DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 31-7-2014

NO JORNAL O POVO
Anão diplomático
Na verdade a presidente provocou o país amigo gratuitamente. Não tinha que se meter naquela guerra sem fim
Foi assim que porta-voz do governo de Israel qualificou o Brasil: anão diplomático. Teria acertado em cheio se assim tivesse adjetivado, não o nosso país, mas o atual governo. E disse mais: “O Brasil é politicamente irrelevante”. Que pancada...! O desaforo foi resposta à decisão imprudente da presidente da República de chamar para consultas nosso embaixador em Tel Aviv. Tal ato é encarado como reprimenda. Na verdade a presidente provocou o país amigo gratuitamente. Não tinha que se meter naquela guerra sem fim. Até porque o nosso é um país de imigrantes e grande contingente de patrícios tem origem árabe e israelense. E aqui vivem em harmonia. Para culminar o vexame, chamou de “desproporcional” a força empregada por Israel. Ora, bolas...! Na guerra se entra para ganhar, não para empatar. Como disse o porta-voz israelense: guerra não é futebol onde derrota, empate ou vitória, pouca consequência traz. E alfinetou: “Desproporcional é perder de 7x1”! Nocaute... Grosseira e antidiplomática a resposta de Israel? Ora, foi merecida pois nossa grosseria foi maior.
Perdeu a presidente oportunidade de ficar quieta. Não dá conta das nossas carências e quer ditar regra no terreiro alheio. Aliás, nessa área, pior que o atual governo foi o anterior, do mesmo partido. Mancada após mancada: interveio em eleições de Honduras, tomando partido de candidato derrotado, só porque com ele se alinhava ideologicamente; recebeu com festa em nosso chão o presidente de país antidemocrático, o Irã, merecendo censura da comunidade internacional; junto com o Primeiro Ministro da Turquia tentou intermediar o chamado Acordo Nuclear do Irã, peça que a ONU e os países que realmente contam ignoraram olimpicamente; apoiou o ditador norte-coreano Kim Jong-il, chegando a planejar envio de alimentos para aquele país, que tinha como prioridade a fabricação e teste de mísseis no Pacífico; passou dois ou três dias no Oriente Médio tentando “intermediar” acordo entre árabes e israelenses, coisa que nunca grandes potências, em décadas, conseguiram: ridículo; submetia-se aos caprichos dos vizinhos bolivarianos. Ele e a atual presidente morrem de amores pelo sanguinário Fidel Castro, e sempre que podem vão a Cuba lhe beijar a mão. Diplomacia nanica!!!
O governo brasileiro tem o direito de se revoltar com a carnificina do Oriente Médio, mas daí até se intrometer, vai boa distância. Lembro aos esquecidos que vivemos também na “Faixa de Gaza”. E a nossa é mais violenta. Enquanto na de lá morreram cerca de mil palestinos em 20 dias de combates, na nossa, segundo o Human Rights Watch, morrem assassinados, cerca de 50 mil/ano média aproximada de 2.700 nos mesmos 20 dias. E isso sob as vistas complacentes do governo, cioso dos direitos humanos dos criminosos. Desproporcional, senhora presidente, é a luta que trava a sociedade brasileira contra a bandidagem que infesta nosso país. Com isso a senhora deve se preocupar. Do Oriente Médio tem quem cuide.
Por Affonso Taboza
ataboza@gmail.com
Membro do Instituto do Ceará

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES

Dilma na sabatina da CNI: a doutora em preço de gás diz que 13 menos 4 é igual a 7, viaja da Ucrânia para o Japão em menos de um minuto, confunde usina nuclear com furacão e submerge num tsunami

https://www.youtube.com/watch?v=ebcyKOh4-yM

Até o colunista acharia que o título do post é coisa da elite golpista, gente que acorda e dorme debochando da presidente da República, se não pudesse apresentar como prova o vídeo (link acima) que registra um trecho das considerações finais de Dilma Rousseff na sabatina da CNI. A candidata à reeleição começa discorrendo sobre as variações do preço do gás no mercado internacional, estaciona de novo em reticências bêbadas e diz o seguinte:
“Na Ucrânia pagam 13 dólares o… o milhão de BTU. Mas.. 4 pra 13 dá sete.. pagam… quanto é que paga? Depois do furacão.. (Uma alma caridosa na plateia corrige a maluquice aritmética: NOVE!). Aliás 4 pra 13 dá 9.. eu tô pensando no furacão Ka.. o furacão não.. em Fugujima (sic)… Como é que chama.. no Japão.. O tsunami…”
Pena que o vídeo não tenha incluído o fecho recitado em dilmês erudito: “No Japão a diferença é aquela que eu disse”. O Japão jamais saberá que diferença é essa. Mas todos os japoneses sabem que Fukushima nunca foi “Fugujima” sempre foi Fukushima. E aprendem ainda na infância que 13 menos 4 jamais será igual a 7.

