DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 27-9-2013

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

Misteriosos ladrões fizeram uma “limpa” na casa do doleiro Fayed Traboulsi, em Brasília, sexta (20), dia seguinte à sua prisão na operação Miquéias, da Polícia Federal. Segundo vizinhos, ao menos oito carros suspeitos circularam na rua, enquanto a casa do doleiro era roubada. Tão estranho quanto o assalto foi o fato – confirmado pela Polícia Civil do DF – de que a família do doleiro não registrou queixa.

Subtraíram da casa de Fayed muitos volumes em sacos, todas as TVs, e computadores que escaparam da busca e apreensão da PF.

A Operação Miquéias desmantelou um esquema que, segundo a PF, surrupiou dos cofres públicos mais de R$ 300 milhões.

Além de prender Fayed Traboulsi, a PF recolheu vários carrões dele, como uma Ferrari, e uma lancha avaliada em R$ 5 milhões.

Na contramão dos protestos que varreram o Brasil, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, disse ao presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), que enviará novo projeto ao Congresso a fim de aumentar para R$ 40 mil o salário dos ministros do STF. Em agosto, Barbosa solicitou reajuste da remuneração, hoje de R$ 28.059,28, para R$ 30.658,42 mil já a partir de janeiro de 2014.

Em reunião com a bancada potiguar, Henrique confidenciou que ficou perplexo com a coragem do presidente de propor tão alto reajuste.

O aumento dos salários dos ministros do STF gera efeito cascata ao resto da magistratura, assim como para governadores e parlamentares.

Isso não vai acabar bem. O banco BTG, de André Esteves, atacou a Caixa, sua sócia no banco Pan (ex-Silvio Santos) e o programa “Minha Casa Melhor”: “a inadimplência vai aumentar”. Ou está com medo do calote ou são recados sobre suas intenções em relação à sociedade.

…corrupção no Brasil é igual a mosca: espanta daqui, aparece acolá.


NO BLOG DO CORONEL


Assim, do nada, o Ibope soltou ontem uma pesquisa feita há 10 dias atrás, que estava na gaveta, esperando a hora certa para aparecer. Nenhuma pesquisa demora tanto a ser tabulada. Obviamente, a pesquisa estava prontinha da silva e veio com ótimos resultados para Dilma. Mesmo que um a cada três brasileiros não tenha candidato, o Ibope aponta uma vitória da petista no primeiro turno. E consolida a recuperação desde a queda de junho, não aos níveis de antes, mas em crescimento. Várias análises começam a correr pela internet.Como a pesquisa foi feita entre 12 e 16 de setembro, não pega o efeito do programa do PSDB, que foi ao ar em 19 de setembro. O momento do "campo" foi escolhido a dedo, após uma intensa ofensiva midiática e de exposição da presidente. Neste momento, quando o TSE julga se vai ou não conceder registro para a Rede, a pesquisa mostra Marina Silva desabando. Por fim, tanto Aécio Neves quanto Eduardo Campos não saem do lugar e José Serra aparece empatado com o mineiro, mostrando que o seu capital eleitoral acabou. Todos estes fatores inibem mudanças de partido, por exemplo, que é o que pode ocorrer até cinco de outubro. Tirando um Ibope da gaveta, o governo joga tudo para tangenciar uma eleição duríssima que se avizinha em 2014.

Quatro anos após afirmar que o Brasil estava “decolando”, a revista britânica “The Economist” se pergunta, na reportagem de capa de sua edição de 28 de setembro para a Ásia e América Latina ( clique aqui para ler a reportagem, em inglês ), se o país “estragou tudo”. (Na edição para Estados Unidos e Europa, a capa da publicação fala sobre "a nova face do terrorismo").
Em novembro de 2009, uma reportagem de capa de 14 páginasafirmava que o Brasil estava em alta, tendo sido um dos últimos a entrar na crise financeira mundial de 2008 e um dos primeiros a sair."Sua economia está crescendo novamente a uma taxa anualizada de 5%. E o crescimento deve acelerar nos próximos anos, quando novas grandes reservas de petróleo em águas profundas começarem a produzir e enquanto os países asiáticos ainda têm fome pela comida e minerais do solo vasto e rico do Brasil", diz a "Economist" à época.
Já na publicação deste ano a revista aponta que o crescimento econômico está travado, e se pergunta se a presidente Dilma Rousseff conseguirá “religar os motores”.Segundo a “Economist”, desde a reportagem de 2009, o país “voltou à Terra”. Com o crescimento de 0,9% registrado no PIB de 2012 e os protestos iniciados em junho, “os maiores em uma geração”, “muitos agora perderam a fé na ideia de que seu país estava em direção à órbita e diagnosticaram mais um voo de galinha”, diz a revista.
A publicação, no entanto, afirma que há desculpas para a desaceleração. “Todas as economias emergentes perderam ritmo. Alguns dos motores por trás do crescimento anterior do Brasil – os ganhos com o fim da hiperinflação e a abertura comercial, a alta dos preços das commodities e os grandes aumentos no crédito e no consumo – já terminaram de render”.
O Brasil, no entanto, fez muito pouco nos anos de crescimento, diz a revista, apontando que o setor público são um peso muito grande para a iniciativa privada, e que o país tem a estrutura tributária mais onerosa do mundo.“Esses problemas têm se acumulado ao longo de gerações. Mas Dilma Rousseff tem sido relutante ou incapaz de enfrentá-los, e criou mais problemas interferindo mais que o pragmático Lula. Ela assustou investidores para longe de projetos de infraestrutura e minou a reputação brasileira de retidão macroeconômica ao pressionar o presidente do Banco Central a cortar as taxas de juros”, diz a reportagem. (O Globo)

