Beto Albuquerque foi escolhido pelo PSB de Pernambuco para ocupar o lugar de vice - Foto: Brizza Cavalcante

O Globo
Embora tenha conseguido progressão de pena para o regime semiaberto há menos de uma semana, Suzane Von Richthofen não pretende mais sair da cadeia. Condenada a 38 anos e seis meses de prisão pelo assassinato dos pais, Manfred e Marísia, Suzane já cumpriu quase 12 anos em regime fechado.
A progressão de pena, pedida pelos seus defensores desde 2009, foi concedida pela juíza Sueli de Oliveira Armani, da 1ª Vara de Execuções Criminais de Taubaté. Na decisão, a magistrada reconheceu que Suzane "não apresenta anotação de infração disciplinar ou qualquer outro fator desabonador em seu histórico prisional".
O benefício permitiria à Suzane passar os dias fora da prisão, desde que estivesse formalmente empregada, e apenas dormir na cadeia. Mas ontem, o Tribunal de Justiça de São Paulo informou que Suzane entrou com um pedido para permanecer em regime fechado na Penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo, onde cumpre pena.


Renée Pereira, Estadão
O atraso no cronograma de algumas hidrelétricas já começa a ter impacto na conta de luz dos brasileiros. Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a tarifa cobrada pelo uso do sistema de transmissão, que compõe o custo da energia elétrica no Brasil, subiu em média 70% na parcela que cabe aos consumidores.
Os residenciais e demais clientes atendidos pelas distribuidoras vão sentir os efeitos do aumento a partir dos reajustes anuais. Os grandes consumidores já começaram a pagar a conta, aprovada em junho. A receita das empresas do sistema de transmissão de energia, que interliga as cinco regiões do País, é bancada pelos geradores e consumidores.


NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
Salve! Admar Gonzaga, ministro do TSE, havia decidido restaurar a censura no país, mas o ministro Gilmar Mendes, que também integra a corte eleitoral, pôs os devidos pingos nos is e nos devolveu ao ambiente democrático, no que foi seguido por quatro outros membros do tribunal. Explico.
Circulavam como propaganda paga na Internet dois textos da consultoria Empiricus com os seguintes destaques: “Que ações devem subir se o Aécio ganhar a eleição? Descubra aqui, já” e “Saiba como proteger seu patrimônio em caso de reeleição da Dilma”. Muito bem. A coligação “Com a Força do Povo”, que tem a petista Dilma Rousseff como candidata à reeleição à Presidência, recorreu ao TSE, acusando suposta propaganda veiculada na internet com conteúdo negativo contra a petista e positivo para Aécio.
O ministro Admar Gonzaga concedeu uma liminar em favor dos reclamantes porque considerou que houve, sim, excesso nas expressões utilizadas nos anúncios, determinando que o conteúdo fosse retirado do ar e aplicando ainda uma multa de R$ 5 mil à Empiricus. A empresa recorreu ao TSE e venceu por um placar muito eloquente.
Gonzaga reafirmou o conteúdo de sua liminar na votação desta terça e voltou a defender as punições. Para ele, a publicidade não só menciona o pleito futuro, por meio de propaganda paga na internet, como também faz juízos positivo e negativo sobre dois candidatos à Presidência. Viu ainda uma “clara estratégia de propaganda subliminar”. Felizmente, só a ministra Laurita Vaz endossou o seu ponto de vista.
Quem abriu a divergência e deu o primeiro voto contra a liminar que impunha a censura foi o sempre excelente ministro Gilmar Mendes. Com absoluta propriedade, afirmou: “Não vamos querer que a Justiça Eleitoral, agora, se transforme em editor de consultoria”. O ministro disse ainda temer que “esse tipo de intervenção da Justiça Eleitoral em um tema de opinião venha a, realmente, qualificar uma negativa intervenção em matéria de livre expressão”. E concluiu de maneira irrespondível: “Tentar tutelar o mercado de ideias não é o papel da Justiça Eleitoral”. Seguiram o seu voto os ministro Luiz Fux, João Otávio de Noronha, Luciana Lóssio e Dias Toffoli, presidente do tribunal.
Que bom que o estado de direito ainda respira, não é mesmo? O PT havia apelado ao TSE com base na Lei Eleitoral, a 9.504. A depender da interpretação que se queira dar a esse texto, o país fica praticamente impedido de debater publicamente questões que digam respeito a política justamente quando isso se faz mais necessário: durante as eleições. É uma sandice e uma piada.
Mendes e os outros quatro ministros puseram as coisas no seu devido lugar.