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Os presidenciáveis Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) têm mais em comum do que se imagina. Assim como o ex-presidente Lula não se cansa de reclamar que a sucessora não ouve ninguém, senadores e deputados do PSDB descem a lenha na postura do tucano Aécio Neves de decidir tudo sozinho. No PSB, o cenário não é diferente: Eduardo Campos não escuta nem a turma de Pernambuco.
… com o futebolzinho jogado nos estádios após a Copa, o Templo de Salomão terá a maior média de público do Brasil.


NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
O presidenciável tucano Aécio Neves escreve nesta quinta, na Folha, um artigo intitulado “A verdade sobre o aeroporto”. A integra está aqui. Leiam trechos.
*
Nasci no ambiente da política e vivi nele toda a minha vida. Sei que todo homem público tem uma obrigação e um direito: a obrigação de responder a todo e qualquer questionamento, especialmente os que partem da imprensa. E o direito de se esforçar para que seus esclarecimentos possam ser conhecidos.
Nos últimos dias, fui questionado sobre a construção de um aeroporto na cidade de Cláudio, em Minas Gerais. Como o Ministério Público Estadual atestou e a Folha registrou em editorial, não há qualquer irregularidade na obra. Mas surgiram questionamentos éticos, uma vez que minha família tem fazenda na cidade. Quero responder a essas questões.
A pista de pouso em Cláudio existe há 30 anos e vem sendo usada por moradores e empresários da região. Com as obras, o governo de Minas Gerais transformou uma pista precária em um aeródromo público. Para uso de todos.
As acusações de benefício à minha família foram esclarecidas uma a uma. Primeiro, se disse que o aeroporto teria sido construído na fazenda de um tio-avô meu. A área foi desapropriada antes da licitação das obras, como manda a lei. O governo federal reconheceu isso, ao transferir a jurisdição do aeroporto ao governo de Minas Gerais, o que só é possível quando a posse da terra é comprovada. Depois, levantaram-se dúvidas sobre o valor da indenização proposta pelo Estado. O governo ofereceu R$ 1 milhão. O antigo proprietário queria R$ 9 milhões e briga até hoje na Justiça contra o governo de Minas.
Finalmente, se disse que a desapropriação poderia ser um bom negócio para o antigo proprietário, porque lhe permitiria usar o dinheiro da indenização para arcar com os custos de uma ação civil pública a que responde. Não é verdade. O dinheiro da indenização está bloqueado pela Justiça e serve como garantia ao Estado de pagamento da dívida, caso o antigo proprietário seja condenado. Se não houvesse a desapropriação, a área iria a leilão. Se fosse um bom negócio para ele, não estaria lutando na Justiça contra o Estado.
(…)