É grave a pressão que o governo federal está fazendo sobre os conselhos regionais de medicina. O que os CRMs estão pedindo? Apenas que o programa Mais Médicos informe quem serão os tutores dos estrangeiros contratados. Que os diplomas estejam traduzidos. E que as cópias estejam registradas em cartório. O que a Dilma e o Padilha estão escondendo? Será que Cuba não mandou os diplomas originais, para impedir que os seus escravos estejam titulados e possam fugir para outros países? Será que os tutores não existem, porque não foram contratados? O que o PT está escondendo do povo brasileiro, tentando culpar os conselhos regionais para jogar uma cortina de fumaça?

Como não poderia deixar de ser, a jornalista Monica Bergamo, porta-voz de José Dirceu antes de profissional de imprensa, é quem vocaliza, hoje, as queixas do ministro Celso de Mello contra quem? Contra a mídia. E sem dar um pio em defesa da classe, mais empenhada, como sempre, em defender os mensaleiros. Leia, abaixo, algumas frases do ministro Mello, que acha que o brasileiro pode ser roubado por uma quadrilha a quem ele deu uma segunda chance, mas não pode pressionar o júri que, na sua essência, perdoem-me os entendidos, é popular, é do povo.
"Há alguns que ainda insistem em dizer que não fui exposto a uma brutal pressão midiática. Basta ler, no entanto, os artigos e editoriais publicados em diversos meios de comunicação social (os mass media') para se concluir diversamente! É de registrar-se que essa pressão, além de inadequada e insólita, resultou absolutamente inútil".
"Nada impede que você critique ou expresse o seu pensamento. O que não tem sentido é pressionar o juiz."
"Eu honestamente, em 45 anos de atuação na área jurídica, como membro do Ministério Público e juiz do STF, nunca presenciei um comportamento tão ostensivo dos meios de comunicação sociais buscando, na verdade, pressionar e virtualmente subjugar a consciência de um juiz."
"Abordagens passionais descaracterizam a racionalidade inerente ao discurso jurídico. É fundamental que o juiz julgue de modo independente".

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO



NO BLOG DO JOSIAS

Em junho de 2012, ao decidir que o PSD de Gilberto Kassab teria direito de participar do rateio das verbas do fundo partidário e do tempo de propaganda no rádio e na tevê, o STF criou o deputado com código de barras. Agora, na formação dos quadros dos dois mais novos partidos do mercado —Pros e Solidariedade—, é visível: os deputados esqueceram de tirar a marca do preço.
Reza a lei que o cálculo das verbas e do tempo de propaganda de cada partido é feito com base na bancada de deputados federais. Coube ao ministro Dias Toffoli redigir o voto que favoreceu os negócios partidários no julgamento do Supremo. Ele sustentou a tese segundo a qual os deputados desertores levam para as novas legendas os votos que amealharam sob a sigla de origem. Sua posição prevaleceu.
Com isso, cada 'silvério' da Câmara virou dono de uma cota do fundo partidário e da propaganda. Os deputados passaram a valer uma fração dos votos que obtiveram na última eleição. Para trocar de partido, exigem receber mensalmente um percentual da verba. Controlam também o pedaço da propaganda partidária a ser exibida em âmbito estadual.
Vale a pena ouvir o deputado mineiro Ademir Camilo. No ano passado, ele foi um dos que aderiram ao PSD de Kassab. Agora, está de malas prontas para o Pros. A voz dele soa em notícia redigida pelos repórteres Ranier Bragon e Márcio Falcão. “A minha proposta, e isso vai ser resolvido na quarta-feira, é que a direção nacional fique com 40% do fundo e que repasse 60% para as direções estaduais.”
Didático, Ademir esmiuçou o seu próprio caso: “Estou levando 72 mil votos [para o novo partido], então receberia 60% [do rateio do fundo] desses 72 mil votos. Você sabe que é R$ 3,75 o valor por voto.” Quer dizer: a migração do PSD para o Pros deve render-lhe algo como R$ 270 mil.
Nunca é demasiado recordar que o fundo partidário é feito de verbas públicas. Antes mesmo de passar pelo batismo das urnas, essas legendas de balcão começam a beliscar o seu bolso. A verba sai pelo ladrão como se fosse dinheiro grátis. Tudo com o aval do Supremo Tribunal Federal.