Na VEJA.com:
Um estudo divulgado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) nesta terça-feira mostra que 93% dos eleitores brasileiros consideram o serviço de saúde do país, tanto público quanto privado, como péssimo, ruim ou regular. Entre os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), a taxa de insatisfação é de 87%. A pesquisa foi feita em junho pelo instituto Datafolha a pedido do CFM. Ao todo, foram entrevistadas 2.418 pessoas maiores de 16 anos e moradoras de regiões de todo o país. Segundo o levantamento, 92% dos brasileiros buscaram atendimento no SUS nos últimos dois anos, sendo que 89% conseguiram ser atendidos. Mesmo assim, mais da metade desses entrevistados considera que conseguir um serviço na rede pública de saúde é difícil ou muito difícil, principalmente no caso de cirurgias e procedimentos específicos, como hemodiálise e quimioterapia.
Fila
Uma das principais queixas em relação ao SUS é o tempo que leva para o usuário ser atendido. Segundo o estudo, 30% dos entrevistados estão na fila de espera da rede pública de saúde ou possuem algum familiar nessa situação. Das pessoas que aguardam atendimento, 29% esperam há pelo menos seis meses, sendo que metade delas está na fila há mais de um ano. Apenas 20% afirmam ter conseguido o serviço em menos de um mês após o pedido de consulta, exame ou cirurgia. ”Essa sobrecarga no atendimento de urgência e emergência acentua a visão negativa sobre o SUS e demonstra a total falta de gestão e regulação do sistema. É ali que, diariamente, pacientes e médicos e outros profissionais de saúde constatam o abandono deste serviço público que, para muitos, é a única alternativa”, afirma Roberto d’Avila, presidente do CFM.
Outro alvo de insatisfação dos usuários do SUS é o atendimento de urgência e emergência. Sete em cada dez pessoas que buscaram esses serviços nos últimos dois anos os avaliaram como péssimo, ruim ou regular. Por outro lado, os brasileiros consideram que é fácil conseguir serviços como a distribuição de remédios gratuitos e atendimento em postos de saúde. Ainda de acordo com o levantamento, mais da metade dos brasileiros (57%) considera que a saúde deveria ser tema prioritário nas ações do governo federal. Outras áreas apontadas como prioritárias por boa parte dos eleitores são educação (18%), combate à corrupção (8%), segurança (7%) e desemprego (4%).

NO BLOG DO JOSIAS
Isso é que é governo eficiente. Ele mesmo dá a notícia, ele mesmo desmente. Na manhã desta terça-feira (19), o ministro Guido Mantega (Fazenda)dissera: o governo não desistiu de elevar os impostos que incidem sobre cervejas e refrigerantes. À tarde, Dilma Rousseff passou a borracha: não há “interesse” do governo em aumentar os tributos sobre bebidas “nos próximos dias”.
Inicialmente, a Fazenda planejava ajustar os tributos das bebidas antes da Copa do Mundo. Os fabricantes chiaram. E o governo adiou a providência para o segundo semestre, em pleno período eleitoral. Agora, Dilma parece ter concluído que provocar o aumento do preço da cerveja pode retirar-lhe votos. E o governo, que já discordava nos detalhes, passa a se desentender no essencial.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
QUANDO O CINISMO NÃO TEM LIMITE!