O governo de Agnelo Queiroz, do PT, no Distrito Federal é de tal sorte desastroso que um ex-presidiário, que deixou o governo de forma desmoralizante, lidera a corrida. Se a eleição fosse hoje, José Roberto Arruda, do PR, teria 32% dos votos. Em segundo lugar, viria o atual governador, com 17%, seguido por Rodrigo Rollemberg, do PSB, com 15%. Mas não é só no “sim” que Agnello exibe números sofríveis; também no “não”. Nada menos de 48% dizem que não votariam nele de jeito nenhum — uma rejeição bem maior do que a de Arruda, que aparece com 32%. Rollemberg é rejeitado por apenas 7%.
A esta altura, Agnelo está torcendo para que a candidatura de Arruda seja cassada pela Justiça. Por mais que se possa lamentar, sinceramente não vejo como isso poderia ser feito dentro dos limites da lei. Por quê? Já http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/de-novo-a-candidatura-de-arruda-no-df-o-estado-de-direito-e-os-juizos-de-excecao/ a respeito.
A Procuradoria Regional Eleitoral resolveu questionar na Justiça a candidatura do ex-governador. Por quê? Segundo a lei, ele é agora um “ficha suja”. Foi condenado em segunda instância por improbidade administrativa. Acontece que a jurisprudência da Justiça Eleitoral considera que existe um marco temporal para a tal “ficha suja” inviabilizar uma candidatura: a data do registro. E a condenação de Arruda é posterior a esse registro. Caberá ao Tribunal Regional Eleitoral tomar a decisão. Se for contrária a Arruda, ele poderá recorrer ao TSE No pedido de impugnação, argumenta a Procuradoria: “A inelegibilidade decorrente de condenação por ato de improbidade administrativa pode ser arguida na fase de registro, mesmo que a decisão seja publicada depois da data-limite para o requerimento, como é o caso em exame”.
Mas esperem: não é a publicação que é posterior ao registro; é a condenação. Aí as coisas se complicam. A Procuradoria argumenta ainda: “Não é demais acrescentar que, no caso em exame, se o impugnado vier a ser eleito, sem reversão da atual decisão acerca da improbidade ou suspensão de seus efeitos, não poderá ser diplomado no cargo de governador, o que levará à anulação dos votos concedidos à chapa e à consequente anulação da eleição”. Releiam o que vai acima. O raciocínio feito pela Procuradoria é o seguinte: como é grande a chance de que ele venha a ser punido depois, então vamos aplicar a punição já para evitar contratempos. Máxima vênia, não é assim que se constrói o estado de direito. Se esse entendimento da lei prospera, as punições começarão a ser aplicadas antes dos julgamentos. Já escrevi aqui que a Papuda pode até ser um bom lugar para Arruda, mas segundo a lei, não contra ela.
Cabe lembrar um fato adicional: quando Arruda caiu em desgraça, era um governador muito bem-avaliado — ao contrário de Agnelo. Vamos ver o que acontece depois do início da campanha. Se Rollemberg chegar ao segundo turno contra qualquer um dos dois, pode se tornar o favorito em razão da rejeição (num caso) ou do passado (no outro) de seus adversários.
Senado
No Distrito Federal, o PT vai mal também na disputa pelo Senado: o favorito é Reguffe, do PDT, com 31%. O petista Geraldo Magela está em segundo, com 16%. Gim Argello, do PTB, está com 13%. A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) sob o número DF-00022/2014 e no Tribunal Superior Eleitoral com o número BR-00267/2014. O Ibope ouviu 1.204 eleitores, com margem de erro de três pontos para mais ou para menos.

NO BLOG DO CORONEL
Governo para de trabalhar e vai assistir Dilma na CNI. 7 ministros e cerca de 50 assessores estavam no evento eleitoral.
O PSDB vai entrar com uma ação para questionar a ida de vários ministros do governo federal ao evento. Sete ministros e quase 50 assessores já foram identificados.

Sete ministros de Estado deixaram o expediente nesta quarta (30) para acompanhar a presidente Dilma Rousseff num evento de campanha. Na plateia da sabatina na CNI (Confederação Nacional da Indústria) estavam Aloizio Mercadante (Casa Civil), Guido Mantega (Fazenda), Mauro Borges (Desenvolvimento, Indústria e Comércio), Thomas Traumann (Comunicação Social), Garibaldi Alves (Previdência Social), Clelio Campolina (Ciência e Tecnologia) e Guilherme Afif (Micro e Pequena Empresa).
O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, também acompanhou a fala da presidente, em Brasília. A AGU (Advocacia-Geral da União) diz que a participação de ministros em atos de campanha no horário de expediente não é um problema, desde que não prejudique o "exercício de suas funções". Já Dilma, no entendimento da AGU, está liberada para fazer campanha durante a semana e em horário comercial. O PT, porém, deve pagar as despesas com deslocamentos.
Segundo a CNI, todos os ministros de Estado foram convidados, bem como outras autoridades --argumento também usado pelos ministros para comparecer. Eles só chegaram por volta das 15h, horário previsto para a participação de Dilma. Em nota, o PSDB criticou a participação dos ministros no encontro da CNI. O candidato Aécio Neves disse que sua coligação vai ingressar com ação judicial contra Dilma pela presença dos ministros no evento.

No semestre, Brasil tem o pior superavit desde 2.000. Na CNI, Dilma diz que está tudo muito bem, tudo muito bom.
Na sabatina da CNI, Dilma Rousseff "deu aula" de economia para os empresários, segundo o PT tuitou. Leu tudo e não respondeu nada, além de ser mal educada com a apresentadora.