A Justiça Federal de Minas Gerais condenou o primeiro réu do mensalão do PSDB. Chama-se Nélio Brant Magalhães. Era diretor do Banco Rural. Noves fora uma multa, pegou nove anos e nove meses de reclusão pelos crimes de gestão fraudulenta e gestão temerária de instituição financeira.
Deve-se a decisão à juíza Camila Velano, titular da 4ª Vara Federal de Belo Horizonte. Na sentença, ela vinculou a encrenca tucana de Minas ao escândalo petista. “Mesmo que a fraude aqui narrada refira-se ao chamado mensalão mineiro, não se pode dissociar as condutas dos dirigentes do Banco Rural neste esquema daquelas descritas no mensalão apurado no STF”, anotou. A juíza concluiu que os dois casos tiveram “o mesmo modus operandi”.
No caso mineiro, os empréstimos de fancaria do Rural serviram para ocultar, em 1998, a má origem de verbas desviadas para a campanha reeleitoral de Eduardo Azeredo, que tinha como vice Clésio Andrade. Hoje, Azeredo é deputado. Clésio é senador. Ambos aguardam julgamento no STF.

Estanha instituição o Senado. A Casa convive com ilegalidades sem que ninguém viole as leis. Até os ácaros que se escondem sob o tapete azul do plenário sabem que a folha do Senado é abrigo de supersalários, centenas deles acima do pé direito constitucional de R$ 28 mil. De repente, o TCU, apinhado de ex-parlamentares, grita “alto lá”. E a imoralidade ganha as manchetes como um fenômeno órfão.
“Isso vinha já há muito tempo ocorrendo”, disse o ex-deputado federal Augusto Nardes, presidente do TCU. Órgão auxiliar do Congresso, o tribunal de contas fazia de conta que era cego. De olhos bem abertos, Nardes esteve com Renan Calheiros, o mandachuva do Senado. Entregou-lhe cópia da auditoria que determinou a interrupção do flagelo e a devolução das verbas desembolsadas ilegalmente.
Os servidores terão de ressarcir o erário, afirmou Renan. “Não é questão de coragem, é de dever. É cumprir a Constituição com a qual todos nós nos comprometemos.”, ele acrescentou. Juntos, Renan e seu fiel aliado José Sarney passaram pela presidência do Senado seis vezes. E jamais havia ocorrido à dupla “cumprir a Constituição”.
Em nota, o Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo (Sindilegis) anunciou que vai recorrer contra a decisão do TCU. Os servidores receberam o salário ilegal “de boa fé”, alega o sindicato. “Se há algum erro, ele foi cometido exclusivamente pela administração pública, não tendo os servidores poder de gerência sobre a situação.”
Como se vê, o privilégio, uma vez institucionalizado, vira uma espécie de religião. Catedral das vantagens e das mumunhas, o Senado tornou-se uma Casa imaculada, 100% feita de santos. Injetando-se a Câmara no caldeirão de milagres, o desvio anual proporcionado pelos supersalários vai à casa dos R$ 700 milhões.
Em decisão anterior, o TCU já havia determinado à Câmara que se dignasse a parar de pagar vencimentos acima do teto legal a 1.111 servidores. Nada dissera, porém, sobre o já desembolsado. No caso do Senado, o acórdão inclui uma ordem de devolução das cifras malversadas nos últimos cinco anos. Coisa acima dos R$ 300 milhões.
Se a ordem de Renan prevalecer sobre o recurso judicial do sindicato, o ressarcimento será feito em conta-gotas. Os 464 servidores que receberam vencimentos por cima do telhado terão descontados mensalmente 10% dos seus supervencimentos. Quer dizer: correndo tudo bem, o mal será corrigido quando Deus oferecer aos ateus uma prova de que existe.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM

Dilma e sua gandola vermelha com Lula e seus sequazes: decididamente não será com essa gente no governo que o Brasil vencerá o atraso decorrente da aplicação do receituário socialista-bolivariano.
O editorial da Folha de S. Paulo desta sexta-feira ataca um assunto importante. Entretanto, peca por escamotear o principal. Ao falar com propriedade sobre o volumoso custo Brasil que emperra a economia esquece de apontar para o fato principal: o país retrocedeu na última década em decorrência do governo do PT, partido de viés comunista integrante e dirigente do Foro de São Paulo, cujo objetivo é implantar o socialismo. Isso está lá no programa do partido e do Foro de São Paulo. Mas esse fato foi transformado em tabu pela maioria dos jornalistas e, consequentemente, os seus veículos.
Na verdade, o nível de aprofundamento da gestão socialista do Estado brasileiro aumenta a cada dia. O último grande lance dos tarados ideológicos que ocupam o Palácio do Planalto foi a importação dos escravos de jaleco branco cubanos, emulando a desastrada cubanização da Venezuela.
Para introduzir o país na economia globalizada não será com mais Estado. O gigantismo estatal gera cada vez mais de impostos, sem falar nos mensalões, nos cartões corporativos e na gastança desenfreada e louca comandada por Lula e seus sequazes para permanecer eternamente no poder a qualquer custo.
O principlal gargalo que afoga o Brasil no atraso e no desperdício tem um nome: PT. Mas a grande mídia em sua maioria, entre ela a Folha, não diz o que tem de ser dito.
Todavia, transcrevo o editorial que é pertinente ao identificar o efeito, porém sem apontar a causa principal que declinei neste prólogo, e que é o mote principal do debate que tem de ser feito pela sociedade brasileira. E, para que isso aconteça, o concurso da mídia é imprescindível. O título do editorial é: "Brasil fora da moda", o que não faz sentido. O Brasil nunca esteve e nunca estará na moda, permanecerá o país da esculhambação geral enquanto patinar nessa história de esquerdismo com os ricos, remediados e pobres todos grudados nas tetas do Estado. Se moda esteve em algum momento foi graças aos custosos investimentos de marketing mentiroso e eleitoreiro. Leiam:
"Não é segredo que o Brasil está entre os piores países do mundo quando o assunto é custo, burocracia ou infraestrutura. É notório que empresas globais, ao se instalarem por aqui, encontram nessas dificuldades um obstáculo ao desenvolvimento de seus negócios.
Tome-se o caso da Zara, companhia têxtil espanhola que se internacionalizou com coleções de giro rápido e custo acessível, o que demanda eficiência na gestão de estoques e na distribuição em escala mundial. Presente em 86 países, a empresa teve que repensar seu modelo para poder operar no Brasil.
Percebeu, para começar, que a burocracia nos portos e os altos impostos tornavam impossível gerir a distribuição centralizada na Espanha. Por isso, teve que nacionalizar 40% de sua produção.
Pela criação de empregos no Brasil, tal solução parece boa. É preciso considerar, porém, que o custo de produção interna mais alto, somado aos impostos, deixa os preços até 76% maiores. Marca popular em outros países, a Zara se fixou em um nicho mais rico no Brasil.
Esse é o padrão. A americana GAP, popular mundialmente, acaba de abrir sua primeira loja no país com produtos entre 30% e 40% mais caros que nos EUA. A diferença, segundo a empresa, decorre de elevados custos de importação e logística. No fim das contas, o consumidor paga mais, e o empresário lucra menos.
Tais exemplos evidenciam outro problema grave: o isolamento das empresas brasileiras. A competitividade passa pela integração às cadeias globais de produção, o que demanda tarifas de comércio baixas, logística eficiente e simplicidade tributária.
Nada disso existe no modelo atual. Como a competitividade é baixa, busca-se proteger a indústria com mais isenções pontuais --que pouco adiantam-- e barreiras tarifárias --que terminam prejudicando o consumidor.
A questão dos impostos assume lugar central na lista de problemas. Não só pelo nível elevado, mas sobretudo pela complexidade. No ano passado, a indústria de transformação gastou R$ 24,6 bilhões somente com burocracia para pagar tributos --o dobro do que investiu em inovação.
O Banco Mundial põe o Brasil em 156º lugar, entre 185 países, no quesito da dificuldade para saldar impostos. Uma empresa típica gasta nada menos que 2.600 horas por ano para quitar as obrigações tributárias, contra 176 horas na média dos países mais desenvolvidos.
O Brasil jamais será competitivo se não se integrar ao mundo. O desafio é gigantesco, e não parece haver nos formuladores da política econômica determinação para alcançar esse objetivo." Editorial da Folha de S. Paulo desta sexta-feira