O texto que segue abaixo é assinado por Gustavo Patu, da Folha de S. Paulo. É uma graça. Pretende analisar os programa eleitorais que foram ao ar pelas redes de TV nesta terça-feira. Começa pelo geral e vai diretamente ao particular, ou seja, Aécio Neves.
O texto é de um cinismo impressionantemente cínico! Aliás, característica desse jornalismo chulé que com o advento do PT tomou de assalto a grande imprensa nacional. 
E eles ficam raivosos. Espumam. Típico de psicopatas. Patu acusa Aécio de verberar uma tese “enganosa”, quando se refere à necessidade de impor uma contenção no gasto público. Patu simplesmente passa ao largo do escândalo da Petrobras, uma negociata que só ali, pelo que foi revelado, o rombo chega a US$ 792 milhões de dólares! E o mensalão? Quem restituirá o erário? E os cartões corporativos? E o financiamento do Porto de Mariel em Cuba, com dinheiro do BNDES, sob o carimbo de secreto que o PSDB se viu obrigado a entrar com um pedido judicial para conseguir conhecer o montante da falcatrua? E que fim levou Rosermary Noronha, a amante do Lula, cujo escandaloso escândalo confinou Lula que, há pelo menos 1 ano e 9 meses, não concede entrevista à imprensa? Por que será, hein Patu? 
Listei só umas coisinhas. Aquelas que se sabe. Só pa tu vê Patu, como o Aécio Neves está coberto de razão quando propõe por um fim a essa farra com dinheiro público.
Leiam o texto que está na Folha desta quarta-feira:
As principais estrelas do início do programa eleitoral subverteram a máxima irônica segundo a qual é preciso mudar para que tudo fique como está, do escritor italiano Giuseppe di Lampedusa.
Dilma Rousseff, com Lula, e Aécio Neves parecem postular que é preciso falar permanentemente em mudança, mas sem apontar nada de concreto a ser alterado.
Se o Datafolha mostra que três quartos dos eleitores querem medidas diferentes no próximo governo, resta à petista o malabarismo retórico de associar continuidade e transformação.
"O Brasil (...) não interrompeu o grande ciclo de mudanças que vinha desde o governo Lula", disse Dilma na TV, ao falar dos feitos dos últimos anos. Não por acaso, o site lançado por Lula com o mesmo objetivo se chama "O Brasil da Mudança".
A presidente-candidata atribui deficiências de seu mandato à crise internacional, que "reduziu um pouco o nosso ritmo de crescimento" --a queda foi de 4,6% ao ano, no governo anterior, para menos de 2%.
E, como na campanha passada, promete-se um "novo ciclo" de desenvolvimento.
Já Aécio, da coligação Muda Brasil, apresentou uma mensagem crítica à gestão de Dilma --mas não necessariamente às escolhas petistas que vêm desde Lula.
Para se vacinar contra a acusação de pretender cortar programas sociais para conter a inflação, adotou uma tese fácil e enganosa sobre a redução do gasto público.
"Tem outro jeito: gastar menos com o governo e mais com as pessoas", diz a propaganda do PSDB na TV.
A mensagem é fácil de defender, por associar a possibilidade de mais benefícios à população à redução do custo da máquina federal --com um ataque implícito ao aumento do número de ministérios, estatais e cargos promovido pelo PT.
E é enganosa porque a quase totalidade da escalada das despesas nos últimos anos está ligada à área social, ou, nas palavras do candidato, aos gastos "com as pessoas".
Gastos com programas universais de transferência de renda às famílias --sem contar o Bolsa Família-- saltaram de 6,7% para o equivalente a 9% Produto Interno Bruto de 2002 para 2013.
Já os gastos do governo "com o governo" não apresentam sinais visíveis de elevação no período. Encargos com pessoal ativo e inativo, por exemplo, caíram de 4,8% para 4,2% do PIB. Da Folha de S. Paulo desta quarta-feira


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