No primeiro semestre do ano, as receitas federais superaram em R$ 17,2 bilhões as despesas com pessoal, custeio, programas sociais e investimentos, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (30) pelo Tesouro Nacional.
O saldo do governo central (governo federal, Banco Central e Previdência Social), conhecido como superavit primário, foi a metade do alcançado no primeiro semestre do ano passado e o pior para um primeiro semestre desde 2000, quando o resultado foi de R$ 15,4 bilhões.
O governo federal comprometeu-se a poupar R$ 80,8 bilhões até o fim do ano. Até a metade dele, cumpriu pouco mais de 21% dessa meta. Em junho, o governo federal teve deficit de R$ 1,9 bilhão, o pior resultado para junho que se tem registro.
META
O descompasso entre arrecadação de receitas, que cresce no ritmo lento da economia do país, e dos gastos do governo, em expansão mais acelerada em ano eleitoral, fica evidente nos resultados do semestre. As receitas cresceram 7,2% de janeiro a junho, enquanto as despesas tiveram expansão de 10,6% no período, em comparação com o ano passado.
A administração petista tem afirmado que vai cumprir a meta fiscal do ano. Para tanto, vai lançar mão de expedientes contábeis, como uso de dividendos extraídos das empresas estatais e das receitas do Refis –programa de parcelamento de dívidas tributárias.
No semestre, o caixa do Tesouro contou com a entrada de R$ 10,5 bilhões de dividendos de estatais, valor 36,3% superior ao mesmo período do ano passado. Até o fim do ano, conta com a entrada de R$ 18 bilhões do Refis. (FSP)

NO BLOG DO JOSIAS
Dilma e Alckmin vão inaugurar uma temeridade

A cidade de São Paulo testemunhará nesta quinta-feira (31) um episódio fantástico, passado num país fabuloso. Uma cena bem brasileira. A Igreja Universal, do autoproclamado bispo Edir Macedo, vai inaugurar sua nova sede. Chama-se Templo de Salomão. Foi construído em cima de uma fraude.
Conforme noticiaram os repórteres Rogério Pagnan e Eduardo Geraque, a Universal valeu-se de informações falsas para burlar a legislação da capital paulista. Em 2006, requereu à prefeitura autorização para reformar um prédio de 64 mil m². O diabo é que a edificação existente no terreno, uma antiga fábrica de 18 mil m², tinha sido demolida dois anos antes.
Uma comissão que se ocupa da análise de autorizações expedidas pela prefeitura apontou a burla. Mas a obra foi liberada, num processo que teve o aval de um órgão municipal chamado Aprov. Chefiava a repartição um personagem notório: Hussain Aref Saad, suspeito de comandar um esquema de corrupção na liberação de obras durante a gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab.
Sobre a terra nua, a Universal erigiu, ao custo de R$ 680 milhões, um templo de 75 mil m². Levantou do lado, sem autorização da prefeitura, um edifício garagem de 25 mil m². O monumento abrirá suas portas sem o “habite-se”. Em recurso, a igreja tenta regularizar a nova sede. Enquanto não decide, o Executivo municipal, hoje sob Fernando Haddad, expediu uma licença temporária, com validade de seis meses.
Como se fosse pouco, a fita do templo será cortada sem que o Corpo de Bombeiros tenha submetido o empreendimento religioso a uma vistoria. Coisa essencial para atestar, entre outras precauções, a existência no local de saídas de emergência e de extintores de incêndio.
A agenda de Dilma Rousseff informa que ela decolará de Brasília às 14h. O jato presidencial pousará em São Paulo às 15h20. O único compromisso da presidente na capital paulista é a participação no “culto inaugural do Templo de Salomão”. O governador Geraldo Alckmin também confirmou presença.
Quer dizer: as autoridades máximas do país e do Estado tomarão parte, gostosa e voluntariamente, da inauguração de uma temeridade. E não farão isso em nome de Jesus. Na briga pela reeleição, a presidente e o governador prestigiarão os cerca de 10 mil votos que cabem na nova casa da Universal, três vezes maior do que a Basílica de Aparecida.
Como se vê, o Brasil é mesmo um país muito distante, uma democracia lá longe, em cujas fronteiras o respeito às leis, às regras e ao recato vale pouco, muito pouco, pouquíssimo.