De um foguete, representado pelo Cristo Redentor, que apontava para o alto, imponente, para uma aeronave desgovernada nos céus, perto de colidir com o Corcovado. Essa é a comparação feita pela revista britânica The Economist ao tratar da evolução do Brasil nos últimos quatro anos. A edição distribuída na América Latina questiona se o Brasil, de fato, "estragou tudo", depois de ter sido, por um breve período, a estrela dos emergentes. Segundo a reportagem, a presidente Dilma Rousseff tem sido incapaz de enfrentar problemas estruturais do país e interfere mais que o antecessor na economia, o que tem assustado investidores estrangeiros para longe de projetos de infraestrutura e minado a reputação conquistada a duras penas pela retidão macroeconômica. A The Economist é categórica ao afirmar: "Até agora, eleitores brasileiros têm poucas razões para dar a Dilma um segundo mandato".
O especial de quatorze páginas sobre o Brasil é assinado pela jornalista Helen Joyce, correspondente da revista no país. "Na década de 2000, o Brasil decolou e, mesmo com a crise econômica mundial, o país cresceu 7,5% em 2010. No entanto, tem parado recentemente. Desde 2011, o Brasil conseguiu apenas um crescimento anual de 2%. Seus cidadãos estão descontentes - em julho, eles foram às ruas para protestar contra o alto custo de vida, serviços públicos deficientes e a corrupção dos políticos", informa a revista, que já chegou a pedir, com certa ironia, a saída de Guido Mantega do ministério da Fazenda.
VOO DE GALINHA - Em 2009, em meio à crise econômica mundial, a revista fez também um especial de quatorze páginas para ressaltar os anos de bonança do país, reproduzindo a imagem do Cristo decolando como se fosse um foguete. À época, a economia brasileira patinava, ainda sofrendo o impacto da turbulência nos Estados Unidos. Contudo, indicadores macroeconômicos estáveis acabaram contando mais, para a Economist, do que a retração econômica de 2009, de 0,2%.
Para a revista, a falta de ação do governo Dilma é a principal razão para o chamado "voo de galinha" do país, jargão usado para denominar situações em que países ou empresas têm um crescimento disparado, mas que não se sustenta. "A economia estagnada, um estado inchado e protestos em massa significam que Dilma Rousseff deve mudar de rumo", informa a publicação.
O texto reconhece que outros emergentes também desaceleraram após o boom que teve o auge em 2010 para o Brasil. "Mas o Brasil fez muito pouco para reformar seu governo durante os anos deboom", diz a revista. Um dos problemas apontados pela reportagem é o setor público, que "impõe um fardo particularmente pesado para o setor privado". Um dos exemplos é a carga tributária que chega a adicionar 58% em tributos e impostos sobre os salários. Esses impostos são destinados a prioridades questionadas pelaEconomist. "Apesar de ser um país jovem, o Brasil gasta tanto com pensões como países do sul da Europa, onde a proporção de idosos é três vezes maior", diz o texto que também lembra que o Brasil investe menos da metade da média mundial em infraestrutura.
Problemas antigos - A publicação reconhece que muitos desses problemas são antigos, mas Dilma Rousseff tem sido "relutante ou incapaz" de resolvê-los e criou novos "interferindo muito mais que o pragmático Lula"."Ela tem afastado investidores estrangeiros para longe dos projetos de infraestrutura e minou a reputação conquistada a duras penas pela retidão macroeconômica, induzindo publicamente o presidente do Banco Central a cortar a taxa de juros. Como resultado, as taxas estão subindo, atualmente, mais para conter a inflação persistente", diz o texto. "A dívida bruta subiu para 60% ou 70% do PIB - dependendo da definição - e os mercados não confiam na senhora Rousseff", completa o texto. AEconomist chega a ironizar, chamando a presidente de "Dilma Fernández", que é o sobrenome de Cristina Kirchner, presidente da Argentina.
Apesar das críticas, a revista demonstra otimismo com o futuro a longo prazo do Brasil. "Felizmente, o Brasil tem grandes vantagens. Graças aos seus agricultores e empresários eficientes, o país é o terceiro maior exportador de alimentos do mundo", diz o texto, que menciona também o petróleo da camada pré-sal. A publicação elogia ainda a pesquisa em biotecnologia, ciência genética e tecnologia de óleo e gás em águas profundas. Além disso, lembra que, apesar dos protestos populares, o Brasil "não tem divisões sociais ou étnicas que mancham outras economias emergentes, como a Índia e a Turquia".
A Economist afirma que a presidente Dilma ainda tem tempo para começar reformas necessárias, fundindo ministérios e cortando gastos públicos, caso esteja disposta a colocar a "mão na massa". Mas, diante do atual cenário, a revista afirma que, ainda que a presidente esteja com foco no possível segundo mandato, os "eleitores brasileiros têm poucas razões para dar a ela a vitória". Do site da revista Veja - Read en english

NO BLOG UCHO.INFO

Minirreforma eleitoral sofre revés na Câmara dos Deputados e enterro da democracia é adiado
Primeiro tropeço – “A minirreforma morreu”. Assim disse o deputado federal Cândido Vaccarezza (PT-SP), coordenador do grupo de trabalho criado na Câmara para discutir a reforma política, assunto que voltou à pauta do Congresso Nacional depois dos protestos de junho passado que tomaram as ruas de diversas cidades brasileiras.
Vaccarezza credita que não há mais tempo para a Câmara dos Deputados votar e aprovar a minirreforma eleitoral proposta pelo Senado Federal, a tempo de as regras valerem para as eleições de 2014.
Os parlamentares tinham a expectativa de que a matéria fosse aprovada na quarta-feira (25), mas, exceto os peemedebistas, que forçaram a aprovação do projeto Senado, deputados de outras legendas da base aliada alegaram que desconhecem a proposta, o que inviabilizou um acordo entre os líderes. “Não dá para votar mais. A minirreforma morreu”, afirmou Vaccarezza.
Entre as medidas que constam da proposta de minirreforma eleitoral está uma, a mais perigosa, que coloca a democracia em risco, pois permite a doação financeira de concessionárias de serviços públicos, assim como dos donos, diretores e controladores das empresas. Com o projeto do governo petista de Dilma Rousseff de promover a privatização de diversos setores, com expectativa de arrecadação na casa de R$ 500 bilhões, o Brasil daria um largo passo na direção de uma ditadura socialista nos moldes da que corrói a vizinha e decadente Venezuela.
Por conta disso, o ucho.info deflagrou há dias uma campanha para derrubar a proposta de minirreforma eleitoral, temendo que o País entrasse em um processo semelhante ao do México, que durante sete décadas teve de conviver com o partido PRI (Partido Revolucionário Institucional) no poder. Sem contar o enriquecimento criminoso e meteórico dos donos do poder.
O fato de o prazo ser exíguo para a votação não significa que a matéria está descartada. Os políticos brasileiros sabem o que representa esse projeto em termos financeiros e não desistirão tão facilmente da ideia. É preciso que os brasileiros de bem adotem a nossa campanha e se unam para derrubar o que pode se transformar na senha para o totalitarismo tropical.

Especialista em criticar adversários, Maria do Rosário ainda não falou sobre os escravos da OAS
Silêncio obsequioso – O ser humano é mutante e vez por outra surpreende, mas compreender a petista Maria do Rosário Nunes, ainda ministra da Secretaria de Direitos Humanos, tornou-se missão das mais impossíveis. Radical na defesa de suas crenças ideológicas, Maria do Rosário só sabe atacar e direcionar críticas a assuntos que lhe interessam, assim como ao partido que arruinou o Brasil em uma década, mas seus integrantes insistem em dizer que foi a maior de todas as conquistas.
A Caixa Econômica Federal, instituição financeira do governo federal e responsável pelo pagamento dos benefícios do Bolsa Família, cometeu um grave erro que levou à boataria sobre o fim da esmola social que ajuda o PT a manter seu curral eleitoral, mas horas depois da primeira notícia sobre o tema a ministra Maria do Rosário não economizou palavras para colocar a culpa nos partidos de oposição. Tiro no pé, pois semanas mais tarde o presidente da Caixa, Jorge Hereda, foi obrigado a reconhecer a falha da instituição. A Polícia Federal, por sua vez, escalada para investigar o caso, demorou semanas para dar uma resposta pífia e desconexa.
Que Maria do Rosário só sabe atacar os adversários políticos e está empenhada na operação revanchista que recobre a Comissão da Verdade (até agora foi da Meia Verdade) todos sabem, mas é estranho o silêncio da ministra responsável pela Secretaria de Direitos Humanos em muitas situações. Isso se repetiu nesta semana, quando 111 trabalhadores nordestinos foram flagrados em situação análoga à escravidão no entorno do Aeroporto de Guarulhos, onde trabalham nas obras de ampliação e modernização que estão a cargo da empreiteira OAS. Mas há uma situação ainda mais grave no caso da OAS, que deveria ter despertado a conhecida ira da ministra: a do tráfico de trabalhadores.
Por certo Maria do Rosário, que é tão covarde quanto estridente, foi devidamente orientada pelo núcleo duro do governo da companheira Dilma Rousseff para que acionar o seu costumeiro e vergonhoso silêncio de ocasião, porque empreiteiras são as grandes fontes de financiamento de campanhas eleitorais. Considerando que para esconder as muitas mentiras contadas por Dilma será preciso dinheiro de sobra, a ordem é poupar os donos dos milhões de reais que cairão em breve no caixa da campanha presidencial petista.
Em relação às vítimas do petista Eduardo Gaievski, acusado de estupro de vulneráveis, a “companheira” Maria do Rosário demorou muito para criticar o pedófilo que, a convite de Gleisi Hoffmann, trabalhava como assessor especial na Casa Civil. Sua única manifestação sobre o caso aconteceu por escrito e depois de muita pressão nas redes sociais, mas com um evidente viés de contrariedade, até porque a “companheirada” é adepta confessa do corporativismo.