O ministro José Jorge, do TCU, reconheceu que o órgão cometeu um erro ao julgar o processo que resultou na responsabilização de executivos da Petrobras por prejuízos na compra da refinaria de Pasadena. Relator do caso, ele informou que o equívoco será corrigido. Com isso, Graça Foster, atual presidente da estatal, deve ser incluída no rol de pessoas que tiveram os bens bloqueados para cobrir eventual ressarcimento dos danos, orçado por ora em US$ 792,3 milhões.
São 11 os diretores e ex-diretores da Petrobras que o TCU considerou passíveis de punição por decisões consideradas lesivas. Um dele, Ildo Sauer, ex-diretor Gás e Energia, já tinha deixado a estatal na época em que uma das decisões foi tomada. Substituiu-o no cargo Graça Foster. Daí a necessidade de corrigir o acórdão do TCU. Algo que levará a uma inevitável indagação: uma gestora com os bens bloqueados terá condições políticas de continuar no comando da Petrobras?
NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
SEM ACORDO, JUSTIÇA AMERICANA CONFIRMA CALOTE DA ARGENTINA QUE TEM TUDO PARA RESPINGAR NO BRASIL
O ministro da Economia, Axel Kicillof, o esquerdista "queridinho de Cristina Kirchner, em entrevista à Imprensa, afirmou que "não sabia de nada". Acima durante festa na Casa Rosada, Kicillof dança um tango íntimo com a "Presidenta" argentina. Uma cena digna dos minutos que antecederam o trágico naufrágio do Titanic.
A Justiça dos Estados Unidos disse na noite desta quarta-feira que o calote da dívida da Argentina é iminente, depois de os representantes do país não chegarem a um acordo com os chamados fundos abutres. No mesmo instante em que o fracasso das negociações foi anunciado, o ministro da Economia da Argentina, Axel Kicillof, conduzia uma coletiva de imprensa em Nova York sem informar aos jornalistas sobre a situação de calote. Durante toda a coletiva, o ministro afirmou que a Argentina havia efetuado o pagamento dos juros aos credores que aceitaram a reestruturação da dívida — e negou moratória. Quando confrontado por uma jornalista argentina que possuía a nota da Justiça americana informando sobre o default, Kicillof afirmou que desconhecia a informação: "Estou surpreso com o que você acaba de dizer. Esse comunicado me parece escrito para favorecer uma das partes. Eu não entendo a Justiça americana", afirmou.
Laços bolivarianos: Cristina Kirchner e Lula: "muy" amigos. Mais uma encrenca que adubará, por certo, a campanha eleitoral da oposição no Brasil.
Em comunicado, o mediador designado pela Justiça para resolver o impasse, Daniel Pollack, afirmou que o default da Argentina é "iminente". O país não honrou o pagamento de 539 milhões de dólares aos credores que aceitaram a reestruturação da dívida em 2005 e 2010 porque seus representantes não acataram a decisão da Corte dos Estados Unidos, que determinava o pagamento, concomitante, dos fundos abutres. Tais investidores são aqueles que não aceitaram a reestruturação e querem receber o valor total da dívida. "Default não é uma mera condição técnica, mas um evento doloroso e real que vai afetar as pessoas", afirmou Pollack na noite desta quarta-feira. "As consequências desse default não são previsíveis, mas certamente não são positivas", disse.
Segundo Pollack, a Corte chegou à conclusão de que a Argentina não poderia, segundo a lei, pagar os detentores da dívida reestruturada sem que pagasse, também, os que não aceitaram a reestruturação. Nas negociações, a Argentina não cedeu: se os fundos quisessem receber, teriam de aceitar as mesmas condições dos credores que acataram a reestruturação. Contudo, os abutres se negaram a aderir ao plano, que impôs perdas de 40% aos investidores à época. "Trabalhei sem parar, ao longo das últimas cinco semanas, para reunir os representantes da Argentina e os holdouts (como a Corte se refere aos abutres) num acordo que permitisse o pagamento da dívida no dia 30", afirmou Pollack, em comunicado. "O default não pode se tornar uma situação permanente, algo que acarretará em enormes prejuízos para a Argentina e seus credores, mas, sobretudo, para os cidadãos argentinos, que serão as reais vítimas", afirma. Clique AQUI para ler mais sobre o calote argentino-bolivariano



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