Gasto de Dilma em NY é nada se comparado ao descaso em relação ao terrorismo e à economia
Lado do avesso – O noticiário desta quinta-feira (26), na rede mundial de computadores, tem um assunto em destaque. O hotel de Nova York onde se hospedou a presidente Dilma Vana Rousseff, que participou da abertura da 68ª Assembleia-Geral da ONU e de evento para investidores organizado pelo banco Goldman Sachs. Os internautas estão indignados com a diária de R$ 22 mil referente à suíte ocupada pela presidente no elegante e caro Hotel St. Regis, o que de fato é um descalabro, mas esse é o problema menor da viagem da petista aos Estados Unidos.
Pela importância do cargo, o valor da diária é irrisório se a passagem por Nova York tivesse sido exitosa. Mas não foi isso que aconteceu, pois Dilma abusou da falta de bom senso nos dois eventos. Na ONU a presidente brasileira usou boa parte do seu discurso para criticar as denúncias de espionagem por parte do governo norte-americano, assunto que deveria ser tratado na esfera diplomática. Até mesmo os servidores do Itamaraty mais à esquerda pensam de maneira idêntica. Uma das máximas do Direito explicita que o ônus da prova cabe ao acusador, não ao acusado. Longe de querer defender a violação da soberania, o ucho.info entende que um assunto tão delicado exige habilidade e, acima de tudo, um incontestável conjunto probatório. Sem isso fica o dito pelo não dito.
Como já noticiamos, a presidente cometeu um grande equívoco ao afirmar, em suas críticas aos EUA, que o Brasil condena a prática do terrorismo e muito menos dá abrigo a terroristas. Não é essa a realidade que vivemos no País, porque entre o discurso e a prática há uma enorme distância. Há no território brasileiros diversos terroristas, espelhados do Oiapoque ao Chuí, sendo que muitos deles chegaram sorrateiramente nos últimos dois anos por causa de grandes eventos internacionais como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos. Fora isso, o Brasil abriga diversos representantes das Farc, sediados, em sua maioria, nas favelas cariocas, de onde controlam o rentável e criminoso tráfico de entorpecentes.
A declaração da presidente acerca do terrorismo e de terroristas cai por terra quando se acessa o conteúdo da palestra que teve lugar na Câmara dos Deputados em 19 de setembro passado. Durante o evento, o policial legislativo federal Marcus Reis, especialista em terrorismo, externou sua preocupação. “O terror atua de forma descentralizada, até por causa da globalização. Essas organizações estão buscando o que a gente chama de invisibilidade diante das políticas, já estão em redes e são totalmente descentralizadas. O Estado tem que aprender a combatê-las assim. Depois de Munique, o Brasil não pode alegar inocência e dizer que não sabia. A gente sabe e conhece: são ameaças”, disse.
Em outro vértice da discussão, mas na mesma direção em termos de preocupação, está o brasileiro Hussein Ali Kalout, representante de um centro norte-americano de assuntos internacionais. Kalout reconhece que os agentes da inteligência e das Forças Armadas brasileiras são extremamente competentes, mas o baixo investimento é preocupante. “O material humano é do mais alto calibre. O problema é que para se ter uma política de contraterrorismo é preciso de investimento, treinamentos e equipamentos modernos. Será que vamos ter capacidade de investir pesadamente nisso? Os Estados Unidos partiram para um orçamento megabilionário e, com isso, consegue-se fazer trabalho em campo, infiltrar pessoas, mandar pessoas para o exterior para mapear os grupos e saber por que e como agem”, disse Hussein.
A declaração de ambos os especialistas é facilmente comprovada pelo atentado ocorrido na Maratona de Boston, apesar de todo o aparato norte-americano de espionagem e de ações oficiais contra o terrorismo. Nenhum país está livre desses malfeitores e por isso o governo brasileiro deve, sem deixar de buscar respostas e soluções para a eventual bisbilhotice cibernética ianque, usar o episódio como divisor de águas e ponto de partida de uma política efetiva de proteção das comunicações oficiais.
Deixando de lado as questões do terrorismo, Dilma adotou uma postura equivocada diante de eventuais interessados em investir no Brasil. Só faltou a presidente implorar para que os empresários tirassem os tostões do bolso e despejassem na infraestrutura brasileira, por exemplo, um dos mais carentes setores nacionais. A situação tornou-se ainda mais vexatória quando Dilma desdenhou o nível de conhecimento desses investidores sobre a realidade brasileira. Foi no mínimo irresponsabilidade afirmar que o Brasil respeita contratos e dizer que o segmento de infraestrutura é altamente lucrativo. Fosse assim, o leilão da BR-262 não teria sido marcado pelo fracasso.

O descrédito que ronda o governo brasileiro ficou evidente no preâmbulo do leilão do Campo de Libra, da Bacia de Santos. O Palácio do Planalto esperava a participação de pelo menos quarenta empresas, mas apenas onze pagaram a taxa no valor de R$ 2 milhões exigida dos interessados. Para piorar, as quatro maiores petroleiras do planeta desistiram de participar do primeiro leilão da camada pré-sal, o que mostra que a suposta espionagem na Petrobras pode não ter ocorrido.
Algumas das informações acima não são novidades, mas mostram o desespero que se abateu sobre um governo paralisado e operado por incompetentes, que insistem em não reconhecer o fiasco que se agiganta a cada dia.

NO BLOG ALERTA TOTAL


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Por Jorge Serrão – serrao@alertatotal.net
Exclusivo - Acalentando o sonho bem possível de roubar do desgastado PSDB o Palácio dos Bandeirantes na eleição de 2014, a petralhada acaba de ganhar uma saia justa na polêmica midiática e jurídica que gerou com a denúncia de formação de cartel nas obras da Linha 5 (Lilás) do Metrô de São Paulo. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica foi formalmente acionado a responder se vai ou não usar o Acordo Brasil-EUA de combate aos cartéis para colaborar na apuração do escândalo.
Se os governos petista e tucano quiserem, basta cumprir o Decreto 4.702, de 21 de maio de 2003, que ratifica o acordo entre os governos brasileiro e norte-americano para investigar e combater cartéis. O acordo foi assinado pelo 'Presidentro' eterno Luiz Inácio Lula da Silva. Agora, o questionamento ao CADE se transforma em um embaraço para o PT no momento em que a Presidenta Dilma Rousseff resolveu comprar uma inútil e burra briga diplomática com o governo de Barack Obama por causa das denúncias de espionagem praticadas contra o governo brasileiro, seus dirigentes e principais empresas estatais e privadas.
Em consulta formalizada na última quarta-feira ao presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica, Vinícius de Carvalho, o engenheiro João Vinhosa colocou mais gasolina na fogueira da polêmica política (midiaticamente levantada por manobra dos petistas) sobre o Cartel do Metrô de São Paulo. Vinhosa questionou o CADE sobre cumprimento do Acordo Brasil-EUA para combater cartéis, especificamente sobre o compromisso de uma parte notificar a outra a respeito de investigações que estiver realizando contra um cartel cujos integrantes também atuem na outra parte (Artigo II do Acordo).
Para embasar sua consulta, cuja cópia foi encaminhada ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o engenheiro Vinhosa afirmou que pelo menos duas das empresas aqui investigadas (Siemens e Alstom) têm intensa atividade nos EUA. Vinhosa lembra que o embrião de tal Acordo foi a ajuda dada pelas autoridades norte-americanas às autoridades brasileiras no combate ao cartel das vitaminas (caso Roche-Basf).
João Vinhosa destaca que tal ajuda, iniciada em 1999, motivou os dois países a firmarem um acordo de cooperação objetivando facilitar a troca de informações entre suas autoridades de defesa da concorrência. Aprovado pelo Congresso Nacional, o Acordo Brasil-EUA para combater cartéis entrou em vigor em 21 de maio de 2003.
Em decorrência do questionamento sobre a notificação prevista no Acordo, o caso do Cartel do Metrô, que começou com uma disputa política estadual, poderá assumir contornos diplomáticos delicados, envolvendo o cumprimento de um acordo internacional justamente com o país que está sendo acusado de espionar a nossa presidenta.
Na interpretação de João Vinhosa, caso Alckmin não se interesse em levar o CADE a notificar os EUA sobre as investigações aqui realizadas, ele deixará claro que tem algo a temer sobre as investigações nos governos paulistas do PSDB: “Afinal, a ameaça que o governador de São Paulo tem feito de processar a Siemens judicialmente limita-se a uma ação sobre a qual ele tem o controle integral, o que é completamente diferente de uma possível investigação feita por autoridades norte-americanas”.
João Vinhosa joga mais provocação sobre um sério conflito político no caso do Cartel do Metrô de SP: “Dizem que já existe um certo arrependimento entre os petistas que estavam estimulando o aprofundamento das investigações contra o Cartel do Metrô de São Paulo. Segundo as notícias, o temor é que a coisa extravase e atinja a participação da Siemens nas obras do PAC”.
Será que o Cade responderá ao João?
Confira a íntegra da consulta ao presidente do Cade feita por João Vinhosa. 
Itaperuna-RJ, 25 de setembro de 2013
Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade)
Conselheiro Vinícius Marques de Carvalho – Presidente
Senhor Presidente,
Refiro-me às investigações realizadas pelo CADE contra o cartel do Metrô de São Paulo, motivo de intensa polêmica na mídia.
Mais especificamente, refiro-me ao possível uso, no citado caso, do Acordo Brasil-Estados Unidos que objetiva combater cartéis internacionais.
Mais especificamente, ainda, refiro-me ao compromisso de uma parte notificar a outra sobre as investigações que estiver realizando contra um cartel cujos integrantes também atuem na outra parte.
A propósito, em seu Artigo II, item 2 (a), o Acordo estipula que uma parte deve notificar a outra sobre qualquer investigação por ela conduzida que seja relevante para a outra parte na aplicação de suas leis. Além disso, no item 1 do mesmo artigo, o Acordo estipula que as notificações deverão, normalmente, ser efetuadas tão logo possível, após as Autoridades de Defesa da Concorrência da parte notificante tomarem ciência da existência de circunstâncias que requeiram a notificação.
Senhor Presidente, considerando que pelo menos duas das empresas investigadas (Siemens e Alstom) têm intensa atividade nos EUA, e considerando, também, que citadas investigações já vem sendo realizadas pelo CADE há um tempo considerável, venho solicitar resposta às duas seguintes perguntas:
1 – o caso do cartel do Metrô de São de Paulo já foi notificado às autoridades norte-americanas?
2 – na hipótese do caso não ter sido notificado, por que motivo o mesmo não se enquadra nos termos do referido Acordo?
Finalizando, informo que cópia deste documento está sendo encaminhada ao Governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin.
Atenciosamente,
João Batista Pereira Vinhosa - e-mail joaovinhosa@hotmail.com
Link do Acordo Brasil-EUA
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Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.


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